Stormy Nights escrita por GiuhBatiston


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Acabo de chegar do finde e vou postar um pouquinho pra matar a curiosidade de vcs...



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Capitulo 16

–Roza. – ele murmurou em meus lábios.

–Fica quieto. – respondi. – Quando você fala eu me lembro o que fez. E eu preciso disso. – disse entrelaçando minha mão em seus cabelos. Eu tinha a sensação de que Dimitri estava por toda parte, seus lábios colados aos meus. Uma de suas mãos permaneciam em meus cabelos enquanto a outra passeava por meu corpo. Cravei minhas unhas em suas costas puxando ele pra mais perto de mim. Lá fora o vento uivava como se uma matilha de lobos tivessem rodeado a casa, a tempestade chegava a seu ápice. Mas ali só existiam eu e ele. Seus beijos mandavam impulsos por todo meu corpo e em momentos como esse é que eu era forçada a admitir que ainda o amava.

Quando acordei na manhã seguinte, o sol brilhava no céu. Já devia ser bem tarde. Dimitri e eu estávamos colados um ao outro. Nossos corpos nus. Nunca admitiria isso a ninguém, mas acordar assim era a melhor coisa do mundo. Fechei meus olhos e recordei da noite anterior. Fiquei por tanto tempo assim que Dimitri acordou e começou a acariciar meu rosto achando que eu estava dormindo. Foi quando eu vi pela mente de Lissa que ela pedira a Klaus pra vir nos resgatar.

Me levantei num pulo e sai correndo pra vestir minhas roupas.

–Rose, o que foi? – Dimitri perguntou vindo atrás de mim. Céus! Ele não tinha a descencia de se vestir não?

–Klaus esta vindo abrir a porta. Vá se vestir! – ordenei. Dito isso Dimitri saiu correndo para o seu quarto pra se vestir. Minhas roupas ainda estavam úmidas, mas agora isso não era hora de ficar encomodada. Terminei de me vestir, prendi meu cabelo bagunçado e corri pra tirar as cobertas da sala. Assim que cheguei no corredor eu ouvi Klaus abrindo a porta.

–Rose? Dimitri? – ele chamou. Sério, minha vontade era de voar no pescoço dele.

–To aqui. – respondi saindo da cozinha.

–Lissa pediu que eu viesse libertar vocês. – ele disse rindo

–Obrigada. – falei secamente

Me virei e sai. Nem disse nada a Dimitri. Ah, Lissa... É bom que você esteja dormindo... Entrei na casa principal batendo pé. Subi até o quarto dela e bati na porta.

–Lissa, eu sei que você ta acordada. Abre a porta.

–Tudo bem, mas não me mate. – ela abriu rindo

–Pode deixar. Se eu fizer isso eu vou presa por duplo assassinato. – rosnei

–Como foi a noite? – ela peguntou parecendo uma adolescente

–Não vou te contar.

–Ahhh... Por que não?

–Castigo.

–Se isso tiver ajudado na reconciliação de vocês eu não vou me importar.

–Sexo não é reconciliação...

–Ahá! Sabia que tinha acontecido alguma coisa. Vocês não conseguiriam ficar trancados numa casa no meio de uma tempestade e não fazer nada. – ela exclamou em êxtase. – Vocês fizeram as pazes?

–Não.

–Mas você disse...

–Liss... Nós só cedemos a nosso instinto mais básico. Nada vai fazer com que eu volte pra ele.

–Mesmo se ele não fosse o culpado?

–O que você quer dizer com isso?

–Você sabe. Tem muitas formas de se fazer acreditar na coisa errada.

–Você ta sabendo de alguma coisa? – perguntei

–A única coisa que eu sei é que ele te ama. – ela disse

–E como você pode ter tanta certeza disso?

–É por que você ta triste, magoada e chateada e não consegue ver isso. Mas pra quem ta de fora e conhece vocês dois, vê o quanto vocês estão sofrendo com essa separação. Entretanto, não são capazes de dar o braço a torcer.

–Liss... – o que eu poderia dizer a ela? É claro que eu estava sofrendo, mas eu não conseguia mais confiar nele. Uma vez ainda vai, mas duas? Eu não fui criada pra servir de capacho de homem. Ainda que esse homem fosse o Dimitri.

–Eu não consigo Liss. Eu não consigo mais confiar nele. Quem me garante que ele não vai fazer algo que vai acarretar na nossa separação? De novo!

–Ninguém. Mas vocês se amam. E se vocês se comprometerem em fazer dar certo, vai dar! Problemas todo casal enfrenta, é apenas uma questão de saber trabalhar isso. Vocês não podem deixar um amor como o de vocês morrerem!

–Agora não, Liss. Eu to muito confusa. Não quero tomar nenhuma decisão que faça com que eu me arrependa.

–É você quem sabe... – ela respondeu chateada.

Assim que eu sai do quarto dela, fui ao meu, me troquei e sai. Os estragos na ilha tinham sido enormes. Na casa da Lissa não tinha acontecido nada muito grave, mas sua casa era resistente. Lá, o maior dano tinham sido as arvores que estavam caídas e espalhadas pela propriedade. A piscina também estava cheia de folhas e outros lixos trazidos pelo vento. A praia estava linda. O mar tranqüilo de uma forma que só uma tempestade poderia deixar. A areia estava cheia de conchas e na beira do mar tinham resquícios de corais que haviam sido trazidos pela chuva.

Já no pequeno vilarejo os danos haviam sido muito maiores. A pequena igreja local perdera a torre do sino e uma das paredes laterais, muitas casas estavam destruídas, principalmente aquela das pessoas mais humildes. Mas as pessoas ainda estavam felizes por ver seus parentes e amigos bem. Elas ajudariam umas as outras a reconstruírem a cidade. Já os danos que a tempestade deixara em mim, poderiam ser reparados? Sinceramente, eu achava que não. Aquela noite só tinha servido pra me mostrar o quanto eu ainda desejava e necessitava de Dimitri. Necessitava de seus olhos negros e cheios de orgulho, o raro sorriso radiante que ele me dava, a tranqüila autoridade de sua expressão... Mesmo sendo forte como ele era, ele sempre fora delicado comigo e ao seu lado eu me sentia protegida e amada. Mas ainda sim ele me deixara duas vezes... Como eu poderia confiar nele novamente? Será que eu poderia... ? Ainda que eu pudesse perdoa-lo, será que ele me perdoaria quando eu contasse o que aconteceu entre mim e Adrian na noite do baile? Só de pensar nisso meu estomago se contorceu. Talvez ele pudesse me perdoar algum dia, ele era um cara bom e decente.

Cansada de ficar vendo destruição e pensando no pesadelo da minha vida, resolvi voltar pra casa e aproveitar o resto de sol que tinha. Talvez um bom banho de mar resolvesse... Envergonhada comigo mesma, em vez de colocar um biquíni coloquei um maio. Não era nada brega e tals, mas pelo menos era decente e me dava um pouco de dignidade. Isso era algo que na minha concepção estava me faltando.

Entrei no mar e deixei as ondas me banharem. O mar estava gelado, mas o sol estava quente. Fui mais pro fundo. De repente senti um corpo se colando ao meu, ao mesmo tempo que uma voz com um sotaque russo falava no meu ouvido.

–Você fugiu na primeira oportunidade e me evitou o dia inteiro. Que tal conversarmos agora?

–Eu não posso Dimitri. – respondi com a voz ofegante. Depois da ultima noite sentir seu corpo assim tão próximo de mim, ainda mais sem camisa era muito exitante e muito errado.

–No meio da tempestade, enquanto você ficava murmurando meu nome, isso não parecia ser verdade. – ele sussurrou, a voz ainda mais perto da minha boca. Ele me virou de frente pra ele. Em mim a água estava batendo no peito, mas nele ela batia na cintura. – Diz que você não quer. – ele disse capturando meus lábios na sua boca faminta. Oh sim, isso era tudo o que eu queria. Bem, não tudo. Eu queria mais, muito mais. Principalmente quando estava tão colada a ele, trajando apenas roupa de banho. Nós estávamos na água, de dia... É, ninguém veria. Sabe, eu nunca fiz sexo de baixo da água...


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