Talismã escrita por ALima


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Uma semana se passou, e aqui estou eu postando sua tão -ou não- amada fic.
Nesse capítulo, Amber descobre sobre seu passado. Prestem atenção nesse capítulo, pois será essencial no decorrer da fic.
Uh, no final tem mistéerio ! o/.

ps1: Vocês realmente me animam, non? Apenas 2 reviews no capítulo anterior... Poxa, esperava mais de vocês.
Me animem, e vocês não irão se arrepender.
beijos



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Previamente em Talismã

- Acho que está na hora de pesquisarmos seu passado, bebê. –disse minha mãe.

- E eu sei exatamente quem pode nos ajudar. Vou ligar na escola. Você vai faltar amanhã. –disse meu pai.

Enquanto meu pai ligava, minha mãe comprava nossas passagens. Alabama que nos aguarde. Precisaremos fazer uma visitinha aos Cherokee.

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Talismã 6 – Passado revelado

No mesmo dia, mais ou menos às seis da tarde nós estávamos em Alabama, terra da tribo Cherokee, a qual meu pai faz parte. Nunca vim muito aqui, por nós vampiros não sermos muito bem aceitos, mas tolerados.

Assim que chegamos nos encontramos com Steve, o ainda líder da tribo.

- Olá, pessoal. A que devo a visita? –disse ele, tentando parecer gentil.

- Temos alguns problemas com Amber. –disse minha mãe.

Steve me lançou um olhar penetrante, e se concentrou um pouco.

- Parece que ela se transformou completamente. –ele disse.

- Sim, mas isso é normal? –perguntou meu pai atordoado.

- Não que eu já tenha visto. Contem-me o que aconteceu.

Nós entramos em uma das cabanas da tribo, que não era muito desenvolvida. O chão era de terra, e as cabanas eram muito simples, ainda meio rústicas. O piso era de madeira já velha pelo tempo, e os cômodos muito pequenos. Todas as casas seguiam um padrão. Steve mandou nos acomodarmos em um sofá vermelho desbotado.

Eu e meus pais contamos tudo a ele sobre minha transformação e meus sonhos estranhos, e também sobre o que descobrimos na internet. Steve ficou calado por um momento, e depois deu um longo suspiro.

- Isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, mas jamais pensei que tomaria conhecimento.

- O que? –perguntamos em uníssono.

- Sim, Amber Adams, ou Swank, como você preferir. Você é o talismã.

- E o que isso significa? –perguntei com um pouco de receio, sentindo um nó se formar em minha garganta.

- Você é o talismã do mundo, garota. Têm o poder de trazer sorte ou azar, bem ou mal ao mundo, dependendo de sua escolha.

- Escolha? Que escolha?

- Um dia, quando achar o seu amuleto, aquele mesmo do sonho, terá que escolher entre a luz: os anjos, e lutar contra o mal e a dominação do mundo, ou escolher as trevas: os demônios, e se unir a eles na destruição do planeta, e construir um novo reinado.

- E onde eu encontro o talismã?

- Se fosse você, eu não teria tanta pressa. Você pode achar que é fácil escolher a luz, mas não é. Os poderes oferecidos pelas trevas são tentadores demais.

“Claro, com morenos sarados e bronzeados me seduzindo”- eu pensei.

Eu não tinha contado sobre essa parte exatamente.

- Mas não importa. Já que esse peso foi concedido a mim, eu escolherei a luz.

- Independente do que você escolha, lembre-se do que eu te disse.

- Pode deixar Steve. Mas eu quero saber mais sobre meu passado.

- Temos um lugar pra ir, então.

Steve nos acompanhou até um sótão estranho, na última casa da tribo, que era um pouco diferente das demais. Parecia abandonada. Subimos alguns lances de escadas, e chegamos ao sótão, que mais parecia uma biblioteca. Mesmo com o pouco espaço que ocupava, o sótão tinha mais livros do que muitos lugares por ai. Suas quatro paredes, eram extremamente cheias de livros, sobre lendas e supertições, imagino eu. Steve foi a uma das prateleiras, e puxou um livro pesado e muito grosso. Pelos meus cálculos, pesava mais de cinco quilos. Ele depositou o livro na mesa, e eu consegui ler o título: Dinastia Swank 1000 a.c – 2000 d.C.

Ele percorreu várias páginas, e então parou em uma, onde havia uma foto de um senhor de mais ou menos cinqüenta anos, muito bem trajado e bonito. Tinha os cabelos da mesma cor que os meus, só que um pouco grisalhos. Seus olhos brilhavam num verde intenso, também como os meus. Seu nome era Patrick Swank, e ele nascera em 1956.

Dei-me conta então, de que aquele era meu pai.

- Bom, Amber, este é seu pai.

- Como pode ter tanta certeza?

- A dinastia Swank se mantém ao longo desses anos, com apenas um descendente de cada geração, pra evitar conflitos quanto à maldição, então eles só podem ter um filho.

- E se alguém quebrar as regras?

- Ninguém quebra querida. Seus genes só conseguem se procriar uma vez. Os outros ficam lá, inúteis. Então, cuidado quanto a isso.

Eu senti minhas bochechas ficarem vermelhas.

- Ok. E meu pai ainda está vivo?

- Claro. Amber, vampiros são imortais. Até que algo mais forte os mate. Esse não é o caso de seu pai. De acordo com recentes pesquisas feitas por nós, em contato com outras tribos Cherokee do mundo, ele está na Sibéria ocidental.

- Ok. E como os genes vampiros nos atingiram?

- Amber, vocês são vampiros, mas de uma forma diferente. Isso nasceu com você. Ser imortal de uma maneira diferente, isso acontece desde a primeira geração dos Swank, com Admudstah, só que isso, com o tempo, veio se aperfeiçoando. Um descendente direto dos Swank foi transformado em vampiro há uns mil anos, e desde então, os genes vampiros correm pelos Swank. E claro, tem uma influência dos demônios aí. Eles tentam controlar a dinastia desde que Admudstah faleceu. Você tem uma parte muito pequena deles dentro de você. Por isso eles conseguem entrar em sua mente. Por isso eu digo que escolher o bem não é tão fácil assim.

- E eu consigo fazer isso com os outros?

Steve deu uma longa risada.

- Eu não sei quais são seus poderes, Amber. E ficaria surpreendido se soubesse. Primeiramente, terá que visitar seu pai.

- Como saberei se ele realmente estará na Sibéria?

- Deixe isso conosco. Estamos tão interessados quanto você.

Eu queria muito acreditar em Steve, e de certa forma eu até que acreditava. Independente disso, eu tenho que descobrir o que eu sou de verdade, e tenho medo da resposta.

Meus pais e eu nos acomodamos na tribo durante aquele dia, e iríamos embora no dia seguinte. Nos hospedamos na casa que fora do meu pai, Paul, no passado e eu fui direto para o quarto designado a mim, enquanto meus pais saiam pra caçar, e trazer um animal pra mim. Eu tinha tanta coisa na cabeça naquele momento, que me sentia exausta até mesmo pra um lanchinho. Peguei meu celular e notei 30 chamadas não atendidas. A maioria eram de Erick, então, liguei pra ele.

- Oi meu amor. Estou morrendo de preocupação. O que houve? –ele perguntou meu aflito.

- Eu, hum, meio que tive que sair da cidade, pra visitar uns parentes do meu pai, que estão muito doentes, pobrezinhos.

- Mas onde exatamente você está?

- Uh... No Alabama.

- O que? Alabama? Estados Unidos? Uau, você está realmente longe.

- Sim, mas amanhã estarei de volta, à tarde.

- Ok, ok.

Conversamos por mais algum tempo, e pedi pra que ele avisasse Jake e Ness, antes que eles ficassem preocupados demais. Eu conhecia meus amigos.

Desliguei, e peguei um livro que eu trouxe, pra ler nos momentos de tédio, já que eu não dormia mais. Quando estava lendo o prólogo ainda, aquela mesma sonolência me apanhou, e eu mergulhei na escuridão.

Desta vez, estava em uma cidade, uma cidade antiga, como Atena. Ao meu redor, observava muros completamente destruídos, alguns pilares jogados pelo chão, e vários palácios. Pessoas se locomoviam com aquelas túnicas brancas e ramos nos cabelos. Ao me olhar de um rio, percebi que também estava assim. Meus cabelos estavam enrolados, e o talismã, em meu pescoço. Carregava uma lança na mão direita.

Estava tentando observar tudo ao meu redor, e ele apareceu. Nos mesmos trajes de sempre: sua calça preta meio surrada.

- Olá doçura. –ele disse se aproximando e passando a mão em meu rosto.

- Doçura, nada. –disse tirando a mão dele. – Me chame pelo meu nome, já que é inevitável eu vir parar aqui.

- Ok então Clarisse. Eu sei que meus poderes são o máximo.

- Ai, larga de ser convencido. Me chamou aqui de novo só pra se achar?

- Não, querida. Eu gosto da sua companhia. Sua beleza angelical preenche meus dias.

- Não é mais fácil se encontrar comigo em sua forma materializada? Me cansa ter que ficar me encontrando com você em sonhos, e contra minha vontade.

Ele me puxou pra mais perto dele pela cintura e sussurrou em meu ouvido:

- Eu, baby, acho muito mais interessante. Além do mais, quero te dar os parabéns. Finalmente seguiu meus conselhos. Ficou felizinha ao saber que é tão importante?

- Pra falar a verdade não. O poder não me deslumbra tão facilmente quanto deslumbra você. –eu disse soando irônica, e sussurrando no ouvido dele também.

Ele riu estrondosamente.

- Por enquanto, baby, por enquanto.

- Quero saber quem você é. –senti que minha pergunta o deixou surpreso.

- Garanto que você não vai gostar muito.

- Nada mais me surpreende hoje.

- Não vamos falar sobre isso. –o senti enrijecer.

- Então não me encontro mais com você. –disse virando de costas.

- Claro que vai. Eu posso controlar sua mente até mim.

- Eu percebi que só faz isso quando estou sozinha.

- Ok, você tem razão. O que quer?

- Me encontre como humano, amanhã, as sete, no Lê Bistrô café.

- Não sei se é uma boa idéia.

- É pegar ou largar.

- Vou pensar no seu caso. –ele me deu um selinho e fugiu.

Senti-me voltando à realidade.

Ele iria amanhã, eu sei que ele vai.


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Notas finais do capítulo

Eae? Carl vai ou não vai? Façam suas apostas.
Tenho o capítulo 7 prontinho. Se eu conseguir 5 reviews até sexta-feira, eu posto aqui no sábado de manhã.
Beijos, e curtam a fic.



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