Lado B - quando a Megalomania não Pode Ser Confundida com a Maldade escrita por Katsumi Liqueur


Capítulo 2
Prológo Pt.1


Notas iniciais do capítulo

Apresentando Malak, o "dono do mundo".



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Malak era o sexto filho do Grande Rei Pallas. O sexto filho, o quarto filho homem. E ele não era o caçula, ainda havia mais um casal de irmãos. Pallas era rei do principal país de Guardia e, naquele lugar, há muito havia sido abolido as idéias que só os homens poderiam assumir o trono, mas era ainda passado para a criança mais velha. Azura, a linda irmã ruiva de olhos azuis seria a rainha. A Malak caberia apenas sua alta posição no exército e, talvez, um lugar no Conselho.

Mas ele tinha idéias, boas, para falar a verdade. Eram idéias grandiosas, de revoluções e unificações. E o jovem queria o poder, coisa praticamente impossível, olhando-se a linha de sucessão. Malak não mataria os irmãos, não usurparia o trono e os mandaria para o exílio e, muito menos, faria um levante das tropas contra a própria família. Se ele quisesse, poderia ter feito. Tinha liderança, era carismático, os soldados o idolatravam. Porque ele era um bom guerreiro e também porque se importava com seus subordinados. As pessoas o viam com bons olhos, porque era simpático, porque lidava com elas olhando em seus olhos. Malak nascera para ser rei, mas nascera tarde demais.

Pallas havia morrido e Azura estava para ser coroada. O jovem jogou a única carta que tinha em mãos. Azura era solteira. Terah, o país em que viviam, não era machista, como já fora mencionado. Ela poderia ser solteira e ainda ser coroada. Nunca precisaria de um rei se não quisesse. Mas Malak tinha a população na mão e Azura não tinha uma personalidade tão forte assim para contrariá-la. O povo pedia por um noivo. E, assim, seria. Azura não teria nem direito de escolher o homem que queria, Malak se sentia culpado por tornar a irmã infeliz, mas era melhor que matá-la, julgava ele.

Para escolher o marido, que seria o novo rei, uma série de competições foi feita. Todos os homens podiam participar, mas deveriam manter suas identidades ocultas, só o vencedor a revelaria. Idéia de Malak, para que ele pudesse participar. Para evitar que o reconhecessem, trouxe juízes de outras nações. Os competidores usavam máscaras e uniformes padronizados. A competição veio, não foi fácil, mas ele perseverou.

O povo aclamava em polvorosa o vencedor misterioso. Até Azura se encantara com a capacidade daquele homem. Então, a máscara foi retirada. Um silêncio da multidão, um pranto silencioso da irmã. Caíra numa armadilha, agora percebia. Antes que pudesse esboçar uma reação contrária, ela o escutou falar. Malak admitia que fora errado da parte dele, que era incesto. Mas ele nascera feito do material necessário para ser rei, por outro lado, não era capaz de roubar o trono da irmã. E o povo o amava. E o povo aceitou com brados fortes. Mesmo Azura, em seu total estupor e mágoa, fora atingida pelas palavras dele.

No final do discurso, Malak voltou-se para Azura. A expressão do jovem se abrandou, enquanto ele secava as lágrimas da irmã num pedido de desculpas silencioso. Já estava feito, ambos sabiam. Não havia mais alternativa. Eles se casariam, eles assumiriam o trono juntos. Mas, Azura entendia perfeitamente bem, ele seria o responsável por todas as decisões. A mulher, porque, ao contrário dele que era jovem, ela já era uma mulher, não via problemas em Malak comandar inteiramente o país. Poderia tentar interferir, em algum tipo de vingança vazia, mas isso prejudicaria o povo. E os reis de Terah só faziam o que era melhor para seu povo! Então, não vendo outra opção, ela aceitou o pedido de desculpas dele com um leve meneio de sua cabeça e sorriu para seus súditos, enquanto as mãos dele se encontraram e se mantiveram unidas.


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