Aulas de Espanhol escrita por Otsu


Capítulo 1
Aquela do beijo na classe


Notas iniciais do capítulo

Saibam que eu odeio espanhol tanto quanto o Gabriel

Boa leitura. n_n



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Não. Eu não gostava nem um pouquinho das aulas de espanhol. Aquele professor chato, maldito, irritantemente maravilhoso me perseguia.

 

Mas eu o odiava com todas as minhas forças.

 

É isso aí. Não vou mentir, eu o odiava. Eu odiava espanhol. E nada, nem mesmo um professor extremamente gostoso, me faria mudar de idéia.

 

-O verbo tener é irregular no pretérito indefinido, assim como o mantener, haber, huir e alguns outros são. Eu quero que vocês estudem esses verbos para a próxima aula. Teremos um teste oral. –Ele explicava calmamente, a expressão séria fazia com que ninguém abrisse a boca na sala, mas, não era só por causa disso. Ele se vestia com um espanhol deveria se vestir. A camisa meio aberta, o colar com o crucifixo, os braços e o todo o resto do corpo com os músculos bem definidos, além dos cabelos bagunçados e da pele bronzeada que faziam com que se tornasse um sonho de consumo naquela escola.

 

Terminando de falar o sinal tocou. O professor permitiu que todos, menos eu, saíssem.

 

-Quero que você estude, Gabriel. –Tá, eu tinha que admitir o meu professor de espanhol era gostoso. Extremamente gostoso. Tipo um Don Juan. Só que, no caso, seria Don Diego.

 

-Tá, tá, que seja. – Eu meio que dei com a mochila nele, mas, ele a segurou. E a deixou bem longe de mim.

 

-Tô falando sério. Não quero que fique de recuperação. Esse teste vai valer bastante e pode te ajudar na nota.

 

A minha nota de espanhol nunca foi das melhores, mas, não tenho culpa. Eu não gosto de espanhol e o espanhol não gosta de mim. Um ódio recíproco, diria.

 

-Agora deu pra se preocupar comigo, é? –Empurrei-o de novo, agora com as mãos (que tocaram aquele peitoral maravilho por causa da camisa aberta). Ele segurou meus pulsos com extrema facilidade. O que me fazia pensar que eu era um fracote gay. O que não deixava de ser verdade.

 

Tá, eu não era a coisa mais linda do mundo, mas não era a mais feia, também. Eu era pouco mais baixo que o professor. Meus cabelos eram escuros, tão castanhos quanto meus olhos. Eu não era magrelo, mas, não era bombado. Era normal. E se você está se perguntando, não, eu não tinha barriga, muito menos tanquinho. Mas, estava me esforçando para tê-lo.

 

E, não, eu não usava óculos.

 

Por que eu disse isso? Porque você provavelmente supôs, já que, se fossemos um casal, ficaria bonitinho eu ser a donzela da relação, enquanto ele é o fodão.

 

É. Eu sou gay, porra. Gay assumido, por sinal.

 

-É. Por quê? Não posso? –Ele me acordou dos meus devaneios e foi se aproximando... O perfume dele me embriagou. Merda, ele era perfeito. Eu, patético.

 

Então, ele na maior cara de pau, me beijou.

 

Assim mesmo, do nada.

 

Daí você se pergunta: Primeiro: Como ele sabia que eu era gay? Segundo: De onde ele concluiu que eu o achava gostoso? Terceiro: Ele era tão cara de pau a ponto de me beijar no meio da escola, com a porta da sala aberta, sem se preocupar caso alguém nos visse?

 

De qualquer modo, ficamos ali. Nos beijando. E quando nos separamos, eu peguei minha mochila e saí da sala. Deixei o professor lá.


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Notas finais do capítulo

Não pretendo fazer uma fic extremamente longa. Acho que mais uns dois ou três, no máximos quatro, capítulos e eu terminos isso aqui.
Assim espero. ê_e



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