Anjo da Noite escrita por MsWritter


Capítulo 29
Capítulo 29. Revelação


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Eu sei, faz tempo... Tenho estado muito ocupada. Mas espero que gostem.

A música de hoje é "Saudade de Amar" de Vinícius de Moraes e Francis Hime. Pensei zilhões de vezes em colocar "o Mundo é um Moinho" do Cartola, então, se puderem ouvir também, agradeço.

Bom, o capítulo: achei o título muito adequado, uma vez que Vlad vai descobrindo aos poucos o seu próprio eu, enquanto Integra vai entendendo seus próprios sentimentos. Temos também, é claro, a leitura da carta. Então, vamos lá!



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Deixa eu te dizer, amor 
Que não deves partir 
Partir nunca mais 
Pois o tempo sem amor 
É uma dura ilusão 
E não volta mais

Se tu pudesses compreender 
A solidão que é
Te buscar por aí
Andando devagar
A vagar por aí
Chorando a tua ausência

            Quando ele a viu pela primeira vez, estava mais preocupado com folhas amareladas do que com o resto do mundo. Se por um lado queria ler os manuscritos velhos que não tivera tempo antes, eram as folhas secas do chão que lhe confortavam.

            Depois daquele dia, nada mais foi o mesmo. Quando voltava para a guerra, guerra que não entendia os princípios, contra um inimigo cujo nome era conhecido, mas o rosto não, mas guerra que lutava e daria a vida; quando voltava para seu ofício forçado e aprendido a duras penas, ele não mais encarava seus dias como um outono prestes a sucumbir ao gelo, mas sim com uma perspectiva de volta, de que existia algo além.

            A presença de Doamnei não foi algo que por si só lhe trouxe esperança, ou alegrou seus dias. Seu peito ainda estava vazio. Mas lhe mostrou que existiam olhos nesse mundo que brilhavam com vida e esperança apesar da crueldade e insignificância do homem. Porque acreditavam em algo melhor, não porque achavam que os vitoriosos eram os heróis.

            Vlad não conhecia o rosto de seus inimigos, mas se lembrava de cada feição de cada vida que se findou por sua espada, além de se lembrar claramente dos gritos e clamores daqueles que choraram por seus mortos, em qualquer que fosse o lado.

            As dores do mundo gravaram em sua alma como se fosse ferro em brasa contra a pele.

            A esperança de dias melhores surgiu apenas quando Doamnei foi, aos poucos, fazendo parte de sua vida. Era uma benção, não havia outra explicação. Poucos encontros casuais que sempre lhe rendiam pura paz de espírito em saber que pelo menos uma pessoa sobre a face da Terra ainda possuía um espírito nobre e vivaz.

            Quando ela sorria e, por um momento, ele acreditava que aquilo era prova de que ela também apreciava sua companhia, ele finalmente se sentia humano. Mais que humano, ele se sentia desejado, aceito. Era a sensação mais próxima do paraíso que conhecia.

            Na noite quente de verão em que perguntou a Doamnei a opinião dela caso ele pedisse sua mão para seu pai, Comandante do 14º batalhão, e recebeu em resposta uma lágrima e um pequeno sorriso, achou que a moça era louca, mas rezou uma pequena prece em gratidão.

            A filha do soldado aceitara a mão do homem que fez o pai seguir para a guerra. Foi pura absolvição. Se ela, que odiava a guerra e o que esta fazia com os homens aceitou sua mão... Não havia perdão maior.

            As palavras tão enérgicas do dia que se conheceram ainda ecoavam em sua mente: a guerra muda um homem. E não quero ver que o homem que amo não voltou junto à campanha, ainda que vivo. Entendo que acredite que o objetivo maior de uma mulher deva ser o casamento, Alteza, mas não nasci para tal sina. Não tenho nada contra, mas acredito que uma vez concedida a benção de Deus e jurado amor até a morte, deva-se fazê-lo com aquele que realmente ama, e não em sua conveniência com um desconhecido. Jurarei perante Deus, preciso saber ser capaz de cumprir tal juramento.”

            Ele acreditou nessas palavras da primeira à última vez em que seus olhos encontraram os de Doamnei.

            Se os olhos de Vlad eram intimidadores, os azuis dela eram acolhedores, um verdadeiro oásis no deserto de areia e sangue que eram os seus dias.

            Com o passar dos meses ela deixou de se intimidar por eles.

            O príncipe/rei da Valáquia nunca pediu provas de que a moça o amava. Se por um lado ele sentia isso por baixo de sua pele, até as entranhas, por outro ele sabia que não correspondia. Não com verdade, não com intensidade, portanto era algo que não podia cobrar.

            Mas ele sentia alguma coisa sim, talvez admiração, talvez amizade. Era amor. Um amor frágil, escondido e acanhado, um bem querer que pairava no ar. Estava latente, oculto, esperando crescer. Talvez se tivesse tido a oportunidade...

            Mas as provas que ele nunca pediu foram escancaradas diante de seus olhos âmbares e, naquela única noite, assustados.

            Ele viu Doamnei proteger seu coração com o próprio corpo, tendo-o atravessado por uma flecha cujo alvo jamais foi ela. Se soubessem que a rainha da Valáquia estava fugindo com o marido provavelmente teriam matado os dois, mas o que poderiam querer com um rapaz magrelo que fazia parte do comboio real?

            Quando Doamnei, disfarçada de um dos servos do rei, foi atingida pela flecha, recusou socorro e se atirou no lago.

            “Bem sabes que não sobreviverei à viagem. Pensaram que lhe atingiram, meu senhor, quando encontrarem o corpo e virem que não o fizeram, já estará bem longe”.

            O porquê de ter ouvido a esposa naquele momento era algo que se passava na cabeça de Vlad o tempo todo.

            Não foi a mão dele que disparou a flecha, nem que empurrou Doamnei para o lago, mas foi a mão que não segurou a esposa quando ela se atirou, por vontade, na gélida morte que a esperava. Foram seus olhos que focaram nos dela, suplicando perdão. Foram seus lábios que, congelados de frio e medo, não murmuraram palavras de afeto, perdão ou despedida antes que os olhos azuis se fechassem e as feições pálidas sumissem pelas águas escuras.

            Agora, ajoelhado às margens do mesmo lago, eram os mesmos olhos, mãos e lábios que procuravam por algo para expressar, sentir ou dizer, perante o verdadeiro túmulo da mulher que deu sua atenção, vida e futuro para ele, sem jamais poder receber algo em troca.

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            Perceber o quanto quis para si e o quanto deu de si para os outros foi um choque para Sir Hellsing, que nunca pensou em o que devia para os outros: ela salvava vidas diariamente combatendo vampiros, ela não tinha uma vida própria em função disso. Ela não teve família em função disso. Ela não teve infância em função disso.

            Sempre lhe pareceu sacrifício e oferta suficientes para muitas vidas. Era injusto, era cruel, ela sabia. E tinha razão.

            Mas quando ela ponderava... Vlad tivera um destino senão pior, muito semelhante: não se pode comparar sua dor com a do outro, afinal, uma das coisas que ela aprendeu com força em tenra idade é que cada um sente uma coisa de uma forma completamente diferente. A dor da morte de Arthur para ela e para o tio, por exemplo. Ou a dor da morte de outrem comparada com o vislumbre da própria. Ou a dor de um tiro se comparada com a dor de uma traição.

            Mas as dores de Vlad... Ela não podia comparar, mas sentia que entendia: ser traído, ter um membro próximo da família tentando assassiná-lo, ver quem mais ama morto por esse alguém, ver seu futuro arruinado pelo seu nascimento... Ela não sabia como Vlad havia se sentido, mas se lembrava da sensação.

            E só por isso começou a pensar que seus sacrifícios e conquistas não a isentavam de qualquer culpa, nem eram o suficiente. Ela exigia algo dele, ele tinha o direito de exigir algo em troca.

            E ainda assim, ele nunca fez menção de querer algo. E como poderia? Era doente, psicologicamente perturbado para nunca exigir nada dos outros: só achar que ainda não fez o suficiente.

            Num movimento rápido, bebeu em um único gole os três quartos de copo de vodca que estavam há alguns minutos em sua mão, apagou o charuto no cinzeiro de cristal ao lado da garrafa e pegou a carta. Chega de tantos “sé”s e tantas dúvidas. O que quer que esteja nesse maldito pedaço de papel será menos perigoso quando deixar de ser todas as possibilidades ao mesmo tempo.

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            – Tem tantas coisas que eu gostaria de lhe dizer minha cara. Mas não sei exatamente o que. – Vlad sussurrou para as águas geladas a sua frente. – Talvez eu devesse lhe pedir perdão, mas sinto como se fosse uma ofensa, uma mácula às suas escolhas. Mas eu gostaria de poder lhe dizer que sinto muito por como as coisas foram. Eu gostaria que tudo tivesse sido diferente. Eu teria dado tudo para ter retribuído seu amor. Eu teria deixado destruírem todo o meu ser para que sua felicidade e vida tivessem sido preservadas. Se não deixei que o fizessem na época é porque estava cego, incapaz de pesar as prioridades.   Meu pecado é a omissão.

Precisou parar para respirar fundo, continuando de olhos fechados:

–Mas pedir-lhe perdão jamais será o suficiente. Mas lhe prometo, minha cara, seu sacrifício jamais será em vão. Na época reestruturei o governo de nosso país. Hoje, digo-lhe que a vida que poupou será uma que valerá a pena ser vivida.

            Abriu os olhos, mantendo-os baixos:

–Peço-lhe também, então, a permissão para continuar. Todo o amor que eu queria te dar, o destino ironicamente destinou para uma jovem que não o deseja. Ama outro. Um outro eu que ela vê refletido em minhas feições, mas que jamais serei eu. Séculos de diferença fizeram com que muitos pensamentos meus pudessem ser avaliados e reformados.            No perdão e no perdoar, percebo que o monstro vai aos poucos perdendo força. Esse é o meu sacrifício. Aqui hoje, peço sua permissão para abandonar todo o eu a quem você se dedicou, para criar um eu que seja mais resistente e verdadeiro. Um eu que possa de dedicar a outro alguém.

            Se Vlad esperava que um vento mais forte, ou que algum sinal descesse dos céus, ficou desapontado.

            Mas ele reparou em pequenos sinais de vida ao redor dele, nas cores pálidas do inverno romeno. E achou que era tudo muito bonito.

            Ele nunca antes tinha achado beleza no simples olhar ao seu redor. Aquilo sim era sinal o suficiente: estava vendo o mundo pelos olhos dela, não mais pelos dele.

            – Obrigado Doamnei. Muito obrigado por tudo. Eu vou fazer valer a pena.

            Ao se levantar, percebeu que pequenos flocos de neve voltavam a cair. Caminhando para o carro que lhe aguardava, foi recepcionado por uma Ileana aflita, lhe ofertando um cobertor. Ah claro, afinal Vlad nunca passou frio na vida. Aham.

            E depois, sua alma nunca esteve mais aquecida.

_______________________________________________________________

      Integra nunca sentiu tanto ódio ao mesmo tempo na vida. Quando Celas entrou na sala, assustada após ouvir todas as garrafas de bebidas da Hellsing sendo atiradas no chão por uma Integra muito irritada, pensou umas dez vezes se o risco de ser o alvo para a loira descarregar toda sua pistola valia a pergunta. Bom, descobriu tarde demais que não. Já havia perguntado?

      – SE EU ESTOU BEM? SEU EU ESTOU BEM? VICTORIA, EU PAREÇO BEM?

      – Ma-mas Sir Hellsing.... O- o que aco-conteceu?

      – ACONTECEU O VLAD! AQUELE CANALHA SACANA! ELE É MILHÕES DE VEZES MAIS DESCONCERTANTE QUE O ALUCARD! MILHÕES!

      – Mas... ele ne-nem está aqui-qui... o que ele po-poderia ter feito?

– OLHE DRACULINA! OLHE VOCÊ MESMO! – Integra gritava enquanto sacudia um papel todo amassado na frente da vampira.

Celas não teve muita escolha senão recolher a folha, alisá-la e começar a ler a caligrafia perfeitamente desenhada de Vlad maculada pelos maus tratos no papel.

Milady,

            É estranho tentar registrar meus mais sinceros pensamentos por meio de papel e tinta, mas talvez seja a forma mais correta. Por mais valorosa que seja a palavra dita, tenho medo de que minha voz falhe em tal momento. Não posso me dar ao luxo de não expressar exatamente o meu coração diz, ao passo em que, em virtude da turbulência desses dias, não confio que a palavra que se acaba ao vento carregue a força que necessito agora, por mais que palavra alguma seja capaz de expressar com o mínimo de semelhança aquilo que meus próprios pensamentos não conseguem organizar.

Tudo o que amava foi uma vez retirado de mim. As batalhas que lutava, a causa em que acreditava, a divindade que seguia... Nada disso existe mais. O pó das cinzas das pessoas que amei já são lembranças que a terra faz questão de engolir e transformar.

            Isso não deveria ser sobre mim, mas como poderia eu escrever sobre ti?

            Eu sei que parece confuso, mas não estou tentando me justificar tampouco. O fato é que o que me resta de conhecido, de meu, é apenas fruto de atos de outros. É tudo que conheço Milady. Tua presença é o que dá significado aos meus dias vazios. Saio da cama todos os dias porque preciso ser um homem melhor, não por mim, mas por ti. Porque é o que merece.

            Merece ter ao seu lado alguém que jamais te fira, que seja capaz de protegê-la. Não no sentido comum da palavra, porque bem sei que é perfeitamente capaz de se defender Milady. Mas alguém que a proteja da solidão e das sombras.

            Percebi hoje que este alguém, este homem, não sou eu.

            Meus gestos trouxeram dor aos seus olhos ainda tão puros. E não consigo nem mesmo me sentir sinceramente arrependido, ou jurar que jamais os farei de novo...

Os olhos de Sir Hellsing, puros? Vlad, seu ingênuo... Se bem que o olhar assassino que Integra às vezes lhe dirigia, apesar de assustador, carregava uma raiva um tanto quanto infantil. Não que o de Celas fosse melhor, era Pip quem sentia a diferença.

Celas ergueu os olhos da folha de papel, tentando entender se tanta raiva era pelo fora que Vlad lhe escrevia. Engraçado, nunca imaginou que Integra ficaria tão irritada ao ser dispensada. Mas não estava certo, Vlad disse que voltaria... E depois, não fazia o estilo dele desdenhar daquilo que não conquistou, ou do que quer que fosse. Preferiu continuar a ler.

            Meus gestos trouxeram dor aos seus olhos ainda tão puros. E não consigo nem mesmo me sentir sinceramente arrependido, ou jurar que jamais os farei de novo. Talvez eu seja mesmo um monstro, como bem disse tempos atrás.

            Enfim, não me sinto no direito de pedir seu perdão, mas suplico aos céus pelo privilégio de que saiba que nunca tive a intenção de machucá-la.

            Tendo em vista que meus intuitos e o resultado de meus atos apresentaram naturezas tão drasticamente opostas, vejo-me incapaz de avaliar o rumo que meus atos devem seguir. Como me tornei um perigo para mim mesmo, e conseqüentemente para a senhorita, percebo que a única forma segura de me portar é afastar-me por hora.

            Preciso conhecer um “eu” que não seja só “por ti”. Preciso saber o quanto de mim pode lhe trazer mais bem que mal. Não sou ingênuo ao ponto de acreditar que aqueles que a cercam são melhores que eu, ou que a minha ausência por si só asseguraria tua felicidade; o que não necessariamente significa que já sou o suficiente. E por querer sê-lo é que preciso me afastar.

            Preciso me conhecer melhor, saber exatamente quem sou e quais os demônios que ainda insistem em escapar de minha alma. Derrotá-los e talvez, só talvez, ser merecedor de seu olhar uma vez mais.

            Não é de um eu “quebrado” e “remendado” que precisa. O que merece é um “eu inteiro”, novo. Bem sei que minha alma jaz em cacos, uma vez espalhados pelo chão, agora remendados de forma torpe, colados com sentimentos reprimidos e falsa superação, usados como a máscara de uma nova persona para meu rosto. Eu preciso mais uma vez ser capaz de me ver refletido no espelho, sem essa imagem que se impõe entre mim e o reflexo, mas não tive coragem de me desfazer da máscara ainda. Como poderia? Foi o rosto que ostentei durantes os últimos dez anos que me lembro de minha vida. Mas agora vejo que esse receio em me desfazer de uma parte de mim, ainda que quebrada, feia e pútrida, é o que me macula e me torna inapto.

            Não sei o que encontrarei por trás das máscaras, além das muletas que criei para me sustentar, mas espero sinceramente que seja alguém menos frágil, racional e emocionalmente.

            Serei sincero agora, pois bem sei que esta seja talvez a última oportunidade que terei de lhe dizer o que se passa em meu peito: estou com medo. Tenho muito medo daquilo que posso encontrar dentro de mim mesmo. Mas também sei que minha alma só ficará em paz quando for capaz de encarar meus demônios, em vez de escondê-los entre as barreiras do meu coração.

            Talvez não reste um “eu” no final do processo, mas ainda sim, saberei ao menos quem eu não sou, e poderei me fazer falho, incompleto, desnecessário, mas puro perante ti.

            Não sei quanto tempo todo esse processo pode levar, então, por hora, passarei alguns dias na Romênia. Creio que o primeiro passo seja enfrentar meu próprio passado, admitindo finalmente que ele ficou para trás. Ver as ruínas de tudo aquilo que ele representa será a forma mais fácil de dizer adeus.

            Também não me considero um covarde, então não posso simplesmente sumir pelo mundo, escondendo-me da repercussão de meus impulsos e atitudes. Não posso me esconder de mim mesmo, então não fugirei de ti.

            Eu vou voltar. Prometo que, se for de sua vontade, conversaremos sobre o assunto, e o que quer que eu encontre, ou perca, durante minha ausência, não será utilizado para tentar me justificar.

            Não me sinto seguro em classificar meus sentimentos no momento, mas se fosse fazê-lo, temo que diria que és meu mais sagrado objeto de adoração, portanto intocável e frágil, algo precioso que jamais deveria ser retirado de seu pedestal. Mas uma vez entre as mãos dos homens, deve ser cuidado da forma mais correta possível. Acho que é isso o que chamam de amor.

            Eu morreria antes de ver uma trinca se formar em seu coração, mas temo que tenha eu mesmo causado algumas delas. Peço perdão. Nunca será suficiente, mas mesmo assim, só o que me vejo capaz de fazer é suplicar pelo seu perdão.

            Formalmente eu assinaria meus muitos nomes e títulos, mas tendo em vista que todos fazem parte de um eu que já não existe mais, deixo como assinatura aquilo que creio que resta de mim no momento.

           

Simplesmente, Vlad.

– ESSE... ESSE TRATANTE CONSEGUIU ME FAZER SENTIR CULPADA COLOCANDO TODA A CULPA NELE! E AINDA FOI ENCARAR UMA VIAGEM DESSAS SOZINHO! SOZINHO E FERIDO! SE ELE SOBREVIVER, EU MESMO VOU MATÁ-LO, COM AS MINHAS PRÓPRIAS MÃOS!

Celas segurou um riso enquanto a Hellsing enfurecida pegava de volta a carta amassada para si e marchava para dentro de sua mansão.

Vence a tua solidão
Abre os braços e vem
Meus dias são teus
É tão triste se perder
Tanto tempo de amor
Sem hora de adeus

Oh, volta
Que nos braços meus
Não haverá adeus
Nem saudade de amar
E os dois, sorrindo a soluçar
Partiremos depois


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Notas finais do capítulo

Esqueci de escrever lá em cima, mas esse capítulo saiu hoje única e exclusivamente em gratidão à 5ª indicação que a fic recebeu. Agradeço de verdade a todos vocês por me motivarem a continuar escrevendo. Agora, acontece que eu gastei preciosas horas de que não disponho no momento para fazê-lo (não importa como eu torture alguns leitores por mensagens) então peço desculpas a todos, mas não mais atualizarei NENHUMA FIC até que meu atrasado TCC esteja em dia (junto com todo o resto da minha vida acadêmica de nerd- pois é, desculpem-me, mas é quem eu sou). Então, espero de verdade que gostei. A todos que deixaram reviews (em qualquer história da série noites), agradeço muito, de verdade. Eu li todos e adorei cada um, mas ainda não tive condições de responder. Até mais! Ah sim, deixem-me saber o que acharam do capítulo... É importante para mim!



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