Eu a vi em meus sonhos. Ainda que não saiba o seu nome, não consigo esquecê-la.

Ontem à noite você apareceu novamente para mim, meu amor.

Eu temo acordar desse sonho se abrir meus olhos... Esta noite, você virá outra vez?

Porque a frieza de Bae Joohyun aquecia o coração de Park Sooyoung. E era só o que importava.

Joohyun não sabia o que era sentir. Nunca soube, nunca precisou saber. Sua família lhe ditava as regras e ela as cumpria sem contestar, não precisava perguntar. Sua vida fora traçada desde antes de seu nascimento. Quem era ela para mudar o que já fora escrito?

Joohyun não precisava e nem queria pensar. Caminhava pela vida, lenta e calculadamente, olhando apenas para a frente.
Ainda que não visse nada.

O rosto fora esculpido pelo mais habilidoso dos escultores. A natureza fora generosa com Joohyun, e como o fora... Sua beleza era incomparável, provocando admiração e medo em todos os que a viam pela primeira vez. Ela era inumanamente bela.

Mas a natureza também fora cruel com Joohyun. Pois a fizera como uma daquelas bonecas de porcelana que são tão lindas que não se sente vontade de usá-las para brincar, apenas deixar na estante e encarar por horas a fio, lembrando-se de tirar a poeira com alguma frequência para não macular a beleza pura e sem vida.

Joohyun nunca sorria.

Talvez Sooyoung fosse a única capaz de fazer com que Joohyun enxergasse o mundo sob uma nova perspectiva.
Talvez apenas Sooyoung pudesse fazer Joohyun... Sentir.

Por quê é tão difícil dizer a uma pessoa o quanto ela realmente significa pra nós?

É tarde demais para nós. Mas seguirei te amando, enquanto o eterno existir...