Te vejo fazendo as malas, querida descobriu outra mentira minha?

Queria te impedir de ir, mais nada do que eu diga mudara as coisas entre nós não é mesmo.

Nossa vida sempre foi como vidro, comum e muito frágil e com nossa primeira rachadura se perdeu a pouca beleza.

 Te vejo atravessando a porta e indo embora, agora é  ‘pra sempre’ ? Ou é ‘pra sempre’ igual da ultima vez? Por que sempre que volta é minha ultima chance de consertar os erros que voltarei a cometer?

 Vamos me diga.

 E de novo você volta, é engraçado como nem nos demos mais ao trabalho de dizer que ficara tudo bem, por que seria nossa pior mentira. Isso é como vidro já rachado que ao menor impacto se parte em mil pedaços, e é assim que estamos não é?

 Me responda até onde vamos levar essa mentira? Quer mesmo se matar aos poucos?

 Você esta tão distante mais eu ainda estou aqui, estou aqui, por que insistimos em continuar algo que nem deveria ter começado?

 Vamos responda.

 Talvez sejamos orgulhosos demais para admitir que perdemos em nosso próprio jogo.É o que da ignorar todas as regras, que impusemos a nós mesmos.

 O que se diz quando palavra alguma cabe entre nós? Bom acho que o silencio diz tudo, na verdade ele grita tudo o que nos negamos a dizer.

 Mais hoje não, hoje sou eu que faço as malas e passo pela porta sem olhar para traz, e eu sei que não vai tentar me impedir, assim como você sabe que eu não voltaria se tentasse

“Desculpe por mentir e te fazer sofrer...

Desculpe por tudo mais principalmente

Por desistir de... Amar você.”