Better With You escrita por Larissa


Capítulo 13
If You Believe In Love, You Believe Us II.




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Ela sentiu um aperto no peito. Justin havia a chamado até ali apenas para vê-lo com a Jasmine? Qual era o problema daquele garoto, afinal? Nicole sentiu vontade de ir até lá e tirar satisfações, mas não encontrou coragem suficiente. Não conseguia entender o que estava acontecendo entre eles. Em um minuto Justin mostrava ser uma pessoa e no minuto seguinte, outra. Outra completamente diferente. Alguém que Nicole não gostaria de conhecer.

- Então agora você entende que ele não serve para você? – Nicole estava tão fora de si que não notara a presença de outro alguém ali. E esta era a última pessoa que Nicole gostaria de encontrar em momento como este. Ela limpou as lágrimas que desciam por seu rosto, insistentemente, tentando disfarçar.

- Vo-você? – sua voz saiu num fio, completamente falha. O garoto lhe encarou com um olhar que Nicole já estava acostumada e odiava – Não me diga que mereci.

- Nic, ele não é para você – Chad repetiu, enquanto a puxava para perto de si, Nicole desviou o olhar de Justin e Jasmine.

- Me solta! Eu e você... Desiste, Chad... Vá embora daqui – disse com um tom choroso, ele arqueou uma sobrancelha e sorriu com desdém.

- Você não entende? Ele te chamou aqui para te humilhar! – ele disse friamente ainda com aquele maldito sorriso nos lábios. De uma forma aquelas palavras destruiram o coração de Nicole em diversos pedaços. Ela olhou uma última vez ao longe, observando Justin e Jasmine. Talvez aquelas palavras fizessem algum sentido, afinal de contas. Nicole empurrou Chad e saiu correndo, sem dizer uma palavra sequer.

Justin’s pov.

O meu último pensamento ao lembrar que eu estava beijando a Jasmine foi... Oh, droga! Eu estou beijando a Jasmine! Qual o problema comigo?  Eu gosto da Nicole. Só da Nicole. Eu abri os olhos e empurrei Jasmine para longe de mim. Ela ainda tinha os olhos fechados e notei o sorriso vitorioso invadindo seus lábios. Idiota.

- Nunca mais se aproxime de mim – eu estava sentindo uma raiva que eu jamais havia sentido antes.

- Justin – ela começou a falar, mas eu não ouvi uma palavra sequer para ser sincero. Eu desviei o olhar para onde Kenny estava e ele havia se levantado, e saiu correndo atrás de alguém. Eu apertei os olhos, tentando enxergar. Droga! Era ela. Era Nicole. Eu fiquei me perguntando o que ela fazia ali se não foi ela quem me mandou aquele bilhete e o por que o Chad... Ei, espera aí! O que aquele otário estava fazendo ali? Eu deixei Jasmine falando sozinha e corri o mais rápido, tentando alcançá-los. Quando estava longe pude escutá-la gritando meu nome e mais alguma coisa que eu não cheguei a ouvir.

- Ei, ei, ei, aonde o senhor pensa que está indo? – eu havia esbarrado em Kenny e ele puxou pelo braço, enquanto eu olhava Nicole correndo em direção ao hotel com Chad na sua cola.

- Eu preciso... Kenny, eu... A Nicole... Por favor! – eu falei gaguejando, tropeçando nas palavras.

- Agora não é uma boa hora. Ela não parecia querer conversar com você – Kenny falou num tom sério demais – ou muito menos parecia uma das suas fãs... – será que ele não percebe que não é hora para as piadas super hiper mega engraçadas dele? Ok, eu fui irônico agora. As piadas dele são péssimas. Uma vez ele me perguntou qual era a nova lei do Brasil e eu disse que não sabia e ele respondeu: lei de gaga. Eu fiquei uma hora rindo disso para ele não pensar que eu não havia entendido.

- Ao menos me solta, ok? – eu pedi e ele me olhou desconfiado, mas cedeu.

Então aproveitei para sair correndo. Kenny veio logo atrás de mim, gritando comigo. Quando estava chegando perto da entrada do hotel vi uma multidão e entrei no meio, na tentativa de despistá-lo. Kenny passou por algumas meninas que estavam ao meu lado e eu me virei, ajeitando o boné. Ergui a cabeça para me certificar que ele havia ido – ele estava prestes a entrar no hotel – quando eu quase fico surdo. “É O JUSTIN BIEBER!” Eu escutei uma menina dizendo. Era tudo o que eu precisava! Um fã clube do Justin Bieber. “Aonde?” escutei Kenny perguntando enquanto dava meia volta – um pensamento maluco me ocorreu agora... Imaginei ele vestindo uma camiseta com o meu rosto enquanto pulava e perguntava “onde, onde?” Er... Justin, agora não é hora – Eu senti várias mãos me puxando ao mesmo tempo e... Ei! Alguém acabou de me encoxar?

- Justin, Justin! Me dá seu autografo?

- Justin, tira uma foto comigo?

- Autografa meu braço? – eram tantas vozes falando ao mesmo tempo, que eu achei por um segundo que ia enlouquecer. Quando virei o rosto rapidamente, vi Kenny chegando perto... Ok, pensa... Pensa... Pensa, Justin!

- Ok, meninas! – falei alto, tentando chamar a atenção – eu estou meio ocupado agora, então... – eu peguei uma caneta da mão de uma das meninas e puxei o braço da outra – liguem para mim! – eu escrevi o número do meu celular, não, brincadeira. Na verdade é o número do Scooter, ha. As meninas foram todas para cima da outra enquanto eu consegui ser salvo de não ser vendido no ebay ou coisa parecida.

Eu vi Kenny chegando perto das meninas. Respirei fundo e entrei no hotel, finalmente. Eu subi pelas escadas até o décimo terceiro andar, sério, se me perguntarem como eu cheguei lá em cima tão rápido não ia saber dizer. Eu já estava sem fôlego quando bati na porta do quarto em que a Nic estava hospedada.

- Ahn... Justin? – foi Tina que abriu a porta, eu sorri sem jeito para ela, com as mãos no peito, tentando recuperar o fôlego.

- O-oi, Ti-tina – eu acabei gaguejando – Ca-dê a Ni-Nic? – ela ergueu as sobrancelhas, enquanto me olhava surpresa.

- Justin, a Nic, ela... – silêncio, oh droga. Silêncio não é bom nessas horas – a Nic... Ahn... Ela...

- Fala logo! – eu acabei por gritar com ela, sem querer, Tina arregalou os olhos – Me des-desculpa, ok? Eu só preciso saber da... Nicole... – as palavras iam saindo uma de cada vez, eu estava cansado demais já.

- Tudo bem, quer entrar e beber alguma coisa?

- Não! Tina, escuta, é importante. Onde está a Nicole? – ela hesitou em responder. Mas deixou escapar um longo e doloroso suspiro.

- Ela voltou para Los Angeles, Justin – o que?

- O que? – eu repeti o que havia acabado de pensar, Tina deu de ombros.

- Não sei o que aconteceu entre vocês, mas dessa vez acho que... Ahn... Você conseguiu acabar com tudo.

- Oh, não, não, não! Eu me odeio. Justin Drew Bieber, você é o cara mais idiota do mundo, como você pôde estragar tudo, assim? Ah...

- Justin, para! – Tina me impediu de dar um soco na parede – Se você correr ainda pode alcançá-la

- Ok, correr. Eu corri até aqui, posso correr mais um pouco.

- Certo, boa sorte.

- Obrigada.

Eu desci novamente, e quando estava chegando na porta de entrada do hotel, Scooter estava voltando de fora.

- Scooter! Scooter, eu preciso da sua ajuda!

- Ainda bem que eu te encontrei, garoto! Sua mãe quase enlouqueceu quando o Kenny disse que você havia fugido...

- Scooter, agora não! Cadê a Nicole? Você a viu? – eu o interrompi. Minha mãe pode dar os ataques dela mais tarde, não agora.

- Justin...

- Por favor!

- Ela só me disse que nunca mais queria ver esse cabelo “voando” na frente dela – como assim ela não queria mais ver esse meu cabelo “voando” na frente dela? Esse é meu charme, e em parte foi o que ajudou a conquistar ela. Quer dizer, eu via a cara de boba que ela ficava, toda hora que eu fazia meu hair flip na frente dela! – Eu não sei o que aconteceu, mas dessa vez você deve ter passado dos limites.

- Não! Eu não fiz nada, Scooter, por favor. Eu preciso voltar para Los Angeles, agora.

- Isso é impossível.

- Onde está agora aquele papo de “você é o Justin Bieber, nada é impossível para você?”

- Eu estava me referindo a matemática quando disse isso. Seus pais vão me matar, ou melhor, me despedir se eu te mandar de volta para Los Angeles sem consultá-los antes!

- Mas é importante!

- Justin, não. Agora por que você não vai jantar?

- Eu não quero jantar, eu quero a Nicole! – Scooter levantou uma sobrancelha e me encarou.

- Certo... Eu não ia te dizer isso, mas o Usher está em reunião no salão principal do hotel e depois ele volta para Los Angeles, então... – Scooter deu de ombros e sorriu para mim. Certo, eu já havia causado estragos demais em uma noite. Mais um só não seria problema.

- Obrigado.

- Vai lá, garoto. Mas escute aqui, Justin! Se você magoar a Nicole outra vez, eu te coloco em um avião para o Japão e você nunca mais volta, está me entendendo?

- Sim, senhor! – eu falei brincando. Scooter foi embora e eu sai correndo em direção ao salão. Haviam várias pessoas muito bem vestidas e falando baixo demais, eu olhei em direção a uma mesa grande, dentro do salão e avistei Usher conversando com um cara, que devia ser umas três vezes maior que ele. Eu já ia entrando no salão quando uma mulher me barrou.

- Desculpe querido, proibido crianças – hã? Como assim proibido crianças?

- Moça, você sabe quem eu sou?

- Hã... Não – ela me olhou mais de perto, eu tirei o boné – Ahn, desculpe – eu sorri para ela, colocando de volta o boné, pensando que ela ia me deixar passar - Proibido Justin Bieber’s – Essa mulher está zoando com a minha cara, só pode.

- Não, acho que você não entendeu! Eu preciso falar com o Usher. Sabe o Raymond? O cara que canta “Yeah, yeah, Shorty got down to come and get me” - se ela não me deixar passar depois desse show particular que eu dei para ela, eu desisto.

- Ah, eu sei quem é!

- Então, é urgente, eu preciso mesmo falar com ele!

- Desculpe querido, mas qual parte do você não pode entrar lá, que você não entendeu?

- Nenhuma! E se você não me deixar passar, eu começo a gritar.

- Eu duvido – ah, sério? Ela está me desafiando? Oh, ela não sabe que não se pode desafiar um Bieber. Eu contei até três e comecei a berrar, literalmente. Todo mundo passou a olhar para nós e eu consegui finalmente chamar a atenção do Usher que veio correndo ao nosso encontro.

- O que está acontecendo aqui? Justin? Você está bem?

- Usher! – eu corri para perto dele – Eu preciso da sua ajuda. A Jasmine armou contra mim e agora a Nic foi embora, me leva para L.A. com você, por favor! – para o meu desespero o Usher começou a rir.

- Ei, ei, calma, assim eu não entendo nada. Por que você não me espera no quarto? Quando eu chegar nós conversamos.

- Não! Usher, você vai para L.A. não vai?

- Daqui a pouco.

- Então, me leva com você. Eu te imploro! Por favor, você quer que eu me ajoelhe, eu me ajoelho, mas me leva com você! – ok, eu exagerei um pouco, mas eu já ia me abaixando quando ele me puxou pelo braço, enquanto sorria para a mulher que ia se afastando de nós.

- Ok, você venceu! Mas não faça mais isso.

- Me desculpe, mas você não queria me ouvir.

- Eu preciso fazer mais isso.

xxx

Nicole’s pov.

Eu fui uma idiota de pensar que eu e ele podíamos dar certo. Afinal de contas, nós mal nos conhecíamos. Passei alguns dias ao lado dele e achei que o conhecia tão bem e que ele realmente estava sentindo algo verdadeiro. Todas as vezes nas quais olhava nos meus olhos e dizia aquelas coisas... O pior era que eu realmente via algo naquele olhar. Algo que me fazia sentir bem, me sentir totalmente apaixonada por ele. É. Pela primeira vez eu assumo para mim mesma. Eu estou apaixonada por Justin Bieber. O garoto que quebrou meu coração em vários pedaços. Como eu fui tola de imaginar que ele gostava de mim.

No fundo ele apenas me usava para disfarçar o namoro dele com aquela... Certo, eu não quero mais pensar nisso. Eu tenho que pensar no que eu vou fazer da minha vida. Agora que eu não tenho mais um emprego. Eu não quero voltar para o Canadá. Droga. O que eu ou fazer?

Eu me joguei no sofá e liguei a TV.

E no primeiro lugar... One Time de Justin Bieber!”

MTV idiota. Eu desliguei a televisão e voltei a atenção para o meu pote de sorvete. Para falar a verdade eu não quero sorvete. Eu quero o Justin...

Ops! Você não pode mais pronunciar esse nome.

Eu deixei o pote de sorvete em cima da mesa e deitei no sofá, olhando para o teto pensando em tudo aquilo que eu havia passado até ali. Aquele maldito beijo, a primeira vez que o vi e que o tive tão perto de mim. Pára Nicole! Está proibida de pensar nisso também.

Eu abri os olhos e o interfone tocou. Eu os fechei novamente. Fosse quem fosse eu não queria ver ninguém agora.

Mas ele tocou de novo e de novo.

Estava caindo um temporal lá fora.

Maldito interfone que não parava de tocar. Eu me levantei e fui atendê-lo sem vontade alguma.

- O que foi, Andrew? Não disse que não queria que me incomodassem?

- Desculpe Nic, mas tem alguém aqui que não vai embora até falar com você – meu coração por algum motivo bateu mais forte. Não faça isso, Justin. Por favor.

- Mande-o embora – eu escutei uma outra voz, chamando por Andrew.

- Deixe eu falar com ela!

- Andrew, mande-o embora!

- Não, você tem que me ouvir.

- Não! Vai embora Bieber!

- Não, eu não vou até você me ouvir.

- É uma pena por que você vai ter que ficar aí o dia todo!

- Tudo bem, eu não estou com pressa!

- Está chovendo, seu maluco.

- Eu não ligo. Vou ficar esperando você falar comigo.

- Adeus, Bieber.


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