Ela atirou a faca. Deu o veredicto à respeito da vida daquele homem que corria no beco escuro antes de ser atingido pela faca prateada, caiu com um grito e, com a ajuda da luz da lua, Lis viu o sangue manchar seu casaco grosso e pingar na neve. Ela caminhou ao lado do homem que pedia por piedade e agachou para estreitar a distância entre os dois, apoiada apenas nas botas pretas de salto alto. Era péssimo para correr, mas ficavam lindas. Isso era só mais uma das coisas que ela estava aprendendo com Romanov.
— Agora vai me dizer seu nome? - Ela pronunciou lenta e graciosamente, como a deusa que era.
— Gab-Gabriel - Tossiu.
— Ótimo, Gabriel. Agora, me fala, vai, quem te mandou?
E ele rosnou.
— Gabri-
— Angel? - A voz de Clint Barton saiu do fone de ouvido que ela quase nunca ficava longe por mais do que alguns minutos
— Fala.
— Estamos com problemas.
— Estou indo. - E se levantou - Nos falamos depois, Gabe.
E desfilou para fora do beco imundo e gelado, deixando o homem no chão. Ele devia ter uns trinta, barba rala, cabelos negros, rosto redondo e um jeitão de bad boy. Era bonito, ela até lembrou de ligar para a emergência antes de chegar ao endereço que Clint passou.