Dream Land - o Jardim escrita por PerkyeFreak


Capítulo 5
Capítulo 4 - Então venha comigo




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Andamos pela floresta em silêncio. Com o tempo eu já estava aprendendo em achar a floresta linda e não assustadora. Mas desde aquela conversa...eu fiquei bem pensativa. Acho que o Elliot percebeu isso em mim.

Mas afinal, quem era Emily?

            Ignorei o meu pensamento e perguntei ao Elliot – para quebrar o silêncio:

            -O que eram elas?

            -Irmãs gêmeas. – Ele disse com um tom de ‘’dã’’.

Quase tropecei por causa de um cipó, e retornei a falar:

            -Mas que tipo de ''sonho''?

            -Ninguém sabe, elas tem...sei lá, 300 anos? Tudo que está escrito sobre elas é muito vago. Diz que apareceram em Dream Land, á frente a Árvore divina. Pareciam confusas e com medo, acho que nada mais além disso e seus nomes ou aparência.

            -Árvore o que?

            -Depois de explico, vamos.

            -Para onde estamos indo agora?

Ele não respondeu.

            -Você não viria comigo se eu dissesse.

            -Ou talvez não.

            -Seja o que for, você irá gostar.

Eu sorri.

            -Então venha comigo. – Ele disse oferecendo sua mão.

Eu dei um sorriso e aceitei.

Continuamos á andar.

            -Você sabe ao menos onde estamos? – Perguntei.

            -Sim, sim. Acho que estamos perto. Eu só quero lhe mostrar coisas que você nunca teve coragem de ver, ou visitar.

Me virei e tentei voltar, para ao menos encontrar o jardim de novo e não ficar mais perdida, mas o Elliot segurou minha mão impedindo de eu voltar.

-Se você voltar, irá se perder.

Tempo depois, chegamos á uma clareira, cercada por flores.

            -Chegamos.

            -Hum...er...Elliot, o que estamos fazendo exatamente aqui?

Então vi surgir várias e várias borboletas no meio dos arbustos. Percebia que suas asas mudavam de cor. Do vermelho para o azul, do azul para o verde.

            Uma delas pousou na minha mão.

            -Que...que lugar é esse?

Quando ela pousou em mim, percebi que as asas mostravam imagens. Minha e da minha mãe, eu e o Elliot, eu e meu pai...

            Lembranças. Na maior parte, agradáveis.

            Deveria estar sorrindo.

            -Humpf, sabia que iria gostar. – Ele disse sorrindo. Olhei para ele, e percebi que haviam 3 borboletas pousadas nele. Eu ri vendo ele se enrolando com as borboletas.

            E vieram mais. Os montes foram se aglomerando, criando a forma de uma pessoa. Mudando de cor, e criando uma imagem.

-Denise...mãe. – Escutei-me sussurrar.

Era...a minha mãe.

Ela me ofereceu a mão.

            Agi por instinto próprio, sem pensar em mais em nada. Sem pensar no Elliot, sem se lembrar como vim parar ali...

            Andei até minha mãe, que estava sorrindo para mim sem dizer uma palavra.

            Conseguia sentir o cheiro do seu doce perfume, e sua ternura tocando em mim. Continuei andando em sua direção, minha mão estava á centímetros da sua...

            -Anne, você está bem? – Escutei o Elliot me empurrando para o gramado antes que eu pudesse alcançar a sua mão.

            -Elliot, por que você fez isso? – Eu disse com raiva na voz. Olhei para aonde a minha mãe deveria estar. E...não estava.

Fiquei em estado de choque. O que eu estava fazendo?

Ao contrário, as borboletas se tornaram em um tom forte de dourado e desapareceram.

            -O que...o que aconteceu? – Eu disse espantada com o que acabou de acontecer.

            -Você não me ouviu gritar o seu nome?

            -Você...gritou o meu nome? – Estava confusa demais para entender o que estava acontecendo.

            -O que você viu?

            -Minha...mãe. O que elas...eram?

            -São borboletas chamadas de Aurum. Só aparecem nesta floresta. Desculpe Anne, eu não deveria ter trago você aqui. Elas criam ilusões de algo que você perdeu e que sente falta, e você simplesmente perde a noção da mente, de tudo...e acaba sendo levado para essa ilusão. Eu pensei que eram só boatos...não acreditava em algo assim. Algo tão bonito, que aparenta ser tão inofensivo...eu sempre visitei esse lugar, e nunca aconteceu isso comigo. Talvez o fato de que você seja um sonhado...

            -O que você viu?

Ele permaneceu calado.

A maldita sensação de estar acordando voltou de novo.

            -A fantasia nem sempre é melhor que a realidade, Anne. – Disse o Elliot de cabeça baixa.

            -Posso lhe pedir um favor? - Eu perguntei dando meu braço a mostra. – Me belisque.

             -Hã?

            -Apenas o faça.

Ele assentiu e me beliscou.

             -Viu? Está é uma fantasia real. Ai. - Reclamei com a dor fraca do beliscão.    

             -O que você pretende fazer, Anne? - Tarde demais, já tinha aberto os olhos.


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