O que ser quando se tem 17 anos? O que fazer com uma adolescência pulando para a fase adulta, à beira de um ataque de euforia dos sonhos e objetivos desejados?

Bom, a primeira sugestão é acreditar nos sonhos. Se você não acredita, não adianta abrir os olhos de manhã e repetir a mesma rotina de sempre – escola ou faculdade; trabalho; família; amigos... Afinal é essa a graça do cotidiano ser o mesmo, a Terra gira em volta do seu eixo todos os dias, do mesmo jeito, no mesmo ritmo, e você cansa da mesmice, e começa a fantasiar coisas até então impossíveis. Sim, até então. A partir do momento que você cria um pensamento na sua cabeça, por mais absurda que seja, você cria uma coisinha minúscula chamada possibilidade. E desse mínimo termo, dessa ponta de esperança, você faz com que nasça um novo sonho, uma nova chance para ser feliz, uma vida completamente diferente da sua.

Isso acontece com os escritores. Eles são chamados de malucos, de sem noção, antissociais e até mesmo casos perdidos. Mas se não fossem por eles, nossos sonhos seriam tão restritos, que já teríamos desistido de fabricar novos toda vez que temos um tempo livre.

Então para que esses sonhos e desejos malucos sejam compartilhados conosco, os escritores criaram os livros – instrumentos de liberdade de expressão em que só leem aqueles que se interessam pela história, ou seja, pessoas que criticam você por seu gosto literário jamais irão querer ler seu livro favorito. Veja as críticas como vantagens.

Livro. Essa pequena palavra, simples, inofensiva, abre as portas para tantos mundos diferentes que até perdemos a conta. Um termo, um substantivo, que consequentemente transforma-se em um verbo: ler.

Aí, a partir do momento que você conjuga esse verbo na primeira pessoa, conhece as peças principais do segredo da magia da leitura: os personagens.

De todos que conheci, alguns marcaram tanto minha vida, que acabaram tornando-se meus verdadeiros amigos.

Primeiramente, a favorita de uma saga favorita: Isabella Swan, que com seu jeito atrapalhado, tímido e retraído de ser, conquistou-me por completo e me deu a certeza que o amor, por mais improvável e impossível que seja, pode superar tudo e ser vencedor no final.

Jacob Black, que por ser um amigo tão companheiro, disposto a qualquer loucura pela felicidade e tão determinado por aqueles que ama, me fez acreditar que a coragem e a esperança são mais importantes que tudo quando se trata do amor.

Edward Cullen, que por ser tão amável, cuidadoso e gentil, mostrou-me que além de tudo, você deve proteger aqueles que ama.

Alice Cullen, uma amiga tão fofa, presente e companheira. Ela é um exemplo de lealdade e confiança.

Renesmee Cullen não é nada mais nada menos que a prova de um amor impossível, que desde o início lutou, sangrou, mas aprendeu, com a dor e o sofrimento, a superar todas as expectativas e negatividades.

Lena Haloway, que me apresentou a doença mortal que, ao contrário da definição, te faz viver intensamente cada minuto da sua vida com todo o amor que, os que vivem mais de cem anos, não chegam a possuir. Entre o amor e a mentira, escolho aquilo que me faz feliz.

Alex Sheathes, um admirador da verdadeira beleza, do valor que vem de dentro e encanta os que estão à sua volta. Invalidade não significa nada.

Peregrina, a alma mais boa e pura do universo, uma contrariedade da negatividade dos humanos que perambulam pela Terra.

Melanie Stryder, a humana mais corajosa e determinada das cavernas, ela nos faz acreditar que mesmo que tudo esteja perdido, de alguma forma haverá uma solução se você não deixar de lutar.

Ian O’Shea, que assim como Alex, valoriza o eu interior, as qualidades, os gestos, as expressões, as palavras.

Annabeth Chase, a menina mais sábia e estratégica das histórias. Ela te faz pensar que pode se conseguir tudo quando se usa a cabeça.

Thalia Grace, a garota que lutou contra a própria morte para proteger os amigos, e que jamais desistiu de permanecer firme e forte.

Percy Jackson, o Cabeça de Alga fofo e corajoso, que usa sua lealdade como sua arma principal.

Bipa, que por mais fria que fosse a neve, conseguiu seguir em frente em busca de um amor até então escondido pela opacidade do próprio coração.

Liesel Meminger, que me ensinou que roubar livros não é um crime, mas um meio diferente de desfrutar do prazer.

Sonhe, pois sonhar não mata ninguém, se houver decepções é porque você parou de lutar. Não culpe um sonho que não aconteceu, pois ele só depende da sua determinação.

Não existem palavras para isso

"Olhos castanhos e afetuosos, da cor de chocolate ao leite - a cor exata que tinham sido os de Bella.

Meu tremor parou subitamente; o calor me inundou, mais forte do que antes, mas era um novo tipo de calor - não queimava.

Era resplandecente.

Tudo em mim se desfez enquanto eu olhava o minúsculo rostinho de porcelana de bebê meio vampiro, meio humano. Todas as linhas que me prendiam à minha vida foram rompidas em golpes rápidos, como se alguém cortasse as cordas de um feixe de balões de gás. Tudo o que me tornava quem eu era meu amor pela garota morta no segundo andar, meu amor por meu pai, minha lealdade à minha nova matilha, o amor pelos meus outros irmãos, o ódio pelos meus inimigos, minha casa, meu nome, meu eu desconectou-se de mim naquele segundo e flutuou para o espaço.

Mas eu não fiquei à deriva. Um novo fio me prendia onde eu estava.

Não um fio, mas um milhão deles. Fios não, cabos de aço. Um milhão de cabos de aço me prendendo a uma única coisa ao próprio centro do Universo.

Podia perceber isso agora como o Universo girava em torno daquele único ponto. Eu nunca tinha enxergado a simetria do Universo, mas agora ela era clara.

A gravidade da Terra não me prendia mais ao lugar em que eu estava.

Agora era a garotinha nos braços da vampira loura que me mantinha ali.

Renesmee."

Jacob Black, Amanhecer.