Inglaterra escrita por Anna


Capítulo 29
O Incidente Parte II


Notas iniciais do capítulo

DEMOREI MUITO, DEMAIS, UMA VIDA pra postar, tudo bem vocês querem me matar, mas um monte de coisas aconteceram, me perdoem, espero que gostem, e não eu não morri e Inglaterra continua... Boa leitura.



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POV. Bella


– Bella! Eu já disse, – Bryan ria alto – você não pode jogar as três cartas de uma vez a não ser que elas tenham o mesmo nipe.


Eu e Bryan jogávamos no fim do expediente. Haviam se passado algumas semanas desde que eu começara o trabalho e já havia visitado novos lugares no hotel. Eu havia organizado os produtos na sauna semana passada e hoje, buscado algumas coisas no porão, que, aliás, não parecia nada com os porões das casas americanas, era bem limpo e iluminado. Ainda não havia visitado o bar nem a biblioteca, mas era questão de tempo até que Victoria arrumasse algo pra eu fazer por lá.

O trabalho não era difícil, eu tinha “fardos mais pesados” como conseguir boas notas, terminar o “Para Todo o Sempre”, - que eu lia sempre que tinha um tempinho de descanso – e a discussão com Edward que até agora não tinha sido resolvida. Nós nos trombávamos aqui e ali pela casa e ás vezes eu o observava de longe jogando tênis com Alice. Eu não sei qual dos dois deveria dar o braço a torcer, mas na minha cabeça era ele.

– Ok, ok, acho melhor admitirmos que eu não sei jogar... – encarei Bryan.

– Eu já tinha admitido isso nos três jogos anteriores... – ele jogou as cartas na pequena mesa de centro e se sentou no grande sofá verde.

– Estranho. Você me lembra um amigo de Forks... Não é tão rebelde como ele, mas me lembra... – falei. Apesar de falar quase todos os dias com Charlie pelo celular, não era sempre que eu conseguia falar com Jake, senti um aperto no coração.

– Bom, se ele é tão legal como eu, - ele apontou pra si mesmo – você estará segura quando voltar pra casa...

Voltar pra casa. Aquelas palavras me fizeram tremer um pouco. Até agora eu não havia pensado nisso, desde que havia chegado. Cada momento nesse país me fazia querer ficar, mesmo com os altos e baixos, talvez eu me sinta mais em casa aqui do que em Forks, apesar de sentir falta de Charlie, Sue, Jake e dos garotos de La Push... É impossível estar em dois lugares ao mesmo tempo, minha consciência sussurrou.

– Bella? – Bryan me chamou e eu voltei a enxergá-lo.

– Oh, hey... – ele sorriu – Será que podemos mudar de assunto?

– Claro. Então, quando foi que você e Edward terminaram o namoro?

– Bom, foi depois de... Ei! – me peguei – Como é que você...?

– Ah qual é Bella, eu sou um observador, porque acha que me colocaram aqui no salão de jogos? – ele ainda sorria.

– Ah... – tentei argumentar, mas estava claro que Bryan só estava tentando me aliviar da tensão do assunto – Você é a segunda pessoa a não ser eu e Edward que sabem disso.

– Hum, me sinto honrado. – bati de leve em seu ombro.

– É sério. Namorávamos escondido, mas agora já era, então, não importa mais... – suspirei.

– É claro que importa. – ele disse como se tivesse certeza – Se não importasse não teria ido até aquele cinema, nem estaria falando sobre isso comigo...

– Edward mudou. Ele era doce e amável e até meio bobo e exagerado pra algumas coisas, mas eu gostava dele daquele jeito. De repente ele se tornou um completo idiota. – falei rapidamente.

– Talvez ele esteja tentando provar algo pra si mesmo. Ou pra você. Talvez essa nova personalidade seja só um escudo... Sabe... – ele balançou a cabeça.

Um escudo. Eu não havia pensado nisso até agora. Depois do “incidente” no restaurante e agora comigo e Riley, Edward só esteja tentando evitar mais decepções. O único problema é que ele não confiou em mim o bastante pra saber que eu nunca beijaria Riley nem ninguém, porque eu estava com ele, e mesmo não tendo dito “eu te amo”, nunca o trairia daquela maneira.

– Você viaja bastante... – a voz de Bryan me acordou mais uma vez.

– Me desculpa, eu... – gaguejei.

– Ei Bella, tudo bem, não se estresse tão fácil... – ele sorriu mais uma vez.

– Como você consegue levar tudo numa boa assim? Sorrindo? – perguntei e não pude evitar sorrir de volta.

– É só que, a vida passa tão rápido, não vale a pena se preocupar com certas coisas. – e mais uma vez ele sorriu.


POV. Edward


– Ei garoto, qual é o seu problema? – tia Abgail vinha caminhando lentamente pelo jardim em minha direção. Eu estava deitado de barriga pra cima e olhos fechados, esperando que o sol queimasse minha pele lentamente, o que não demoraria muito, apesar do tempo um pouco nublado.

– Só descansando. – falei rapidamente sem olhar pra ela.

– Você não faz nada da vida, do que é que tem que descansar? – ela riu e pelo barulho se sentou ao meu lado.

– Na verdade, estou descansando a mente. – abri os olhos pra vê-la balançando a cabeça e prestes a acender um cigarro. – Mas não consigo fazer os pensamentos sumirem...

– Vocês todos. Aqui nessa casa, são todos doidos. É por isso que eu vou embora amanhã...

– O que? – me levantei rapidamente. – A senhora não pode ir embora, por que iria?

– Talvez porque minha casa esteja abandonada e porque eu não sou bem vinda aqui, a não ser por você e por sua namorada... E por Emmett talvez... – ela tragou profundamente e soltou à fumaça branca.

A palavra namorada em referência a Isabella me fez engolir seco, mas respirei fundo na mesma hora.

– Mas, - tossi um pouco – achei que você e a mamãe tivessem acabado com as brigas.

– Só aparentemente, mas ela não fala comigo. – tossi outra vez ao vê-la sorrindo. – Está tudo bem, pelo menos não nos matamos... Sinto um pouco de falta da época remota em que nos dávamos bem. Da calma e da mesmice.

– Eu também. – suspirei – Antes da Isabella tudo era tão tremendamente monótono e sem graça, mas eu gostava. E agora, tudo virou uma bagunça, eu virei uma bagunça, olhe pras minhas roupas, meu cabelo... – apontei pra mim mesmo e vi as sobrancelhas dela se erguerem.

– Uh, verdade. Mudou o visual... Tudo isso pela Bella? Não acredito que ela... – ela ainda me avaliava. – Ela lhe pediu pra fazer isso?

– Não. – falei rapidamente respondendo a sua pergunta – Ela não me pediu, bem, não diretamente... Nós terminamos, o namoro...

– O que aconteceu? – ela parecia meio decepcionada e perplexa ao mesmo tempo.

– Eu a vi beijando Riley Biers... Um idiota da escola... – suspirei – Ela diz que foi ele quem a forçou e que deu um soco nele logo depois, mas eu não acredito, nem quero acreditar, eles se beijaram de qualquer maneira. – depois de alguns segundos, tia Abgail me deu um tapa na cabeça. – Au! – exclamei.

– Tomara que tenha doido. Qual o seu problema garoto? Se ponha no lugar dela. E se fosse o contrário? E se uma garota qualquer tivesse te agarrado a força e Bella visse... Você gostaria que ela acreditasse em você? – um nó se formou em minha garganta e ela continuou – Só te digo duas coisas: primeiro, está perdendo uma garota ótima, e segundo é bem provável que nenhuma outra garota agüente sua personalidade calculista como ela agüentou... – ela riu forçadamente – a não ser a desmiolada da Taissa...

– Tanya. – a corrigi.

– Que se dane. – ela tragou outra vez – Você não vai querer chegar ao ponto em que eu e sua mãe estamos, não é mesmo?

Imagens de mim e Isabella se encontrando anos depois, quase como estranhos passam por minha mente. Ela, de mãos dadas com um Bryan mais velho, passeando pela rua, e eu sozinho, sem ganhar nem mesmo um oi... E minha mente voltara a funcionar outra vez e da pior maneira possível.

– Isso não vai acontecer... Não mesmo. Quer dizer, ainda podemos ser amigos. – falei rapidamente espantando as imagens de minha cabeça.

– E por que só amigos? – tia Abgail exala a fumaça em minha cara e tusso mais um pouco.

– Porque ela não me ama. Eu disse “Eu te amo” e ela não quis responder... Eu estava disposto a não ligar pra isso quando a vi beijando Riley. – respiro pouco pra não tossir mais.

– Bom, amizade já é alguma coisa. Mas, acho que você complica demais as coisas garoto... – ela se levantou e saiu andando pelo jardim enquanto eu voltei a me deitar.


2 dias depois



POV. Bella



– Mãe... Você e papai realmente vêem me surpreendendo, primeiro saem para uma noite juntos, depois liberam o hotel pra gente e agora um coquetel? – Alice falava no celular enquanto eu e Bree entravamos na fila da comida. Ela pegou uma fruta qualquer e veio em minha direção - Claro, isso... Olha, eu vou adorar ajudar a organizar, só queria saber o porquê de... – Alice engasgou e apontou com a cabeça pra alguém vindo atrás de mim – ela voltou a falar rapidamente e eu me virei pra ver a figura de Riley e seu sorriso convencido.


– Riley, por que você não vai sorrir pra lá? – apontei pras latas de lixo perto da porta.

– Nervosa logo de manhã Bella? Isso não é bom... – ele balançou a cabeça, olhei pra Bree que fez um som de raiva com a boca.

– Não vale a pena discutir com ele Bella, vamos... – ela carregava sua bandeja e eu a seguia.

Continuei com os olhos em Riley que desistiu de pegar algo pra comer e se dirigiu pra uma mesa vazia. Por um momento ele me encarou de volta e depois começou a rir sozinho.

– É isso o que ele ganha por ser como é, o desprezo. – disse Alice acompanhando meu olhar.

– Não sei não... Ele está estranho. – suspirei.

– É só impressão Bella... – Alice disse rápido – Bom, mudando de assunto, acredita que mamãe e papai querem organizar um coquetel? Pra amigos e clientes do hotel... Eles estão cada vez piores... – ela riu.

– Pelo menos não estão tão caretas, porque... – minha fala sumiu assim que avistei Edward entrando no refeitório, seus olhos mais verdes do que nunca e um olhar indecifrável. Duas garotas e Tanya vinham atrás dele falando sem parar, mas ele parecia não ouvir. Seu olhar se encontrou com um meu por alguns segundos e aquelas sensações idiotas voltaram a percorrer meu corpo, droga, eu queria poder abraçá-lo aqui e agora...

Assim que Edward desviou o caminho Tanya nos avistou e veio se sentar em nossa mesa.

– O que tanto falava com Ed? – Alice perguntou um pouco ríspida.

– Só conversando... – ela sorriu alegremente – Ele está lindo não está?

– E como! – Tyler disse se sentando conosco também – Mas foi pro lado dos idiotas...

– Eu não me importo, eu amo ele mesmo assim... – Tanya se debruçou na mesa.

Eu comecei rir de raiva com as palavras dela, que me olhou feio pela primeira vez desde que tínhamos virado “amigas”.

– Do que você está rindo? – perguntou colocando as mãos na cintura.

– Como você pode dizer que ama ele? – engasguei – Você é tão, tão fútil Tanya...

– Eu o amo sim. – ela esbravejou.

– Você nem sabe o que é amar alguém, você ama seus sapatos de marca, cartão de crédito e coisas fúteis...

– E você? – ela se levantou – Você sabe o que é amar alguém por acaso? Além do seu país e seu pai?

Pela primeira vez Tanya me deixou em silêncio por que eu pude ver Edward observar a discussão da mesa em que se sentava com Emmett e outros garotos. Como eu poderia admitir algo que eu não queria admitir nem pra mim mesma, ali, na frente dos outros, pra Tanya?

Engoli seco e me levantei, seguindo para o corredor.

– Ei, ei, o que foi? – Riley me parou, segurando meu braço.

– Sai da minha frente... – me livrei dele.

O armário do zelador me parecia um bom lugar pra me esconder agor e talvez até terminar de ler o “Para Todo Sempre”.


POV. Edward


Enquanto o professor Owen escrevia na lousa algumas definições de sociologia pela centésima vez desde o início das aulas o lugar vazio de Isabella me chamava à atenção o tempo todo. Era como se ela estivesse ali, mesmo não estando, como se eu pudesse a observar se levantando, como na discussão com Tanya hoje, mas ao invés de seguir pro corredor ela vinha em minha direção.

– Edward! – um garoto do primeiro colegial me chamou, ele estava parado na porta.

Levantei-me rapidamente e depois de um olhar por cima dos óculos o senhor Owen voltou a escrever.

– Isso aqui é pra você. – o garoto sussurrou me entregando um pedaço de papel.

– O que é isso? Quem... – ele deu de ombros e saiu correndo pelo corredor.

Voltei pro meu lugar sob alguns olhares curiosos e abri o bilhete mal dobrado em que estava escrito: “Me encontre no Jamie’s Italian, perto da Trafalgar Square – você se lembra? – ás oito da noite.” – Bella.

Como Isabella poderia marcar um encontro por bilhete comigo? Será que ela ainda não sabia sobre o maldito incidente que ocorrera há algum tempo atrás? De qualquer maneira, é Isabella, ela pode ter todos os seus defeitos, e tudo o que aconteceu, mas nunca uma maldade como o que houve... Eu não sabia realmente o que pensar, apenas abaixei a cabeça na mesa tentando achar uma maneira de descobrir o por que desse encontro e, depois de alguns minutos alguém me veio a cabeça, a pessoa com quem Isabella vem conversando muito ultimamente.


A sala de jogos era quase difícil de encontrar, em meio a tantos outros atrativos do hotel, esse não era um lugar que me divertia, nunca fui bom em jogos apesar de ser bom em estratégia, talvez o nervosismo me atrapalhasse... Bryan arrumava algumas cartas em uma pequena prateleira, assim que ouviu meus passos se virou e parecia estar tão surpreso quanto eu por ter que perguntar a ele sobre Isabella.


– Oi. – falei rapidamente, ele continuava me encarando.

– E aí Edward? Quer jogar? – perguntou devagar.

– Não, na verdade eu queria te perguntar umas coisas... – falei tentando manter a pose que Emmett havia me ensinado, afinal o negócio de ser outra pessoa ainda não tinha terminado.

– Pode falar... – ele se encaminhou pra trás de um balcão e eu o segui. – É que você e a Isabella, tem estado bem juntos ultimamente...

– Olha, a gente não... – ele se apressou.

– Não, não, eu não quis dizer isso, é só que, eu, eu... queria saber se ela falou sobre mim, sobre algum tipo de encontro ou algo assim? – falei com um sorriso pra poder disfarçar caso ele realmente não soubesse de nada.

– Encontro? – ele ergueu as sobrancelhas. Me sentei em um dos bancos altos.

– É que... ah... – desabei – Recebi um bilhete, dizendo que ela queria me encontrar em algum lugar as oito... eu não tenho boas experiências com jantares surpresa e isso não me parece muito a cara dela.

– Edward, sendo honesto, não, ela não me disse nada, nós conversamos, quero dizer, sobre você. Não vou dizer nada, mas acho que sei lá, pode ser que ela esteja tentando se... reaproximar que sabe. Dê uma chance. – ele fez uma cara estranha.

Pela primeira vez eu pude ver Bryan de verdade e ele não me parecia uma má pessoa, e talvez até estivesse falando a verdade, talvez esteja certo.

– Obrigado Bryan. – falei sorrindo pra ele, que retribuiu.

Coloquei as mãos sobre o balcão pra levantar, me sobressaltando com um papel. Estendi o papel pra ele.

– Ah, pode ficar – ele riu – a Bella tava marcando os pontos aí, ela perdeu quase todas as rodadas pra mim. – eu ri sem querer e guardei o papel no bolso.

Era como se um peso tivesse sido tirado de mim, depois da conversa com tia Abgail, do bilhete e de falar com Bryan eu sentia como se tudo fosse dar certo outra vez, como se Isabella não estivesse muito longe de mim.


POV. Bella


– Edward matou aula é? – perguntei pra Alice que falava do irmão quase chorando.

– E pelo jeito você também... Mas, você é você – ela apontou pra mim – E Ed, ele, ele não foi obrigado a fazer isso acredita? Emmett não estava lá, ele fez porque quis, ele mudou mesmo... – ela suspirou.

– Acho que ele está bem legal, apesar de não ser meu tipo... - Marietta Sproutt se intrometeu na conversa enquanto fazia aquecimentos no corredor por razão alguma.

– Mesmo? – perguntei, mas na verdade eu só queria socar a cara dela, segurei o punho pra não ceder a tentação. – E o “lance” de vocês, como vai?

– Ah não, foi só uma vez, sabe, era um lance sexual não sentimental... – ela disse e saiu andando, ou rebolando, eu não sabia ao certo.

– Calma Bella... – Alice murmurou e eu percebi que minha respiração estava ofegante.

– Eu estou... calma... Alice – falei devagar, lance “sexual”, que idiota, o Edward nunca... mas será que... Não, não, não mesmo.

– Ela só está tentando te deixar nervosa, ela é uma garota vulgar... – Alice sorriu.

– Ela é uma vadia, isso sim. – voltei a respirar normalmente.

– Vamos, você vai se atrasar pro trabalho... – Alice me puxou pela mão.

Eu havia até esquecido do trabalho...


– Nossa Victoria, checar os quartos? Sério, mas são quase oito da noite... – falei meio sem graça já que eu deveria estar em casa há duas horas.


– Bella, você pode sair mais cedo se quiser amanhã, mas a camareira da noite precisou faltar. Por favor? – Ela fez uma carinha de cachorrinho e eu bufei. – São só alguns e todos no mesmo andar, aqui os números. – me entregou um papel.

Segui para o andar 4 levando um carrinho com toalhas novas, depois de visitar os quartos 9, 16 e 22 segui para o 23 onde uma mulher me disse ter todas as toalhas que precisava, a julgar pelo tom de voz ofegante eu diria que não eram toalhas que a aguardavam lá dentro.

Assim que acabei, segui para o salão de jogos com minha mochila nas costas, eu não havia visto Bryan coma correria do dia e passaria lá pra dar um oi, o salão de jogos era o último a ser fechado.

– Hey, muitas pessoas roubando hoje ou todos honestos como eu? – perguntei assim que o avistei atrás do balcão, ele fez uma cara de “o que você faz aqui” e olhou no relógio – É, saindo mais tarde, eu diria que Victoria está abusando da minha boa vontade...

– Em tão é melhor correr, ou vai perder o jantar. – ele disse sério.

– Jantar? Ah não, os Cullen jantam tarde, eu até... – ele me interrompeu.

– Não Bella, o jantar, que você marcou... com o Edward. – ele disse sorrindo.

– Edward? Do que você está falando? – ele estava começando a me assustar, porque estava realmente sério.

– Ah não... Edward veio aqui me perguntar se eu sabia de algum encontro que você supostamente teria marcado com ele por bilhete, disse que não tinha muita sorte com jantares surpresa, eu meio que o aconselhei a ir, achei que você tivesse marcado mesmo... – ele disse rapidamente.

Levei minha mão a cabeça como se o mundo tivesse começado a girar. Não marquei nenhum encontro.

– Que horas, ele disse?

– Ás oito. – ele apontou pro relógio. 20:10. Ah não, ah não.

– Edward tem horror a isso, ele foi deixado uma vez esperando, virou motivo de risada, eu tenho que ir. – saí correndo trombando em quase todas as pessoas que passaram por mim. Eu não poderia deixá-lo esperando, não eu, o incidente não se repetiria.


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