A Prisão do Heroi escrita por drikafgsm


Capítulo 7
A chuva roxa do sono


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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                Aquela viagem a Armpit acabou por demorar três ao invés de dois dias. Primeiro porque eu realmente não resistia e de pelo menos de duas em duas horas mandava uma mensagem de Iris para Annabeth, ela não parecia ficar aborrecida, muito pelo contrario, apesar de que eu mesmo já estava me achando obsessivo, o problema mesmo eram Nico e Rachel que por muitas vezes estavam junto com ela e ficavam tirando com a minha cara. Segundo uma vozinha na minha cabeça dizendo que eu não devia ir nessa missão.

            Apesar dos contras lá estava eu no pequeno centro de Armpit, e quando eu digo pequeno é pequeno mesmo, Quiron não estava brincando quando disse que aquela era uma cidade pequena. Então estacionei o carro na rua mesmo e fui andar um pouco pela cidade para ver se não achava nada de suspeito, mas aquela cidade me parecia absolutamente normal. Então tive que recorrer ao truque que Quiron me ensinou no final do verão passado. Fechei os olhos e me concentrei, então consegui, comecei a sentir a aura de todos em um raio de mais ou menos um quilometro, no inicio achei que só haviam mortais, mas logo vi que estava errado a pouca distancia de onde estava senti a aura de um meio-sangue e parecia ser muito poderoso.

            Segui um caminho tortuoso até chegar até onde pensei ter sentido o meio-sangue e vi que desemboquei em um beco onde no fundo estava um garoto de uns quinze anos sentado com as costas contra a parede. Ele tinha um porte atlético, cabelos cor de areia lisos e cortados curto, e seus olhos eram de um azul elétrico que eu já havia visto antes, só que esses ao invés de transparecer determinação, transpareciam tristeza enquanto miravam um dracma, que o garoto girava entre os dedos.

            Encaminhei-me em sua direção e então ploft meu pé afundou em uma poça espalhando água para os lados, eu não me molhei, claro, mas isso fez com que ele se levantasse rapidamente e jogasse o dracma para cima, porém esse enquanto caia de volta se transformou em uma bela espada de bronze celestial que o garoto agarrou com destreza.  Nesse momento vi que estava com problemas, pois o menino corria para cima de mim com a espada em punho. Então rapidamente tirei contra-corrente do bolso e a destampei bem a tempo de amparar um golpe que vinha contra meu peito. Trocamos uma serie de golpes e notei que o garoto tinha talento, mas que era novo na arte do manejo da espada, pois cometia alguns erros básicos. É claro que eu não queria machucar o coitado então ficava só na defensiva, e fui percebendo que pouco a pouco ele se cansava, resolvi me pronunciar então.

            - Não vim aqui para te machucar – disse enquanto me defendia de um golpe pela esquerda.

            - Há! Me prove então! – disse ele com a certeza de que eu estava mentindo.

            Não pensei em nada para dizer que pudesse convencê-lo então simplesmente larguei contra-corrente no chão e um golpe do garoto acertou meu ombro. Ele ficou tão chocado com meu gesto que após acertar meu ombro também sua espada foi ao chão. É claro, que graças a maldição de Aquiles nada havia acontecido com o meu ombro, o único vestígio do golpe era um corte em minha camisa. Mas o menino ficou horrorizado com o que supostamente tinha feito.

            - Você é maluco! – gritou o menino – não devia ter soltado a espada daquele jeito! Quando uma pessoa pede que você prove algo, geralmente você DIZ alguma coisa!

            - E você teria acreditado? – com essa pergunta ele se calou e ficou me encarando como se eu fosse louco ou algo do tipo – e olhe – falei mostrando o ombro – não aconteceu nada. Viu?

            Foi então que ele me deu a melhor cara de espanto de todos os tempos e veio analisar meu ombro. Eu deixei que ele olhasse por um tempo e depois me apresentei.

            - Eu sou Percy – falei esticando a mão para cumprimentá-lo.

            - E eu Jason – falou enquanto apertava minha mão.

            E foi então que me toquei que era ele quem eu procurava, bem quase, ainda faltavam Pipper e Leo. Mas o que importava era que eu estava no caminho certo e logo logo estaria voltando para o acampamento. E novamente lá estava eu me enganando outra vez, ainda que não soubesse disso. Fiz então a pergunta de um milhão de dólares.

            - Onde estão seus amigos, Pipper e Leo? – ele então me lançou um olhar desconfiado, mas triste.

            - Como você sabe deles?

            - Eu vim em uma missão para levá-los para o acampamento meio-sangue – disse e então ele meu deu um olhar que demonstrava compreensão, o que me surpreendeu, mas resolvi que o interrogaria depois.

            - Há três dias foram levados pela policia para a escola de onde fugimos – disse Jason infeliz.

            Apesar da tristeza de Jason eu fiquei bem feliz porque aquilo significava que minha missão estava basicamente terminada, eu só teria de levar ele para o acampamento! Expliquei então que seus amigos estavam em boas mãos na escola, pois Gleeson estava lá. E então aconteceu algo inesperado, Jason começou a rir.

            - Do que você esta rindo? – perguntei sem entender.

            - Glee... son – falou ele em meio a gargalhadas.

            E então entendi, para quem não convivia com satiros aquele nome era realmente engraçado. Então sorri pela primeira vez desde que tinha chegado àquela cidade. Acho que Jason também não se divertia fazia um tempo, porque demorou um bocado pra ele conseguir para de rir e voltar a falar.

            - Então só pra confirmar. Se eu for com você agora para esse acampamento esse tal de Gleeson – o nome fez ele abrir um sorriso – vai levar Pipper e Leo sãos e salvos pra lá assim que as aulas terminarem?

            - Isso mesmo – concordei – e então, você vai?

            - Vou – disse ele decidido o que fez um segundo sorriso se abrir em meu rosto.

            Então tirei a mochila que estavam em minhas costas e fiquei procurando algum dracma para poder mandar uma mensagem de Iris para Annabeth avisando que já estava voltando. Mas depois de um tempo finalmente me convenci de que já tinha gasto todos eles. Então resolvi mandar uma mensagem pelo celular mesmo. Peguei o celular, liguei e digitei: Sabidinha, já estou voltando! Meus dracmas acabaram então até daqui dois dias. Te amo. Quando levantei os olhos vi que Jason guardava sua espada, já em forma de dracma no bolso. Eu não precisava disso contra-corrente já estava em meu bolso. Pensei então que era melhor desligar o celular antes que eu atraísse algum monstro, e assim que meu celular apagou como se fosse uma deixa ouvi Jason exclamar.

            - Mas que droga é essa?!

            Então a primeira coisa que vi era que chovia um tipo de pó roxo e quanto olhei para cima vi dois monstros que pairavam acima de nos e me fizeram pensar que se anjos pudessem ser maus eles seriam exatamente daquele jeito. A ultima coisa de que me lembro é de ter visto Jason cair no chão. Depois eu mesmo devo ter apagado porque tudo ficou escuro e senti um baque. 

 


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