“Como você se transformou? - Jonh, o rapaz que me tirou a força do mar me perguntou

Me transformei no que? - olhei para as minhas mãos, sem querer responde a pergunta que ele me fez

Se transformou em uma vampira – ele perguntou como se estivessemos falando de um acontecimento qualquer, normal e não de uma anomalia, isso me deixou irritada

Eu não sou uma vampira – teimei, na verdade eu não era uma vampira mais apenas metde de uma, um hibrido de vampiro e homem

E como você explica os seus olhos? - ele me desafiou

Os meus olhos estão muito bem, obrigado – falei irritada, mas sem deixar isso transparecer no meu tom de voz

Continuei a andar pelo quarto dele como eu estava fazendo antes dele falar, eu estava muito nerosa para me sentar do lado dele na cama, meus olhos conseguiam perceber cada objeto do quarto de maneira separada, as flores murchando no parapeito da janela, o papel da parede descascando em algumas areas, uma adaga muito bem trabalhada em cima de um livro, mas o que mais me chamou a atenção foi um forte cheiro de sangue vindo de algum lugar dentro da cozinha

Franzi o nariz e entrei na cozinha, o cheiro vinha de dentro de um armario de madeira, abri uma das portas e me deparei com sacos e sacos de sangue, eu estava tão abalada com a visão que não percebi Jonh vindo por traz apenas senti ele fechar com força a porta do armario, dei dois passos para traz

Onde você conseguiu isso? - minha foz tremeu me traindo

Eu não matei ninguem, se é isso que você quis dizer – ele estava tão calmo, como conseguia?

Você é um vampiro – só depois percebi que pergunta idiota eu tinha feito, é claro que ele era um vampiro, se não como ele teria se curado tão rapido da queimadura

Você fal como se não fosse uma – ele falou como se estivesse achando graça de alguma coisa

Eu não sou um monstro – gritei, para mim já era demais ser apenas metade monstro, o que me deixava mais deslocada ainda, metade monstro, metade normal no meio das duas raças

Então me responda o que você é?”

O sinal para o intervalo tocou, me libertando do meu passado, olhei para o quadro, aparentemente o professor tinha passado uma anotação para estudar, besteira, depois eu pego com Tamy

Já era tão automatico, todos os dias, levantar, ir para o refeitorio e escolher uma mesa qualquer que a minha mente mau processava as ações, so depois de um tempo que eu decide conversar com Tamy foi que eu percebi que ela estava com os olhos vidrados em uma menina, mais expecificamente para o pescoço dela que estava a algumas mesas de distancia da nossa

Tamy, para com isso – sussurrei só para ela escutar, não surtiu muito efeito, eu já podia ver as presas se insinuando na boca dela, falei mais alto – Tamy – tambem não adiantou nada – Ok, você que quis assim – chutei com força a perna dela

Aiii, o que você quer, ein? - ela me fulminou com o olhar

Eu quero que você para de olhar para aquela garota

Eu estou morrendo de sede e rodeada de sangue, o que você queria? - olhei irritada para ela

Que você, pelo menos fingisse que não quer pular no pescoço de alguem – sussurrei cerrando os punhos, respirei fundo algumas vezes pra poder me acalmar – Nós vamos caçar hoje, ok? - Tamy, tambem começou a respirar fundo e balançou a cabeça concordando

O sino tocou e nós voltamos para a sala de aula

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a terceira aula do dia era a de fisica (chatisse) que desta vez, graças a Deus, foi no laboratorio, mas no final nos so botamos em pratica algumas formulas (que eu não quis guardar os nomes), sai da sala ao lado de Tamy como sempre e nós andamos lado a lado , sem dizer nada

Oieu to meio perdido, sera que vocês poderiam me mostrar onde fica a nossa sala? - olhei para o outro lado de Tamy e dei de cara com Erick, o novato

Claro – ela respondeu, era sempre Tamy que fazia o contato com as outras pessoas, eu não, por isso não vi necessidade de falar, continuei a andar e fiquei na minha

Meu nome é Erick, eu sou novo por aqui – o novato falou enquanto nós nos encaminhavamos para a sala de aula tentando puxar conversa

Oi, meu nome é Tamires mas pode me chamar de Tamy e essa E a Mariana mas é melhor chamar ele de Mary

Me virei, dava para perceber que Tamy queria que eu falasse alguma coisa, mas eu não via necessidade para isso, escutei o suspiro resignado dela quando eu me virei sem falar nada, ficamos em silencio durante o resto do caminho ate a nossas proximas aulas(duas de ingles, seguidas), mas essa paz acabou durante a aula. Erick, que tinha se sentado na nossa frente, não parava de perguntar besteiras do tipo, 'O que foi que a professora falou?', 'Que letra é aquela no quadro?' todas elas direcionadas para mim, mas como eu não respondia fingindo que estava interessada na aula cabia a Tamy isso (é ela que adora socializar com os humanos não eu), e eu odiei a aula, m parte por causa do novato, mas principalmente pelo fato de quase todos os olhares da sala estarem virados para nós.