Muy Guapo escrita por mizujagger


Capítulo 1
Mi español


Notas iniciais do capítulo

isdhfidshfi, me apaixonei por esse casal, zente D:
Tive que escrever uma história, era uma necessidade, damn.

Espero que gostem, fufufuu ~ s2



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O dia estava sem graça.

Lovino, apoiado em sua janela, olhou para o céu acinzentado. Não chovia nem fazia sol. Havia apenas densas nuvens, feias e gordas. Totalmente sem graça.

Suspirou e fechou a janela, caso começasse a chover depois. Acendeu a luz e olhou para o espelho na parede de seu quarto. Havia sempre um motivo para seu descontentamento. O cabelo era queimado do sol, os olhos pareciam desbotados e seu sorriso não era brilhante o suficiente. Pelo menos, não era tão brilhante quanto o dele.

Ao se olhar assim, tão atentamente, Romano percebia dezenas de falhas em si mesmo. Era como se fosse cego para enxergar suas qualidades. Defeitos, defeitos e defeitos. Apenas isso ele conseguia perceber.

Encostou a testa no espelho. Não sou bom o suficiente para ele. Não sou.

- Cazzo - socou de leve o vidro com as duas mãos.

Levantou a cabeça e resolveu retirar-se. Andou devagar até a cozinha.

Já eram seis horas, seria bom escolher o que iria comer. Macarrão com molho de tomate? Parecia ótimo. Pizza? Outra boa escolha. Antes que pudesse escolher uma das opções, o telefone tocou.

- Alô? - Como sempre, Romano está arrogante.

- Lovi? - Uma voz, mansa e conhecida soa na outra linha.

- Antonio? O que você quer agora?

- Aaah, você me reconheceu direto! Que fofo, Lovi, muito fofo!

Romano sente o rosto esquentar e agradece que não tenha ninguém olhando. Droga, por que justo ele o fazia ficar assim?

- Cale a boca, seu espanhol de mierda! Impossível não reconhecer sua voz irritante - Do outro lado da linha, Espanha riu.

- Lovi, já faz tanto tempo que eu não te vejo... Posso ir jantar hoje na sua casa?

- Que oferecido! Claro que não pode!

- Ué, por que não?

- Por que eu não quero, cazzo!

- Me dê um bom motivo para não ir.

- Eu não vou fazer comida pra você, e nem vou te deixar entrar, bastardo!

- Vamos, Lovino, não seja tão chato...

- Chato é você!

- Por favor.

- Ugh... Não sei... - Romano se odiava por nunca poder negar nada a Espanha. Era impossível, ele não conseguia. Simplesmente não conseguia.

- Por favor, Lovi...

- Tudo bem - suspirou, derrotado - que horas você vem?

- Obrigado, mi Lovino - ronronou o espanhol, fazendo o coração do italiano acelerar - Pode ser as oito?

- P-pode, eu acho.

- Então te vejo aí. Até mais - A ligação foi cortada.

- Idiota - murmurou Lovino, enquanto colocava o telefone do gancho.

Continuou a murmurar alguns xingamentos em relação ao homem e a vida. Porém, pegou-se fazendo macarrão com molho de tomate com muito mais carinho do que o normal.

 E Romano sabia - embora negasse - que só estava fazendo isso, porque era para ele. Para o seu Antonio.

 

Xx

 

Oito horas e alguns minutos.

Antonio bateu na porta.

- Mierda - disse o romano, enquanto se levantava de sua cama, indo até a porta. Tinha tido apenas meia hora de descanso.

Abriu-a e se deparou com um espanhol. Ele usava jeans, um sapato, e uma camiseta pólo verde, que realçava seus olhos. Se possível, o olhar de Antonio parecia brilhar mais do que cem esmeraldas juntas. Um sorriso pendia em seu rosto.

- Boa noite Lovi - disse com a voz suave - Tudo bom? - Ele praticamente ronronava. Romano sentiu seu coração acelerar. De novo. Engoliu em seco.

- Claro que nada está bom. Como poderia estar, sendo que você está aqui? - Arrependeu-se imediatamente de suas palavras. Percebeu o quão rude elas saíram. Serviram apenas para desmanchar o sorriso no rosto espanhol. A felicidade transformada em dor.

 

- Não, não! Eu não quis dizer isso - Lovino tentou explicar - Ah, não! Não fique triste, Antonio, por favor...

 

- Você não me quer aqui, Lovi? - Novamente, Romano sentiu um arrepio, só pelo fato do maldito espanhol ter dito o nome dele. É claro que o queria, não havia dito isso por telefone?

 

- Não. Quero dizer, sim! Eu quero você aqui.

 

- Quer mesmo?

 

- Sim - Lovino corou e desviou a cara.

 

Antonio pegou o rosto italiano com as mãos.

 

- Ah, você está corando, Lovi? Que bonitinho, haha...

 

- Me solta, espanhol idiota! - Ele se livrou das mãos espanholas e virou-lhe as costas. Antonio era impossível, impossível.

 

Praticamente marchando, Lovino rumou em direção à cozinha. Antonio fechou a porta atrás dele, e seguiu o menor, rindo da cara do mesmo.

- O que tem para jantar? - perguntou o moreno.

- Macarrão com molho de tomate e não estou nem aí se você não gostar! - retrucou Romano, emburrado.

- Impossível não gostar de algo que você tenha cozinhado - O espanhol comentou, sentando-se.

Lovino - um pouco corado - serviu os dois, abusando do molho.

- Caramba, Lovi - disse o espanhol, após a primeira garfada - Isso está muito bom, mesmo!

- Apenas coma - Resmungou Romano, embora sua face corada indicasse que ele havia gostado do elogio. Antonio sorriu.

Ficaram mais um tempo em silencio. O espanhol, ao terminar a comida, levantou o rosto para examinar o outro homem. Ele devorava o macarrão, sem nenhuma classe, mas por ser Lovino, Antonio perdoava. Seus cabelos eram castanho avermelhado, com mechas bem ruivas, por causa do sol. A pele, também era levemente bronzeada, embora ainda assim fosse de um branco bem claro. Romano podia ser tudo, mas feio não era. Tinha sua própria beleza, que somente ele não parecia enxergar.

Levantou a cabeça ao acabar de comer e se deparou com aqueles olhos bonitos e verdes o fitando.

- Tá me olhando por que, bastardo? - perguntou enquanto limpava a boca em um guardanapo.

- Você ficou tão bonito, Lovi. Quero dizer, sempre foi, mas antigamente era uma beleza mais fofa, se é que você me entende.

- O- o que? - gaguejou Lovino, surpreso com o elogio. Se havia alguém realmente lindo, esse alguém era Antonio, embora Romano nunca, jamais, fosse admitir isso em voz alta.

Também não iria dizer, mas o comentário o lisonjeara, portanto ficou feliz por mais ou menos três segundos. Depois, lembrou-se de sua imagem, do espelho, e de tudo o que o fazia não merecer o espanhol. Lovino é feio demais para Antonio. Era assim que ele pensava.

- Não fale coisas assim. Eu sei que não sou bonito, não precisa tentar me enganar... - Foi a resposta de Romano. As palavras eram tristes e sinceras, algo raro e que fez Espanha perceber a baixa alto-estima de seu menino.

- Não fale assim de você, Lovino - disse Antonio, se levantando e indo até o outro. Levantou seu queixo, forçando-o a encará-lo - Por que só você não percebe isso? Que você é lindo?

Romano não teve tempo pra corar, muito menos para responder, pois a língua espanhola imediatamente invadiu sua boca. Era um beijo gentil, com a intenção de acalmar a mente agitada de Lovino. Funcionou. No começo, o ruivo tentou se afastar, mas logo se entregou. Antonio sabia e todos sabiam que era isso o que ele queria.

As mãos espanholas percorriam as costas do italiano, enquanto esse entrelaçava seus dedos nos cabelos castanhos do outro. Desesperado pelo mais velho, Lovino desceu suas mãos até a calça de seu homem, com a intenção de tirá-la, mas foi barrado por Antonio, que segurou seus pulsos.

- Na cozinha não, Lovino - sussurrou com ar de riso na orelha do italiano. O pegou no colo e levou-o para seu quarto, ignorando a cara emburrada do menor. Colocou-o em sua cama e se virou para fechar a porta.

- Agora sim, Lovi, eu vou ter tempo pra te convencer de sua própria beleza. Embora eu não ache... - Ele se aproximou do menor, colocando um dedo embaixo de seu queixo - Que palavras vão ser necessárias.

 

Xx

 

Lovino acordou algumas horas depois, coberto apenas por um leve lençol e surpreso por estar dormindo nos braços de alguém. Sua situação piorou ao saber que os braços pertenciam a Antonio.

Lembranças do que fizeram antes de apagarem passaram em sua mente, fazendo o jovem ficar tão vermelho quanto um tomate.

Lembrou-se de como se entregara ao espanhol, conseguia até mesmo ouvir seus própios gemidos, seus pedidos... Era tudo muito constrangedor para se pensar. Lovino ainda não podia acreditar que realmente acontecera.

Mas no abraço de Antonio, ele se sentia confortável, seguro. Aninhou-se mais, encostando a cabeça no peito nu do mais velho.                               

- Acordou, Lovi? - O mais novo se surpreendeu ao saber que o moreno estava acordado. Porém sua voz estava grogue, como se fosse logo voltar a dormir.

- Não - Resmungou, não queria falar agora, aquele estúpido não podia apenas o abraçar e calar a porcaria da boca?

O maior sussurrou o que parecia uma risada e apertou mais Lovino contra seu corpo.

- Agora espero que você tenha entendido o quão bonito você é, Lovi.

O ruivo apenas corou, mas desta vez não tão intensamente. Como resposta abraçou fortemente seu amado.

A verdade era que Romano não se importava mais em não se achar bonito. Ele podia ser o quão feio fosse.

Desde que fosse feio na companhia dele.


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Notas finais do capítulo

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UHAUEHUA ♥