Abertura de Crônicas

Bleach OST - Perishing One

Tudo estava escuro, aquele lugar não possuía limites, mas era quente e aconchegante, em meio a essa escuridão era possível ver uma pessoa como se estivesse vagando no limbo, ela estava desacordada até então, mas um brilho emana ao longe e como se atravessasse suas pálpebras fechadas, ela começa a vagarosamente acordar.

– Ughm...? - A pessoa geme enquanto abria os olhos. - Ichigo!

Ela olha levantando rapidamente seu corpo procurando por ele, mas se dá conta de que estava em um lugar muito estranho.

– Que lugar é esse? - Rukia olhava em todas as direções e mal conseguia enxergar direito naquela penumbra, além do mais, não sentia seus pés tocando o chão, para ela provavelmente aquele era mais um sonho maluco igual ao anterior ou talvez...

– Será... Que eu morri? - A pequena shinigami olha para suas mãos e se dá conta que estava nua e seu corpo emanava luz mesmo sendo cercada por toda aquela escuridão e que aquele calor, era como se estivesse aconchegada no ventre de sua mãe. Rukia se deixa acreditar na morte e fecha os olhos mais uma vez. – Parece que eu morri afinal... - Mas ela se lembra de vagamente ver Ichigo no chão todo machucado e chorando enquanto olhava para ela. – Ichigo... Será que ele está bem?

Um brilho forte se mostra ao longe e Rukia abre os olhos.

– O q...?

O brilho se torna mais intenso.

– O que é esse brilho?

Rukia começa a flutuar em direção à luz e cada vez que chega perto o calor aumenta.

– Essa luz não é normal...

Quando chega ao lugar de onde procedera o forte brilho ela vê uma pequena esfera muito linda e cheia de vida que pulsava como um coração vivo.

– O que será essa coisa?

A esfera brilha outra vez e pulsa mais forte.

– É muito bonita, mas é estranho estar em um lugar como esse.

A esfera brilha novamente.

– Que curioso, diz Rukia para si mesma. – É como se ela brilhasse toda vez que ouve a minha voz.

A esfera responde brilhando outra vez.

Rukia se permite dar um sorriso singelo.

– Ela parece estar viva! - Exclama Rukia dirigindo sua mão até a esfera a fim de pegá-la, mas assim que toca a esfera brilhante uma luz eletrizante passa por todo seu corpo aquecendo-o em um calor descomunal.

Rukia se assusta com a sensação.

– Mas o que é isso Ahhhhh! - Gritava Rukia vendo aqueles relâmpagos percorrendo todo seu corpo como se fosse um condutor, ele começa a se concentrar cada vez mais e se dirige para seu ventre. – O que tá acontecendo?! - Exclamava Rukia com medo.

A esfera some da mão da shinigami e se dirige também para o seu ventre que começava a brilhar, o calor é intenso. Rukia se comprime de dor e começa a gemer e a tremer, era possível sentir uma energia imensa concentrada dentro do seu corpo.

– PARE! - Grita Rukia não aguentando a situação.

A dor cessa.

– O que foi isso? - Ofegava Rukia se recompondo, ela se levanta e olha para as mãos outra vez, também olha para seu ventre tentando entender o que se passara. De repente ela pára de se mexer e começa a sentir a dor outra vez. – De novo não! - A voz da pequena falha quando sua expressão exprime dor.

Seu ventre começa a brilhar novamente, um brilho pulsátil que se torna cada vez mais intenso e demorado. Rukia achava que se não tivesse morrido de verdade, com certeza morreria agora.

– AAAAHHHHHH! - Ela grita novamente com todas as suas forças comprimindo o ventre na tentativa inútil de se livrar da dor.

Uma explosão de luz acontece e Rukia é engolida por ela.

Instantes depois ela abre os olhos mais uma vez assim que a luz se dissipa, agora ela se encontrava em um lugar que lhe parecia familiar, ela se levanta do chão.

– Aqui é?

O Lugar era um campo tomado por neve e toda aquela extensão branca se expandia e sumia no horizonte sem fim, neste campo existia vida, uma fauna e flora típica para aquele clima.

– Mas como é possível eu estar aqui? - Rukia se perguntava.

De repente ela ouve uma risada infantil logo atrás de si e então olha para trás.

– Hahahaha! Corre mamãe ou eu vou chegar primeiro!

Era uma criança estranha, um menino de cabelos acinzentados e pouco longos, tinha olhos amarelados e desenhos espalhados pelo corpo como se fossem desenhos tribais que iam até seu rosto, vestia uma blusa simples e calça comum, também andava descalço pisando na neve fria que não lhe causava incomodo algum. Rukia se dá conta de que o infante corre em sua direção e que ela ainda se encontrava nua! Ela se cobre com as mãos, mas o menino continuava a correr e passa por dentro de seu corpo como se ela não existisse, a shinigami se assusta e olha na direção em que o menino continuava a correr, ele apenas ria com ar brincalhão e indo em frente.

– Desse jeito eu nunca vou lhe alcançar meu filho!

Era uma voz familiar demonstrando alegria, Rukia olha temerosa para trás e se espanta com o que vê.

– Sode no Shirayuki!

A mulher de cabelos igualmente prateados atado a presilhas vestia um quimono branco e caminhava calmamente na neve indo em direção ao pequeno que pulava de um lado para o outro e não se aguentava em alegria, ele de repente tropeça na neve e cai de cara no chão.

– Meu filho! - Shirayuki apressa mais os passos.

O menino se levanta rindo e correndo de novo dando voltas ao redor dela que desta vez começava a rir também.

– Pare meu filho desse jeito você vai me derrubar!

– Mamãe, mamãe! - Exclamava o menino que dava voltas e abria os braços como se imitasse voar.

– O que foi minha criança?

– É verdade que quando a gente nasceu o papai disse que nós éramos um milagre?

Sode no Shirayuki ri colocando uma das mãos graciosamente na frente da boca para esconder o riso.

– Seu pai disse isso?

Ele assente com a cabeça.

– Foi a mana que me falou.

– Falando nela... Onde ela está? - A zanpakutou prateada olha para os lados.

– Tá com ele oras! - O garotinho infla as bochechas.

– Entendo. - Shirayuki se ajoelha estendendo os braços abertos.

O garotinho corre todo sorrisos e pula em seus braços.

– Deixe-me contar uma historinha do dia em que você nasceu meu pequeno.

– Eu e a mana né? - Corrige o garoto.

– Sim. - Sorri Shirayuki se corrigindo e continuando a falar, - Você e a sua irmã.

– EBA! - Exclama a pequena criança que agora olhava Sode no Shirayuki nos olhos.

– Então, quando eu e o seu pai nos conhecemos... - Ela começa a contar a história enquanto se distanciava no horizonte.

Rukia assistia tudo perplexa e nem se mexia, tinha ouvido tudo até aquele momento e não conseguia acreditar.

– Sode no Shirayuki... Filho? Aquele menino era uma zanpakutou!? Impossível! Nunca na história da Soul Society houve relatos de uma zanpakutou gerando filhos! Aliás, por que eu estou falando isso? Só pode ser um sonho com certeza! - Rukia estava confusa.

– Quem é você? Quem te deu permissão para entrar nas minhas lembranças?– Perguntava uma voz ríspida masculina interrompendo o raciocínio de Rukia.

Ela se espanta com a voz e olha para o lado vendo um rapaz muito bonito de cabelos prateados, olhos amarelos e desenhos pelo corpo.

Ela perde a voz e fica sem reação, o rapaz também se espanta quando vê a mulher diante de si.

– Não pode ser! Como você entrou aqui?

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Bleach OST - Will Save You

Ichigo acorda e com uma cara de espanto ergue-se com sua zanpakutou em posição de combate. – Rukia! - Ele olha para os lados, mas ela não estava lá, seus amigos não estavam lá, ninguém estava. – Onde eu estou?

Existiam prédios naquele lugar, mas eles estavam deitados, o céu se movia a sua direita, aquele lugar aparentemente caótico era conhecido para Ichigo.

– Esse lugar é dentro do meu mundo interior... Será que foi o velho Zangetsu que me chamou aqui? - Perguntava Ichigo ao vento enquanto caminhava procurando-o. – Ooooiiiii! Zangetsu! Você está ai? Velho!

Sem resposta.

– Onde será que tá esse cara? - Pergunta Ichigo levando uma das mãos à cabeça.

–É verdade papai e o mano me disse que a mamãe ficou zangada!

Ichigo ouve a voz de uma criança vinda do seu lado direito.

– Ãhm? Uma criança? Será que eu estou ouvindo coisas? - Ichigo apressava os passos seguindo a voz.

– E o que ela disse?

– Que ia colocar o senhor de castigo. - Respondia a criança.

Zangetsu ri.

Ichigo chega e ouve o riso da sua zanpakutou sem acreditar. Ele vê uma garotinha de cabelos negros um pouco longos e olhos vermelhos, tinha uma roupa um pouco semelhante à de sua zanpakutou e ela estava sentada ao seu lado na beirada de um prédio enquanto conversavam.

– Ela disse isso foi?

– Foi sim e disse que ia colocar o senhor de castigo e que... - Ela olha para o lado um pouco a direita bem próximo de Ichigo.

Ele se espanta achando que ela estava lhe observando.

– Ah! E ela disse que ia colocar o senhor de castigo também.

Ichigo olha para o seu lado e vê seu hollow interior franzindo o cenho de volta para a menina.

– Até parece que ela vai conseguir me insultar! - responde o hollow em deboche.

– Ué! Mas da última vez bem que o senhor obedeceu ao que ela disse não foi? - Respondia a menina olhando para o Hollow e fazendo uma cara como se quisesse dizer: "Nem adianta se fazer de difícil que você não aguenta".

O hollow olha para o lado envergonhado ao se lembrar da ocasião.

– TSC! Eu tenho uma raiva daquela mulher! Por que ela consegue me vencer?! Da próxima vez eu acabo com ela! – Ele apertava os punhos revoltado.

– Mas o senhor nunca ganhou dela! – Responde a garotinha rindo.

O hollow engasga.

– CALA BOCA! – grita virando a cara para a menina.

– Basta você parar de ensinar o que não deve para eles que não teremos mais problemas com Sode no Shirayuki, você sabe como ela é possessiva... - lembra Zangetsu olhando de soslaio.

– É verdade a mamãe disse algo sobre o senhor ser malicioso e só ensinar o que não presta pra gente e ela fica muito brava com isso, lembra como ela quase matou o senhor congelado da última vez? - A garotinha explicava com ar pensativo.

– BAH! O que eu posso fazer? Eu sou assim, eu sou um hollow esqueceu?! Tá no meu sangue ser mau! E eu não ia morrer congelado... É só que... – Ele baixa a cabeça. – É só que eu fiquei meio assustado com aquele olhar de demônio dela... – ele sussurra para si.

– Se o senhor é mau, então a mamãe é uma santa... – Ela levanta uma sobrancelha.

Zangetsu ri.

O Hollow estava furioso e completamente desconcertado.

– AAHHH! É por isso que eu gosto quando o garoto também tá aqui ele pelo menos se parece mais comigo e não me trata tão mal desse jeito!

– Isso é apenas impressão sua, ele é igual à mãe e muito pior que você... Por que acha que ele quase não sai de perto dela? - Zangetsu fala.

– Grrr! – O hollow aperta o punho resmungando. – Maldição, desde o dia que aquele rei idiota se casou, aquela Yuki-Onna estragou tudo!– Ele aponta nervoso para o céu. – Agora esse lugar deu de anoitecer e ficar mostrando aquela lua que empata toda a minha visão, como se não bastasse agora tem campos de flores espalhados por todos os lados, o que ela pensa que esse lugar é? Um jardim da meia-noite?!

– Já esqueceu que temos o mesmo núcleo espiritual? Nossos mundos estão conectados é normal que este seja influenciado pelas vontades dela. - Zangetsu responde.

A garotinha concorda balançando a cabeça.

– Argh! Então por que não existe um único prédio no mundo dela?! – O hollow braveja.

– Por que ela disse que estraga a paisagem. - Zangetsu responde.

A garotinha concorda novamente.

– E você se conforma com isso? Por que não faz nada seu velho idiota?!

– E por que eu faria? - Zangetsu olha para o céu sorrindo. - Eu gosto da lua e o céu nunca esteve tão limpo antes, além do mais um lugar abstrato como este depois de tantos anos finalmente ganhou cores.

– Tsc!– O hollow cruza os braços e vira a cara de desgosto.

– Não faz essa cara! - A menina sorri se levantando. – Por que eu e o maninho adoramos vocês . – Falava ela abraçando o Hollow.

Ele por sua vez não abraçava a menina, mas também não a repreendia.

– Papai, obrigada por cuidar da gente. – Ela abre um largo sorriso.

O hollow apenas passa a mão na cabeça da pequena sem olhar para baixo.

– Tá, tá, agora vai brincar que eu tenho que... Podar as flores...– Ele responde de mau humor.

Zangetsu sorri e fecha os olhos satisfeito.

Ichigo estava perplexo.

– Mas que merda é essa? O que tá acontecendo aqui, ei Zangetsu! - Gritava Ichigo chamando por sua zanpakutou, mas ele parecia não ouvi-lo. – OI! - Grita mais alto ainda, porém ele falava sozinho.

– Eles não podem te ouvir, pois são apenas lembranças. – Diz uma voz feminina calmamente.

Ichigo olha para o lado e vê uma jovem de cabelos longos e negros, tinha os olhos vermelhos e vestia uma roupa que em alguns detalhes lembrava a sua quando estava com sua bankai.

– Quem é você? - Pergunta Ichigo com suor na face.

A mulher parecia curiosa.

– Sou eu que faço as perguntas. - Dizia ela lhe dirigindo a palavra. – Como conseguiu entrar aqui?

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Bleach - Recollection I

O rapaz de cabelos prateados olhava para Rukia com um olhar intrigado e por algum motivo já tinha esquecido que estava despida.

– Você? Aquele garoto que passou aqui com minha zanpakutou... Era você?

–...

– Me responda, por favor! - Pede Rukia começando a sofrer com as dúvidas.

O rapaz de cabelos prateados olha nos olhos da shinigami como se buscasse algo.

– Sim aquele era eu, mas há muito tempo... - Responde fechando os olhos e baixando a cabeça.

– Então você é o filho da minha zanpakutou?

–...

Rukia faz novamente uma cara questionadora querendo respostas.

O rapaz responde assentindo com a cabeça.

– Como você se chama?

– Não posso lhe dizer meu nome. – Sua voz era grossa e sua expressão serena.

– Por que não?

– Porque não posso e isso é tudo.

– Como assim? Que lugar é esse como vim parar aqui?

– Um dia você irá entender, mas no momento tudo que eu posso lhe dizer é que você precisa sobreviver se quiser um dia entender quem realmente nós somos.

– Nós? - Rukia olha confusa.

– Você deve ter ouvido o garoto mencionar uma irmã.

– Sim e quem é ela?

– Um dia descobrirá...

– Então, que lugar é esse? Eu morri?

– Não.

– Então por que eu estou aqui?

– Eu gostaria de saber também...– Ele parece analisá-la.

– Droga se eu não morri o que eu faço para sair daqui? Meus amigos precisam de ajuda, o Ichigo precisa de ajuda!

– ... Eu posso tirá-la daqui.

– Por favor! - Ela pede.

– Mas antes me prometa uma coisa. – sua voz se torna mais serena.

– Uhm? - Rukia se vira para ele.

– Não morra Kuchiki... Rukia. - Ele exprime preocupação.

– Eu? Não morrer? Claro que eu não quero morrer, mas… Não espere! Como você sabe o meu nome? Eu ainda tenho algumas perguntas! Por que Sode no...

O rapaz estende o dedo indicador e toca a testa de Rukia.

Ela apaga em seus braços.

– Nossa conexão é muito forte, aconteceu mais cedo do que imaginei... O laço espiritual está sincronizando... Droga vou ter que agir...

O rapaz coloca sua mão sobre o rosto delicado de Rukia e uma luz branco-azulada sai de suas mãos, ele a pega no colo e anda com a jovem nos braços pelo vasto campo de neve.

– Está na hora de visitar aquela idiota...

Diz enquanto observa o rosto inconsciente de Rukia, ele sorri quando lembra de alguma coisa.

– Já faz muitos anos... Mãe...

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Ichigo olhava para a jovem tentando ainda engolir a cena que tinha acabado de assistir, mas uma coisa chamava a sua atenção, ela parecia com a criança que ele tinha acabado de ver com sua zanpakutou.

– Você... Eu não entendi direito aquela criança era você? - Pergunta apontando para ela.

– Sim. - Ela é bem direta.

– Então você é uma zanpakutou?

– Exato.

– Como isso é possível? - Ele exclama surpreso.

– Você acredita em milagres?– Ela pergunta com um sorriso.

Ichigo ouve a pergunta e pensa por um instante.

– Sim eu acredito. - Ele não mentia.

– Então eu sou um milagre. - Ela sorri, mas logo baixa a cabeça mordendo os lábios.

– Mas... - Ichigo olha para a jovem por um instante e percebe que ela estava com um ar cansado e suando um pouco. – Ei, você está bem?

A jovem de cabelos negros olha para ele com a expressão trêmula e perde a força nas pernas junto com seu equilíbrio.

– Ei!- Ichigo corre para segurá-la.

A jovem de olhos vermelhos cai se apoiando em Ichigo.

– O que você tem?

– Eu não posso protegê-los por muito tempo... Meu poder está muito limitado e meu irmão tolo se nega a lutar.

– Do que você está falando? Irmão? Eu não estou entendo nada! Eu estou sonhando?! Isso é algum tipo de ilusão?! Eu estou ficando louco? Que dia é hoje?! Eu morri?! - A cabeça de Ichigo estava prestes a explodir.

Ela ri e com um sorriso fraco olha para ele pegando em seu rosto.

–Ouça, não importa o que aconteça você e Kuchiki Rukia não devem morrer.

Ele olha surpreso.

– Você conhece a Rukia? - Pergunta Ichigo ainda apoiando a jovem zanpakutou no ombro.

– Mais do que imagina e também conheço você muito bem, Kurosaki Ichigo.

– Como é que você?!

Ela passa a mão nos olhos de Ichigo e ele começa a perder a consciência rapidamente.

– O que... Você...!?

Ichigo começa a cair e Hiryuken o apóia colocando-o no chão, ela também se ajoelha.

– Isso é perigoso, nosso DNA espiritual começou a entrar em sincronismo, se continuar desse jeito, eles vão acabar descobrindo a verdade mais cedo do que o esperado...– Falava ela preocupada.

A jovem zanpakutou se levanta com dificuldades e volta seu olhar para o céu.

– Hisana... Faça alguma coisa ou nosso sonho não se realizará...

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Bleach OST - Nightmare

Fisus gargalhava e balançava Hisana no ar, ele estava adorando a cena.

– O que foi criança? Para alguém que estava confiante e cheia de cinismo você não me parece tão forte agora.

Hisana não o ouvia, pois estava mais concentrada tentando manter a consciência.

– Não posso... Não posso desmaiar ou eles vão vencer... Droga se eu não tivesse com meu poder tão reduzido... - Hisana estava falando tão baixo que mais parecia estar pensando alto.

– Você disse alguma coisa minha criança. - Perguntava Fisus olhando para ela.

–...

– Ei! - Fisus a sacode com tanta violência que ela cospe mais sangue.

(- Não... Por favor... Eu não quero que tudo escureça... Eu... Eu... Tenho medo do escuro.)– Pensava Hisana antes de perder a consciência.

– Tsc! É isso? Que porcaria. - Resmunga Fisus virando o corpo de Hisana para suas costas tirando uma das lâminas que estava no abdômen, ele mantêm a lâmina que estava próximo do coração apenas para ficar mais fácil carregá-la como se fosse um peixe em uma vara de pescar, ele começava a andar na direção de Ichigo e Rukia que estavam inconscientes.

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Bleach OST - Feudal Society

– Acorde...– Uma voz profunda e misteriosa ecoa na cabeça de Hisana.

A jovem acorda caída na rua que se encontrava totalmente destruída, ela olha para os céus e os vários prédios que ali estavam também se encontravam destruídos, estava chovendo forte e existia sangue misturado à água da chuva.

– Mamãe!- Gritava uma criança.

Hisana vira a cabeça com ar de espanto.

Ela se vê ainda criança chorando naquela noite de chuvosa quando tinha oito anos e se lembrava muito bem daquela noite, por que isso se repetia sempre na sua cabeça.

Repetia-se sempre que tudo ficava escuro.

– Mamãe, por favor, abra os olhos! Por Favor, não me deixe, mamãe...

A criança chorava sobre a sua mãe inerte no chão.

– Hisa-chan... - Uma voz baixa se dirigia até a criança lhe pegando no colo.

– Urahara-san... A mamãe... O papai... O titio... Todos... Estão...! - Golfava a criança em meio a soluços e tentando encontrar o ar que lhe faltava.

Urahara abraçava a pequena que enterrava o rosto em seu ombro.

– Hisa-chan... Vamos sair daqui. - Ele faz um sinal e Yoruichi se dirige até os corpos de seus companheiros.

Mas eles sentem uma reiatsu monstruosa.

– Não pode ser!

– Kisuke, leve ela daqui agora! Ordena Yoruichi.

– Levá-la? Não lhes dei permissão para isso.

Um relâmpago desce os céus e revela um homem assustador levitando no ar e cercado de vários hollows.

– Magnus! – Yoruichi e Urahara falam juntos em meio ao temor diante daquele ser.

O homem tinha uma cicatriz no rosto que ainda sangrava, ele era alto e possuía uma voz imponente, cabelos longos claros e músculos que faziam dele uma muralha humana.

– Urahara Kisuke e Shihouin Yoruichi, eu ordeno que deixem a menina no chão e saiam daqui enquanto estou calmo, já basta a cicatriz que aquele verme deixou em meu rosto. - Dizia ele se referindo a Ichigo.

– Só passando por cima do meu cadáver! - Desafia Urahara.

– Não me tente shinigami... Até mesmo Kurosaki Ichigo não pôde me deter e ele era o mais poderoso de todos. O que acham que vermes insignificantes como vocês podem fazer? - Pergunta Magnus estalando os dedos.

Os hollows os cercam.

– Kisuke... Eu dou cobertura e você foge com ela para o esconderijo entendeu?

– Não posso deixá-la sozinha Yoruichi!

– Você não tem querer, se eles a pegarem, estaremos totalmente perdidos.

– ... Mas...

– SE PREPARE! - A morena fica em posição de luta.

– TSC! - Urahara morde os lábios.

– SHUNKO! – A roupa de Yoruichi rasga e uma energia elétrica branca circula pelo seu corpo se concentrando principalmente nos braços. - AGORA KISUKE!

– Acorde Benihime!

Urahara começa a correr e a retalhar hollows pelo caminho. Yoruichi retalhava outros espalhados pelos céus.

– Kirisaki! Benihime! – O escudo escarlate lança diversos projéteis limpando o caminho de Urahara e da pequena em seu colo.

– Quantas vezes eu tenho que dizer que é inútil? - Magnus fala e Kaliver aparece na frente do cientista.

– Largue a menina Urahara Kisuke.

– Nunca!

– Você não pode protegê-la de todos nós.

Uma explosão acontece e Yoruichi começa a cair em chamas no chão enquanto vários hollows voam para pegá-la.

– Yoruichi! - Grita Urahara preocupado.

– Ela não está morta, mas com certeza estará em alguns instantes caso você não entregue a garota.

– Urahara-san... - Hisana chamava por ele, ela tremia de medo em seus braços.

– Não se preocupe Hisa-chan eu não vou entregá-la, senão os seus pais ficarão chateados comigo. - Falava ele apertando-a contra o peito.

– Mas... Mas...

– Nada de "mas", segure-se firme Hisa-chan!

– O que pretende fazer? - Para Kaliver aquilo já havia perdido a graça.

Um brilho repentino sai de Benihime espalhando-se por todos os lados ofuscando a visão de todos, Urahara aproveita a oportunidade e começa a correr freneticamente, mas de repente ele se depara com quem menos gostaria de se deparar.

– Será que vocês vermes não sabem quando já estão mortos? - Diz Magnus retirando sua espada e transpassando o peito de Urahara a milímetros de Hisana.

Urahara cospe sangue e Benihime cai no chão ele também cai, mas não pára de abraçar a pequena.

– Urahara-san! Urahara-san! Não! - Se desespera Hisana continuando a chorar.

Magnus vem até eles e pega a pequena pelos braços, ela se esperneia e luta para não ir com aquele homem.

– Me solta! Me solta! Eu não quero ir!

– Você não tem escolha, se quer me impedir então me mate.

– Socorro Urahara-san Yoruichi-san!

Yoruichi estava no chão, mas conseguia ouvir a criança gritando, isso lhe doía no coração, mas ela não podia fazer nada e essa sensação era a pior de todas.

Magnus começava a arrastar a menina, Kaliver apenas assistia a tudo, assim como Granus, Fisus e outros como eles.

De repente ele sente uma mão segurando sua perna.

– Solte a menina seu... Desgraçado! - Era Urahara tentando reagir.

– Solte a minha perna ou eu mesmo soltarei arrancando-a.

– Faça o seu pior seu maldito.

Quando Magnus ergue a espada para matar Urahara sente uma mordida.

Hisana mordia o braço de Magnus em meio às lágrimas.

– Hisa-chan...!

Magnus bate com o cabo da espada desacordando-a.

– Desgraçado!

Foi tudo que Hisana ouviu antes de perder a consciência.

Estava tudo escuro novamente, quando acorda Hisana se vê dentro de um tubo de ensaio gigantesco com vários fios passando pelo seu corpo e uma máscara que lhe provia oxigênio. Ela via vários homens com buracos em seus peitos passando de um lado para o outro e alguns a observavam e faziam anotações.

Ela se assusta e começa a bater no tubo enquanto chorava, mas ninguém a ouvia e suas lágrimas eram invisíveis naquele líquido que a recobria. Um homem de cabelos longos azuis vê a garota se esperneando e então chama outro, um com aparência mais velha chega em frente ao tubo e observa a menina, ele dá um sorriso malicioso e então aperta um botão, Hisana começa a levar um choque até perde a consciência outra vez.

– Você quer que isso aconteça tudo de novo?– Dizia a voz novamente.

– Não! - Ela responde automaticamente.

– Então por que age como se fosse a pessoa mais impotente do mundo?

– ... Eu... Eu...!

Várias imagens da morte de Rukia, Ichigo de todos os seus amados amigos começam a se repetir continuamente em sua cabeça.

– ARGH! Pare! - Gritava Hisana colocando as mãos na cabeça.

As imagens não paravam.

– PARE! - Gritava ela novamente se ajoelhando.

– EU JÁ DISSE PRA VOCÊ PARAR! - Hisana ruge abrindo os braços cheia de ódio e erguendo a cabeça e voz aos céus.

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Final Fantasy VII Advent Children - Tenrai Divinity I

Fisus estava caminhando calmamente quando sente Hisana se mexendo, ele pára de andar e olha para ela.

– Já acordou? Você estava tão quietinha que pensei que estar tendo doces sonhos minha criança. - Falava Fisus virando-se para Hisana e olhando-a com um sorriso cínico.

– Eu...

– Sim? - Fisus aproxima seus ouvidos mais perto para tentar ouvi-la.

O que ele logo descobre que fora um erro.

– Eu... Te...

– Sim?

– Eu... Te peguei! - Hisana ergue a cabeça e se comprime contra a espada aproximando-se ainda mais de Fisus, cuspindo sangue.

– O que você...?! - Ele fica confuso e surpreso.

Hisana morde ferozmente o pescoço de Fisus e com as duas mãos concentra uma energia e joga contra as têmporas do adversário fazendo tudo ao redor de ambos explodir.

Fisus cai rodopiando no ar e Hisana também.

– ARGH! - Gritava o deep hollow derramando sangue negro por todos os lados, ele levanta com tanto ódio que sua reiatsu explode evaporando os escombros ao seu redor. – Sua miserável eu quero matá-la nem que o meu senhor me mate depois! Eu não vou admitir que um verme como você faça isso comigo! - Exclama novamente e mais reiatsu explodindo ao seu redor, ele corre com sua espada querendo arrancar o coração da jovem.

Hisana se levantava e por incrível que parecesse a situação não sentia dor, sua reiatsu cobria seu corpo em um tom vermelho agressivo e várias faíscas saiam lhe circundavam, seus olhos vermelhos estavam mais vermelhos ainda e ela sorria cinicamente.

– Acabar comigo? Quem? Você? - Sua voz estava estranha, parecia metálica e ela outra pessoa, embora fosse visivelmente Hisana a jovem tinha outra personalidade naquele momento.

Fisus pula dando um corte vertical seguido de outro horizontal e mais um em diagonal, Hisana esquivava e ria de Fisus que se irritava cada vez mais com ela.

– Pare de rir para que eu te corte! Desgraçada!

Hisana para de se esquivar e recebe o golpe abrindo os braços.

Fisus acerta Hisana, mas se espanta com o que ela faz.

Hisana cai no chão rindo.

– Por quê?

– Como assim por quê? Por que você me pediu não foi? - Levantava Hisana que ria.

– O que mais quer acertar? Minha cabeça talvez? - Sugere Hisana deixando o pescoço à mostra.

Fisus estava tremendo de ódio, mas também tremia de medo e ansiedade.

– Você... Eu já lutei com você...

Hisana sorri e seu corpo se regenera rapidamente.

Fisus também que alegre emana mais energia.

– Desde o início era com esse seu "eu" que eu queria lutar!

– Meu"eu"? Do que você está falando? Eu sou Kurosaki Hisana. - Seu nome sai distorcido e sua sombra se contorce no chão como uma serpente e volta ao normal.

– É por isso que eu terei o maior prazer de arrancar a sua cabeça!

Fisus parte para cima de Hisana e eles começam a trocar golpes no chão, com alguns socos dados eles já começam a lutar no ar voando por todos os lados como duas águias de rapina trocando golpes.

Hisana utiliza as duas mãos e desfere uma martelada na cabeça de Fisus que cai violentamente em direção ao solo, mas ele consegue se esquivar da queda, quando se ergue para voar novamente sente uma mão pegando a sua cauda, Hisana começa a girá-lo no ar e o arremessa contra um prédio.

Fisus por sua vez desfere um cero pela boca contra o prédio impedindo de atingi-lo, mas é pego por Hisana que o esperava do outro lado. Ela lhe desfere um chute violento que sente o pescoço quebrando, mas antes que saia voando pela pressão do golpe, ele consegue ser rápido para desferir um corte nas costelas de Hisana, ela cospe sangue e sai voando quebrando prédios e arrastando as costas nas ruas abrindo fendas pelo chão.

Fisus por sua vez voa pelo ar e utiliza a espada para diminuir a velocidade do golpe e impedir que se machuque em alguma coisa.

– Levante-se e vamos continuar a brincar! - Ele parte novamente para o combate.

– Brincar?! - Erguia-se Hisana olhando para ele e segurando as costelas.

Os dois se chocam novamente.

Uma cratera se abre no chão e Fisus começa a desferir vários cortes que dessa vez atingem Hisana, ela grita contra atacando sem se importar com seu sangue que escorria, com o tempo já era difícil ver os golpes devido à grande quantidade de sangue negro e vermelho que se misturava em cada soco, cada chute e cada corte.

Bleach OST - Fade To Black B13a

Os dois trocavam golpes com sorrisos nos lábios.

– Nunca imaginei que me divertiria tanto com você novamente depois de todo esse tempo, pena que uma hora tenha de acabar! - Ele gargalhava mesmo cheio de feridas.

– É verdade! - Responde Hisana recebendo um soco no estômago, mas levantando com uma cabeçada.

Fisus some e com um soco violento envolto em uma reiatsu negra manda Hisana que cospe sangue voar na direção de uma estátua que some com o impacto. Ela cai e continua cuspindo sangue enquanto tenta se levantar.

Fisus a segura pelo pescoço e a "ajuda" a ficar de pé.

Os dois se encaram por um instante.

– Parece que tudo termina aqui não é mesmo minha criança.

Hisana sangrava, seus olhos perdendo a cor rubra intensa, ela balança a cabeça um pouco perdida, mas logo volta a encarar Fisus com olhos firmes.

– Foi divertido brincar com você "Experimento Primordial".

Hisana não reagia e continuava a encará-lo, mas aquele último nome a faz cerrar os dentes.

Fisus ergue sua espada gigante e desfere o golpe de misericórdia.

– Morra!

A gigantesca espada é bloqueada.

Mais sangue jorrava no chão.

Hisana tinha bloqueado a espada com o antebraço, Fisus estava chocado por ver a jovem bloqueando seu golpe desferido com toda a força apenas daquele jeito.

– Não me lembro de ter dado permissão a vocês para me chamarem de"minha criança". - Dizia Hisana. - Além do mais... - Ela leva o braço livre em direção as suas costas. - "Experimento Primordial" uma ova!

– Como você conseguiu bloquear meu golpe com toda minha força?!? - Fisus exclama espantado.

– Me lembro de ter dito a você que eu protegeria o futuro deles e não há nada... - Dizia Hisana erguendo sua mão livre em direção às suas costas. – Que eu não faça para protegê-los! - Hisana retira uma das lâminas de Fisus que ela havia escondido dentro da roupa.

– Quando foi que você?!? - Fisus tem um lapso de memória e lembra de repente do golpe que ele havia desferido nas costelas dela... Foi ali que antes de ser atingida ela havia retirado uma de suas lâminas e escondido no corpo.

Ele olha assustado para ela que responde com um sorriso.

– Quando chegar no inferno diga que mandei lembranças!

Hisana golpeia Fisus arrancando-lhe a cabeça, ele ainda grita antes de perder a vida evaporando na frente dela, porém com o susto do golpe de Hisana, Fisus comprime a espada e decepa o antebraço de Hisana também.

Ela grita de dor e se ajoelha segurando o antebraço e tentando estancar o sangue.

Hisana estava ofegante e tentava manter a consciência mais uma vez, toda aquela reiatsu agressiva que recobria se corpo começava a se dissipar e ela via um jovem e uma jovem vindo em sua direção, ele tinha os cabelos prateados e ela negros.

Kingdom Hearts - Dearly Beloved

– Vocês... Vieram rir ... De mim? - Pergunta ela já cansada.

A de cabelos negros responde segurando seu braço regenerando-o.

Hisana sente um alivio com a dor diminuindo.

– Obrigada Hiryuken.

– Hisana... - Dizia Hiryuken. – Eles entraram em nossas lembranças.

Hisana olha surpresa.

– Como isso é possível?

– DNA espiritual sua Idiota! - Responde rispidamente o de cabelos prateados.

Ela baixa a cabeça e pensa por um instante, aquilo era grave.

– Não se preocupe, eles não descobriram nada ainda por que manipulamos suas memórias, mas é perigoso continuar desse jeito, cedo ou tarde eles vão começar a desconfiar. Alerta a mulher.

Hisana olha para os dois e pergunta.

– O que vocês fizeram com eles?

– Ichigo entrou em minhas lembranças e Rukia... - Falava ela olhando para o irmão de cabelos prateados.

– Eu dei um jeito nela, não que tenha me agradado vê-la andando onde não era bem vinda. - Responde o outro com ar de superioridade.

– Obrigada Hiryu... - Hisana não termina de falar o nome, ela olha para o chão e com olhar triste volta a fitar a zanpakutou de cabelos prateados. - Me perdoe por ter esquecido seu nome, mas será que você me deixaria chamá-lo pelo menos nome de sua irmã já que são um só? - Ela pede com olhar triste.

– Você mereceu que eu arrancasse meu nome de seus lábios e nunca ouse tentar me agradecer por nada, pois ainda a farei pagar caro pelo que fez naquele dia. - Ele a encara com frieza e repulsa.

– Me desculpe... - Ela olha resignada.

– Faça o que quiser, pois eu nunca mais irei ajudá-la, então pouco me importa você não saber meu nome, seria vergonhoso ouvi-lo sair da boca de alguém como você.

– Já chega meu irmão, você está indo longe demais. - A zanpakutou de cabelos negros olha repreensiva para o outro.

– Está tudo bem Hiryuken... Eu mereço receber a raiva dele.

– Tsc! Você não vale o mínimo esforço de meus poderes, dá raiva olhar para você nesse estado de miséria!

Hisana se sentia mal diante dele, mas não tinha argumentos.

– Tá vendo? É uma idiota mesmo! Você perde o seu tempo ajudando uma ex-mestra que desaprendeu a lutar Hiryuken! - Ele mostra os caninos para a jovem ferida.

Sua irmã se levanta do chão e passa a encará-lo.

– Meu irmão, tem horas que eu realmente não consigo compreendê-lo, mas se continuar com essa atitude, então eu realmente não terei escolha a não ser ficar zangada com você.

– Como se eu me importasse com opinião alheia! - Ele olha zombeteiro para a irmã.

Ela fica em silêncio, quando percebe que ele parecia não querer mudar de atitude, ela suspira e decepcionada devolve o olhar de reprovação para o irmão que levanta uma sobrancelha.

– Bah! - Ele protesta dando as costas as duas.

Hiryuken sorri com ternura e volta a se ajoelhar diante de sua mestra.

– Hisana, ouça, meu irmão tem razão quanto ao que disse, embora tenha dito de uma maneira que não precisava. - Dizia a de cabelos negros com olhar repreensivo para o irmão. – Você não pode mais ter dúvidas, pois toda vez que você tem, nosso poder reduz muito, quase não pude proteger nossos pais naquela hora, meu poder foi todo embora com aquele golpe e tive muito trabalho em mantê-la viva contra Fisus.

– Eu sei, desculpe, vou tentar não vacilar tanto da próxima vez. - Hisana olha para o rapaz de cabelos prateados. – Eu sei que não me considera digna de você, mas eu prometo que vou fazer você se orgulhar de mim. - Hisana olhava determinada para ele.

– Puh! Deixa de falar merda, vamos logo embora minha irmã, não aguento olhar mais um segundo para essa idiota!

O de cabelos prateados começa a sumir como um fantasma.

Hiryuken toca no rosto cansado de sua mestra.

– Hisana, tome cuidado, ainda temos muitos inimigos e se realmente quisermos realizar nossa promessa, você tem que amadurecer mais. - Ela aconselha.

– Eu sei, mas desde que vocês continuem comigo, nada é impossível, certo? - Ela sorri de volta.

A zanpakutou de cabelos negros sorri e fechando os olhos desaparece.

Hisana se levanta, já estava se sentindo bem melhor, ela olha para cima e percebe que tinha sido a tempo.

O domínio começa a desaparecer.

Ela corre até seus amigos, Hiryuken tinha feito um excelente trabalho.

Ichigo e Rukia estavam curados, mas como tinham perdido muito sangue ainda demorariam um pouco para acordar, ela olha para Inoue que estava bem, mas precisava descansar também assim como os outros.

– Putz! E agora o que eu faço com eles! - Hisana leva as mãos à cabeça.

O domínio desaparecia mais rápido ainda.

Hisana suspira com ar de desgosto.

– É o jeito... Ele vai me matar... Droga...

Ela retira um dispositivo do bolso, ele só era capaz de se utilizado em emergências e só levava para um local.

Um pequeno portal se abre e Hisana coloca cuidadosamente um a um dentro dele, ela desinvoca sua zanpakutou e embainha as espadas de seus pais, ela por fim entra no portal a tempo do domínio se desfazer totalmente.

As ruas estavam normais, a praça estava normal, pessoas caminhavam pelo lugar da batalha como se nada tivesse acontecido e a escuridão havia cessado.

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"Toc, Toc, Toc".

Alguém batia em plena tarde e com força na porta da loja de Urahara.

Ururu atende.

– Olá... - A pequena se assusta com o que vê.

– Olá Ururu-san, mas tipo... Será que dava pra você me dar uma mãozinha aqui? - Respondia a pessoa com ar sem graça e desconcertante.

Hisana estava à porta com duas pessoas nas costas e fazendo malabarismo com mais três nas duas mãos.

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Longe dali em outra dimensão Kaliver sentava na beirada de um prédio destruído. Ele estava aguardando o momento certo de agir, as ordens já haviam sido dadas e logo ele teria de cumpri-las.

– Hisana...

Sussurra a criatura olhando para o horizonte negro.

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Continua...

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