Instinto escrita por miojo, popozita


Capítulo 13
Chacal


Notas iniciais do capítulo

Amores! Então, esse é o cap no ponto de vista da Clarissa.

O número de Reviews melhorou, mas ainda pode melhorar muito mais! Afinal, está chegando dois momentos que eu amo da fic! Melhor, são 3! UAHUAHAUHAU

Agradecer a afrodyte! Mais uma vez tem musiquinha dela no Cap!Flor, você é única! Muito obrigada!

E agora, agradecer ao sirsam15 pela MP linda! E pedir desculpas, mais uma vez, pelo Flor!

Dar as boas vindas as minhas leitoras novas *-*

Fazer propaganda básica da minha nova fic : http://fanfiction.nyah.com.br/historia/106037/Mil_E_Uma_Noites_Com_Jacob_Black

é em parceria com a minha diva sweet lips! A gente só esta esperando receber reviews para dar continuidade!

Espero que gostem!



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(Clarissa)

Senti minha consciência chegando aos poucos, me libertando para sentir meu corpo envolvido, pelos braços do Seth. Ainda sem abri os olhos, permiti-me sentir todo o calor de seu corpo junto ao meu, sua respiração tocando o começo da minha nuca e o seu cheiro inebriando-me. Cheiro esse que é o responsável pela  minha tranqüilidade desde que ele me encontrou.

Tentando não acordar-lo, comecei a me desencaixar de seus braços levemente, queria preparar o café para ele e para Leah, afinal, eles são o que mais prezo, juntamente com meu pai. Foram eles que me acolheram e cuidaram de mim, me trataram como da família, quando eu mais me senti sozinha, quando nem mesmo eu, sabia quem era. Ajudando-os no pouco que tenho para oferecer, já me faz sentir melhor. Lavar, passar e cozinhar não é do meu agrado, mas pelo menos assim, eu consigo ajudar em algo. Ainda não me lembro de tudo, mas já consigo me lembrar de boa parte da minha vida. Eu sabia que ele havia me violentado, mas as horas que passei nas mãos do Chacal, ainda são como caixas fechadas em minha memória, e sinceramente, pretendo nunca conhecer o que há em seus interiores.

Seth sussurrou alguma coisa que não consegui decifrar e se mexeu, deixando meu corpo livre para se ausentar da cama, levantei-me com pressa e precisão. Já de pé, observei a figura do menino dormindo, assim como na primeira vez que eu o observei dormir, eu senti meu coração se acalmar, se aquietar, como se toda a busca houvesse chegado ao fim. Beijei levemente seus lábios carnudos e fui ao banheiro, depois de fazer toda a minha higiene, fui aprontar o café. Enquanto passava pela sala, encontrei uma camisa jogada pelo chão, e ela não era do Seth. Aproximei-a do meu nariz, tentando decifrar de quem era o cheiro, meu olfato não é tão aguçado quão o dos lobos, mas era bom o suficiente para descobrir a quem pertencia à camisa... Embry! - sorri levemente – Provavelmente, Leah irá negar que ele passou a noite aqui, e eu fingirei que acredito.

Coloquei a água para ferver e fui olhar o céu. Eu sinto como se o céu me chamasse para estar lá, como se me convidasse a cada nuvem que passa, vagarosamente, sobre minha cabeça. Fechei os olhos, tentando fazer com que meu corpo fosse tomado por essa força estranha, mas nada aconteceu. Por mais que eu me concentrasse, nada ocorria. A única vez que me lembro do processo ter se iniciado, não teve motivo algum. Eu apenas estava tomando banho, e começou. Meus ossos pareciam quebrar; minha pele rasgar, enquanto tudo queimava. O som da chaleira apitando a fervura me puxou de volta para a realidade. Assim que comecei a passar o café, uma sensação estranha me tomou por inteiro, como se algo estivesse errado. Um arrepio nasceu em minha nuca e desceu até o inicio de minha coluna, fazendo com que todos os pêlos do meu corpo arrepiassem pelo caminho. Deixei o café de lado e fui em direção a porta da sala, seguindo uma espécie de um chamado. Minha mão tocou a fria maçaneta, girando-a, a porta rangeu e me ofereceu a pior das visões. O homem parado, com porte atlético vestindo apenas uma bermuda jeans e sorrindo, me encarou. Assim que meus olhos encontraram os seus, tudo fez sentido. Chacal! De instante, as lembranças vieram à tona, arrombando a caixa que as guardava.

Eu estava correndo, meu coração estava aos prantos. Chacal havia matado meu pai, eu ainda podia ver o corpo dele coberto de sangue lançado ao chão. Eu precisava fugir. Meus pés não estavam sendo rápidos o bastante, eles estavam se aproximando. Os passos cessaram, para logo em seguida o som de bater de asas se fazer ouvir, junto com um grito de ave.

Corri ainda mais rápido, mas as sombras das grandes asas me diziam que não estava adiantando. Logo senti minha cintura ser envolta pelas garras. O desespero me tomou e comecei a me debater, em vão. Eu gritava, mas isso não adiantava.

Já estava exausta quando meu corpo caiu no chão, sendo seguido pela forma humana de Chacal, que me ergueu, beijando-me de forma animalesca. Revirei meu rosto, até consegui fugir dos lábios dele. Seus olhos em encaravam com fúria.

-Deveria se orgulhar d’eu a ter escolhido. -Ele sorriu.

-Não teve outras opções, ou se esqueceu que sou a única fêmea descendente direta?- Falei tentando me soltar.

-Sabe que te amo desde que te vi. -Ele apertou meus ombros, machucando-me.

-Sabe que meu destino é outro. -Tentei me desvincular mais uma vez, em vão. Ele continuava a me apertar.

-Achas mesmo que você é diferente? Você não se transforma!-Ele gargalhou.

-Me solta!-Comecei a chorar, mas ele não se importou.

-Não tem para onde fugir. - Consegui soltar um dos braços de seu aperto.

-Se não ficar quieta, vai apanhar igual aquele velho. -Ele riu.

-Não fale de meu pai! -Gritei, colocando toda minha força em meu punho e acertando-o. Ele me soltou, acariciando o maxilar.

-Sua vadia!- Ele me empurrou, jogando-me no chão. Antes que eu conseguisse me levantar ele se sentou sobre meu quadril, um joelho de cada lado, acertando-me com um soco.

-Não era para ser assim. -Ele tentava alisar meu corpo, e eu me debatia, levando outros socos por todo o corpo.

Por mais que eu lutasse bravamente, ele não desistia. Em um único golpe rasgou o resto da minha roupa. Senti o seu membro rígido contra meu corpo virgem, ele ainda estava nu da transformação, e o medo do que vinha a seguir me atingiu como um machado.

-Pare! Por favor! -Gritei, tentando de todas as formas, evitar que ele prosseguisse.

-Sabe há quanto tempo te desejo? -Ele beijou meu queixo, enquanto usava uma das mãos para segurar as minhas no alto da minha cabeça e a outra passeava pelo meu corpo.

Eu gritava, debatia e chorava, mas nada resolvia. Ele me entranhava cada vez mais fundo, e a dor me consumia por inteiro. Meu corpo se entregou ao cansaço,  me impedindo de lutar ainda mais.

Quando ele terminou, saiu de cima de mim sorrindo, feliz. Eu tentei sentar-me, mas tudo doía. Abracei meus joelhos, que estavam sujos de sangue. Comecei um choro baixo, já sem lágrimas.

-Pare! Você até gostou. -Ele riu. Algo dentro de mim se acendeu, e eu me levantei. A dor estava aumentando, eu não estava suportando. Todo o ódio que eu sentia estava me queimando por dentro, comecei a correr mesmo meu corpo exausto eu corri.

Chacal veio atrás de mim, mas algo estranho aconteceu. Comecei a sentir tudo em mim se quebrar, se romper, se rasgar. Quando soltei meu grito mais intenso, eu ergui voo. Sem entender o motivo pelo qual eu estava voando, eu apenas segui um chamando estranho que vinha de meu coração.

Meu corpo não suportou por muito tempo, e logo senti tudo voltar ao normal, e então despenquei.

Uma mistura de nojo; repulsa e medo, dominava todo o meu ser, fazendo-me dar um passo para trás, na inútil tentativa de fugir daquela situação. Por mais que ela tenha chegado, eu ainda acreditava que seria possível evitá-la. Eu sempre me senti sozinha, nunca  consegui encontrar o que sempre procurei. Até conhecer Seth! Desde pequena, sempre soube que tinha que ir atrás de algo, desvendar o desconhecido, ultrapassar as barreiras da minha aldeia. O desejo de buscar algo novo, sempre me inquietou e agora, quando sei que encontrei o que procurava, já que meu coração está cheio, pela primeira vez, que me sinto completa, tudo esta prestes a ser arruinado. Não suportarei ver as vidas de quem amo, ser abalada por minha causa, por causa de uma obsessão doentia. Reuni todas as minhas forças, toda a coragem, para poder olhar nos olhos dele e dizer tudo o que arranhava minha garganta.

-Não vai arruinar minha vida mais uma vez, não vou deixar que se intrometa na vida de nenhuma dessas pessoas. -Ele riu debochadamente.

-Vim te buscar. –Piscou um dos olhos, convencidamente.

-Não vou a lugar algum com você. -Cuspi as palavras, sentindo um braço me empurrar para trás, me desequilibrando.

-Não chegue perto dela. - Seth tremia e rosnava violentamente, enquanto se posicionava na porta.

-O quê?-Chacal deu um passo para trás.

-Vai embora daqui. -Seth não parecia mais o doce menino que me acolhe no peito todas as noites, parecia um verdadeiro guerreiro.

-Um lobo? Isso é ridículo. Clarissa, esta trocando-nos por um bando de cachorros?-Chacal falou desdenhoso, fazendo-me ter que segurar o Seth.

-Chacal, vai embora!-Eu pedi, segurando o Seth, que tremia tanto que chegava a me balançar.

-O que está pegando aqui?-Embry saiu do quarto de Leah, apenas de cueca e ainda meio sonolento.

-Esse desgraçado. -Seth se soltou de mim, mas Embry conseguiu segura-lo, antes que ele entrasse em fase.

-Seth!-Leah gritou entrando na frente dele. Eu não vi de onde ela surgiu, mas estava de camisola e encarava preocupadamente o irmão.

-Têm pessoas olhando-nos. -Ela disse seria, espalmando as mãos no peito do Seth.

-Esse desgraçado veio atrás da Clarissa. -Seth bufou, ainda tentando se soltar.

-Chacal?-Leah se virou, colocando as mãos nas ancas e encarando-o.

-Prazer. - Ele riu.

-Eu vou te matar!-Ela rosnou, começando a tremer também.

-Uma garota? Você é prepotente!- Ele deu os ombros.

-Quem é você para falar assim com ela?-Embry deu um passo à frente. Agora estava perdido, tinha três lobos entrando em fase e muitos curiosos em volta.

-Depois eu volto amor. -Chacal saiu correndo. Embry e Leah correram atrás dele, mas eu consegui segurar o Seth.

-Clarissa. -Ele pediu, ainda tremendo violentamente.

-Não vá. -Nesse mesmo momento, uma enorme águia venceu as copas das árvores, ganhando o céu.

-Ele vai voltar. -Seth parou de tremer, aproveitei o momento e me lancei em seu abraço. Precisava sentir o seu calor, sentir seus braços em torno de mim, sentir que estava protegida.

-Se acalme. -Seth acariciou meus cabelos. Era estranho como ele já havia retomado todo o controle, e agora estava perfeitamente calmo.

-Eu não quero ir. -Choraminguei, enquanto Seth me puxava e sentava no sofá, comigo ainda grudada em seu peito.

-Você não vai. -Ele tinha tanta convicção nas palavras que não ousei duvidar, apenas me aconcheguei ainda mais em seu peito.

-Não quero ver você sozinha. Vai ficar comigo ou com a Leah, ou com qualquer um do bando. -Seth ergueu minha face, olhando em meus olhos. Apenas consenti. - Eu te amo tanto para te perder... -Ele sussurrou, já erguendo ainda mais meu queixo e selando nossos lábios.

A sensação de encontro, de perfeição, tomou conta de mim novamente. Ter seus lábios macios se movimentando de encontro aos meus era algo tão mágico, totalmente indescritível.  Lancei meus braços em torno de seu corpo puxando-o para mim. Minhas unhas arranharam sua pele, pela falta do tecido da camisa.

-Ai. -Ele riu, beijando-me delicadamente.

-Desculpa. -Sorri sem graça, enquanto deixava minhas mãos adentrarem em seus cabelos.

-Sou seu, faça o que quiser. -Ele me beijou mais intensamente, deixando-me sentir sua necessidade por mim. Sua língua agitava-se dentro de minha boca, chocando-se contra a minha, provocando as sensações mais surreais possíveis. Tudo deixava de existir naquele momento.

-Temos que avisar ao Jake... -Me soltei do Seth, ouvindo a voz da Leah, que entrava em casa pelos fundos, completamente nua.

-E o pai dela... -Antes que eu visse o Embry, Seth tapou meus olhos com as mãos.

-Vai se vestir. -Seth falou sério. -Para ser sincero, o que você está fazendo aqui? -Seth trocou a voz seria por uma brincalhona.

-Dormindo!-Leah gritou, provocando risos tanto no Seth quanto no Embry.

-Ok. -Seth soltou meu corpo, conduzindo-me pela mão para o quarto.

-Vamos falar com o seu pai e com o Jake.- Seth me abraçou, me tranqüilizando.

-Não deixe meu pai se machucar. -Pedi, apertando meu corpo contra o dele.

-Ninguém vai se machucar. -Ele disse afagando meu cabelo.

-Prometa-me que não vai deixar ele nos afastar. -Senti o choro se formando dentro de mim.

-Ei... -Seth ergueu minha face, segurando-a entre as duas mãos protetoras. -Ninguém vai nos separar, eu não vou deixar. -Ele beijou meus lábios docemente, fazendo-me esquecer de tudo.

-Agora vai se arruma. -Respirei fundo, seguindo as ordens do Seth.

-Eu fiz o café. -Dei os ombros e ele riu.

-Você não existe!

Eu conheço a imensidão do céu Pássaro que sou, Mergulharei de vez Uma vez ou três. Duzentos por hora, ou algo mais, Na velocidade de encontrar você, Te merecer Voar, sem ter onde chegar. E de lá do céu Formaremos dois em um só, Fugirei da chuva, Beijarei o sol. Amanheceu É hora de voar, Amanheceu É hora de voar. Sigo meu instinto animal, Cruzo mil fronteiras Garimpando amor, Semeador. De tanto voar achei você, Multicolorido exatamente igual Ao meu astral. Melhor é voar a dois E de lá do céu Formaremos dois em um só, Fugirei da chuva, Beijarei o sol, Amanheceu É hora de voar, Amanheceu É hora de voar. Amanheceu, Amanheceu É hora de voar, Amanheceu É hora de voar.

(Pássaros Claudia Leitte)


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? O que acham que vai vir em seguida heim???
Beijos e obrigada amores!
:*