House Of Night: Sweet Darkness escrita por BrunaNagorski


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Perdoem-me os erros ortográficos, se tiverem. Nem revisei, HAEUAHEUAEH bom, comentem se gostar, aí eu posto mais, combinado ? (:



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Juro que fiquei sem ar. Toda a porcaria das coisas que tinham acontecido hoje havia evaporado naquele momento. Ele era tremendamente quente, sexy, gostoso, enfim, era tudo! Não consegui imaginar algum cara tão lindo como ele (na verdade eu não conseguia pensar em nada, é).

James. Por mais que estivesse na primeira fileira da arquibancada, mas num lugar mais longe, reparei em todos os detalhes. Ele tinha olhos claros, que era realçado pela cor escura de seus cabelos. Sua pele era branca, e tinha uma leve coloração bronzeada. Sua boca... ah, totalmente indescritível. Usava uma camiseta vermelha, apertada. Isso realçou suas curvas, que, OMG! Na verdade não era aquela coisa exagerada, tipo caras doidos que querem alcançar o nível máximo de massa muscular com aqueles esteróides anabolizantes, e que acham que estão arrasando.

Notei que meu olhar estava abaixando. Como nem me passou pela cabeça de subir o olhar novamente, continuei minha observação. Usava uma calça de moletom cinza claro, larga, confortável.

Tá bem, teria continuado a olhar para essa região, se automaticamente meu olhar não tivesse encontrado o dele. Meu rosto queimou.

Ele parou na frente de onde estávamos sentados, e como ele deu mais uma olhada, meu rosto pareceu arder, e eu abaixei minha cabeça.

“Boa noite, galera”. A voz de tom grave falou. Os alunos responderam extasiadamente, principalmente as garotas. “Então,” ele bateu suas mãos, “Hoje vamos dar continuidade ao que estávamos praticando ontem. Ajuntem-se a seus pares e façam o que tenham que fazer. Alguma dúvida?” Ele interrogou.

Eu ergui minha cabeça. Ele estava olhando para a turma com as sobrancelhas arqueadas. Uma mão frágil se levantou da segunda fileira. “Você poderia repetir o exercício pra gente?”

Sem pensar, James respondeu, “Claro! Ooh, Drew, pode vir me ajudar?”

“Tranqüilo.” O garoto de estatura alta e larga se levantou. James pegou dois panos de 1 metro, no máximo, do meio de um bolo de panos brancos. Ele deu um para Drew, que estava parado na frente coçando a cabeça. Os dois foram um pouco para o meio do ginásio, e colocaram o pano no cós da calça, na parte de trás. Então começaram. Cada um tentava pegar o pano pendurado do adversário. Mas os dois eram bem ágeis.

Então uma gritaria inundou o ginásio; as garotas gritavam por James. Algumas estavam em pé, pulando. Vi que a Odiosa estava no meio das garotas que berravam pelo professor. Gritando e assoviando por Drew, estavam apenas alguns caras. Kyle assoviava sentado.

Certo momento, James parou de tentar pegar o pano de Drew, e apenas se esquivava de seus ataques. Então logo ele partiu pra cima de Drew com uma velocidade incrível, e agarrou o pano dele. As garotas ficaram histéricas. Os garotos uivaram. E eu fiquei só quieta, observando.

Drew voltou ao seu lugar, e todos se aquietaram. Tá, as garotas, principalmente as odiosas, é claro, foram as exceções. James se aproximou novamente e jogou os braços para o alto, se espreguiçando. “Cara, que calor, pra uma noite de outono, não é?”, ele comentou. As garotas concordaram, e era obvio que ela queria que ele se despisse ou sei lá o que mais.

James lançou um risinho de ‘eu-sei-o-que-você-fez-aí’ pra elas, e disse, “É, né, uhum, agora vamos levantando, madamas, se não quiserem perder pontos participativos de hoje.” Ele pegou várias toalinhas e deu para as garotas da primeira fileira. “Esse exercício é bem útil, pois pratica a defesa e o ataque ao mesmo tempo. Talvez vocês possam praticá-lo a semana toda- ” Então todo mundo começou a discordar e manhar. James riu. “Ah, qual é? Eu sou professor aqui, não é mesmo?”

“É, e eu não vou fazer o exercício, a não ser que você tire a blusa.”, alguma abestada falou. As garotas mais próximas do professor pegaram carona, e começaram a gritar uns “Tira! Tira!”. Eu simplesmente não estava acreditando naquilo tudo. A escola toda era ser meio doidona. Na verdade, totalmente doidona. E agora a aula de Combate havia se transformado num clube de strip-tease.

O professor deu um riso envergonhado, deu um passo pra trás e balançou o dedo apontador negativamente. Uma pontadinha – bem pequenininha – de tristeza por não ver ele sem camisa eu senti dentro de mim. Eu balancei minha cabeça e apoiei minha mão na cabeça, não acreditando naquelas assanhadas. Simplesmente porque ele não era o Taylor Lautner num programa tipo da Oprah ou sei lá, ele era o professor delas. Que ridículas, como se ele pudesse ligar para alguma delas...

Eu olhei pra frente de novo, e o professor tava olhando para o chão, com os braços cruzados, ainda com o risinho. Ele deu uma olhada pras garotas, ainda com a cabeça abaixada, e jogou os braços para frente, sussurrando dois “Tá bom”, com uma cara de derrotado.

Okay, sério? Ele iria tirar?

Meu coração pulou uma batida. Ele deu um passo mais próximo, e se virou de costas. As garotas deram gritos ensurdecedores. Me remexi no lugar e enruguei a cara. Dei uma rápida olhada para os garotos. Ele não estavam com uma cara muito legal não. Meu olhar se encontrou com um garoto baixinho, que balançou a cabeça negativamente, não acreditando na situação que se passava, se igualando a mim. Olhei novamente para frente, e vi James segurando a camisa um pouco para cima, no meio das costas. Ele abaixou a camisa novamente, e então tirou-a totalmente. E, assim, meu queixo só pôde ter aberto uma cratera no chão. Tinha o corpo um pouco mais bronzeado que o rosto. Era super, hiper, mega malhado e gostoso, e o pouco suor que havia se formado nas suas costas e peito fazia tudo ficar super quente. Meu rosto esquentou, e eu notei que havia passado a língua na minha boca. Atenção, eu só passo a língua por minha boca quando estou insaciavelmente faminta.

Olhando pra ele, eu disse a mim mesma que a única coisa melhor que imaginar James me carregando em seus braços, era imaginar ele me carregando sem camisa em seu braços. Cara, eu perdi muita coisa.

Minha atenção estava tão concentrada nas garotas e na beleza do professor, que isso me impediu de ver as tatuagens dele. Eram da mesma cor que a dos outros professores, cor púrpura. Mesmo de longe, notei que elas eram compridas e bem preenchidas, com grandes desenhos, mas que ornavam com a feição dele.

Bom, depois disso eu meio que parei de prestar atenção, pois estava tentando por minha mente no lugar. Tudo o que eu percebi foi que o pessoal começou a se mexer.

Então era ele. James Owen, o homem dos sonhos da minha colega vadia de quarto. Sim, ela era vadia, e achava que tinha chances com um professor maravilhoso. Aliás, ela achava que tinha chance com todos os caras do colégio. Okay, okay, talvez ela tivesse, mas com James, sem chance...

Ah, e quem liga para os dois? Se ela e James tem uma chance, se já tiveram, ou se estão tendo, o problema é deles, e não-

Eu estava olhando fixamente para o chão, com meu queixo apoiado nos meus braços, que estavam apoiado nas minhas pernas, até que um aluno sentou ao meu lado interrompendo meus pensamentos. Ignorei quem-quer-que-fosse, e continuei minha linha de raciocínio.

Uh, deixa eu ver. Ah, sim, tanto faz e tanto fez quantas vezes James e a odiosa se pegaram, ou vão se pegar, porque eu tenho mais é que-

Interrompida novamente. Um cheiro de folha seca do outono e de madeira inundou meu nariz, e meu coração acelerou. Eu enruguei a cara e briguei internamente com minha sensibilidade a qualquer perfume bom, porque, cá entre nós, existem vários gatinhos que cheiram bem, e com essa sensibilidade inútil-

“Acho que seu primeiro dia de Combate não foi, uh...” Eu paralisei. Foi aí que eu quase pude ouvir meu coração gritando para pular para fora de meu peito e tomar um belo ar fresco. Aquela voz profunda e sexy estava vindo de muito perto. Tentei manter minha respiração uniforme quando olhei para o lado.

James estava mais deitado do que sentado ao meu lado. Ele já havia vestido a blusa – para minha felicidade, no momento, já que se ele estivesse sem blusa, eu poderia cair dura e estirada no chão (falando sério, acho que não seria má idéia ‘cair dura e estirada no chão’, imagine, ser carregada por ele, ui-)

“Planeta Terra chamando Wanda, câmbio.” James pôs sua cara em frente a minha, a alguns, tipo, 20 centímetros. E ele não deveria ter feito isso. Na verdade, ele conseguiu tirar do meu transe, pra me deixar mais sem ar. Eu fechei os olhos, me afastei dele, e disse, “Ah, desculpe, como?”

James soltou uma leve risada e voltou a sua posição normal, agora se apoiando na perna. “Eu tava falando sobre as garotas super-histéricas daqui. Desculpe, mas é uma coisa que você tem de se acostumar, porque... Bom, esquece.” Ele riu. “Bem, você já deve saber, sou James Dark Owen, seu professor de Combate, e quem sabe, oremos a Nyx, seu mentor.”

“Mentor?” Perguntei.

“Yeah.” Ele se remexeu no banco. “Todo calouro, após chegar à House of Night, recebe um mentor, que como mesmo diz, ajuda-o a se adaptar a nova vida. Mas, assim, se esse calouro não tiver um mentor, ou se ele tiver, mas se afastar muito dele e por um período prolongado, esse calouro morre.” Eu levemente arregalei meus olhos. Antes que eu pudesse responder alguma coisa, ele olhou para frente, e observou seus alunos praticando o exercício que ele havia passado. “Na verdade eu não poderia ser seu instrutor, porque professores só podem ser mentores de calouros, e professoras podem ser mentoras de calouras. É a normal. Mas eu conversei com a Alta Sacerdotisa... E estou aguardando a resposta.” Ele olhou para mim, “Sabe, sua agilidade, de fuga, de ataque, defesa, é bem legal, e acho que podemos ampliar isso. Sem falar que o inverno está se aproximando...” Ele disse a última frase quase cochichando. Eu enruguei a testa, e balbuciei alguma coisa, quando ele olhou para frente e chamou a atenção de dois alunos que estavam parados, conversando.

Okay, mentor... Por mim tudo bem, James, mas só se for lá na minha cama...

Ele não voltou a olhar pra mim, então automaticamente eu falei, “Sério? Uh, pegavam pesado comigo no meu antigo colégio. Acho que isso obteve algum resultado positivo.”

Ele olhou pra mim, e depois de um tempo disse, “Com certeza.” Ele deu um breve sorriso e voltou a ficar sério. Um friozinho passeou pela minha barriga. Céus, ele é lindo! Uh, e só de perto é que eu pude dar uma olhada mais aperfeiçoada da tatuagem de vampy. Eu não consegui decifrar elas como a da professora Katharine. Elas tinham um desenho abstrato. Mas eram ágeis, como garras que encravavam sua pele. Sua pele perfeita, o rosto perfeito. Seu olhos eram azuis. Azuis, azuis e azuis, como um oceano sem fim.

Tudo bem, eu não queria ter pensado nisso, mas ele aparentava ter uns 20 a 25 anos. Ok, eu quase olhei na mão dele pra ver se tinha alguma aliança enxerida. Como se fizesse diferença... Pra algumas pessoas, pelo menos. E que não é meu caso. Me auto corrigi.

Então ele entortou a cara. Sua testa enrugou, seu olhos se ajustaram, como se ele estivesse olhando diretamente para o sol. Ele estava pensativo, encarando um canto vazio do ginásio. Foi quando uma voz terrivelmente suave soou diretamente até nós, e em meu acesso de raiva sonhei em arrancar as cordas vocais da pessoa. Queria arrancar a cabeça dela de uma vez. Diabos. “Oi, professor Dark.”

Olhei pra cima, juntamente com Dark, como o chamavam. Duas garotas estavam paradas em nossa frente, e foi impossível não reconhecê-las.

Impossível porque uma delas era minha colega de quarto. Sim, a Odiosa, senhoras e senhores.

Ao lado dela, uma garota de cabelos loiros – tá, quase brancos, parecidos com a cor do cabelo de Katharine, a não ser pelo corte, curto e reto. Seus olhos claros eram bem enfatizados com o lápis preto, seus lábios finos com uma camada de brilho.

Talvez elas não tivessem notado meu mal humor, pois não tiravam os olhos de meu mentor. E naquele momento eu senti uma vontade enorme de esfregar isso na cara delas, se elas por acaso ainda não sabiam. Seria uma coisa maravilhosa e tanto, mas aquele não era o momento.

“Olá, Liz, Sam. Algum problema?”

“Na verdade, professor, sim.” A Odiosa-cujo-nome-era-Sam-ou-Liz se aproximou de Dark, jogando aqueles enormes cabelos ondulados para trás, e descansando uma mão em uma cintura.

“Estamos com problema nesse exercício.” Sua amiga também se aproximou. Encarei Dark, indiferente. Se eu fosse ele, gritava na cara delas: como assim, problema? Acabei de explicar essa por-

“Eu não acabei de explicar?” Dark pareceu repetir meus pensamentos em voz alta. Uh, esse é dos meus.

“Na verdade, quem está com problema é a Sam, sabe? Eu sei perfeitamente como que praticar esse exercício.” As duas garotas se entreolharam, e eu resolvi desviar o olhar, para encarar o interessante cartaz grudado ao lado da porta dupla de entrada.

“Porque não ensina ela?” Porque elas querem que você as ensine. Tão simples.

“Ela não entende. Burra.” Virei imediatamente minha cabeça para as duas, e encarei Liz. Enruguei minha testa pelo modo que ela falou burra, como se quisesse rebaixar sua amiga.

“Calma.” Dark riu, sem graça, e começou a se levantar. “Vamos lá.” Ele tomou o pano de Sam, e começou a andar. Sam foi atrás, e Liz acompanhou-os. Mas apenas com o olhar.

“Vejo que já conhece o cara que te carregou aquela noite.” Disse com desprezo, ainda encarando Dark e Sam que caminhavam pro centro da quadra. Sua voz era ácida. Um silencio pairou entre nós, até o momento que o professor e a aluna começaram a se mover. Sam parecia perfeitamente saber praticar o exercício, mas às vezes tropeçava, teatralmente, e ridiculamente. Foi quando Liz se virou, e aproximou seu rosto perto do meu, apontando uma unha comprida em minha testa.

“Mas não pensa que vai tomar ele de mim, beleza? James Dark Owen é exclusivamente meu, sem mais.” Ela falou sussurrando, numa voz carregada de ameaça.

“Exclusivamente? Mandou fabricar ele pra você?” A unha se apertou em minha testa, e sua voz aumentou de altura.

“Você entendeu! Não tente nada, vaca. Já quis se aparecer hoje mais cedo para Kyle. Aliás,” Ela entortou o rosto, e encarou a arquibancada em cima de mim, com os olhos entreabertos. “Você está tentando chamar atenção desde o momento em que pôs os pés aqui. Desmaiou no colinho do professor James, é?” Ela fez um beicinho debochado.

“Dessa vez eu desmaiei, da próxima ele vai me pegar em seu colinho com meus olhos muito bem abertos.” Liz soltou um grunhido de raiva e apertou sua unha mais e mais em minha testa. Foi quando a mesma começou a arder. Então sua unha começou a arrastar para baixo, e seu rastro começou a queimar profundamente.

“Vadia! Eu já disse, não tente nada com ele, ou você vai se ver comigo.”

Entre a dor, eu sorri. “É uma ameaça, Liz? Se cuide, por que meu novo mentor pode ficar muito bravo. E seu plano de se aproximar dele vai por água a baixo.” O olho de Liz se arregalou, e ela encravou ainda mais sua unha em minha testa antes de tirar.

“O quê?” Ela cuspiu num sussurro. Eu soltei uma risada marota, e começava a explicar novamente quando senti uma dor aguda estapear minha cara. Meu rosto caiu para o lado esquerdo, pois Liz tinha metido sua mão em minha bochecha direita. Tudo o que senti, além da dor, foi o grito agudo, incrédulo e carregado de ódio de Liz, e o silêncio que tomou o ginásio. Estava virando meu rosto novamente para frente quando senti mais um puxão. Meus cabelos foram puxados bruscamente para cima. Liz me jogou para o chão ao seu lado subitamente, mas meu rosto nunca bateu no chão. Minha mão chegou antes, e com o impulso joguei minhas pernas para o ar, sentindo meu calcanhar bater em algo. Cai no chão, meu rosto virado para baixo. Eu ouvi o grito angustiante de Liz, e uns gritos ao longe, que faziam ecos do ginásio e em minha cabeça. Fiquei encarando o chão brilhante e alaranjado logo a minha frente, quando dois pingos vermelhos mancharam o mesmo. Fiquei encarando por alguns segundos aquilo, quando senti uma sombra se aproximar, e percebi que o sangue era meu. E aí eu me lembrei da unha de Liz se arrastando por minha testa, e percebi que eu tinha dando um chute nela.

Alguém se ajoelhou ao meu lado, e derrepente, como se tivessem ligado o botão ON de um rádio, os sons voltaram lentamente.

“A... Da.... Nda... Wan... Wanda! Tudo be...” A voz mais forte falava. Então eu olhei pra cima. O rosto de James estava próximo ao meu, e sua expressão se transformou em indignação e preocupação quando ele viu minha testa. Senti outra pessoa se aproximar de mim.

“Porra.” Alguém amaldiçoou. Olhei para o lado e vi Kyle também próximo a mim. Atrás dele os alunos estavam reunidos, olhando curiosos. Olhei para James.

“Você está bem?” Incrível como consegui desviar meu olhar daqueles olhos azuis lindos. Meu olhar parou na outra rodinha atrás dele. E por entre as pernas de alguém pude ver uma garota nos braços de um cara, além de uma menina que estava sentada ao seu lado. Odiosa estava lá, e eu simplesmente quis deixá-la como um panda. “Vadia!” Sussurrei entre os dentes, e num impulso pulei, não ligando pra dor queimante em minha testa, nem pra James. Eu empurrei um cara que estava em minha frente, mas foi em vão, pois senti um forte solavanco. James havia segurado meu braço, me impedindo de avançar em Liz, que já tinha ficado na defensiva. Com o súbito puxão, eu voltei a ficar totalmente encostada em seu peito musculoso, sentir sua respiração lenta e ritmada, mas a única diferença é que agora eu estava em plena consciência. Foi aí que eu praticamente tomei uma dose de morfina e acalmante, pois a dor passou rapidinho, assim como meu sangue esfriou. Na verdade, tava morno ainda.

“Liz, vamos ter uma conversinha depois.” Ele disse, sua voz não parecia tão calma quanto a respiração, e todo o modo de lidar com a situação. “Você por acaso não sabe que Wanda tem a mim como mentor, sabem?”

“Q- Quê?” Ouvi um grito agudo atrás de mim.

“É, acho que acabaram de saber.” Eu olhei para Kyle que estava parado a dois metros de mim e de James, apenas vendo a situação. Ele encontrou meu olhar, e levantou as sobrancelhas pra mim, arregalando os olhos, e fazendo um ‘óh’ brincalhão para mim. Eu apenas revirei os olhos, e soltei um sorrisinho que ele não viu, pois o ombro de James tapava. Kyle riu também. Foi quando James se afastou um pouco de mim, colocando suas mãos levemente em minha bochecha direita, encarando o corte. Ele fez uma careta, e ergueu as sobrancelhas. “Vem.” James apoiou sua mão esquerda no meio de minhas costas, me guiando para a porta de saída do ginásio. A multidão saiu da frente, e após cinco passos eu dei uma olhada por cima do ombro de James, e lancei um sorriso triunfal para a garota caída que nos encarava com indignação e ódio.


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