Anjo da Noite escrita por MsWritter


Capítulo 67
Capítulo 67. Absolvição


Notas iniciais do capítulo

Com quase 40 dias de atraso, dedico esse momento feliz do do Vlad para Kyah Cheng, em agradecimento pela 11ª recomendação da fanfiction. Muito obrigada.

música de hoje: Insensatez, do Tom Jobim.



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A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração que nunca amou
Não merece ser amado

Nas semanas seguintes ao incidente com Thomas, o número de notificações de ataques envolvendo vampiros que chegaram à Hellsing diminuíram significativamente, mesmo considerando o número de ataques antes da gripe. Fosse o que fosse que a organização Hellsing tinha sob seu comando, foi capaz de controlar Alucard, liquidar a Millennium e encerrar a existência do "The Renegade", e nenhum vampiro lúcido queria mexer com essa força.

Integra deveria estar feliz, não deveria? Acontece que com a diminuição do número de ataques, não havia a necessidade de Vlad passar os dias no escritório ajudando-a a analisar os ataques em questão. Ou seja, Vlad estava dedicando mais e mais tempo aos seus amados cavalos e cada vez menos tempo para Integra, digo, para a organização Hellsing. O que era até esperado, já que o conde já havia treinado os soldados como prometeu e já tinha ajudado em um momento de crise como não prometeu. O único consolo da loira era que Vlad ainda passava por lá todos os dias, geralmente no caminho para uma outra atividade, perguntando se seria necessário. E para que Integra precisava de Vlad? Para apontar como um vampiro ficou alucinado ao beber sangue contaminado por aquela maldita gripe e deu chilique? Não havia padrão a ser analisado, ninho a ser destruído, nada. Integra não precisava de ajuda. Muito irritante.

Mais irritante ainda era o fato de Integra ter recebido um convite para uma cerimônia de casamento, da qual ela não queria envolvimento nenhum mas teria que aparecer, endereçado para Sir Hellsing e acompanhante. Não Condessa Dracul e esposo, ou o que seria esperado, Conde e Condessa Drácul, mas Sir Hellsing e acompanhante! O que aquele maldito estava pensando? Fazendo pouco assim de seu casamento inexistente?

E então Integra parou seu ataque de irritação para ter uma dúvida bastante peculiar: Vlad seria seu acompanhante, não seria?

Enquanto pensava nisso, o conde em questão abriu a porta do escritório, distraidamente carregando uma caixinha branca de papel em uma das mãos, enquanto a outra estava na maçaneta, com uma rosquinha cheia de açúcar presa entre os dentes:

– Integra, eu trouxe uma rosquinha coberta de chocolate para... Tudo bem? - Ele perguntou, depois de finalmente ter fechado a porta, levando a rosquinha aos lábios.

Integra parou por um segundo olhando para Vlad, perdida entre entender como ele não estava coberto de açúcar, como a rosquinha não quebrou entre seus dentes e quantos anos tinha seu suposto marido, quando lembrou-se do odioso convite:

– O babaca do Joseph vai se casar em dois meses. Fomos convidados. Cadê a minha rosquinha? - Ela respondeu, enquanto chacoalhava o convite na direção de Vlad.

O rapaz virou os olhos, mas voltou a rosquinha (agora consideravelmente menor) para sua posição segura entre seus dentes e trocou sua caixinha pelo envelope com o cartão para fora que Integra segurava. Integra abriu a caixinha enquanto olhava para a expressão de Vlad, vendo-o primeiro franzir o cenho para o envelope, para depois... Cair... Cair na risada?

– Vlad!

Vlad começou a tentar diversas frases desconectas em meio ao riso, que começaram com "Eu não...", "Viu quem...", "Acredita que...", até que respirou fundo e se conteve o suficiente para dizer:

– Eu não acredito que o Joseph vai se casar com a Rose!

Para enfim cair na risada de novo.

Integra já estava levando sua rosquinha à boca quando parou para pensar. Rose? Eles conheciam alguma Rose? Rose... Rose...

– Vlad... Quem é Rose? - Integra acabou perguntando, um pouco preocupada com o estado de histeria de seu suposto marido, se segurando na mesa para não cair no chão.

– Rose! A enfermeira!

Enfermeira? E finalmente Integra se lembrou quem era Rose. A enfermeira atirada que contratou para cuidar de Vlad, logo nos primeiros dias de convivência dos dois. Depois de ter sido cogitado como possível partido para Integra, o babaca do Joseph ia se casar com uma enfermeira que fazia hora extra como prostituta? Sério? Integra estava tão perturbada com a notícia que só percebeu que estava olhando para o nada já há alguns segundos quando Vlad finalmente parou de rir. Na verdade ele parecia bastante irritado com o fato de que, em seu ataque de riso, acabou deixando toda a metade de sua rosquinha que estava presa entre os dentes cair no chão.

– Essa é minha. - Integra o informou antes que ele tivesse qualquer tipo de intenção para com o doce dela.

No final ela ficou com pena e deu metade da rosquinha para Vlad, enquanto perguntava se ele iria ao casamento:

– Não perderia isso por nada. - Ele respondeu, antes de, sem elegância nenhuma, enfiar quase a metade toda da rosquinha na boca.

Integra já estava se perguntando o que tinha acontecido com o conde, antes tão fino, elegante e educado, agora reduzido a um glutão infantil devorador de rosquinhas com chocolate, quando o toque do telefone dele invadiu seus pensamentos. A mudança de Vlad após atender o telefone foi avassaladora. Ele perdeu toda sua postura brincalhona para assumir um ar sério, endireitar a espinha e por fim desmoronar sobre sua cadeira, contorcendo-se em si mesmo para assumir uma posição fetal destorcida com os pés no chão, deixando o aparelho cair de sua mão. O celular se espatifou em três partes, com a bateria voando para longe, por debaixo da mesa.

No susto Integra ignorou completamente o aparelho para colocar-se perto de Vlad, tentando se aproximar dele, descobrir o que tinha acontecido, o que ela podia fazer, mas ao mesmo tempo duvidando se seria bem vinda. Tentou um toque solidário no ombro de Vlad, mas as mãos do conde buscaram as suas e Integra não soube o que fazer além de segurar as mais trêmulas, esperando Vlad se acalmar o suficiente para dizer o que tinha acontecido. Alguns segundos depois o conde respirou fundo e começou a falar, com a cabeça ainda abaixada:

– Depois... Depois de Thomas... Eles ainda estavam analisando o meu sangue eles... eles acharam...

Respirou fundo mais uma vez, finalmente erguendo o suficiente a cabeça para Integra conseguir ver seus olhos cheios de lágrimas não derramadas:

– Eles encontraram uma cura. Uma cura para a gripe. Talvez uma cura para outras doenças. Talvez uma cura para o vampirismo. Eles.. Eu...

E Integra não entendeu direito, mas ao aproximar-se de Vlad para tentar desvendar qual era o problema (aquilo era uma coisa boa não era?) Vlad abraçou sua cintura, permitindo que as lágrimas caíssem em sua camisa.

– Depois de tantos séculos, tantas vidas... Isso é... Esse milagre é a minha absolvição.

Integra acabou curvando-se para abraçar o conde. Ela não estava propriamente sorrindo, nem chorando, mas ela finalmente entendeu o quanto aquilo era monumental. Não só para as pessoas que se curariam, nem só pela ciência, mas principalmente para Vlad. E se aquilo significava que realmente não havia mais motivos para Vlad trabalhar na Hellsing, que talvez não houvesse nem mais motivos para a organização, Integra não percebeu. Integra apenas abraçou o conde por mais alguns minutos, alguns minutos a mais e a mais, porque se havia alguém que merecia esse milagre, com certeza, era Vlad. Depois de tantos anos, ele merecia tudo, afinal.

.

.

.

Com o passar dos meses, muitas coisas mudaram no mundo de Integra. Após exaustivos testes, conseguiram sintetizar um composto do sangue de Vlad que se tornou um forte aliado na cura da gripe. Não por ser uma cura em si, mas porque dava ao corpo uma chance a mais de reagir. O mesmo composto estava sendo testado para outras doenças, com resultados satisfatórios. Mas esses resultados interessavam, principalmente, aos vivos.

No que diz respeito aos mortos, os resultados eram muito mais expressivos. Vampiros recém transformados, que ainda não ingeriram sangue fresco, voltavam a ser humanos com algumas injeções do composto, a ser reaplicadas esporadicamente. Em vampiros um pouco mais antigos, o composto diminuía a sede e, em alguns casos, permitia ao ser antes das trevas, a mais uma vez caminhar à luz do dia. Ghouls e Freaks viravam pó ante o simples contato do composto pulverizado no ar. O saber dos efeitos do sangue fresco de Vlad, quando dado e recebido de bom grado, no entanto, foram ignorados como o pó do corpo do "The Renegade".

Então, meses depois do ocorrido com Thomas, não havia mais surtos de gripe pelas ruas de Londres, não havia mais vampiros alucinados pela sede insaciável cujos mestres não conseguiram controlar. Não havia vampiros antigos dispostos a atacar a Hellsing, mais por respeito que por medo. Ataques de Freaks e Ghouls eram praticamente inconsequentes. O que existia eram punks, vampiros que as novas tropas treinadas da Hellsing eram perfeitamente capazes de neutralizar. Padrões que Integra era perfeitamente capaz de localizar.

Não havia mais necessidade de Vlad trabalhar na organização, então Vlad voltou a passar seus dias no haras. Integra olhou para a mesa vazia a sua frente, percebendo que sabia há quantos dias ela estava daquela forma, que há quase uma semana Vlad não pisava no escritório. Voltou a seus relatórios, muito bem feitos pelo Oficial Williams. Nada do que reclamar. Dos documentos das tropas, quase tudo em ordem. Armamento em ordem. Vestimentas em ordem. Mantimentos em ordem. Horários em ordem. Aqueles soldados respeitavam a organização Hellsing como nenhum soldado antes respeitou. O maior problema de Integra era que um soldado tinha faltado ao trabalho naquela semana para ir ao dentista e ela precisava restabelecer os horários dele. Patético.

E então Integra precisava passar cada vez menos tempo no escritório. E podia ir mais cedo para sua mansão, vazia. Onde ela mal tinha o que fazer. Patética.

E nessa existência patética, os dias se passaram vazios. Até que o dia do casamento de Joseph chegou e Integra em um vestido carmim estava em seu rolls royce, que estava estacionado na frente do prédio de Vlad, que iria acompanhá-la até o tal casamento. Integra, no banco de trás, olhava impacientemente da janela para a nuca do motorista, que na verdade era um soldado fazendo as vezes de motorista, porque desde a morte de Scott ela não tinha contratado alguém para substituí-lo.

E Vlad, ao entrar no veículo, deu boa noite para Integra. E cumprimentou o soldado pelo nome, rindo de algum comentário que o tal soldado fez sobre sua roupa. Como se eles fossem colegas de trabalho, amigos que se encontram para beber depois do expediente. Como se Vlad não fosse o único descendente da Ordem do Dragão, não fosse um conde, não fosse um general, não fosse o marido de um cavaleiro da távola redonda.

O trajeto para a igreja ocorreu em silêncio. Mas Vlad não parecia incomodado com isso. E quando lá chegaram, Vlad se despediu do soldado de dentro do carro, para então abrir sua porta e descer do veículo. Integra já estava pensando se teria de abrir a própria porta e sair correndo atrás de seu suposto acompanhante, quando sua porta se abriu para revelar a mão estendida de Vlad, que Integra aceitou para ajudá-la a sair do carro e se equilibrar em seus saltos finos.

Integra caminhou lentamente ao lado do conde, perdida entre seus pensamentos, pensando em outros bailes, um outro Vlad que acompanhou uma outra Integra. Só voltou a realidade com a voz do conde, lhe chamando a atenção:

– Ignorar completamente os repórteres só é uma tática válida se combinar isso comigo antes.

O que? Que repórteres?

Integra se virou para trás, percebendo que de fato eles tinham passado por um amontoado de flashes e perguntas. Tentou se virar um pouco mais, mas foi impedida pela mão de Vlad, ainda a segurar a sua. Ela não tinha soltado da mão dele desde que saiu do carro?

Sob o olhar curioso de Vlad, resolveu voltar a caminhar. Tentou prestar atenção na cerimônia, mas entre as juras de amor de Joseph e o vestido branco de Rose que mais parecia um bolo, percebeu que, definitivamente, não tinha paciência para aquilo. Mas ela não podia dormir, nem jogar nada em seu celular, muito menos puxar conversa com Vlad, porque e se isso saísse nos jornais no dia seguinte? Arriscou olhar para o conde, para vê-lo prestando atenção na cerimônia. E apesar da palhaçada e da hipocrisia daquela situação, o conde tinha uma expressão solene. Quase triste no rosto. Decidindo que uma foto deles conversando era melhor que uma foto dele com aquela expressão enquanto ela estava entediada e provavelmente parecendo uma criança birrenta nas roupas de sua mãe, perguntou:

– Vlad? O que foi?

– O que foi o que? - Ele murmurou, ainda atento à cerimônia.

Ao notar o silêncio de Integra, Vlad finalmente desviou os olhos, fitando-os nela.

– Se continuar a assistir a cerimônia com essa expressão, amanhã metade dos jornais vão dizer que você estava apaixonado por Rose. E a outra que era por Joseph.

Com aquilo Vlad torceu o nariz. Integra acabou tendo que segurar o riso da expressão de nojo na feição dele. Depois de alguns minutos, foi a própria voz dele que matou o riso para trazê-la de volta ao ambiente solene da cerimônia:

– Estava pensando em como será vazia a vida desses dois. E como é triste a real possibilidade de que eles nem percebam.

Integra voltou o olhar para o casal, já trocando alianças. Prestar atenção após aquilo foi relativamente fácil. Observar a arrogância no rosto de Joseph, a vaidade no rosto de Rose. Como eles se sentiam realizados com seus cônjuges troféu. Como eles estavam fadados à solidão, mesmo que na companhia um do outro. E como quem observa um acidente trágico, horrorizada mas impossibilitada de desviar o olhar, Integra observou o selar de lábios que significava que perante seu Deus, aqueles dois seres humanos que ela julgava sem valor estavam casados. Condenados a uma vida sob seu ponto de vista patética, mas sob o ponto de vista deles, completa, vitoriosa. Porque naquele momento, eles seriam eternamente jovens. Naquele momento, Rose seria eternamente bela e Joseph eternamente rico. E a eternidade seria o suficiente.

Hesitante mas ao mesmo tempo persistente, Integra aproximou sua mão enluvada da nua de Vlad, grata quando ele a aceitou, sentindo o calor da pele dele através do tecido fino, da mesma cor que o vestido. Em sua mão sua aliança estava escondida sob as luvas, mas na mão de Vlad o anel refletia a luz da igreja, e ao olhos de Integra, mais brilhante, mais valioso e mais sagrado que aqueles que foram trocados no altar, apesar de bem mais simples. E Integra percebeu que eles não seriam eternamente jovens. Que ela não tinha nem sequer o momento seguinte, porque nem esse momento era propriamente real. E seria a eternidade o suficiente para reconquistar o que em pouco mais de um ano ela perdeu? Porque em outro baile, em outro casamento, ela podia não ter um amante, mas tinha sem dúvidas um amigo, uma companhia. Há alguns meses ela tinha um colega de trabalho. Hoje ela tinha um acompanhante para um baile.

– Integra? A cerimônia acabou. - O tal acompanhante murmurou, olhando fixamente para ela.

Integra olhou a sua volta, percebendo que eles eram um dos poucos casais ainda sentados. Vlad ainda perguntou a ela um "o que foi?" que ela respondeu com um "o que foi o quê?", para enfim respirar fundo e, sem olhar para Vlad, dizer o que há tempos consumia seu coração, antes de ferro:

– O nosso casamento... Não a festa, a situação... Eu acho que nunca te pedi desculpas.

Depois de alguns segundos de um silêncio tenso, ergueu os olhos e percebeu que Vlad não estava olhando para ela. Estava na verdade com o rosto virado, de olhos fechados. Pensando em suas palavras, percebeu que aquilo também não era um pedido de desculpas. Tentou de novo:

– Eu nunca quis... Eu não... Eu sinto muito que as coisas tenham saído do jeito que saíram.

Vlad, ainda sem olhar para ela acenou com a cabeça. Murmurou um "eu também" que Integra mais sentiu reverberar pela igreja quase vazia do que propriamente ouviu.

– Na época eu achava que estava no direito de fazer o que eu fiz mas... - Vlad tentou abrir a boca para argumentar, mas Integra não permitiu que ele a interrompesse. - Hoje eu percebo que no fundo fui egoísta, mimada e cruel. E que por mais que eu tivesse o direito de arruinar minha vida, eu nunca tive o direito de arruinar a sua.

Quando Vlad finalmente olhou para Integra, foi com o cenho franzido e o olhar um pouco perdido. Depois de alguns segundos, começou a falar:

– Integra. Eu não sou nada além de um soldado. Um soldado que conhece a dor de receber e se curar de ferimentos terríveis. Um soldado que sabe que por pior a cicatriz, com o tempo aprendemos a viver, ou a conviver com elas. Não posso negar que me machuquei muito, e que provavelmente a machuquei também. Mas não arruinou minha vida. Longe disso, esses ferimentos me lembraram que eu estou vivo e que esse é motivo suficiente para continuar a viver.

– Então você... Vai simplesmente me perdoar? - Ela perguntou, incrédula.

– Não. Não há o que perdoar. Eu não a culpo. Nunca a culpei. Por algum tempo eu culpei a mim mesmo, até perceber o quão irrelevante era fazer isso. Como encontrar um culpado não faria com que a situação se resolvesse. Eu precisava gastar minhas energias em seguir em frente, não em analisar o que ficou para trás. Talvez seja o caso de fazer o mesmo.

Após dizer essas palavras, Vlad se levantou, estendeu mais uma vez sua mão para Integra.

– Nós temos uma recepção para comparecer. - Ele disse, simplesmente.

Integra pensou em comparecer à festa. Em ver o casal feliz fazer um brinde. Em posar para mais e mais fotógrafos. Em ter Vlad ao seu lado, que havia seguido em frente, enquanto ela ainda estava presa em seu passado. Em passar a noite imaginando se Vlad e Mihaella tinham algo sério. Se em breve o casamento seria desfeito para que eles pudessem se assumir publicamente.

Fez um não com a cabeça, recusou a mão de Vlad e se dirigiu para fora da igreja dizendo que não iria comparecer à recepção. Vlad não entendeu o comportamento dela, mas seguiu em silêncio até o carro. O soldado dirigiu direto para a mansão. Vlad abriu a porta do carro. Abriu a porta da mansão. Se despediu de Integra sem saber como se comportar. Integra ouviu o soldado cujo nome ela não se lembrava perguntar se o conde queria uma carona para casa.

No dia seguinte, as fotos do casamento estavam em todos os jornais. A maior delas mostrava Joseph e Rose chegando na recepção do casamento. Olhando atentamente, era possível ver no relógio de Joseph que eles chegaram quase uma hora após o fim da cerimônia. A maquiagem de Rose estava levemente borrada, com manchas do batom vermelho pelo rosto, mas no rosto de Joseph não havia uma marca sequer, apesar de suas roupas estarem desalinhadas. Tudo isso Integra percebeu ao passar seu olho azul pela foto, apesar de não dedicar tempo em analisá-la. Outra foto no entanto chamou sua atenção, e apesar de olhar para essa foto durante muito tempo, nada conseguiu analisar: uma foto dela e de Vlad, sentados na Igreja, de mãos dadas, olhando solenemente para a cerimônia a sua frente. O comentário abaixo da foto apenas "Conde e Condessa Dracul".

Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não
Pede perdão
Não é nunca perdoado


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Notas finais do capítulo

R&R



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