Love Of Childhood escrita por San Costa


Capítulo 12
Festa e decisão




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Sarah

         Os dias começaram a passar rapidamente, Mônica voltou a sorrir, porem seus sorrisos nunca alcançavam seus olhos. Zé se tornou uma amiga e os amigos dela também eram muito legais. Nós participávamos das aulas que tinham no castelo: Aula de luta, combate e defesa. Aula pra evoluir os dons, tínhamos aula de computação, aula de dança, e varias outras aulas.

         - Oie. – Zé falou se sentando ao meu lado, eu estava olhando enquanto a Mônica e a Mabel treinavam, ao lado da Zé estava o inseparável Luiz, ele carregava um bonde por ela, isso todos já sabíamos.

         - Oi. – Falei dando um sorriso aos dois, eles se sentaram e olharam pra luta, ambas eram muito boas, e como todos os vampiros odiavam perder, mesmo em um treino, então elas estavam dando duro.

         - Vocês vão à festa hoje à noite? – Zé perguntou.

         - Festa? – Eu realmente não havia ouvido falar em nenhuma festa.

         - Oh! Vocês têm que vir, será no quarto do Rafael, lógico o Carlisle e o Marcos sabem.

         - Será a que horas?

         - A partir das nove.

         - Ok. – Ficamos olhando o desenrolar da luta, quando o professor resolveu dar como empate ambas vieram pra junto de nós, Zé se despediu e saiu, não antes de dizer que a festa seria em trajes normais.

         Mônica e eu voltamos para o quarto e fomos procurar a roupa que vestiríamos. Quando olhei no celular vi cinco chamadas perdidas do Ariel, naquele momento meu peito doeu, era insuportável ficar longe dele. Retornei a ligação, mas foi a vez do celular dele estar fora de área.

- Tudo bem? – Mônica me perguntou.

- Sim claro. Vamos nos arrumar. – Enquanto nos arrumávamos Mônica me olhou varias vezes querendo dizer algo.

- Você teve noticias? – Enfim ela perguntou, um nó se formou em minha garganta e só consegui negar com a cabeça. Terminamos de nos arrumar em silencio, ambas colocamos uma bermudinha curta, eu pus uma blusa regata e Mônica uma soltinha.

***

- Que bom que vieram. – Jaque falou sorrindo, nós entramos. Tinham vários outros vampiros ali e todos eram da nossa idade. Logo nos entregaram algo que percebi que era bebida e não sangue. Pude ver que tinham outros drinks que eram feitos com sangue no meio. Como a bebida nos afeta “meio vampiros”, não demorou e vi que a Mônica estava ficando alta, porem ela precisava descontrair. Cantamos, dançamos e bebemos e a noite passou voando.

Quando entramos no nosso quarto, Mônica desabou em sua cama e logo vi que ela estava chorando, fui até ela e a abracei.

- Eu não agüento mais...

- Shiii. – A interrompi, eu queria muito saber o que estava acontecendo, mas não com ela sem saber direito o que estava fazendo ou falando. – Tudo vai dar certo, não se preocupe. – Repeti varias vezes a mesma coisa, até que senti seu corpo relaxar e entrar em um estado de sono.

Mônica

A festa havia sido boa, mas eu acordei com um pequeno subido no ouvido e uma rara dor de cabeça. Alem disso eu não sabia o que eu tinha falado pra Sarah. Levantei e percebi que ela já não estava mais deitada, me vesti e fui até a cozinha.

- Bom dia. – Falei para a Esme, a Sarah e a Zé que estavam na cozinha.

- Bom dia querida. – Esme falou.

- Bom dia. – Falaram Sarah e Zé ao mesmo tempo. Tomei meu café sem olhar direito pras meninas e depois saímos.

- Sarah eu... – Comecei a perguntar, sempre olhando para o chão.

- Você não disse nada. – Sarah respondeu sabendo o que eu queria saber. Ficamos em silencio por um tempo.

- Zé nos conta sua estória. – Pedi quebrando o silencio.

- Eu não lembro bem a parte de antes de eu ser transformada, mas vou dizer tudo o que lembro. – Assentimos com a cabeça e ela prosseguiu. – Eu nasci na Áustria, éramos somente meus pais e eu. Lembro vagamente de estar vindo de uma festa e encontrar o homem mais lindo que eu já tinha visto na vida. Não me lembro ao certo o que aconteceu, mas me recordo exatamente de como era sentir o fogo me consumindo. Quando acordei pra minha nova vida eu estava louca, sedenta por sangue. A realidade do que eu era só chegou a mim quando eu não resisti e ataquei meu amado pai. Eu parti para proteger minha mãe de mim, e então eu soube que não queria ser assim... – Ela estava visivelmente arrasada e soluçava um choro sem lagrimas. – Eu ficava o maximo possível sem me alimentar, e só quando já não era mais suportável que eu o fazia, pois eu não conhecia outro meio pra me alimentar. Assim eu passei mais de dez anos e então eu soube do grande confronto entre os Volturi e os Cullen “os vegetarianos”. E soube que eu não precisaria ser um monstro, não precisaria matar ninguém. A poucos meses Carlisle e o Marcos me encontraram. Eles me ofereceram um casa, aulas pra controlar meu dom e minhas habilidades vampiresca. – Isso me fez imaginar qual seria seu dom. Foi o que perguntei.

- Qual o seu dom?

- Eu sou um radar, posso localizar as pessoas, como o Demetri. É como se eu conseguisse ver suas mentes. – Ela nos olhou. – Bem deixa eu explicar melhor. Quando eu conheço uma pessoa, é como se o meu subconsciente catalogasse sua mente, daí quando eu penso nessa pessoa uma luz pisca e eu posso ir onde ela esta.

- Uau. – Sarah falou e eu somente olhei a Zé admirada.

- Oi princesas. – Rafael falou se aproximando, ele deu um sorriso enorme e uma piscadinha para mim. Eu tenho que dar o braço a torcer pra Sarah, ele realmente esta a fim de mim, e ele é um gatinho. Quem sabe é isso que eu preciso pra tirar o irmão da minha mãe da cabeça. – Já souberam da novidade?

- Não o que? – Zé perguntou o que todas queríamos saber.

- Os lideres vão mandar uma comissão até a França pra dar um aviso a alguns vampiros que não tem respeitado a lei. – Eu não sabia porque mas algo fez meu coração disparar.

- Quem irá? – Perguntei rapidamente. Sarah me olhou certamente preocupada, mas era tarde demais, eu queria ir.

- Nem pensar. – Sarah falou, mas eu já tinha saído, pude ver que ela me seguia, juntamente com a Zé e o Rafael, mas eu já tinha me decidido.

- Carlisle. – Chamei me aproximando de onde ele estava, pude ver que ele falava com a Renata.

- Mônica. – Ele olhou para mim e perguntou. – Posso ajudá-la?

- Me deixe ir à missão. – Fui direta. Carlisle me olhou sem reação, por isso ele não esperava, ele olhou para Sarah que estava do meu lado.

- Querida... Por mais que seja somente uma missão de aviso, é arriscado. – O fuzilei com o olhar. – Não que você não saiba se defender.

Realmente eu sabia, meu dom havia evoluído muito e nas ultimas semanas aqui eu havia treinado mais que em toda minha vida.

- Se ela for eu vou junto. – Sarah falou e eu quis socar minha querida amiga.

- Não mesmo. – Carlisle falou e eu vi os olhos da Sarah brilharem. De repente sua interrupção me pareceu apropriada.

- Você esta querendo dizer que não somos capazes de fazer isso Biso? – Eu a conhecia bem demais e sabia que agora isso era pessoal.

- Não foi isso... – Carlisle tentou se explicar porem foi interrompido, desta vez pela Zê.

- Eu posso localizá-los e o Luiz pode ir também. – Renata que estava calada falou.

- Eu posso ir com eles. E posso avaliá-los. – Carlisle pensou por um bom tempo e eu já estava me perguntando o que ele diria.

- Ok então. – Ele respondeu, foi impossível segurar o sorriso, a adrenalina já pulsava em minha veia. Só espero não ter posto meus amigos em perigo.


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