Os sete pecados mortais

Pecados, maldades, crueldades,

Que nem sei se tão pouco são verdades,

Ou se são só argumentos,

Tentando mudar nossos intentos

O martírio dos sete,

Os sete martírios,

Dizem-se pecados da alma,

Dizem-se os sete pecados.

Ira, a raiva, a cólera, a fúria,

Ou o simples medo de se defender dos próprios fantasmas?

Gula, a voracidade, o exagero, o excesso,

Ou a simples vontade de querer aproveitar o momento?

Inveja, a cobiça, o olho gordo,

Ou o simples desejo de ser apto, algum tipo deu competição que virou algo mais e agora é vista com maus olhos?

Orgulho, o brio, a altivez, a soberba,

Ou o simples pensamento de amor-próprio?

Avareza, a mesquinhez, a tenacidade, ser pão-duro,

Ou o simples pensamento que se emprestar alguma coisa, por generosidade, você não receberá de volta, já que é o que sempre acontece?

Preguiça, indolência, lassidão, moleza,

Ou a simples pensamento de que é melhor dormir do que sair para matar e roubar?

Luxúria, o desfrute da dominação de outros seres, a devassidão,

Ou a simples aspiração de querer ser amado?

Defina você mesmo o que é pecado.

Defina você mesmo quem é pecador

As sete virtudes opostas,

A Igreja nos faz essa proposta:

A Paciência, que opõe a Ira,

A Temperança, que opõe a Gula,

A Caridade, que opõe a Inveja,

A Humildade, que opõe o Orgulho,

A Generosidade, que opõe a Avareza,

A Diligência, que opõe a Preguiça

A Castidade, que opõe a Luxúria,

Defina você mesmo o que é virtude.

Defina você mesmo quem é virtuoso.

O pecado é mesmo pecado?

A virtude é mesmo virtude?

Isso só quem poderá saber é você mesmo,

No interior do seu ser,

Porque na verdade,

Todos somos pecadores,

E todos somos virtuosos,

Custa saber, o que nascemos para fazer,

Exercer o pecado,

Ou praticar a bondade.

Assim que descobrirmos,

Sabemos que nada mais irá nos fazer efeito,

Afinal, o que é mais efetivo que o nosso lúcido pensamento?