Comentários em Roupas no Varal

The Escapist

26/07/2015 às 19:58 • Em branco
O que acha que precisa ser melhorado?

Devia escrever mais.



O que mais gostou no capítulo?

pato de borracha de cor verde-limão



Eu tô sem saber onde eu estou, Edgar Varenberg, meu jovem, como você consegue fazer isso? É pó de cereja? Enfim... Bem que você avisou que a narração era leve, e além disso, é uma delícia de ler, adoro mesmo a maneira como você trabalha com as palavras, é tão poético, sabe? Eu queria saber escrever nesse nível também ~chora de enveja~. E um enrendo complicadinho. Sim, eu não vou mentir e dizer que não achei complicado, até porque eu sou burrinha mesmo, então, não foi exatamente fácil acompanhar a sua genialidade. E eu não vou contar o que eu achei, com vergonha da possibilidade de não ter entendido direito a história xD
Ai, Tobias, que personagem lindo. Encantador. Angustiante. Eu não tenho mesmo palavras para descrevê-lo; a inocência e ao mesmo tempo a compreensão da vida dele é uma coisa desconcertante; a solidão e talvez o desejo de ter alguém em sua vida partiu meu coração. O final meu deixou um pouco confusa, me fez pensar que o Eduardo não existe "de verdade", o que não é tão sem sentido, já que ele só aparece por ali à noite, não sei, seria ele apenas coisa da cabeça de Tobias? Isso é que o mais triste.
Olha, sério, desculpa o reviu retardado, mas acho que cê deveria escrever mais, sabe? E de preferência não excluir a história depois *cof, cof*. Porque é uma coisa incrível ler suas palavras.


Resposta do Autor [Edgar Varenberg]: Se você está sem saber onde está, você está no local certo, Escapist; nas minhas histórias com certeza tem gente se perdendo nas interpretações e muito pó de cereja. Bom, pra começar, o irônico é que eu que tenho inveja da sua escrita (ué, gente xD), escreve bem, consegue completar o nano, ganhar as parada tudo, e ainda sem perder a qualidade e sempre participando, queria ser mais assim do que só simplesmente digitar aleatoriamente. A poesia está dentro de mim, sempre esteve, ultimamente tem virado algo tão natural dentro do meu ser que eu não consigo mais abandonar, minhas narrações acabam sempre com tons poéticos porque eu necessito de drama para guiar meus acontecimentos, para conduzir o leitor a ter uma experiência produtiva, porém, ao mesmo tempo, não cansativa. É um saco você ler uma coisa e ficar com aquela ansiedade de "Por que isso não acaba?", então eu tento o máximo fazer isso. Já quando eu quero trabalhar com narrações mais pesadas, eu procuro escrever menos, porque aí não tem jeito.

Eu também não tenho palavras para descrevê-lo (aquela piadinha sem graça só porque eu não o descrevi na história *ba dum tss*). O meu principal foco em "Roupas no Varal", apesar de todo o romance, a dramatização e os segredos por trás do que realmente está acontecendo com o Tobias, é, na verdade, uma crítica. Sim, essa história é um tanto pessoal, eu a fiz como uma crítica aos meus 14 anos e procurei trabalhar três coisas que marcaram essa minha época: inocência, solidão e falta de noção. Quando eu peguei o tema "Asneira - Tem gente que não tem noção", eu já imaginei logo de cara essa crítica, eu precisava fazer algo que me criticasse dessa forma. Eu infelizmente sou muito amador quando se trata de literatura, eu não consigo fazer histórias independentes, elas sempre estão a falar de mim, é uma coisa que eu não consigo evitar, tenho uma escrita extremamente pessoal, tenho isso em mente, porém não me vejo mudando, até porque não vejo motivos para eu, um escritor por obrigação emocional, ter que mudar. Se eu escrevo por emoção, por que então deixar de falar de emoção? Então eu tentei trabalhar toda essa crítica dentro de um enredo em formato de "redoma", ou seja, um modelo todo trabalhado num único lugar, numa única mente, numa única situação, mas cheio de perguntas com respostas cada vez mais distantes, não é mesmo?

Sobre o Eduardo, bom, como eu vou te explicar tentando se adequar ao que você interpretou... (gosto muito de me comunicar conforme a pessoa leu a história, se você reparar a resposta dos meus reviews, vai ver que eu sempre comento coisas totalmente diferentes, porque eu vou pelo que a pessoa enxergou, não pelo que eu sei, até porque se eu for digitar o que eu sei, minha resposta fica maior que a fic). Então, o que eu posso te dizer, baseado no que eu creio que você deve ter visto, é... vamos pensar assim: "Em vez de questionar sobre a existência do que é físico, procure questionar sobre a existência do que não é". Porque o Eduardo, sim, ele existe. Mas será que a existência dele está coerente? (Dica: Eduardo não é um fantasma). Vou deixar mais essas perguntas para você se confundir ainda mais xD Muito obrigado pelo comentário! ♥ Pode deixar que eu vou escrever mais, sim!


Izabell Hiddlesworth

28/07/2015 às 06:26 • Em branco
O que mais gostou no capítulo?

Trocentas partes, não cabe tudo aqui. ;-;



Olá!
Fiquei encantanda logo de cara com o título da one. Simples e objetivo, deixou aquele gostinho de "Preciso ler! Preciso ler!". E, bem, eu li de uma tacada só.
Quando li o tema da sua imagem, pensei num enredo cômico - nada contra o gênero, mas seria muito previsível. Então, você me surpreendeu e fez algo poético e maravilhoso. ♡
Seu modo de escrita refletiu a personalidade do Tobias cuidadosamente, deixando a leitura prazerosa e leve. Terminei de ler e não resisti a voltar nas minhas partes prediletas de tão delicada que a one ficou.
Gostei do Tobias pelas divagações aleatórias dele (as que diziam respeito aos fantasmas foram as melhores). Um garoto de quatorze anos ainda significativamente ingênuo, encantador. Fiquei curiosa sobre a doença que o obrigava a morar no hospital, sobre sua vida antes disso e também sobre a tristeza repentina da mãe dele no final (ok, eu saquei o porquê, mas né).
O Eduardo me deixou encantada e curiosa quase na mesma medida. Mas ele ganhou meu coração quando se propôs a ajudar o Tobias a realizar seu sonho, e também quando falou sobre a irmã (o que ela tinha?).
O clima pueril e alegre entre os dois é um dos pontos mais gostosos de se conceber no enredo. Há uma jovialidade madura e equilibrada, ainda que com reflexos da infância (que ainda não foi deixada para trás).
Sobre o final, eu fiquei um tanto confusa. Entendi que a irmã do Eduardo estava curada, e pareceu que ele iria deixar o Tobias por não ter mais motivos para ir ao hospital. Então, com a última frase (lacradora), ficou a impressão de que o Tobias estava em coma o tempo todo, ou tinha morrido. Me dê uma luz. u.u
Adorei a one como um todo. Ficou muito bonita.
bjs


Resposta do Autor [Edgar Varenberg]: O título ♥ A história desse título é bem engraçada porque eu estava de boa na internet, aí eu vi aquele meme do David Luiz "as ropa no varal" e pensei "Preciso fazer uma história que tenha roupas no varal". De início era para ser só uma citação aleatória engraçada (como a comparação com "mulher raivosa" que eu tirei de "Billy e Mandy" e o senhor pato verde-limão), mas eu sou um escritor que escreve, como você disse, em uma tacada só. Eu gosto de pegar o Word e "vou ficar x horas escrevendo até o fim sem olhar para trás", é assim que minhas histórias nascem. Então, conforme eu ia digitando, eu fui citando tanto as roupas, tanta relação com elas que, sem perceber, acabei dando o foco poético nelas, então, quando pensei no título, que geralmente é a última coisa que eu faço, me veio isso, eu achei que ficou legal, criou um significado interessante, do tipo "Como uma fic com esse nome lixo pode agradar?"

Olha, você me fez ficar orgulhoso agora, porque, sim, minha primeira tentativa seria de uma fic de comédia, mas acabei mudando de ideia porque também achei que seria previsível, e envolviam diretrizes que eu não tenho mais ânimo para escrever, então fiz uma escolha muito exata na hora de reformular o enredo completamente. Eu não era muito acostumado a escrever coisas leves, geralmente meus textos são pesados, com personagens carregados por alguma angústia, problema ou algo do tipo. Não que no caso dessa fic seja diferente, mas eu procurei suavizar muito mais, procurei fazer um melhor jogo de palavras, porque um dos meus objetivos estava justamente em fazer uma narração leve, do tipo de ler um parágrafo inteiro em poucos segundos.

O que eu mais gostei nessa fic foi o fato de que eu ter conseguido transcrever o enredo inteiro sem, necessariamente, utilizar a palavra "hospital". Sim, é um hospital, não vou te dizer que não é, pois estaria mentindo. E é a grande questão que eu trago a você. Alguma vez a narração citou que o Tobias teve dificuldade de se locomover ou algo do tipo? Alguma vez a narração citou alguma anomalia que Tobias estava enfrentando, citou que ele estava com algo? Não. Tobias foi descrito como Eduardo, isto é, uma pessoa saudável, a diferença é que Eduardo vestia as roupas coloridas. Mas qual seria o significado das roupas coloridas? Por que, no fim da história, a mãe, que antes usava roupas coloridas, passou a usar branco e Eduardo estava com as coloridas? Como você disse, a mãe se entristeceu no final, mas Eduardo parecia mais feliz a cada linha que se passava... A mãe dele deixou de ser citada e onde Tobias estava, Eduardo estava. "Talvez Tobias tivesse o mesmo que a irmã dele", bastava ele escolher. Vamos lá... As roupas sempre estavam relacionadas com fantasmas. Quando Eduardo anunciou a situação da irmã, as roupas se agitaram; quando Tobias aceitou Eduardo, as roupas se agitaram eternamente. Você acertou sobre o coma e, como recompensa, vai ganhar a tradução da escolha de Tobias:

[CASO FOR ALGO QUE VOCÊ NÃO QUEIRA LER POR MOTIVOS DE SPOILER DE ENREDO, TÁ AÌ O AVISO]
Todo aquele ambiente era obra do mundo em que Tobias estava preso, devido ao coma como você acertou. As roupas coloridas em meio a tudo que era branco representavam destaque, isto é, algo que valia a pena olhar, permanecer ali; então as roupas coloridas representam o motivo pelo qual algo ainda fazia com que Tobias ficasse em coma, porque era um atrativo subjetivo para ele não acordar. Portanto, no final, quando Tobias escolhe ficar com Eduardo, ele também escolhe nunca acordar, por isso as roupas se agitaram, porque, com isso, Tobias e a irmã de Eduardo tiveram o mesmo fim, gerando mais dois fantasmas para fazer as roupas balançarem. É como a narração diz, "Dormiu realizando seu sonho, mas se esqueceu de acordar", e como a sinopse diz "Acaba realizando, sem perceber, uma grande decisão."

Muito obrigado pela leitura e pelo comentário e, espero que depois dessa revelação, você tenha gostado do que eu quis transmitir!


Kaline Bogard

28/07/2015 às 13:17 • Em branco
Olá! Poxa, mais uma participação excelente no DeLiPa. Parabens pelo seu ótimo portugues e otimo desenvolvimento.
Gostei da forma que você construiu o Tobias, achei ele um fofo, sem exageros, um tanto ingenuo para a idade, mas combinou pelo tom da história. Não gostei de você não descrever fisicamente. Quando você lê uma fanfic de algo que não conhece pode procurar no google e ter uma ideia, mas aqui... não teve nem uma dicazinha, hauahua, maldade issai.
Meu chute seria que o Tobias está em um manicomio e que o Eduardo é fruto da imaginação dele. Mas... mas... um manicomio não tem roupas no varal que ele possa admirar como gostava tanto! Nem hospital... acho que a unica instituição seria um Orfanato, que teria um varal, mas ele estaria em um Orfanato recebendo visita da mãe! Então... todas as minhas teorias cairam por terra i.i
Mesmo não entendendo bem o final me deixou tristinha. Ficou com ar de despedida.
Parabens por cumprir o desafio.


Resposta do Autor [Edgar Varenberg]: Olá, olá! Gostei muito até então de todos terem citado a ingenuidade do Tobias como algo fortemente característico nele porque foi exatamente assim, nessa vertente, que quis construí-lo, até porque, um dos grandes temas que essa one-shot trata é a inocência (junto com a solidão e a falta de noção). Uma das minhas características literárias é não descrever mesmo, deixo esse duro trabalho a cargo do leitor, tenho certeza de que vai pensar em alguém melhor que eu (nem eu mesmo sei como esses dois são, não parei muito para pensar, na verdade, as camisetas do Eduardo são mais visíveis na minha mente do que os personagens em si).

Uma coisa que eu gostei muito nessa fic foi que, pelo fato de eu não ter citado o local (e ter feito isso propositalmente), as pessoas vieram com suas teorias de "socorro, o que está acontecendo? Estou sem saber onde estou", bom, a resposta é um hospital. Entretanto, como você disse, e está certa, não há roupas no varal nesse lugar, então, foi uma pista que eu escondi para representar que é um hospital incomum. Mas incomum em que sentido? Fica aí a grande pergunta para refletir. Obrigado pelo comentário!!


scarecrow

31/07/2015 às 17:25 • Em branco
O que acha que precisa ser melhorado?

O Nyah! que não me deixou copiar e colar a parte que mais gostei do cap D:



Se eu te contar que mal sei dizer o que achei da fanfic você acredita? EAASIUDHIOUEH Não no sentido ruim; eu gostei, mesmo. Gosto de quando o tema é aberto assim, em que não se sabe ao certo o que está acontecendo.
De início, eu achei que o Tobias estava no hospital, desses comuns. Com o tempo e o passar da narrativa, ainda mais por ele comentar de fantasmas, acho que ele estava em um, sei lá, hospital psiquiátrico ou algo do tipo. Queria saber o que exatamente ele estava fazendo nesse lugar OIEHUSHDR Tive mil dúvidas porque, para enxergar fantasmas e ter tanta inspiração para ver coisas + por você usar dos trechos com "para não se contorcer" e "ficar horas parado" me fez pensar que ele teria algum tipo de esquizofrenia. Não sei, eu estudei sobre isso no meu curso de enfermagem, e esses trechos pareceram se encaixar muito bem no quadro ((a pessoa que traz a vida particular para a fanfic IEOUHSDIOUHE. Mas, no fim, eu aceitei bem ficar sem saber o que ele tem, se é que ele realmente tem alguma coisa. O que eu senti falta, nesse caso, é que se realmente ele tiver algum problema mental ou algo do tipo, deveria ter um super tratamento ou áreas de convivência, sei lá EIOUHSIDUE Claro que, Tobias também poderia só não ter se interessado por isso e, assim, não ter menção disso na história. Anyway.
E essas conversas mais lindas com o fantasma perto das roupas brancas? ♥ ♥ Que amorzinho cada uma das falas. Bom, na minha interpretação o Eduardo é realmente um fantasma, e realmente foi o grande amor do Tobias, (por mais que os dois tenham 14~15 anos IEUSDH) uma vez que terminaram juntos q E ME DIZ SÓ ME DIZ se o tobias se suicida no final EIOUSHDH Porque haja coragem nesse mundo pra matar o próprio personagem assim qq
No fim, achei que a escrita encaixou perfeitamente ao enredo ~ Não teve muita informação, o que é bom pra fanfics desse tipo, sem muita descrição nem nada ~ só uma leve narração dos fatos. Acho que isso combinou tanto com o cenário, quanto com a idade dos personagens. ♥ E essas frases lindas perdidas no texto? ♥ Ah, claro, não posso deixar de comentar sobre a graduação do "ele dormiu sem sonhos e acordou cansado" ♥ ♥
Parabéns pela fanfic ~ ♥


Resposta do Autor [Edgar Varenberg]: Fiquei bastante tempo sem computador e isso me atrasou em tudo, então mil perdões por não ter respondido o review rapidamente!

Bom, vamos começar, eu também amo temas em aberto, por isso basicamente todas as minhas fics são assim, eu acho mais fácil de explorar, mais gostoso de se ler e, para quem gosta, muito mais motivante na hora de interpretar todos os fatos, buscar as mensagens, é o que eu aprecio mais na literatura. Olha, eu poderia até dizer que usei fantasmas no sentido figurado, mas foi um meio que sim, meio que não, porque os fantasmas até poderiam estar deixando suas marcas, mas ele não os enxergava necessariamente. Por que ele estava lá? Bom, nem eu sei (mentira). Gostei muito de você ter analisado esses termos que utilizei como "se contorcer" e "ficar horas parado", porque não foram sem querer, eu decidi usá-los para representar, indiretamente, atividades paranormais, mas não diretamente causadas a Tobias, foi só para dar uma incrementada na narração mesmo.

Adianto a você que Tobias não tinha nada muito grave (bom, só pelo fato de ele ter alguma coisa, já é um tanto grave, mas nada que comprometesse inteiramente a vida dele, isso não) e talvez ele estar lá fosse uma coisa positiva, hospital nem sempre é algo negativo. Bom, só talvez (sim, com essa resposta eu só vou confundir ainda mais sua cabeça, sou do mal). Bom, o Eduardo não é um fantasma, ele existe, sim, não do jeito que você visualizou na história, mas existe, o porquê das aparições dele fica como mistério. Mas, sim, eles terminaram juntos. Sim, o Tobias morre; não é bem um suicídio, mas pode ser. Sim, eles terminam juntos². Eu amo fazer essas gradações, frases aleatórias, até arrisco uma poesia de vez em quando, tudo para deixar o texto o mais fluído e leve possível. Agradeço muito pelo review!


NamelessChick

31/07/2015 às 18:40 • Em branco
O que mais gostou no capítulo?

Do pato verde-limão que era, no final das contas, amarelo. Sério, comecei a rir no meio da leitura, me lembrando do grupo do delipa e adorei isso.



Ok, essa fic deu um nó no meu cérebro. Confesso que até agora estou à mil, buscando interpretações para as roupas brancas, o lugar da história... Acho que tudo. Foi uma parte que bugou meu cérebro, mas ainda assim, não me fez desgostar da história.

Acho que nunca vi um romance nascer de forma tão espontânea quanto nessa fic. Foi algo que me pegou totalmente de supresa. Tipo, eu estava lendo dois estranhos, depois, dois colegas, dois amigos e de repente, um amor nasceu ali. Foi adorável. "Você não é muito novo para saber o que não gosta?", haha, amei isso. Tão profundo vindo de um menino.

Temo este ter sido outro aspecto que muito me agradou: a idade do protagonista e de Eduardo. A juventude com certeza traz um quê de inocência e basicamente, toda e qualquer reflexão dos garotos toma uma profundidade enorme e adorei a forma como você brincou com isso. Muito bem construído :3

Esse final me deixou muito intrigada. De verdade. Mas gostei dele assim. Por mais que a curiosidade esteja corroendo meus ossos, e eu basicamente esteja me segurando para não te perguntar sobre o outro fim, decidi não fazê-lo. Acho que de certa forma, "estragaria" a história para mim u.u Gostei desse final e o outro com certeza me deixaria dividida u.u Não gosto de ficar dividida u.u

Adorei a história, muito surpreendente. Parabéns pelo não vacilo e pela fic.
Beijos ♥ ♥


Resposta do Autor [Edgar Varenberg]: Oe! Primeiramente, toda fic minha eu gosto de fazer alguma citação nada a ver, seja de um desenho ou as minhas próprias frases; pelo que lembro nessa fanfic teve o pato verde-limão e as comparações com mulheres raivosas.

Se você está com um nó no cérebro e saiu com a mente bugada, então fico feliz de ter conseguido o que eu queria. Eu amo isso, em todas as minhas histórias, sempre faço o ambiente parecer abstrato demais, de difícil interpretação, não porque eu não quero que ninguém nada, pelo contrário, faço isso justamente para motivar interpretação; uma história minha nunca terá menos que quatro pontos de vista diferentes, eu gosto de fazer isso, acho que é o enriquece literariamente o meu texto.

Sim, tudo isso do amor instantâneo eu fiz propositalmente. Um dos focos dessa fic é fazer uma crítica a inocência, não aquela inocência que a criança tem com o mundo, mas a inocência que um pré-adolescente tem com os seus relacionamentos amorosos, de se apegar muito rápido, de tudo ocorrer tão depressa, do desejo falar mais alto, de ser tudo muito novo, inclusive colocando ali que nenhum dos dois tinha muita certeza da sexualidade certa deles, visto que 14 anos é mais ou menos, pelo menos em meninos, a idade que se começa esse tipo de atração. Eu com 14 anos, apesar de já reconhecer a minha atração por meninos, não reconhecia, ainda, se existia ou não atração por meninas (é estranho porque geralmente é o contrário, a gente costuma descobrir primeiro se sente ou não algo pelo sexo oposto, mas comigo foi o contrário), então eu quis representar toda essa "pressa" que a pré-adolescência nos traz. Pode ser que, futuramente, nenhum dos dois se reconheçam como gays (pode ser que sejam bi ou hétero), mas ainda bem que o delipa pede relação entre homens independente da sexualidade XD

Eu estou aqui representando a realidade (queria poder inserir o meme da Inês Brasil que diz isso). Eu não inventei personalidades de 14 anos, eu as fiz porque eu conheço a realidade. Tudo nas minhas histórias, apesar de parecerem bem fantasiosas e abstratas seguem 100% o modelo realista, sou fielmente realista e isso não muda, gosto muito disso. Tudo que eu fiz foi escrever o que eu já sabia (é convencional do escritor escrever o que se imagina, não o que se sabe).

Obrigado pelo comentário e fico feliz por ter ficado bugada ♥


Bárbara Vitória

31/07/2015 às 22:27 • Em branco
De princípio achei que Tobias e sua mãe vivessem em algum tipo de prédio comunitário de pessoas de determinada religião que usam o branco quase sempre - interprete qual religião quiser - mas depois de um tempo lendo a história começo a achar que talvez ele more num abrigo de menores ou em um orfanato - mesmo tendo mãe isso acontece.
As pessoas de branco agora ao meu ver são os funcionários dali, pois não vejo Eduardo comentando sobre seu pai ou sua mãe vivendo com ele, mesmo que ele cite seu pai em um momento da história.
Tobias gostava de viver seus dias sem fazer nada com suas asneiras sobre fantasmas enquanto Eduardo mesmo também tendo a mesma faixa de idade já se mostrava mais maduro. Deu para perceber isso no momento em que ele jogou a frase sobre ser ou não novo demais para já saber do que gosta.
E parece que saber que prefere meninos a meninas fez com que ele rapidamente com o passar do tempo se aproximasse mais de Tobias - eu não disse, mas acho esse nome bem fofinho - e os dois passaram a serem namorados. Ownt o Tobias enfim achou o grande amor da sua vida u.u
Gostei bastante da sua fanfic, que mesmo me deixando confusa em alguns momentos me arrebatou de coração. Você fez jus a imagem que recebeu e esse dois meninos foram tão bem descritos e retratados por você. Parabéns pela história, por ter entrado no tema de cabeça.
PS.: Acho que seria legal depois eu poder ler o final alternativo. Entendo como é você criar uma história e pensar em duas situações diferentes para o fim da mesma. Nos lemos depois beijinhos até


Resposta do Autor [Edgar Varenberg]: Apesar de, propositalmente, não ter citado o local onde se passava toda a história, eu não tenho problemas em admiti-lo. A fic inteira se passa num hospital (clichê, né? kkk), bom, pelo menos é quase isso. As pessoas de branco não são necessariamente os funcionários do estabelecimento, já que, como se mostra mais pro final da fic, a mãe, que antes usava cores, passou a ficar de branco também; as cores, neste caso, representam uma certa relação de afinidade.

Sim, fiz Eduardo ser ligeiramente mais maduro, mas nada que perdesse a essência do que eu queria captar sobre ter 14 anos, basicamente eu só quis colocar um pouco mais de realidade aí, visto que a idade nem sempre corresponde com a maturidade; ele só tinha uma visão de mundo mais aprimorada. Assim como todo esse envolvimento deles, foi bem rápido, não? Escondi uma mensagem nessa velocidade toda de relação deles. Por que tão depressa? Por que tanto vínculo?

[FINAL ALTERNATIVO]


Eduardo simplesmente caminhou para dentro do prédio, na área fora do terraço, Tobias o via porta adentro, naquela escuridão natural da noite, enquanto ainda estava do lado de fora, atrás da porta, vendo, pelo canto do olho, as roupas brancas balançando como sempre.
“Eu acredito em você, Tobias.”
Eduardo apenas estendeu a mão.
Tobias o encarou, mas não o acompanhou.
As roupas no varal pararam de balançar.
Não dormiu.
E finalmente acordou.


Lawliette

01/08/2015 às 02:30 • Em branco
O que acha que precisa ser melhorado?

AAAAAAAAAAAAAH A ROUPA NO VARAAAAAAAAAAAAAAAAL, PARA DE ME LEMBRAR DELA ;---;



O que mais gostou no capítulo?

PATO VERDE-LIMÃO QUE É AMARELO!



Ai, socorro, que eu não sei muito bem o que dizer sobre. Meu deus, o que eu li, pra fallar a verdade? Tô bastante confusa. não entendi as pessoas de branco, as roupas no varal, ou o Eduardo, ou qualquer outra coisa. Mas eu devo dizer que gostei da tua narração, também, e da relação Tobias e Eduardo. Achei fofinho os dois, e mais fofinho ainda que tu tratou crianças de 14 e quinze anos como as crianças que deveriam realmente ser. Mais pra entre criança e fase adulta, or something...


Ain, man, tadinho do Tobias, sério. Gostei dele, mas, poxa, essa solidão dele e tal TwT Acho que quando ele citou a mãe ter outros fuilhos, quis dizer outro pai ou algo parecido, né? Agora, a coisa do Fernão (RINDO) eu não entendi, e nem as falas em aspas e em itálico... Jurava que o Eduardo fosse algum fantasma, cara, pq geralmente o povo coloca essas coisas pra indicar algo ~especial~. Mas, voltando pro Eduardo... Ele parece bastante... sei lá, bugado. Acho que tinha algo de errado com ele or something... Sei lá, sou meio burra e só não faço mais suposição porque não consigo mesmo -q Muito menos com o Tobias, mano. Tipo o porque a mãe dele ficou triste, ou o que ele estava fazendo ali, onde ele estava, em si, nháá


Ain, sinhô, dá uma ajuda aqui pra doge perdida e confusa T-T To com mil dúvidas aqui, querendo decsobrir o que, afinal, aconteceu, e o que houve com esse final. mas ainda assim a fic ficou tão linda, tão delicadinha, ain, dá vontade de por ela numa caixinha e sair correndo D: Soube que o sinhô tem mania de excluir fics, NÃO EXCLUA ESTA OU EU ASSASSINO O PATO VERDE AMARELO!


Anyway, parabéns pelo não vasilo e pela fic lindosa ♥


Jaa ne o/


Resposta do Autor [Edgar Varenberg]: Você não entendeu nada e isso me deixou completamente feliz. Amo quando deixo meus leitores queridos sem entenderem nada; continuem assim, pensem bastante, deem cinco mil nós na cabeça. E sim, eu quis representar seres de 14 anos como eles realmente são, o mais próximo possível da realidade, baseando-se em mim e em outras pessoas que conheci na época e conheço hoje.

Bom, de uma coisa a fic deixa clara: Tobias é diferente dos outros filhos. Baseando-se que a história se passa num hospital (não quis citar em nenhum momento, mas não faço questão de esconder essa informação), digamos que seria "ela tem outros filhos (saudáveis)" e, com isso, provavelmente partirei mais o seu coração (já que, traduzindo, ele quis dizer que era melhor esquecê-lo e cuidar de quem realmente valeria a pena, falando a grosso modo mesmo). SIM, o Eduardo é bugado ♥ Ele tem cores (e o nome do Fernão eu tirei de um filme de gaivotas kkkk)! Não, ele não é um fantasma, não gosto muito de fantasmas, o Eduardo existe mesmo, ele é real; mas talvez a falta de realidade não esteja numa pessoa e sim em outra coisa, algo abstrato, não exatamente humano. Muitos leitores apontaram o Eduardo como o grande "evento sobrenatural" dessa fic, mas não é. Ele é real, ele existe, ele tá vivo. Assim como o Tobias (só o Fernão que morreu mesmo *indo pro inferno por causa da piada*). O grande "evento sobrenatural" não está em uma pessoa.

Muito obrigado pelo comentário ♥ E eu parei de excluir fics u_u


General Bear

01/08/2015 às 21:01 • Em branco
O que mais gostou no capítulo?

O pato verde limão!



O urso chegou, bem mais confuso do que o esperado, admito, mas chegou.


A primeira coisa que eu devo ressaltar é que eu gostei do que li, mesmo não compreendo lá muita coisa. Gostei da linguagem, bem simples e sutil. Bem limpa, mas bastante bonita, achei bem mais poética do que estou acostumado a ler. Acho que deveria escrever mais... ou pelo menos deletar menos os textos.


Agora vamos às minhas viagens alucinógenas. Não sei se estou certo mas acredito que Tobias esteja em um hospital, o fato de muita gente estar vestindo branco, menos a mãe dele, e por conseguinte Eduardo, me fez acreditar nisso, principalmente se unirmos o fato de o pai dele ter se tornado um fantasma ali, alguns andares abaixo. Mas não tenho certeza nenhuma disso. Disso tudo fiquei meio confuso com o que seria o restante. O fato de Tobias estar de branco e de a mãe dele não(e se contando que ela não estava lá todos os dias), me faz pensar que ele é um paciente ali. A dúvida ficou-me na relação à saúde(ao estado em que ele se encontra). Se por alguns momentos eu pensava que ele conseguia fugir do quarto e esgueirar-se para o terraço, noutros momentos eu poderia jurar que ele entrava em algum coma ou algum transe por causa de alguma medicação ou algo do tipo. Fiquei meio confuso, no final, com a mãe dele vestindo-se de branco, não soube dizer se ela virou paciente ou se ele desapegou-se a ela.


Numa leitura alternativa(na verdade coincidente, já que eu pensei as duas ao mesmo tempo e elas não se anulam). Eu acabei imaginando como Tobias sendo o próprio fantasma que está vagando por ali em seus momentos de coma e, quando a mãe dele fica vestida e eles se distanciando mostra que ele volta cada vez menos para ela. Mas não consigo encaixar Eduardo e suas cores, pensei que ele era somente um visitante que tomava conta de sua irmã, como seria a mãe de Tobias para este. E fiquei meio nublado se, de fato, os dois seriam fantasmas, nenhum dos dois seriam fantasmas ou se somente Tobias seria um. Muitas possibilidades em aberto, nenhuma conclusiva.


Numa tradução psicotrópica, acreditei que Tobias representava alguém solitário e deslocado, que gosta de observar fantasmas, as vidas de outras pessoas, tentando se comunicar com o mundo de um jeito que ninguém entende bem... exceto sua mãe, de início, que ele vê colorida e como um porto seguro. Entretanto ele acaba conhecendo alguém que o entende, alguém desperta algo nele, Eduardo, onde ele tbm vê uma forma de porto seguro. Vi um pouco da decepção(homofobia?) da mãe diante desta informação, ela vestindo-se de branco, o que acabou levando o distanciamento de Tobias de sua mãe e sua aproximação de um Eduardo que foi, aos poucos, aceitando-o também.


Brisei bem brisado :v Mas é assim mesmo :v Estes textos que me fazem pensar me deixam bem perdido e louco, tento abrir minha mente para várias possibilidades, mas nada chega a ser conclusivo, eu gosto disso. Belo texto, desculpe se viajei demais :v Sempre faço isso.


Um abraço apertado do Urso.

Woof!


Resposta do Autor [Edgar Varenberg]: Quase um ano depois, quando ninguém mais se lembra da fic, eu chego pra responder!! Vamos lá:

Uma coisa que gosto muito de fazer em meus textos, por mais sérios que eles sejam, é uma linguagem simples. Dificilmente eu sou de escrever com palavras muito complexadas justamente porque eu já acho o meu jeito de compôr enredos bem complicado (a ponto de eu me embolar bastante durante a construção), então se eu já complico de um lado, eu não vejo o porquê de complicar no outro; entretanto, também faço o inverso, se o meu objetivo é fazer uma escrita mais rebuscada, eu procuro fazer um enredo mais simples. E poesia, bem, isso tem em todo texto meu, sou viciado, eu na verdade não sou romancista, eu sou poeta, mas como o delipa pede prosa, a gente se vira com o que tem hahahaha

Sim, a proposta é esta mesmo: Tobias encontrava-se num hospital. Apesar das roupas brancas não serem, a princípio, evidência para isso, acabou que, acidentalmente, geraram isso; não foi proposital, mas está certo. Na realidade da fic, Tobias encontra-se totalmente bem, capaz de andar, respirar, argumentar e tudo que lhe fosse permitido. A diferença estava nas cores. O que são as cores na linguagem poética? As cores, nesta linguagem, representam, muitas vezes, a vida. Então estar perto de tais cores representava a permanência de Tobias àquela realidade (que começou a se instaurar na mãe e depois passou para Eduardo). E você está certo, as cores se transpuseram por mudança de afeto mesmo, o que passou a dar vida naquela realidade foi Eduardo, romanticamente brega, porém poeticamente explorável.

Nenhum fantasma apareceu diretamente na história, talvez as roupas balançando freneticamente, mas não vou confirmar (porque nem eu lembro *apanha feio*). Eduardo e Tobias existiam, sim, em carne. Pode não ser na realidade desejada, mas existiam. A transfusão das cores é mais uma obra mental, sempre nos apegamos a coisas simples quando estamos em perigo e é isso que eu quis representar. Estar com Eduardo o afastava das cores, ou seja, cada vez mais da vivência da realidade. Então as cores acabaram indo para Eduardo, por pura obra mental de Tobias, para evitar um escapamento. Infelizmente as cores, nesta fic, são as vilãs.

Fiquei impressionado com a sua leitura porque você descobriu uma das mensagens secretas da fic. Sim, o distanciamento da mãe não tem só a ver com a transfusão de cores para Eduardo. Eu quis, SIM, representar, bem indiretamente, afastamento por homofobia (através da eliminação de cores e por qual motivo Tobias precisaria de outro porto seguro, visto que ele era muito jovem pra se jogar em romances), então, parabéns, você achou uma mensagem muito oculta e bem difícil, e isso me deixou muito feliz porque deu pra ver que você prestou atenção no que leu ♥

Muito obrigado pelo comentário, desculpe novamente pela demora, é que eu amo procrastinar hahaha E obrigado por ter se permitido viajar nesse meu universo literário!


Anne L

02/08/2015 às 16:12 • Em branco
O que acha que precisa ser melhorado?

Eu na vida, como sempre



O que mais gostou no capítulo?

O texto todo pode?



Socorro socorríssimo.
Eu comecei a história e fiquei meio assim, depois fiquei sem saber se deixava pro final, se ficava nessa mesmo ou nem. Ainda bem que resolvi ler logo, porque é uma lindeza e, como sempre, você faz um texto pequeno que parece ter 10k, mas não porque é arrastado e longo, nada disso, mas porque tem a profundidade e as mesmas informações de uma história longa. Queria ser assim, só que, né.
Confesso que demorei pra me tocar do que que tava acontecendo e por que todo mundo usava branco. Achei que a mãe dele morasse com ele e que rolasse tipo um negócio meio futurista e de escravidão, o povo de branco era de um laboratório e altas viagens, mas é muito mais pé no chão que isso e o boy tá no hospício vendo fantasminhas e sonhando acordado, apesar de nem dormir e nem acordar (ou eu viajei?). Confesso que ainda não captei 100% a ideia das roupas no varal ou o que elas representam. Okay, o Tobias via ali as indicações de que os fantasmas estava conversando com ele e elas sempre indicavam a aproximação do Eduardo, mas tem mais coisa que isso? Eu gosto de texto que me faz pensar, porém rola uma aflição quando parece que não pensei o suficiente ahuauha parece que cê tentou dizer duas frases e eu peguei só uma. Ai, que ansiedade ahuahua
Os diálogos ficaram lindos, o pato verde-limão foi amor e as cores das camisas do Eduardo também. Nem consigo computar a aflição de ter sempre um bando de gente de branco pra todos os lados passando por você, as roupas lá secando, mais branco, o teto, o quartinho dele e nada nunca pra fazer fora se perder no próprio pensamento (o que é bom e ruim, né, supondo que ele foi lá pra se curar. Mas acho que Tobias não quer se curar, ou pelo menos a visão de mundo dele tá muito melhor que a dos outros, ainda que ninguém além da mãe tenha aparecido na história).
Também formulei a teoria de que o Tobias era um fantasma que não percebeu quem é, no melhor estilo Sexto Sentido, mas tem a mãe dele, apesar de que, se dá pra ser esquizofrênico com Eduardo, dá pra ser com a mãe, e ele nunca interage com o pessoal de branco. Tantas teorias ahuauh Gosto assim. Tem ainda a possibilidade que roubei da Doge de o Eduardo ser o único real e todo mundo ali não ser, nem o Tobias, porque o único colorido é ele. As roupas no varal são um lembrete pro Tobias, mas ele nem lembra. Ai, ai @_@
Quero saber o outro final. Se puder me contar :)
Vou pensar no texto o resto do mês @_@ Ai, Jan...
NEM OUSE APAGAR ESSE



Resposta do Autor [Edgar Varenberg]: Três mil anos depois o autor resolve se manifestar *apanha*

Primeiramente, quero te agradecer pela recomendação (se não me falha a memória, acho que já te agradeci privadamente, mas estou agradecendo de novo). Eu dei partes da minha alma que eu não dou para qualquer texto meu, então, é como dizem, eu dei o meu melhor. Acho que eu preciso dizer que fico emocionado sempre que leio a parte "...mas porque tem a profundidade e as mesmas informações de uma história longa." do review, porque, olha, se tem uma coisa que me orgulha é demonstrar que meus textos têm conteúdo, porque, na verdade, eu sou poeta, não romancista, então eu não tenho aquela "facilidade" (entre aspas porque eu sei que não é fácil pra ninguém) com narrações, tanto que é notoriamente impossível alguma prosa minha não ter poesia, não dá, eu sempre acabo desviando um pouco para o lado o qual a minha escrita vive. E por não ser lá o melhor dos romancistas, eu não consigo elaborar textos muito longos, porque além da preguiça (hahahaha), eu sempre fico focado na poesia, que costuma ser aquela coisa curtíssima, porém extremamente concentrada de significados, interpretações e magias, então meus textos acabam parecendo poemas gigantes. E é por isso que eu encaro tão bem este elogio, porque não é nada fácil, pra mim, construir uma narração e não surtar do nada começando a rimar as coisas e entupir de figuras de linguagem xD

Sobre o não dormir e o não acordar, bom, isso varia, porque a fic retrata diferenças de realidade, então o que seria dormir e acordar no fim das contas? Abrir e fechar os olhos mudava algo nele ou na situação? Não, mas por que não? Essa é a confusa problemática trabalhada, nesse ponto que estava fazendo o mundo parecer tão errado. As roupas são a parte poética do meu texto, elas sempre correspondem com algum acontecimento importante ou um sentimento a se notar, como o exemplo que você citou no review; não diria que elas teriam algum significado lógico para a compreensão do enredo, creio que foram mais usadas para dar o clímax poético mesmo; eu até poderia tentar explicar algo, mas tentar colocar lógica em poesia só a deixa mais confusa e perde um pouco o sentido, então eu posso dizer que o que você pensou é válido, elas podem, sim, ter esse significado.

MEU SONHO É USAR ESSAS ROUPAS BREGAS DO EDUARDO *desliga o caps lock* Gosto muito, um tom vintage meio hipster, e extremamente inusitado num pré-adolescente; o estilo de Eduardo eu fiz inspirado nisso mesmo, em fazê-lo parecer alguém bem mais velho, tanto que a comparação entre ambos é clara ao dizer que duas pessoas de 14 anos possuem mentalidades completamente distintas; não quis dizer que Eduardo era maduro (até porque ninguém é maduro aos 14 anos, não importa o quanto afirmem isso), o ar mais velho foi mais pra representar responsabilidade, afinal, ele substituiu cores que antes pertenciam a uma mãe (tem responsabilidade maior que essa?). Um dos significados dessa repetição massiva da cor branca tem a ver com esse ponto que você citou da visão de mundo limitada (e é geralmente a realidade de pessoas tão novas, ainda mais nesta história que foca na crítica da inocência desta fase pré-adolescente), eu quis representar no quanto conseguimos ser extremos, em achar que tudo é branco e só temos um norte (no caso, a única coisa de cor) e, maior ainda, termos essa mania de depositar esse norte em pessoas e não em objetivos. Por incrível que pareça, a cura está longe das cores, mas como vimos, Tobias não quer se afastar das cores (porque quando ele se afastou, no caso, da mãe, as cores simplesmente trocaram de hospedeiro).

Interessante essa sua ótica de ele não interagir com ninguém do hospital, não tinha pensado nisso hahaha Acho que ele só era antissocial mesmo (apesar de que, mesmo não citado, Tobias gostava muito de uma enfermeira que foi demitida por causa de cortes no orçamento; ela chegou a ser citada nas primeiras versões da história, mas acabou sendo retirada durante uma das revisões). Como eu disse mais acima, as cores o afastam da cura. Mas por quê? Justamente por cores serem atrativas, quem vai querer ficar longe delas? Não importa qual problema Tobias tenha, se ele está preso a essas cores, não é assim que ele vai se curar, certo? Isso que eu achei muito interessante lendo os demais reviews, em como as pessoas associam automaticamente cores com vida; quando, na verdade, elas são as vilãs desta história, os seres atrativos que impedem Tobias de acordar. E se formos ver por essa ótica, as roupas brancas que balançam no varal podem estar, de forma própria, tentando atrair Tobias (mas tendo que balançar, visto que não há cores para impressioná-lo)...

Muito obrigado pelo comentário, desculpe a demora para responder, eu ultrapassei meu limite da procrastinação. E encerro a minha resposta com a colagem da versão alternativa:

Eduardo simplesmente caminhou para dentro do prédio, na área fora do terraço, Tobias o via porta adentro, naquela escuridão natural da noite, enquanto ainda estava do lado de fora, atrás da porta, vendo, pelo canto do olho, as roupas brancas balançando como sempre.
“Eu acredito em você, Tobias.”
Eduardo apenas estendeu a mão.
Tobias o encarou, mas não o acompanhou.
As roupas no varal pararam de balançar.
Não dormiu.
E finalmente acordou.



Karty

02/08/2015 às 16:37 • Em branco
Bem, eu li sua história com toda a atenção possível e mesmo assim tenho certeza que não consegui captar todas as mensagens, o que não me impediu de apreciar a leitura imensamente.
Tirei algumas conclusões enquanto lia, a maioria delas provavelmente estão erradas, mas okay. Enfim, creio que o Tobias (esse nome é tão lindo) está internado em algum lugar e o Eduardo também, apesar de ter ficado na dúvida se ele só visitava ou estava ali como paciente, já que tem toda a questão das cores.
Estando ele internado (ou não), não descobri o motivo para tal coisa ter acontecido, pensei que talvez ele visse coisas que não existiam, o que me fez achar que o Eduardo era só uma alucinação. Talvez tudo fosse uma alucinação. Foi outra interpretação.
No fim, ainda estou bastante confuso e perdido, mas continuo gostando muito da história.
Toda a interpretação que você, nobre escritor, fez das cores foi verdadeiramente interessante de se ler, ainda mais por cores sempre abrirem muitas interpretações.
Gostei bastante do Eduardo, achei o jeito dele bem legal, algo como se ele soubesse de mais coisas que o Tobias e ainda assim mantivesse uma simplicidade. O que só ficou mais forte no momento em que ele diz poder ser o grande amor de Tobias, uma parte muito fofa, definitivamente.
Bem, eu não tenho praticamente mais nada a comentar, só que gostei desse final. Meio abrupto, mas combinou bastante com toda a história.
No fim, ainda não tenho ideia do que realmente aconteceu e se os fantasmas existem nas roupas do varal, mas acho que o Tobias e o Eduardo são um ótimo casal e tiveram uma linda história.
Bye.


Resposta do Autor [Edgar Varenberg]: Três terços de século depois, o autor aparece.

Primeiramente, no início eu não gostava do nome, mas o coloquei por achar (sem um motivo específico) que combinava com o personagem. Depois de um tempo acabei me acostumando com ele; ainda não acho um dos melhores, mas criei uma empatia. Não, Eduardo não era paciente, ele só estava ali para visitar a irmã, como ele citou durante a história; aparentemente ele estava bem. Já sobre o Tobias, é, internado é uma boa palavra. Olha, eu te diria o motivo da internação se eu soubesse, mas não faço ideia, então seremos dois curiosos hahaha Nunca procurei pensar num motivo para a hospitalização porque também nunca procurei pensar numa cura.

As cores, coloquei papéis totalmente diferentes para ela nesta história, não há representação alguma do que se costuma se dizer com cores; aqui elas são vilãs. Mas isso fica pra outra interpretação, por enquanto, basta saber que as camisetas do Eduardo são bem bregas. É, realmente o Eduardo sabe de mais coisa que o Tobias, mas ele continua sendo um pré-adolescente de 14 anos, o que dá essa ideia que você captou como simplicidade. 

Obrigado pelo comentário!