Milos nunca se comparou a Terah. Nunca tivera uma economia tão forte ou um exército tão grandioso, até em termos de paisagens naturais ou mesmo construídas pelo homem, Milos se comparava ao país principal de Guardia. Mas Milos estava posicionado de maneira estratégica no continente, praticamente no extremo oposto em relação a Terah. E, embora não fosse tão agraciado como o outro, ainda assim era um país forte. Por isso, a decisão lógica seria concentrar as forças da resistência ali.

Não que o rei Luther não apoiasse as forças que combatiam Malak, ele era um dos principais generais, para falar a verdade. Mas ele não podia declarar abertamente seu antagonismo contra Terah, países demais já estavam sendo controlados por Malak, e uma guerra direta devastaria seu reino. Todavia, o jovem rei não era tolo, ele conhecia as idéias de Luther, então, ele fez uma jogada inesperada, que Luther não poderia declinar, mas aceitá-la seria deixar o outro ter um enorme controle sobre si...   

Dualla, filha única de Luther, havia sido convidada a participar um tempo da corte de Terah. Quem negaria isso? Um tempo na corte do país mais influente de todo continente? O rei não poderia, mas deixá-la ir, seria perdê-la para sempre, seria sacrificá-la, como se fosse um mero peão.

- Enquanto estiver viajando, arrume uma maneira de escapar de seu cortejo. E fuja, mas não volte a Milos, meu reino se tornou um lugar proibido para você. Lamento, minha criança... – A última coisa que Dualla escutou de seu pai. O último sussurro apresado que escutou antes de partir em direção a Terah.

A donzela fez o que seu pai pedira e em seu caminho, estava Ryu. Talvez tivesse sido melhor aceitar o convite de Malak...