Toc toc toc (onomatopéia de batida na porta)

Jennie foi até a porta.

- Ela tá pronta? – um homem perguntou.

- Tá sim! – ela se virou pra mim sorrindo – Pode vir!

- Tá! – murmurei e fui até a porta. Jennie me deu espaço e eu desci com cuidado as escadinhas do trailer.

Logo avistei Justin, mas ele não me viu, estava conversando com Scooter. Ele estava usando uma calça branca e uma camiseta azul clara. E claro, nem precisava mencionar, um Supra branco.

Fui na direção deles em silêncio. Scooter olhou pra mim e arregalou os olhos, mas logo se recompôs. Justin se virou e ele ficou com a boa entreaberta.

- Baba não, Bieberzito! – Scoot falou rindo.

- Affe Scooter! – Justin olhou pra ele bravo que só riu mais ainda e saiu. Depois ele sorriu pra mim.

- Tá tão ruim assim? – falei me olhando.

Ele pegou na minha cintura, me puxou pra perto dele.

- Você tá linda! – sussurrou com a voz rouca no meu ouvido, me fazendo arrepiar.

Se afastou sorrindo e eu, claro, fiquei vermelha.

- Pessoal vamos começar! – um carinha de óculos falou alto. Provavelmente o diretor.

Não foi nada difícil! Foi uma das melhores coisas que eu já fiz!

Tivemos que agir como um casal apaixonado (o que pra mim não era nada difícil)! Nós corríamos pela praia, entramos na água, ficamos abraçados na areia, todas aquelas besteiras que as pessoas fazem quando estão apaixonadas! Mas foi divertido! Era como se estivéssemos sozinhos!

Mas como felicidade de pobre dura pouco, o diretor falou “corta” e eu e Justin que estávamos encostados em uma das pedras da praia olhamos pra ele.

- Tá tudo perfeito! Vocês ficam maravilhosos juntos! Mas eu quero mais carinho e mais amor! May, fica no colo do Justin! Bieber, o que acha de um beijo? – olhei pro Justin que estava com uma cara de “Não, por favor! Não faz isso comigo!”. Tá isso me deixou triste! Mas ele tinha razão! Mesmo não sabendo, tinha razão! Se ele me beijasse tudo ia desmoronar! Nossa amizade ia sumir! Isso só ia me fazer ver o quanto eu amo ele e isso vai ser ruim pra nós! Não tente entender o meu lado, só vai ser ruim!

- Ahn... tudo bem pra você May? – ele falou me tirando dos meus pensamentos.

- Ok! É só um beijo! Nada de mais! – sorri firme. Ai, eu vou morrer!

- Isso! Perfeito! Vamos... AÇÃO! – ele gritou e a música continuou.

Olhei fundo nos olhos do Justin e ele sorriu pra mim, me encorajando. Meu coração bateu mais rápido.

- Fique calma, não é nada demais! – sussurrou sorrindo.

Ele me puxou cuidadosamente para seu colo e eu encostei a cabeça em seu ombro. Ele me envolveu acariciando meu rosto. Inalei seu perfume maravilhoso!

- Pronta? – falou no meu ouvido.

Apenas assenti e tirei minha cabeça de seu ombro. Ele olhou profundamente pra mim e se aproximou do meu rosto. Meu coração batendo cada vez mais, minha respiração cada vez mais rápida! Então ele acabou com a distancia selando nossos lábios. Foi um beijo calmo, um simples beijo, mas que fez meu coração pular em meu peito e bater freneticamente, fez minha cabeça girar, meu corpo se arrepiar e eu imediatamente querer mais.

- Corta! Perfeito! Perfeito! – o grito do diretor nos fez parar.

Justin sorriu pra mim, me fazendo sorrir de volta. Eu sai de seu colo e fiquei sentada ao seu lado. Ele se virou e me deu um selinho rápido e saiu correndo em direção ao trailer, me deixando confusa, mas boba e feliz ao mesmo tempo.

- Vamos querida? Você tem que se trocar! – Jennie apareceu na minha frente me estendendo a mão.

- Ok! – murmurei ainda meio besta pelo beijo. Foi como se esse fosse meu primeiro beijo, não conseguia tirar da minha cabeça!

Depois de me trocar e desmanchar aquele penteado lindinho, eu voltei para a van e fiquei esperando lá dentro. Fiquei só pensando no que eu ia falar agora, mas esperava que ele iniciasse uma conversa.

- May? – me chamou e em seguida colocou a cabeça para dentro da van – Te achei! O que foi?

- Nada não! – murmurei mexendo no bracelete de estrelas que Jennie permitiu que eu ficasse! Na verdade, ela disse que iria lavar o vestido e que mandaria entregar no meu hotel também, junto com as sapatilhas. O colar de Lua também era meu agora!

- Olha, você tem que assinar uns papéis e receber seu cachê! – ele falou sorrindo.

Pegou em minha mão e me puxou para fora da van. Eu sentia uma corrente elétrica passando por nossas mãos.

- Mayara, venha comigo, por favor! – Scooter me levou até uma mesinha e começou a me explicar o que estava escrito no contrato. Era algo como permitir que minha imagem fosse usada pela empresa e tal. Eu assinei sem nenhum problema e depois eles me pagaram uma pequena quantia em dólares.