1. Sgrimmos escrita por Eva Winchester


Capítulo 4
Capítulo 4 - Disfarces e Mentiras


Notas iniciais do capítulo

Só para constar... esses que postei, já estavam escritos... por isso estou colocando tudo de uma vez... então possa ser que eu demore para colocar outro capitulo...



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     - Policiais do FBI? Esses disfarces estão ficando ultrapassados. - falou Sam segurando os distintivo.

     - Cara, é sempre bom bancar o policial, sobe a alto estima. - respondeu Dean enquanto escovava os dentes.

     - Está bem então. É a sua vez de escolher: você vai ao necrotério ou prefere interrogar a testemunha?

     - Interrogar a testemunha. - respondeu ele.

     - Pensei que diria que ia ao necrotério, sabe que Eva vai escolher isso não sabe? - Dean cuspiu a pasta e veio para sala enxugando a boca.

     - Sei, mas não quero ver nenhum cadáver hoje.

     - Então Segura. - Sam passou um paletó preto, uma camisa branca social, uma gravata preta e calça de mesma cor do paletó para Dean.

     - Que horas são?

     - Oito e meia, temos meia hora para nos aprontarmos.

...

     - Como estou? - perguntou Eva.

     - Maravilhosa, essa roupa te serviu bem. Já pensou em seguir carreira?

     - Muito engraçado, sabe que eu não me daria bem, sentiria falta das armas de sal e água benta. - Eva sorriu enquanto se olhava no espelho. - Mas pode ser uma opção, talvez quando eu cansar de ser caçadora eu me arrisque. - agora foi a vez de Angela rir.

     - E eu, como estou?

     - Você também daria certo nessa profissão, ficou com cara de mulher séria.        

    - Sai dessa Eva, eu não conseguiria viver certinha assim, além do mais imagina eu chegar com olheiras de ressaca no trabalho, seria motivo de fofoca. Definitivamente não daria certo.

     De repente alguém bate na porta, Era bobby vestido de terno e gravata, finalmente sem aquele boné que ele usa sempre e com o cabelo preso em um pequeno rabo de cavalo.

     - Você também vai? - falou Angela.

     - Sim, mas não com vocês, vou investigar na biblioteca algo relacionado a casas e edifícios ocupados recentemente. A cidade tem muitas pessoas temos que ir diminuindo a lista de casas para investigar. - Bobby parou, olhou as meninas e concluiu. - vocês estão maravilhosas. Já pensaram em seguir carreira?     

     - BOBBY! - as duas falaram na mesma hora.

     - Está bem, eternamente caçadoras... Eu me lembro de algo assim... - ele sorriu. - Vamos logo, os rapazes estão esperando.

     - Ah é eu havia esquecido, duplas. - falou Eva.

     - E esse negócio de duplas vai dar o que falar. - respondeu Bobby.

     - Como assim?

     - Venham e vejam.

     Eva seguiu atrás de Bobby guardando o distintivo do FBI escrito "Christina Harris". Já Angela tinha um jaleco branco nas mãos, indicando o obvio, ela iria no necrotério. Quando as meninas foram vistas pelos rapazes, houve uma conversa tremenda.

     - É Brincadeira. - falou Dean.

     - Você sabia que ela ia ver a testemunha não sabia? - Sam falou sorrindo.

     - Claro que não, por isso não escolhi o necrotério, não queria passar um dia inteiro com ela.

     - Está na hora de vocês se acertarem não acha?

      - Não... – ele parou e olhou para frente. – cara, ela está perfeita. - respondeu Dean com relação à Eva que vinha caminhando na direção deles. Ela usava um blazer preto e blusa branca por dentro, sapatos e meia calça também pretos e os cabelos que eram cumpridos estavam preso em um penteado, deixando a franja levemente solta.

     - Vocês estão lindas. - falou Sam.

     - Obrigada. - respondeu Angela. – Vocês também não estão de se jogar fora.     

- Andem crianças, nós temos trabalho a fazer e quanto antes começarmos, antes vamos para casa. – falou bobby se aproximando.

     - Vamos parceiro? – falou Angela.

     - Vamos. Vejo vocês depois. - falou Sam olhando para Dean, Eva e Bobby.     

Eva olhou para Dean e respirou fundo, um dia com ele era tudo o que ela menos queria.

     - É melhor vocês irem indo. - falou Bobby enquanto abria a porta do carro. Eva simplesmente não disse nada indo na direção do impala.

     - Vai ser difícil. - falou Dean.

     - Eu sei disso. Boa sorte. - respondeu Bobby indo embora logo em seguida.

...

     - Por aqui - falou o médico legista. - Desculpa, mas como vocês dizem se chamar?

     - Oh, eu sou o agente Carl Rebhorn essa é a minha parceira Anna Weston. - respondeu Sam enquanto entrava na sala fria do necrotério e mostrava para o médico os distintivos.

     - Certo Agente Carl, vocês estão atrás de Edward Miller. Certo?

     - Isso.

     - As primeiras analises comprovaram a morte como sendo causada pela incisão no pescoço da vitima e o coração foi arrancado logo em seguida. - falou o médico abrindo umas das inúmeras gavetas e puxando o corpo de um senhor para fora. - vejam isso. - o rapaz levantava o pano que cobria o cadáver e mostrava o corte no pescoço. - estão vendo essas bolhas?

     - Queimadura? - falou Angela.

     - Sim, o que causou o corte estava extremamente quente. – respondeu o medico. – Caramba...

     - O que?

     - Isso ressalta a suspeita da policia de ser um ritual não é?

     - Certamente. – respondeu sam. - Doutor...

     - Barnett, Steve Barnett.

     - Doutor Barnett, as roupas da vitima ainda se encontram por aqui?

     - Sim, ensacamos tudo e colocamos naquela estante. – o medico apontou para o fundo da sala, onde uma enorme estante tomava toda a parede.

     - Obrigado. – respondeu Sam indo na direção da estante.

     - Doutor, o senhor poderia nos dar um segundo?

     - Claro, vou tomar um café, se precisarem de mim, liguem para a recepção que eles me avisam.

     - Pode deixar conosco. – Angela se certificou de que o medico havia ido e olhou para Sam. – Certamente isso é um sgrimmo.

     - Sim, com certeza. - falou sam procurando as roupas na estante. – aqui. Ajude-me a encontrar algo que nos diga aonde ir primeiro. Eu vou dar uma olhada no corpo. – Sam e Angela começaram os seus devidos trabalhos. Angela observava minuciosamente a roupa do senhor Miller, enquanto Sam olhava cada parte do corpo.

     - Angela, veja só isso! – ela se aproximou e abaixou a cabeça próxima ao pescoço do morto, necessariamente atrás da orelha. – pega a pinça para mim, por favor. – ele mexeu um pouco no local e puxou a pinça com um pedaço de pele na ponta.

     - Não pode ser. – falou angela.

     - Estamos com problemas. – respondeu Sam.

...

     - Dá para abaixar a música, está muito alta. – falou Eva sentada no banco do carona.

     - Mas você gostava do metallica. – falou Dean abaixando o som.

     - Isso mesmo, gostava... Faz dez anos que não escuto isso.

     - Não vejo porque uma pessoa deixaria de gostar do metallica.

     - Às vezes é bom esquecer o passado. – o silêncio cobriu o carro. Dean sabia que ela falava dele e não quis prolongar aquela conversa.

     Após alguns minutos a fazenda dos Millers surgiu à frente. Dean parou o impala a poucos metros da entrada da casa e pegou o distintivo dentro de um pequeno baú de madeira. Eva puxou o espelho retrovisor e retocou a maquiagem. Tirou o distintivo do bolso interno do jaleco e deixou o carro. Ela ia seguindo rápido para a porta, porém Dean a segurou.

      - Vai devagar, queremos passar uma impressão errada, não é?

     - Posso ajudá-los? – uma jovem parou na porta da casa.

     - Claro, somos agentes do FBI e gostaríamos de conversar com a senhora Miller, sobre o assassinato do marido dela.

     - Por favor, entrem. – falou a jovem seguindo na frente. Dean deu passagem a Eva e foi o ultimo a entrar na casa.

     Uma senhora aparentando ter uns sessenta anos, apareceu vindo da cozinha.

     - Senhora Miller, eu sou a agente Christina Harris e esse é o meu parceiro agente David Evans. – Dean mostrou a carteira com uma foto. – Gostaríamos de falar com a senhora sobre o assassinato do seu marido, saber a sua versão da história.

     - Claro, por favor, sentem-se – ela apontou para o sofá. – querem beber alguma coisa, tem cerveja na geladeira.

     - Eu aceitaria uma...

     - Não... – ela falou com voz de autoridade para Dean. – Obrigada.

     - Não, obrigado. – concluiu ele. Ele coçou a garganta e continuou falando. - A senhora viu o assassino do seu marido não foi? – Eva puxou um bloquinho de dentro do blazer e começou a escrever algo.

     - Eu estava na varanda como sempre faço quando esta escurecendo e vi Edward próximo ao celeiro. De repente eu vi alguma coisa puxar ele para dentro. Corri e quando cheguei vi o nosso filho mata-lo.

     - O filho de vocês? – Dean olhou para a senhora Miller.

     - Sim, meu Justin.

     - Onde ele está agora? – perguntou Eva.

     - Não sabemos, a policia local também procurar por ele.

     - Teria uma foto dele que a senhora possa nos entregar? – Eva pediu enquanto se levantava do sofá.

     - Sim, claro. – ela se levantou, chegou próximo a estante e de um porta-retrato tirou a foto do jovem. Entregando logo depois para Eva. – Aqui esta.

     - Obrigada senhora Miller, assim que soubermos de algo, avisamos a senhora. – falou Eva apertando a mão dela e seguindo para a porta.

     - Obrigado pela informação – falou Dean seguindo Eva.

     Os dois entraram no impala e deram meia volta na propriedade pegando a estrada do milharal.

     - Ao menos já sabemos quem devemos procurar.

     - É sim.

     - Somos uma dupla e tanto. – Eva não respondeu, ela tentava ligar para Angela ou Bobby, mas ali ela não estava conseguindo.

      Dean freou o impala no meio do milharal e virou para Eva.

     - Eu não sei como começar. Esse clima entre a gente é horrível, principalmente porque somos parceiros agora, como antigamente.

     - Não como antigamente...  

    - Que seja, mas estamos juntos de novo e eu preciso que você me escute, mas me escute com bastante atenção. Eu fiz o que fiz porque eu não queria que a sua vida se resumisse a isso, a ficar comigo 24 horas dentro de um carro, andando por todo o país, caçando essas coisas, pondo a nossa vida em risco em tempo integral. Seria difícil para mim te perder para essas criaturas que caçamos.

     - Então você preferiu me perder de outra forma

     - É complicado entender, eu sei. Depois daquela noite, os dias que seguiram foram os piores da minha vida. Eu lutava contra mim mesmo para não te ligar porque eu sabia que você iria ficar ainda com mais raiva de mim. Eu fiz o que fiz para te proteger e peço que me perdoe por isso e que me dê uma chance de me redimir.

     - O que mais me maltrata Dean, não foi você ter me abandonado, porque quando você namora um cara, você o conhece e eu sabia que você não é daqueles caras que ficam presos a uma pessoa só. Mas o que mais me dói foi ver o rosto da minha mãe, ela estava feliz, sabendo que a mais velha dela ia casar, mesmo sendo com você. Ela não te suportava...

     - Eu sei disso...

     - Mesmo assim ela estava feliz, mas ver a decepção dela depois, foi o que mais me doeu. Todos estavam lá: O Sam, tio Bobby até seu pai que vivia caçando encontrou um jeito de aparecer, mas a pessoa mais importante para mim, naquela noite, não apareceu. Agora você entende o que sinto...

     - Eva... – Dean foi interrompido pelo celular dele que tocou. – Fala Sammy.     

     - Dean, viemos ao necrotério ver o corpo e descobrimos algo que... – a ligação começou a falhar.

     - Sammy?

     - Dean, você está me ouvindo?

     - Sammy, Sam? – a chamada foi perdida. – tem algo errado, precisamos ir até o necrotério. – Dean liga o carro e segue, mas é obrigado a frear bruscamente quando um ser acinzentado, despida e na forma de uma mulher, para no meio do caminho.

     - Sgrimmo. – falou Eva.

     - Com certeza. – respondeu Dean.


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Notas finais do capítulo

se gostaram, já sabe... REVIEWS!!!!



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