Anjo da Noite escrita por MsWritter


Capítulo 36
Capítulo 36. Calmaria


Notas iniciais do capítulo

Postando hj pq baixei os originais de ACD pro cel, descobri que existe e consegui baixar o primeiro episódio da segunda temporada de Sherlock e semana que vem estréia SH2. Vocês tem ideia da overdose de Holmes que isso significa? Quando ao capítulo, seguinte: sem revelações! HÁ! Enganei o bobo na casca do ovo! Lalalalala! Na verdade foi assim: pensei em fazer desse um capítulo monstro, com todas as respostas para todas as perguntas que eu me fiz durante a fic (as minhas, então se alguém tiver alguma dúvida em algum ponto, aproveita pra perguntar que eu to no humor pra isso porque é claro que ninguém tem mais nada pra fazer a não ser se perguntar porque aveia é diferente de trigo...) mas no final achei que ia ficar corrido e tem duas coisas que são muito, mas muito importantes: primeiro, tem gente que já acompanha essa fic há muito tempo, desde o início, e não seria justo simplesmente despejar um monte de coisas, de forma corrida e transformar isso aqui numa, com o perdão da má palavra, putaria de informações. Segundo, caramba, esse é o capítulo 36 e até agora não teve um momentinho, por mais "inho" que fosse, fluffy nessa fic inteira. E como vocês devem estar pressentindo a tempestade que vem por ai, pq isso aqui já tá pior que novela mexicana, cada hora é uma coisa, digo que EU precisava escrever algo assim, por mais retardado que fosse. Esse é praticamente um capítulo a parte, sem valor nenhum para o enredo, mas espero que gostem. Espero mesmo.
A música de hoje é Por onde andei do Nando Reis.



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Desculpe
Estou um pouco atrasado
Mas espero que ainda dê tempo
De dizer que andei
Errado e eu entendo

As suas queixas tão justificáveis
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbvias
Até pra uma criança

Por onde andei?
Enquanto você me procurava
Será que eu sei?
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava



– Espero que compreenda, meu senhor, que caso meus atos tenham trazido vergonha a esta casa, arcarei sem resistência com a punição pertinente, mas que não me arrependo de minhas palavras e me recuso a fazer qualquer tipo de retratação, pública ou não. – Doamnei tagarelava, claramente irritada, enquanto despejava o conteúdo de uma grande jarra de metal em uma tina de madeira, posicionada recentemente bem no meio dos aposentos reais (já que mais parecia um salão que um quarto). – E que qualquer que sejam as conseqüências de meus atos, espero que estas possam esperar até amanhã ou depois, pois realmente espero ter a oportunidade de zelar por seu conforto nos primeiros momentos de seu retorno e...

– Doamnei... – A voz de Vlad soou rouca e fraca ao interrompê-la em seu discurso desnecessário, ao mesmo tempo em que verificava a temperatura da água com a ponta dos dedos.

Vlad tentara se sentar em uma poltrona enquanto soltava algumas travas de sua armadura, mas deselegantemente acabou escorregando até o chão. Não fez força alguma para corrigir a situação.

Sua noiva respirou fundo, subitamente lembrando-se do porquê de ter estourado em primeiro momento. Não foi capaz de presenciar o homem que amava, admitidamente com dores e frio, tremer sob os olhares dos hipócritas que festejam a guerra em um banquete do qual não era capaz de apreciar nem mesmo o vinho. Suas atitudes tinham um propósito simples: tirá-lo daquela mesa opressora, tirá-lo da armadura e (com o perdão de como seus pensamentos fluíam, porque ela já cuidava do que dizia – cuidava muito, muito mesmo. Não falava nem um décimo do que pensava. – não ia se preocupar com a forma como pensava) enfiá-lo em um banho quente, escaldante de preferência, e com bucha, água, sabão e calor, eliminar as provas físicas da viagem, da solidão, do frio, da batalha, da guerra. Eliminar cheiros, tensões musculares, rastros de sujeira, sangue e suor, o que pudesse, o que ele lhe permitisse, e depois, novamente não dando a mínima para a forma como iria pensar suas ações, enfiá-lo na cama, com todos os cobertores e travesseiros que conseguisse empilhar no colchão e deixá-lo dormir. E quando ele acordasse, obrigá-lo a comer, comer tanto que chegaria a sair comida pelo nariz dele, e depois obrigá-lo a ficar o resto do dia na cama, quem sabe dormir mais, porque ela não ligava que ele fosse o rei da Valáquia, não ligava para o protocolo (que se danasse o protocolo! Para a alta corte parecia que o compromisso de noivado era o suficiente para reservar os direitos do casamento, mas não para obrigar as partes a manter suas obrigações – e se até onde ela sabia ela já podia estar desfrutando de uma vida sexualmente ativa com seu noivo, certamente ela ia zelar por seu descanso, com unhas e dentes), enfim...

Recuperando-se de sua batalha interna e reassumindo a graça que seus gestos e palavras sempre demonstravam instintivamente para seu noivo, Doamnei ajoelhou-se ao lado dele, ajudando-o a retirar as travas que prendiam a armadura unida ao seu corpo. Usualmente, mesmo porque era impossível vestir ou retirar a armadura sozinho, chamaria um criado para ajudar na tarefa, mas naquele momento aquilo pareceu o correto a fazer: mais íntimo, mais familiar, mais reconfortante, e ela já sabia como fazer, por anos ajudando seu pai a vestir ou despir sua armadura.

Não demorou para que Doamnei percebesse que o motivo para os movimentos de Vlad terem cessado era mais que cansaço. Sua pele ardia em febre, os lábios tremiam, e quando a peça do peito da armadura se foi ela se alarmou pela camisa que usava por baixo estar coberta de sujeira, suor e sangue. Não querendo, mas ao mesmo tempo precisando ver a pele por baixo da peça de roupa, ergueu o tecido com cuidado, tentando ignorar os protestos fracos quando o tecido ficava preso em uma ou outra crosta de sangue seco, exatamente onde a ponta da lança ainda permanecia.

E o maldito... O maldito sorriu ao ver a cara de espanto de sua noiva, silenciosamente começando a ter um ataque de pânico. Quando ela fez menção de se levantar, no entanto, uma mão metalizada veio segurar seu pulso, obrigando-a a permanecer ajoelhada no chão:

– A segurança das tropas, do palácio, das fronteiras de nosso país depende do fato de ninguém saber sobre isso. Há um traidor entre as tropas e se souberem que estou debilitado vão invadir o país.

– Cavalgaste por dias assim? Sem ao menos parar para retirar...

– A viagem foi curta e com o metal alojado a perda de sangue durou pouco... Era preciso. A fama que os boatos geraram será o suficiente para garantir nossa segurança por hora. Sei que é pedir muito, mas não sei em quem posso confiar.

– O que? Está infeccionado! O que eu...

– Corte as bordas, retire a lança. Vinho e ferro em brasas para esterilizar...

E estava inconsciente antes de terminar a frase. Doamnei ponderou o pedido de seu noivo, mas quando pousou uma mão sobre sua testa e a sentiu queimando em febre chegou à conclusão de que não adiantaria tentar cuidar dele sozinha. Porque o que é que iam fazer com as fronteiras se descobrissem que ele havia morrido? Fechou os olhos, respirou fundo, os abriu e saiu dos aposentos, encontrando sua dama de companhia e mandando-a para o povoado, buscar o marido, um tipo de cirurgião dentista que atendia a população mesmo sem estudos. O mais importante? Doamnei confiava nele. Enquanto esperava, pacientemente, terminou de retirar a camisa de Vlad para, com água morna, sabão e toalhas, cumprir seu plano inicial: eliminar qualquer prova física de que, durante todo o outono, seu noivo esteve afastado de si, acabando descobrindo outras feridas menores que também necessitavam de tratamento. No fundo, Doamnei sabia que o fato de Vlad estar fisicamente exaurido era muito mais grave que a ferida provocada pela ponta da lança. Fraco e exausto, seria difícil lutar contra a febre e a infecção. Quando o cirurgião bateu à porta, meio escondido pela saia da dama de companhia de Doamnei, parecia desesperado com alguma coisa. Enquanto ele se explicava, dizendo que um dos soldados estava tendo problemas sérios por causa de uma mão cuja infecção evoluiu para uma gangrena, Doamnei não teve coragem de argumentar, apenas pediu para que ele fosse ver o paciente na cama. Horas depois, Doamnei se despediu dos dois, com ordens restritas de que ninguém soubesse que estiveram aqui e que ninguém deveria entrar no quarto. Agora, tudo o que ela podia fazer era vigiar. Ao longo da noite, manteve compressas frias sobre a testa de seu noivo, segurou-o na cama durante surtos fracos de alucinação, limitando-se a segurar sua mão com força quando surtos mais desesperados e violentos eram provocados pela febre. Aproveitou pequenos momentos de lucidez para forçar água por sua garganta. Durante os dias seguintes, lutou sozinha contra a febre de seu noivo, forçando água, chá e caldos em seu sistema, mantendo-o limpo quando a dor forçava os fluidos a voltarem, se limitando a passar os dedos por entre seus cabelos cacheados quando ele se mexia em seu sono.

Só se permitiu respirar com certo alívio e deixar o quarto para uma noite tranqüila ao final do sexto dia, quando um Vlad sonolento começou a balbuciar sobre tortas de maça e pães de trigo, finalmente sem febre e sucumbindo a um sono recuperador. Nos dias que se seguiram, ninguém mais se importava em mencionar o incidente durante o banquete de recepção.

Vlad acordou assustado. Não era anormal que seus sonhos retratassem lembranças fortes, nem em sequência. Uma vez sonhou o mês inteiro com fragmentos de uma batalha. Um movimento de espada por noite. Aquele sonho em particular nem era tão ruim assim mas... Aquele sonho, aquela lembrança... Não era dele. Não inteira, não podia ser. Como ele seria capaz de se lembrar de como Doamnei agiu quando ele estava delirando de febre? Como ele sabia o que ela sentiu? Não... Aquilo estava errado... Aquilo não era...

– Estamos nos preparando para aterrissar. – Integra mencionou da poltrona ao lado, sem desviar os olhos de seu jornal.

Vlad fechou os olhos, respirando fundo antes de abri-los e olhar pela janela do avião privativo da Hellsing. Via a neve caindo no céu de sua terra natal pela segunda vez em um espaço de menos de um mês e não podia dizer que estava feliz por isso. No fundo estava agradecido por não ter que enfrentar a correria de um vôo público, além de confortado em contar com a presença de Integra ao seu lado, que afirmou categoricamente que Vlad não viajaria sozinho com o risco de dormir em pé atravessando a rua, mas não podia negar o nó que se formou em seu estômago ao ver a neve caindo, sempre manchada de sangue. Antes pela dor em se descobrir incompleto, insuficiente, e agora indo para dizer adeus a uma pessoa que passou rápido e marcante em sua vida, brilhante como uma supernova e efêmera como tal. Porque mesmo que estivesse em condições para tal, não houve tempo o suficiente para se afeiçoar a ela. A história de sua vida, se fosse pensar bem. Mas Ileana curou feridas e afastou fantasmas que Vlad nem sabia que existiam. Ela trouxe de volta o crucifixo de Doamnei! Deu os primeiros passos para transformar o castelo de Bran em algo que não fosse puramente lembranças tristes de tempos sombrios. Conversou horas com Vlad tentando confortá-lo e encorajá-lo a refazer os exames quando...

Boa noite. Aqui é seu comandante. Pouso efetuado com sucesso. São precisamente três horas e vinte e dois minutos. Tenha uma boa estadia, Sir Hellsing. Estarei à disposição.

– Sir Hellsing, estamos retirando suas malas e já reservamos um táxi. Gostaria de algo antes de desembarcar? – Uma “aeromoça” perguntou, aparentemente muito nervosa.

– Não. O conde e eu desembarcaremos imediatamente, entregue o endereço de nosso hotel para o taxista e avise a recepção para que deixe tudo preparado. Não queremos perder tempo com cadastros. Peça também para levarem sopa, torradas, chá preto e ...– Integra fez uma pausa, olhando para Vlad como que procurando alguma resposta, continuando a falar em seguida. – E uma garrafa de whisky. Dê nossa atual localização e peça para que calculem nosso tempo de chegada. Não quero nem esperar e nem encontrar uma xícara de chá fria.

E com isso Integra se levantou e seguiu até a saída do avião, olhando por cima do ombro para ver se Vlad estava a seguindo. Ficou satisfeita em verificar que sim, ainda que vagarosamente.

Vinte minutos de táxi, menos de dois na recepção (Integra não tinha certeza se o que agilizou todo o processo foi sua presença ou o título de Vlad, mas ficou satisfeita em ser recebida com uma xícara de chá fumegante) e estavam confortavelmente instalados no gigante quarto de hotel, Integra à mesa comendo creme de cebola com torradas, enquanto Vlad desfazia sua mala (na verdade, estava só tirando tudo de dentro de colocando no sofá).

Integra percebeu o olhar do rapaz se perder por entre os cobertores da única e gigantesca cama do quarto, sentindo-se na obrigação de se justificar:

– Estamos noivos Vlad. Queiramos ou não, fora dos limites da mansão devemos agir como um casal mundano, normal. Se dormíssemos em quartos separados, com duas camas que fosse, amanhã seria a notícia mais comentada da Inglaterra, a menos é claro que o príncipe resolvesse se casar com um travesti durante essa madrugada. Não entendo porque a minha vida é tão interessante! Eu sei que a situação pode parecer estranha para você, mas ainda está se recuperando e nós vamos ter que dividir a cama essa noite. Pode não aprovar nada antes do casamento mas... – Integra acabou se calando quando se lembrou da noite antes do ataque no rio. Vlad não parecia muito preocupado com laços matrimoniais na ocasião.

– Ficaria surpresa em como eram as coisas seiscentos anos atrás. – Vlad murmurou, meio que contra sua vontade. – Doamnei e eu moramos juntos por um ano e meio quando nos tornamos noivos.

Integra parou com a torrada suspensa no ar para encarar o conde:

– Um ano e meio? E nunca a tocou?

Vlad ficou pensando por alguns segundos, para enfim responder para Integra, que ainda segurava a torrada no meio do ar:

– Ela me beijou uma vez. Ficou tão desesperada que achei que ia entrar em colapso nervoso. Era doce e dócil a maioria do tempo, mas havia explosões de impulsividade, ansiedade e às vezes agressividade quando a situação fugia um pouco de seu controle emocional. No dia seguinte pediu tantas desculpas que acabei inventando uma vontade absurda em comer a torta de peras que a mãe dela havia ensinado-a a preparar, só para dá-la alguma coisa concreta com a qual se desculpar. Era uma torta horrível...

Integra quase riu, levando a torrada à boca, quando um pensamento cruzou sua mente. Baixou a torrada de volta ao prato, olhando fixamente para seu noivo.

– Era isso? Vocês não se abraçavam? Sem beijos sem... Espera, você parece desconfortável em me deixar tocá-lo, mas não parece se preocupar em estar sem roupas...

– Porque a nudez em si nunca foi condenada em minha época. Milady, imagino que saiba que haviam criadas no palácio cuja única função era auxiliar durante o banho dos membros da família real...

Integra abriu tanto o olho azul que Vlad achou que ele ia pular para fora da cavidade ocular.

– Então... Não é contrário a dividir a cama?

– Pretende dormir nua, Milady?

– O que? NÃO!

– Deseja que eu o faça?

– Vlad, o que...

Vlad começou a rir da situação, achando muita graça das reações que estava conseguindo tirar de Integra. Sim, ele já estava fazendo de propósito há alguns minutos. Quando Integra percebeu ficou tão irritada que começou a enfiar torrada atrás de torrada dentro da boca.


E então Vlad percebeu que por um instante, curto como aquele, ele não pensou na neve, na dor ou na morte de Ileana. Era apenas uma conversa despropositada e absurda com sua noiva e ele não fazia ideia de o quanto aquilo lhe fez falta durante os últimos anos de sua vida.

– Dar-me-ia a honra de fazer-lhe um pedido? Prometeis voltar desta campanha?


Vlad acordou muito antes do que gostaria, mais por costume que por causa de seus pesadelos. Afastou Integra de si, que inconscientemente acabou aproximando-se de seu corpo durante a noite, e se dirigiu ao banheiro. O quarto de hotel era climatizado, a água da torneira quente, mas ele ainda sentiu um calafrio quando a água entrou em contato com seu rosto. Olhou a pele úmida no espelho, descobrindo-se com olheiras abaixo dos olhos. Aquilo era anormal? Ele nem se lembrava mais. Inclusive, tinha oitenta por cento de certeza que tinha mais a ver com hematomas remanescentes do encontro com Joseph que com olheiras de verdade, mas o caso é que pareciam olheiras. Ele parecia muito abatido. O jeito certo de parecer quando o corpo de um conhecido ainda aguarda reconhecimento no necrotério. O jeito certo de se parecer quando tinha um enterro a frente. O jeito certo de se parecer quando era chamado para a leitura de um testamento. A única coisa que não era o jeito certo era ser ele quem faria parte de tudo aquilo. Por que ele? Ileana não tinha família, ele se lembrava disso. Mas não tinha amigos? Colegas de trabalho? E as pessoas no hospital? Vizinhos que fossem? O que ele, frágil, efêmero, inconstante Vlad tinha a ver com o que quer que fosse? A única coisa que eles tinham em comum, além da possibilidade de um médico, era o castelo de Bran e uma semana de tempo compartilhado. Nada mais, nada que justificasse um testamento, nada que o justificasse sequer ficar sabendo da morte dela a não ser pelo fato de o telefone dele estar no registro de chamadas. Mas aquilo era sério, aquilo era mais. Receber um comunicado oficial na porta de casa que está convocado para a leitura de um testamento? Quando aquilo aconteceu? Como ela teve tempo de refazer o testamento em menos de um mês?

Percebeu que talvez fosse melhor não se preocupar com isso por hora. As respostas, se é que existiam, chegariam com o tempo. Não tinha mais o que ele pudesse fazer.

Olhou-se novamente no espelho, prestando atenção na cicatriz provocada pela ponta de lança, há duas noites atormentando seus sonhos. Por que ela tinha voltado a doer? Duas batidas na porta, silêncio e depois mais duas batidas tímidas, seguidas de praticamente um sussurro:

– Vlad? Você está bem?

Não. Mas ele tinha quase certeza de que ia ficar.


Amor eu sinto a sua falta
E a falta, é a morte da esperança
Como um dia que roubaram o seu carro
Deixou uma lembrança

Que a vida é mesmo
Coisa muito frágil
Uma bobagem
Uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama

Por onde andei?
Enquanto você me procurava
E o que eu te dei?
Foi muito pouco ou quase nada
E o que eu deixei?
Algumas roupas penduradas
Será que eu sei?
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava





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Notas finais do capítulo

Reviews impedirão que o mundo acabe em 2012.
Até o próximo!



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