Recomeço escrita por Tina Granger


Capítulo 2
Capítulo 2




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Toshiro havia realmente ficado alto, kushina uzumaki pensou, olhando fixamente para o homem de vinte e dois anos, que no momento, brincava fingindo ser um monstro. Ele perseguia três garotos, os filhos do vizinho, como se fossem o jantar que ele comeria dali a pouco.

– Teuchi brincava com vocês dessa forma. – ela falou sem se voltar. Yusuke riu.

– Você ficava furiosa com ele, pois depois, a gente costumava ter pesadelos.

– Quando ele foi para la?

– Quase que imediatamente depois que você foi presa. A nossa prima Jun, nos cuidou enquanto ele mandava dinheiro para isso. Você não tem noção de quantas surras ela nos deu, quando aprontávamos.

Kushina começou a andar pela pequena cozinha.

– Entao, Minato morreu protegendo a vila de um demônio. filho da mãe. Uma das coisas que eu queria fazer, era acabar com ele!

– Pois é. Ele morreu... Sabe, eu não consigo acreditar que você saiu tanto tempo antes... E sem fugir!

– Olhe e aprenda, Yusuke, o que faz a determinação de uma pessoa. Não teve um único dia naquele inferno, que eu não trabalhei, mesmo em domingos e feriados... Eu fiz a coisa mais repugnante que pode haver, puxei o saco das pessoas certas... quando descansava, apenas o rosto daquele loiro cretino me aparecia na mente.

– Vai quando pra Konoha?

– Eu preciso acertar algumas coisas... mas enfim... Eu quero sair daqui a três semanas.

– Três semanas é muito tempo, mana. Porque você não vai antes e deixa eu resolver o que quer que tenha que resolver?

– São assuntos meus. – ela voltou para a porta, olhando novamente para Toshiro. – acha que Teuchi vai me aceitar na casa dele, com a sua santa e imaculada filha?

– Teuchi vai ficar furioso pois você saiu e a gente não avisou, isso sim. Se eu não estivesse enchendo sempre o saco do seu advogado, aposto que você não ia avisar a gente.

– Não ia mesmo. Eu ia direto a konoha, acabar com a raça de Minato.

– Teuchi cuida como pode do garoto, mana. Eu já fui la ver... E você sabe que o mano não podia pegar o moleque pra criar, como fez com a Ayame.

Kushina não respondeu. Yusuke deu de ombros, antes de começar a lavar as panelas do almoço que Toshiro fizera.

– - - - - - - - - -

Um mês e meio depois

Kushina olhou com dureza o símbolo da vila, pintado no enorme portão. Yusuke bateu levemente no braço dela.

– Belezoca, você tem certeza que vai querer entrar?

– Eu sou Kushina Uzumaki, E a menos que me matem agora, eu vou encontrar o meu filho. – ela murmurou, recomeçando a andar.

Toshiro e Yusuke olharam-se, dando de ombros, começaram a seguir a irma mais velha. Eles tinham quatro e seis anos, quando ela havia sido presa, julgada, pelo assassinato do antigo lorde do Pais do Vento. Yusuke tinha apenas dois anos, quando a mãe falecera, Toshiro um. Kushina assumira o papel de mãe e o outro irmão, TEuchi, o de pai, quando os pais, faleceram em uma missao.

Kushina fazia a vida dos pequenos, um grande aprendizado no mundo do crime. Mentir, roubar, era quase tao natural para ela e o mais velho, criados da mesma forma, E em tempos de guerra, eram coisas necessárias a sobrevivência. Transmitir isso aos pequenos era como respirar.

Os valores morais, apenas começaram a entrar na vida da Uzumaki, quando encontrou um homem loiro, muito ferido, quase morrendo. Ela pensou, seriamente, em simplesmente terminar o serviço. Mas algo, dentro dela, a impedira... E ela jamais tivera a mínima noção do porque disso.

Ela cuidara do homem até ele se recuperar. Ela, Toshiro e Yusuke. Teuchi estava fora, arranjando mais dinheiro...que ela não se importava de como viria, mas vindo era o que bastava.

Mesmo doente, Minato Namikaze era encantador. Quando recuperado, ainda fingira-se de doente, para ficar ao lado dela e dos pequenos. Inevitavelmente, os olhos azuis do loiro, haviam cativado o coração da arisca ruiva... que num momento, esquecera-se que, de certa forma, estavam de lados opostos.

Ela, dos conhecidos dele, conhecera apenas o sensei dele, que aparecera, os surpeendendo em um beijo... não muito inocente. Jiraya ao conhece-la, imediatamente, classificou-a como uma encrenca para o privilegiado Minato. A briga entre a Uzumaki e o sannin dos sapos fora certa. mais até que a noite viria após o dia.

E ao descobrir-se grávida, do loiro, Kushina quase enlouquecera. Mas, a calma do mesmo, fora tao contagiante, que, quando ele a convenceu ir a konoha com ele, ela não hesitou. Afinal, seus irmãos menores estariam com ela... E ela teria meios para avisar a Teuchi sobre onde viviam.

Mas acontecera, que eles precisaram passar pelo palácio do lorde feudal... que fora assassinado. Kushina fora acusada do mesmo, por motivos tao absurdos, que se ela se esforçasse um pouco, provaria ser inocente.

Mas a pergunta de Minato, se ela tinha feito aquilo, a desestabilizara. A pouca confiança que tinha em si, foi substituída pelo desamparo e desespero. Entao, ela deixou-se condenar por nada, passando o resto da gravidez e os próximos dezesseis anos presa.

Minato conseguira fazer, que ele obtivesse a guarda dele. Os irmãos pequenos de Kushina haviam sido levados pelo loiro, sendo cuidados por ele, até que a prima, chegara com ordens do juiz concedendo a guarda das crianças para ela. Ela terminara de educar os pequenos, dando instrução e botando juízo neles.

Kushina atravessou o portão da vila de konoha, imaginando como iria pegar seu filho de volta. Correu até alcançar a ponta de um poste, observando com secura o rosto esculpido do quarto hokage.

– Filho da puta. – ela murmurou. – você não teve coragem para esperar para me devolver o meu filho, não foi? Mas não se preocupe. Eu vim busca-lo da mesma forma.

Lançou um ultimo olhar ao rosto do homem a quem amara, antes de pular no chao. Yusuke e Toshiro discutiam com os guardas, e pela posicao das mãos, preparavam-se para lutar.

– O que estão fazendo? – ela perguntou secamente, chegando perto.

– Nós so vamos ensinar boas maneiras para esses dois daí, depois a gente... – Toshiro começou a gemer quando Kushina o puxou pela orelha. Repetiu o processo com yusuke.

– Não me interessa o quão estúpidos vocês pareçam. Eu não vou admitir um comportamento estúpido, inconseqüente, totalmente frívolo de vocês! Entenderam?

– Sim, sim. – os dois gemeram.

– Peçam desculpas ao guardas.

– Mas...

– Agora. – apertou mais as orelhas. Ambos descunaolparam-se, Kushina fez uma leve inclinação de cabeça, arrastando os dois daquela forma. Homens feitos que comportavam-se como se tivessem a idade de crianças, não eram tolerados por muito tempo por ela.

A ruiva largou os irmãos, logo. Aquela vila era interessante. Parecia ser tranqüila. Os irmãos, logo atras, resmungavam algo que ela preferiu não entender.

Ela caminhava sem pressa, ate que um gato correu desesperado por entre suas pernas. Ela arqueou levemente a sobrancelha, virando-se quando um garoto, de cabelos espetados, com um enorme cachecol passou por ela. Logo em seguida, mais um garoto de óculos e uma menina ruiva também passaram, seguidos por um homem, que tinha um lenço cobrindo a cabeça e óculos escuros.

O barulho de coisas quebrando fez que ela se virasse.

– NARUTO! – um homem berrou mais a frente. Ela ainda conseguiu ver o sorriso do moleque, ao escutar o nome. – KONOHOMARU!

O homem na faixa dos quarenta e poucos anos, virou-se, meio irritado. Porem, ao vê-la, ele estacou. Um leve sorriso estampou-se no rosto dele, enquanto ele abria os braços. Ela aproximou-se. o abraço trocado por eles foi forte.

Quando afastaram-se, ela o fitou, erguendo o rosto.

– Realmente... tirando o sorriso e a cara feia e aquela coisa... ele é todinho você.

– Ele está aqui? – ela virou a cabeça, procurando ansiosa pelo filho. eles não precisavam mencionar nomes, para saber sobre quem falavam.

– Não. – Teuchi riu. – Ele foi em uma missao, mas daqui a pouco está de volta. Enquanto isso... Você não quer um pouco de lamem?

– É claro que nós queremos! – Yusuke ergueu o braço. – ainda mais se for servido pela sua hime... ohayo, Ayame-chan... – ele piscou para a filha adotiva de Teuchi, que corou, antes de fazer uma breve reverencia para ele.

– Como vai, Yusuke...

– Por que razão você trouxe eles? – Teuchi não gostou nem um pouco, dos olhares trocados entre Ayame e Yusuke.

– Oras, sem nós a quadrilha não iria ficar completa! – Toshiro falou, pouco depois de virar-se, acompanhando com o olhar o andar de uma garota loira.

Levou um peteleco na orelha de Teuchi.

– Ayame, eu vou com eles até em casa. Cuide do restaurante, que eu já volto. – TEuchi pegou na orelha de Yusuke e Toshiro, passando a caminhar vigorosamente.

– É... algumas não mudam... – Kushina começou a segui-los.


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