Sei e não sei quem eu sou.
Posso ser um vulcão louco, incontrolável. Frêmito.
Posso ser um vazio insuperável, frio. Entorpecido.
Posso ser alegre, feliz. Algo bonito.
Posso ser algo aborrecido, duro. Embrutecido.
Posso ser algo louco, imprudente, impetuoso. Perdulário.
Posso ser algo calmo, preciso, relaxado. Sentimentos, talvez, antigos.
Posso ser feroz, agitado, irritado. Um instinto involuntário.
Posso ser solidário, companheiro, caridoso. Amigo.
Posso cometer erros estúpidos, bobos, imperdoáveis. Grandes erros improváveis.
Posso acertar.
Mas pouca gente irá se importar.
Posso viajar, mudar os ares, me modificar.
Posso ficar parado no tempo, seguir uma rotina... me desanimar.
Posso ler, ouvir música, saber mais sobre povos, me encher de cultura.
Posso me aquietar em algum canto qualquer sob uma luz obscura.
Posso caminhar por aí, pelos campos, parques, shoppings, ou qualquer lugar na minha velha vizinhança.
Posso me limitar a ficar em casa, cozinhar, mudar móveis de lugar ou apenas sentir a quietude de uma casa vazia, repleta de lembranças de infância.
Posso me espremer entre as pessoas no meio da rua, indo para o trabalho, escola ou qualquer lugar onde eu tenha que ir.
Posso ficar estendido na cama, olhando o teto, procurando não pensar em nada, me redescobrir.
Posso pensar em milhares de possibilidades para tornar meu trabalho mais fácil, mais produtivo, mais proveitoso, menor.
Ou posso fazer planos para ser uma pessoa melhor.
Afinal, quem eu sou?
Um ser humano.

P.s.: Se for copiar e colar essa poesia no seu perfil, me dê os créditos, ela foi feita por mim. E lembrando: isso pode dar problemas por aqui.