Dentre meus vários pseudônimos, meu preferido é o da personagem que criei para ser eu, Bárbara Caborat, por tal motivo, me apresentarei à vocês como a mesma. Mas na vida real, ainda sou muito jovem, gosto tanto de filmes antigos quanto gosto de livros. E ao ler as histórias, ficará cada vez mais claro quem eu sou e quais são minhas opiniões.

Não quero dizer quem eu sou agora, porque tudo na vida tem que ser pesquisado. E até porque, eu não sou mais tão jovem, e isso não é orkut.

Eu não sou a melhor que encontrarão, mas talvez eu seja a pior. Quer dizer, posso não ser a pessoa que vocês encontrarão no futuro e poderão dizer: "Nossa, eu lia tudo o que você escrevia!", porque isso não vai acontecer.

Algum dia, sim, eu pretendo ser uma ótima escritora. Aquela escritora que irá fazê-los rir, chorar, e que irá criar tantas filosofias que usarão na vida real. Mas por enquanto, tudo o que sou é uma garçonete. E continuarei sendo essa garçonete até que tenha algo que vale a pena ser contado.

Talvez eu seja como Paulo Coelho. Talvez eu seja uma louca. Mas como saber? Todos os dias uma nova faceta se revela em mim, e dentre tantas, fica cada vez mais difícil saber quem eu sou de verdade.

Lésbica, hétero, bi? Bem, até onde eu sei sou hétero. Mas eu não tenho nada contra homossexualidade, e se eu tivesse tido a escolha, teria escolhido ser lésbica. Estranho? Não. Não acho.

A vida é imprevisível, e na boa, eu não me acho boa o suficiente para tocar corações e fazê-los chorar. Não sou John Green. Não sou Shakespeare. Não sou Agatha Christie. Não sou J. K. Rowling. Não sou Koushun Takami. Sou Bárbara Caborat, e só o destino sabe o que vai acontecer comigo. E com a minha escrita. Sou alguém que não existe.