Mein Kleines Katzchen escrita por MayMay_Miau


Capítulo 4
Eine Nacht in Hamburg


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK!!
Oiee meus amores!! Sei que demorei, me perdooem ='(
Agradecendo a Thamy Bites e a Vlayk por terem comentado. Obrigada meninas!'
E pra quem nao comentou, mas acompanha a fic, obrigada também! Espero um dia receber um review seu!
VAMOS A FIC!



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Depois que saímos do esgoto, eu e Gabbe reviramos toda a grande Hamburgo, e nos divertimos muito. Já fazia tanto tempo que eu não tinha uma companhia tão divertida, que já nem me lembrava em como era bom azarar alguns meninos que se achavam.

E ainda por cima roubamos, ou melhor, furtamos mais um pouco de comida. Mas eu e Gabbe paramos de frente para uma linda loja, repleta de roupas femininas e masculinas, e ainda por cima, ainda estava aberta. Considerando o horário – 23h47min, marcando pelo meu relógio sujo e mais antigo que a própria Hamburgo – era meio estranho.

Nós duas não vimos problemas em entrar, principalmente porque, naquele horário, todo tipo de doido circulava pela cidade. Meninas de orelhinhas e rabinhos deviam ser um deles.

Olhamos algumas araras, achando muita coisa bonita e legal.

Estava olhando umas blusas básicas quando esbarrei com alguém.

Era uma moça. Extremamente bonita, com cabelo ruivo liso indo até um pouco abaixo dos ombros. Seus olhos eram estranhamente cinzas e ela parecia ter no máximo, 19 anos.

Mas ela parecia ser mais uma daquelas doidas que transitavam por aí. Sua roupa era feita toda de couro, um espartilho e uma calça, com aparentemente botas. Ela usava um cinto parecido com o do Batman. Sem brincadeiras. Tinha vários potinhos cheios de alguma coisa colorida, que estava azul. Agora, estava roxo e branco. Estranho.

Ela olhou para nós e só então vi os óculos de grau que ela usava. Por um momento, pensei que minha visão aguçada tinha captado uma ligeira mudança de cores em seus olhos, que de cinzas, tinham ficado rosa e depois tinham voltado para a cor inicial. Devia ser apenas minha imaginação.

- Me desculpe – pedi, sendo educada.

Mas a mulher não respondeu. Apenas ficou me olhando, como se eu fosse uma aberração. Se fosse isso, ela não estaria exatamente errada. Eu não era o que se podia chamar de normal.

E, como em um passe de mágica, ela sacou uma seringa, voando para cima de mim com ela empunhada. Assustei-me com o ato, e se não tivesse um instinto animal tão aguçado, provavelmente teria a deixado espetar aquela coisa em mim e não teria desviado.

Gabbe, assustada como eu, chiou, pondo-se em posição de ataque, os dentes afiados sendo arreganhados para a doida.

- Não pensei que ainda tinham Humanali’s em Hamburgo... – ela cochichou para si mesma, parecendo pensativa – Me lembro de ter capturado todos... Mas pelo visto, estava enganada.

Foi minha vez de rosnar. Estava explicado. Aquela mulher era uma das cientistas que tinham sobrevivido depois do acidente que me transformou. Ugh... Não pensei que havia alguns deles aqui em Hamburgo. A maioria tinha ficado em Monique ou se espalhado por outros países.

- Que injusto... Logo hoje em que eu estava de folga. – a mulher praguejou, olhando fixamente para mim. Arreganhei os dentes. Seus olhos novamente mudaram de cor, e vi que não era impressão minha. Estava rosa. – Não importa... Hey Humanali! Prepare-se para uma brincadeira, mas primeiro, não quero ser mal educada. Sou Valerie Hellen Fröelicht.

- Não nos interessa o seu nome... Wissenschaftler. – Gabbe enfim falou, a chamando de cientista.

- Que indelicadeza! Sua família não lhe ensinou a ser educada pequena leopardo? Vamos, me diga seu nome! – ela olhou diretamente nos olhos de Gabbe.

- Gabriella Leich.

- Que interessante – a cientista pôs a mão no queixo, pensando. Ainda não tinha entendido o porque de Gabbe ter dito seu nome para ela. – Nenhum nome do meio, ou coisa parecida? Bem... – ela olhou para mim e eu me retraí. – E você pequena gatinha? Como se chama?

Ela focou seus olhos dentro dos meus e me senti estranha. Eu não iria falar meu nome para aquela louca, mas era como se meu cérebro não registrasse isso. Abri minha boca, minhas palavras quase saindo. Não! Eu não podia ceder assim tão facilmente. Mas aqueles olhos... Eles me induziam a dizer. Quase sentia vontade de dizer.

- Alle. Alle Hoffmeister. – murmurei no final, possessa com minha própria fraqueza.

- Belo nome – a cientista gargalhou, notando o meu tom de voz. – Então garotas... O que acham de me seguirem até minha casa? – ela perguntou. Eu teria rido de escárnio se não estivesse totalmente presa em seu olhar. Não podia negar o que ela tinha pedido. Parece que ela percebeu isso, já que indicou para que a seguíssemos, com um sorriso de vitória. Que vontade de pular no rosto dela e dar uns bons arranhões! Quem sabe isso tira esse sorrisinho da cientista doida.

Gabbe foi comigo ao meu lado e diferente de mim, não parecia ter consciência de que estava fazendo tudo que a Wissenschaftler pedia ou ordenava. Eu queria correr dali, mas minhas pernas já não pareciam serem minhas, elas não obedeciam.

Tinham se passado alguns minutos em que íamos atrás dela, e sempre que eu sentia que estava retomando o controle de mim mesma, ela se virava e olhava diretamente nos meus olhos, e eu voltava a me sentir tentada a obedece-la. Foi quando ouvi um barulho.

BEEPP BEEPP!!!

Atravessávamos uma rua quando o caminhão buzinou. Isso me trouxe para a realidade. Meu corpo voltou a seguir minhas ordens. Alerta, peguei Gabbe pela mão e sai correndo. Levou alguns segundos para que ela recobrasse a consciência. Um pouco distante, consegui ouvir passos pesados nos acompanhando. Aquela cientista nunca desistia não?

- Telhados.

Gabbe sugeriu. Concordei com a cabeça, entrando em um beco. Subi nas latas de lixo, pulando para o telhado de um dos pequenos apartamentos da região. Gabbe veio logo ao meu lado, me passando facilmente. Leopardo lembra?

- Às vezes acho injusto eu ser a única que rouba as coisas, sabe? Você que é a melhor corredora!! Eu ficaria tão mais atoa... – comentei, o momento tenso de segundos atrás já esquecido.

Havia aprendido a não me preocupar com esses cientistas malucos. Luke disse que muitos deles desistiam depois de procurar um pouco. Esperava que aquela cientista de nome Valerie também fosse assim.

- Como pode comentar algo assim nesse momento Alle? Aquela cientista louca quase que... que... Que faz alguma coisa ruim com a gente! – Gabbe se mostrou irritada. Parece que ela não sabia.

- Relaxe Gabbe! – dei um tapinha em suas costas – Você vai ver! Aquela mulher vai desistir da gente antes do fim do mês. – a tranquilizei.

Um minuto de silêncio. Parecia que algo ainda a incomodava. A chamei.

- Fale Gabbe. O que é?

- Você não achou estranho ela ter conseguido nos controlar só com o olhar? Eu só queria agrada-la, toda vez que ela falava alguma coisa. E você viu a cor dos olhos dela? Eram rosa!

Gabbe tinha razão. Aquilo tinha sido muito estranho. Poderes telepáticos? Controle da mente? O que Valerie tinha feito? E ainda os olhos dela. Os de Gabbe eram beje, e os meus, verde-amarelados, mas éramos Humanali’s. Ela tinha olhos rosa e era humana. Não tinha características de qualquer animal. Eu podia ficar pensando nisso.

- Já disse Gabbe. Relaxe.

- Tudo bem.

Outro silêncio desconfortável se instalou, e novamente, quebrei-o.

- Porque será que você tem tanto pouco cabelo, ein Gabbe? Consegue mantê-lo nos ombros sem dificuldade, enquanto o meu, num passa da minha cintura em curteza. Porque? Eu gosto do meu cabelo curto! – puxei assunto, mas não deixando de falar a verdade. Quando eu ainda era humana, nunca tinha deixado meu cabelo crescer mais do que nos meus ombros. Tê-los grandes e não poder fazer nada era uma tortura. Além disso, não era prático com o estilo de vida que eu levava.

- Leopardos tem menos pelo do que um gato Alle. – ela acariciou o cabelo curto e beje – Já viu Vicky? Ela tem muita sorte de ter fios na cabeça! – ela riu. Sua rivalidade com a menina-morcego era até engraçada. Mas tinha razão. A pequena – um ano mais nova que eu – tinha um corte masculino, diante das poucas mechas que tinha. Ainda não era justo

- Não acho justo. Você é uma felina e eu também. Quer trocar? Eu viro o leopardo e você o gato? – sugeri, enquanto ria.

- Ahnnnn, Não. Gosto da minha velocidade – ela provocou, acelerando e ganhando uma boa dianteira de mim. Ah é? Vamos brincar!

- Que bom. Não trocaria minha agilidade por nada! – ri alto, pulando de prédio em prédio, correndo nas beiradas e dando cambalhotas. Não hesitei um segundo. O que eu tinha dito não era totalmente verdade. Trocaria minha agilidade facilmente para voltar a ser uma humana.

Mas isso, claramente não podia acontecer. Não ia acontecer.

– POV Autora –

Os garotos do Tokio Hotel entraram pela porta. Depois de uma noite em uma boate, eles só queriam descansar. Bill estava meio tonto, e rapidamente, caiu no sofá, já dormindo. Georg não estava com eles, tinham resolvido passar a noite na casa da namorada. Gustav era o único sóbrio, então subiu para seu quarto. Tom, depois de umas 3 garotas, já não sabia nem onde se localizava. “Quantos anos você chama?” ele soltara para a 4 garota, antes desta lhe dar as costas. Esse caiu no tapete, bem abaixo de Bill.

No dia seguinte, acordou com uma dor de cabeça fulminante. Confuso e irritado, foi para a cozinha, procurar por um remédio que aliviasse as chamas que a queimavam. Abriu a geladeira, procurando por um suco ou alguma comida leve, já que sentia que se colocasse algo forte em seu organismo, essa coisa não ficaria lá por muito tempo.

Estranhou ao notar o quanto esta estava vazia. Podia jurar que no dia anterior ela encontrava-se cheia, quase vertendo.

“Será que ontem Gustav resolveu fazer um lanchinho noturno?” Essa foi a única opção plausível que encontrou.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHH!! – um grito pra lá de agudo foi escutado em todos os cômodos da casa. Bill.

Com a dor de cabeça bem pior após o grito, Tom subiu as escadas molemente, quase parando e caindo. Chegou até o quarto de Bill, onde o viu jogando tudo para o alto, com uma face desesperada.

- Onde estão? Onde estão? – ele repetia, fuçando seu armário. O quarto geralmente organizado estava de cabeça para baixo. – Tom, seu desgraçado!! Você pegou minhas calças novas? E ainda pegou minha maquiagem e minhas blusas novas??

Ainda mais confuso do que antes, Tom encarou seu irmão como se esse fosse um louco. Como alguém como Tom iria querer alguma coisa que pertencesse a Bill, cujo estilo era o total oposto.

- Não Bill, não peguei nada. E agradeceria se você calasse a porcaria da boca. – Tom reclamou, pondo as mãos na cabeça como se isso fosse amenizar a dor. Foi na direção de seu quarto. Ainda conseguia escutar as lamurias de seu irmão mais novo. Realmente, quem mandara nascer gêmeo de uma menina? Ainda por cima, uma menina muito histérica.

Procurou uma roupas antes de ir tomar banho, notando a falta de algumas delas. Não devia ser nada. Ele sempre esquecia alguma coisa nos motéis ou nas casas de suas ficantes. Separou uma peça e entrou no chuveiro. Devia ser impressão, mas o banheiro parecia ter um cheiro diferente.

Enquanto isso, Gustav dormia tranquilamente. No faltava absolutamente nada em seu quarto.

– POV Alle –

Assim que chegamos em casa, bem de manhãzinha, percebi a falta de algo muito importante. Gritei para Gabbe, com minha voz ecoando pelos tuneis subterrâneos:

- Mein Gott Gabbe!! Esquecemos nosso café da manhã!!

Ela deu um tapa na minha nuca e um tapa na própria testa. Íamos levar uma bronca de Henry e ainda íamos ter que voltar a cidade e roubar comida. Esquecer a comida era considerado pecado por aqui. A culpa não era minha, eu estava fugindo de uma cientista louca!

Mas, poxa, eu estava morrendo de sono! Não estava afim de fazer nada disso! Que vida problemática é essa que eu levo!


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Notas finais do capítulo

Gente, adoro a Alle e a Gabbe *-*
Quem gostou, comente e me deixe feliz!
Quem NAO gostou, comente e me diga como melhorar!
BOAS FESTAS PRA TODO MUNDO!
QUE PAPAI NOEL DÊ MUITOS PRESENTES!



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