Abertura de Crônicas

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Dentro da grande redoma negra chamada "Domínio das Trevas" uma imitação de Karakura totalmente negra como noite era projetada diante de Hisana e Kaliver, mas com uma única diferença: Somente os dois estavam lá.

Hisana olhava de um lado para o outro tentando entender o que era aquilo e o porquê de seus amigos não estarem lá, além do mais, pequenos flocos negros flutuavam no ambiente subindo aleatoriamente, assim que pega um ela percebe que se assemelhava a cinzas.

— O que você fez? Que lugar é esse? — ela pergunta para seu inimigo que estava diante de si a alguns passos de distância.

— Este é um domínio que somente guerreiros com grande poder de luta são capazes de criar, fomos ensinados pelo senhor Solomon e Magnus a recriá-los da mesma forma que shinigamis primordiais fazem.

— Igual ao que minha mãe faz. — Hisana diz ficando em posição de ataque.

— Correto. — Kaliver retira sua espada. — Porém minha jovem o propósito de enfrenta-la é mais do que sua cabeça infantil imagina.

Hisana levanta uma sobrancelha.

— Como disse anteriormente, logo estará na hora do senhor Magnus fazer seu primeiro e último movimento, até lá, você ficará aqui comigo.

Audiomachine - Age of Rebellion

— Dispenso, não gosto de gente estranha!

Hisana parte para cima de Kaliver com suas espadas, ela junta as duas pelos cabos e desfere-as contra ele igual a um bumerangue, Kaliver gira o corpo no ar e ao encostar a ponta de um dos pés no chão em um passo rápido aparece na frente de Hisana, ela pensa rápido e com uma cambalhota desvia do primeiro corte horizontal e continua recuando com saltos de costas, suas espadas começam a voltar e Kaliver ao sentir as lâminas próximas some rapidamente da frente de Hisana que aproveita este instante para segurar sua espada novamente, pular em direção ao céu ao mesmo tempo em que desprende os cabos das espadas e luta com lâminas duplas, Kaliver defendesse rapidamente no ar, mas não se desconcentra por nada, a cada golpe ele analisava Hisana e tentava entender como uma criança humana podia ter tanto poder.

Por fim os dois chocam suas lâminas e ficam medindo forças enquanto faíscas saem para todos os lados.

— Já se perguntou como uma criança de tão pouca idade tem tanto poder? — Kaliver pergunta.

— Já se perguntou por que faz tantas perguntas? — responde ela com outra pergunta.

— Você realmente tem uma língua afiada para alguém da sua idade. — Kaliver comenta.

— Eu treino de frente para o espelho. — ela debocha.

— Você é forte criança, muito mais forte do que qualquer um que está lá fora é compreensível por que Solomon e o senhor Magnus queiram você.

— Eu sou forte, minha mãe e meu tio vivem me dizendo isso, mas comparado ao meu pai, eu sou muito fraca ainda.

— Sim. Kurosaki Ichigo é poderoso, porém ele já chegou a um estágio que seus poderes começaram a estagnar, sua capacidade evolutiva se tornou limitante, a prova disso é ter usado o seu vantajoso DNA para adquirir mais poder.

— Você estava prestando atenção naquela conversa de antes? Puxa você é muito inteligente, e deve limpar bem as orelhas, mas em uma coisa você está enganado, meu pai pode até não ficar mais forte que isso, mas nem precisa quando já possui a arma suprema.

— Mugetsu.

Hisana congela.

— Todos aqueles que estão lá fora agora, lutando contra seus amigos, conhecem Mugetsu, na verdade criança, é exatamente isso que estamos esperando.

Hisana pisca e levanta uma sobrancelha.

— Isso, em breve será mostrado a vocês e o porquê de Mugetsu ser importante para nós.

— Como assim? O que querem com Mugetsu?

— Em breve minha criança, em breve...

Hisana faz uma expressão zangada e avança.

Kaliver gira a lâmina em posição de batalha e corre na direção de Hisana, ambos se chocam e voltam à batalha feroz.

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Bleach OST Jigoku Hen #11 Lucifers Dance Parte A

No centro da cidade, os humanos gritavam caóticos enquanto fugiam de explosões e morriam subitamente estraçalhados sem motivo aparente, Katsuya estava ofegante, já tinha perdido a conta de quantos deep hollows já tinha matado.

— Isso não acaba nunca! — ele cai de joelhos.

Vários hollows voam na sua direção.

— Droga! Uma hora eles me atacam, em outra atacam as pessoas! Que raio de estratégia é essa? — diz correndo como louco para fugir das incontáveis lâminas.

— Se abaixe.

Ele ouve a ordem e nem pensa, apenas se abaixa a tempo da tempestade de cristais prateados dizimarem todos pelo caminho.

— Rukia-san!

— Você está bem Katsuya?

— Sim obrigado, mas olhe. — ele aponta para os deep hollows. — Eles ficaram estranhos de repente, mas enquanto lutava descobri algo curioso, eles matam os seres humanos comuns, mas aqueles que possuem poderes são poupados, então de repente eles possuem os corpos deles e começam a atacar uns aos outros no plano humano!

— O que Magnus quer provar com isso? O que ele e Solomon planejam? — Rukia se questiona olhando para Magnus e Solomon que distantes apenas observavam as lutas.

— Onde estão os outros? — Katsuya pergunta.

— Katsuya-kun! — Tomoe grita.

— Ei! — Katsuya pula indo em direção a Tomoe e Soryuu que chegavam ao lado de Alessa e Ishida.

— Ficamos preocupados e viemos ajudar! — Soryuu afirma.

Soryuu leva cascudos de Katsuya.

— Ai!Ai!Ai! Por que me bateu!?

— Pra vocês aprenderem a nunca deixar os outros para trás sem pensar!

— Mas a Alessa e a Tomoe também foram embora, por que você só bateu em mim? — Soryuu pergunta massageando a cabeça.

— Porque eu não bato em mulher! Bobão!

Os dois ficam se encarando.

— Chega prestem atenção, eles estão vindo. — Ishida alerta as crianças.

Uma incontável horda de monstros voava em suas direções.

Rukia olha mais uma vez para Ichigo e para a grande redoma negra onde estava Hisana, mas não conseguia sentir a reiatsu dela, por isso não consegue esconder a preocupação.

— RUKIA!

Rukia pisca e volta de seus devaneios a tempo de defender-se de uma espadada e desviar de mais três.

Ishida percebe a desconcentração de Rukia, mas nada diz, ele começa a desferir golpes concentrados contra seus inimigos ao mesmo tempo em que vê as crianças agindo em grupo, pular no meio de todos os inimigos e destruí-los para sempre.

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Devido à escuridão e forte chuva que caia e a concentração usada na batalha, ninguém ali sentia mais a influência do poder de Magnus, mas até aquele momento, já haviam se passado dois dias de batalha.

Era o tempo que Solomon e Magnus queriam.

— Conseguiu Solomon? — Magnus pergunta.

— Quase lá, eles fizeram um bom trabalho isso é fato, logo você poderá extravasar esta ansiedade.

Ichigo defende a foice de Daemonia e pula para trás, o elmo dela trinca mais um pouco e ela o toca com preocupação.

— O que há de errado com esse maldito elmo? Cada vez mais eu acho que você deve ser a criatura mais feia do universo por detrás disso.

— Você não entende, nenhum de vocês entende o que escondo por detrás deste elmo não é apenas um rosto...

Um relâmpago cruza os céus.

Ichigo por um momento pensa em alguma coisa que só agora tinha lhe chamado a atenção.

— Posso perguntar uma coisa?

Daemonia levanta o rosto.

— Por que somente o Ishida foi afetado por aquele seu poder? Por que as crianças, eu e Rukia não fomos?

— Por que será? — ela rebate com outra questão.

— Vai ver não funciona na gente, ou seu elmo foi quebrado antes que desse tempo de fazer alguma coisa? — Ichigo sorri como se aquilo lhe parecesse mais óbvio.

— Quem sabe?

Ichigo enrijece a testa.

— Você é chata heim? — Ichigo ergue sua espada pronta para desferir seu Shinku Getsuga Tenshou.

Daemonia faz posição de defesa.

— Shinku (真紅– Carmesin) Getsuga Tenshou!...!

Um sinal de alarme semelhante à de um relógio ecoa de forma que mesmo sendo um som baixo consegue chamar a atenção de todos no campo de batalha que cessam as lutas e procuram localizar o som.

Vinha da direção onde estavam Magnus e Solomon.

Bleach OST Fade To Black #3 Fade To Black A06

Os abissais começam a rir, exceto Daemonia, então de repente todos somem com um shunpo e aparecem atrás de Magnus, de joelhos, menos Daemonia que continuava na frente de Ichigo que afetado pela curiosidade da situação perdera a concentração e seu golpe se desfaz.

Yoruichi e Urahara estavam todos cheios de perfurações em várias partes do corpo, mal conseguiam ficam em pé. Eles se apoiam um no outro e olham tentando entender o que estavam acontecendo.

— Por que pararam de nos atacar? — Urahara pergunta.

— Isso não parece nada bom. — Yoruichi comenta.

Byakuya não estava muito ferido e também tinha feito um belo estrago no seu inimigo afeminado que mais gritava de prazer quando era atingido que de dor, ele volta-se para os inimigos tentando achar uma lógica para aquilo.

— Isso só pode significar...

Kyoraku que apoiava Sado com hematomas pelo corpo só consegue dizer uma coisa:

— Chegou a hora.

Renji, longe dali não abaixa nem por um segundo a sua guarda.

Embaixo os deep hollows param de atacar repentinamente e ficam como zumbis olhando para o nada.

— O que significa isso? — Rukia pergunta ao vento.

— Eles estão esperando alguma coisa... Mas o quê? — Ishida também se questiona.

— Tio, tia, olhe! — Alessa grita chamando a atenção e apontando para os céus.

Agora todos no campo de batalha olhavam na mesma direção.

Na direção de Solomon e Magnus.

— Está na hora Magnus, finalmente conseguimos coletar as almas complementares às que já tínhamos na Soul Society e reunir energia espiritual suficiente em um único ponto, agora, só falta você fazer a sua parte.

Magnus sorri

— Finalmente... Depois de milênios... — Magnus olha para os céus. — Cronos...

— O que... Está acontecendo? — Ichigo estava confuso.

— Chegou a hora de todos você morrerem. — Daemonia responde. — Ichigo olha concentrado para ela. — O senhor Magnus finalmente fará seu movimento.

O ruivo continuava a fitar a abissal.

— "Lanathel".

Ichigo pisca por um segundo e arregala os olhos.

Ao lado de sua adversária Magnus surge tocando-lhe o ombro, ela apenas baixa a cabeça respeitosamente.

— Eu lhe dou permissão, deixe apenas Kurosaki Hisana viver.

— Quanto a Kurosaki Rukia, senhor? O poder dela não é mais necessário?

— Não, já temos Hisana e Ichigo logo se tornará inútil também. — Magnus olha para Ichigo com olhos penetrantes.

Ichigo treme por um instante, mas logo cerra os punhos segurando Zangetsu com força.

— Kurosaki Ichigo, não pode mais evoluir, este é o limite decepcionante de sua força.

— Como desejar mestre. — Daemonia faz reverência.

Magnus olha para Ichigo novamente enquanto leva uma de suas mãos a cabeça de Daemonia que ele chamava intimamente de Lanathel.

— Pude ouvir de onde estava a maneira como se referia a Lanathel, o desprezo, o ódio, a indiferença, todos estes sentimentos são coisas que ela lida desde o dia de seu nascimento, ela não deveria existir, uma criatura nascida sem poder, débil, sem chances de se tornar um abissal, nem mesmo uma simples Deep hollow.

— E eu com isso? — Ichigo diz rispidamente.

Magnus apenas sorri.

— Eu vi nela um potencial extraordinário de evolução, vi em seus olhos o desejo de superação, ouvi em seu coração o desejo de viver, eu criei Lanathel e a tornei mais que uma guerreira. — Magnus aperta mais o elmo na cabeça de Daemonia que trinca com mais velocidade. — Transformei-a na tormenta da destruição! — Magnus quebra o elmo de Daemonia, ao contrário do que Ichigo achava, Daemonia era bela, rosto definido, mas seus olhos...

Audiomachine - Phalanx

Quando o elmo de Daemonia quebra, naturalmente Ichigo acaba olhando-a nos olhos e fica completamente paralisado, os olhos dela eram profundos como um abismo, mas isso não era o importante e sim o que Ichigo sentia...

Rukia vê Magnus perigosamente próximo de Ichigo.

— Ichigo!

Sem pensar ela voa até ele para ajudar.

— Kurosaki-san espere! — Ishida grita.

Byakuya vê Rukia voando como águia e pressente o perigo.

— Maldição! — ele voa na direção dela para segurá-la.

Longe dali, todos os abissais exceto Raiken estavam de costas e olhos fechados.

— Entendo, ela fez de novo... — Raiken diz enquanto cerra os punhos.

Daemonia continuava a olhar para Ichigo e uma sensação perturbadora emanava dela, era algo inexplicável, porém visivelmente ameaçadora.

— Ichigo! Rukia chega até ele, Ichigo! — Rukia chama de novo e vira para ele. — Ichi...!?

Rukia dá um salto para trás.

— Ru... Ki...

Os olhos de Ichigo estavam completamente brancos e ele salivava com os caninos à mostra.

— Ru... Sai... Daqui! — Ichigo começa a tremer.

— Ichigo!

— AaaAaAaRGH! — Ichigo leva as mãos à cabeça e começa a gritar loucamente se contorcendo de pânico e arrancando a própria pele com as unhas, ele geme, grita e sua voz se torna monstruosa.

— Rukia! — Byakuya puxa a irmã pelo braço, ela estava em choque paralisada com o que estava vendo.

Ichigo começa a mudar, seus braços se tornam grotescos, sua cabeça fica monstruosa sem feições humanas, seu tamanho se torna gigante e ele vira um completo monstro.

Todos ficam paralisados no campo de batalha.

— Você disse que eu era um monstro por detrás daquele elmo, mas olhe para você... Veja o que estava escondido dentro de você esse tempo todo... — Daemonia sorri.

Magnus também.

— Meu poder revela seus sentimentos mais obscuros contidos no lugar mais intimo de seu coração, mas quando o elmo que o senhor Magnus "me deu" para usar em minha verdadeira forma é retirado, esse sentimento libera todos os seus demônios e os exterioriza revelando o seu verdadeiro eu. — Por isso me chamam de Daemonia (Demônio e se pronuncia "Demônia")

Ichigo pisa forte no chão de Karakura e começa a destruir tudo ao redor, as pessoas humanas normais e com sensibilidade espiritual começam a ver a silhueta de algo gigantesco e assustador vindo em suas direções e gritam apavoradas, mas não tem tempo de correr muito, pois os deep hollows ficam em frenesi e retalham tudo pelo caminho.

— O que houve o Tio...! — Alessa não tem tempo de completar a sentença, ela vê uma sombra ameaçadora atrás de si e tem apenas um segundo para chutar Katsuya na sua frente e pegar Tomoe e Soryuu a tempo de um enorme pé destruir o lugar em que estavam.

— O que foi isso!? — Tomoe grita apavorada sem entender.

A poeira sobe e ao diminuir as crianças ficam em choque.

Ishida parecia uma criatura monstruosa saída de uma história de terror, era grotesco e assustador, as crianças só conseguem reconhece-lo pelo símbolo Quincy que ainda remanescia em seu uniforme agora rasgado.

— Pa... Pai...?! — exclama Soryuu e Tomoe chocados enquanto levam as mãos à boca quase em lágrimas.

Kyoraku longe dali apoiava Sado nos ombros quando seu amigo começa a tremer e repentinamente o empurra dali.

— Sado o que? — ele olha surpreso.

Sado vomitava uma massa negra ao mesmo tempo em que lágrimas obscuras brotavam de seus olhos, ele grita e se contorce de dor.

— Kyoraku... San...

A consciência de Sado se perde e ele cai como um meteoro no chão, ao mesmo tempo em que se ergue como um gigante de pelos negros recobrindo todo o corpo com aspecto de gorila demoníaco, sua cauda parecia um tridente e seus braços enormes começam a esmagar as pessoas como formigas.

— Nii-Sama o que está acontecendo eu não entendo...!? — Rukia corria com Byakuya, que segurava sua mão, mas percebe que ele começava a tremer e suar frio.

— Rukia... Você vai pegar as crianças e sair daqui... — a voz dele estava trêmula e descompassada.

— Nii-Sama...?

Lágrimas negras brotavam dos olhos de Byakuya e seus caninos se tornam proeminentes.

— Eu... Não sei por quanto tempo eu posso conter isso dentro de mim!

Rukia leva as mãos à boca, Byakuya segura Rukia pelos ombros e olha sua irmã nos olhos.

— Preste muita atenção Kuchiki Rukia!

Byakuya da mesma forma como Inoue, só chamava Rukia pelo nome de solteira quando estava inseguro de alguma coisa ou quando pretendia fazer alguma besteira.

— Não quero ouvir! — Rukia grita de volta.

Byakuya se assusta com a reação automática da irmã.

— Dá ultima vez que alguém me chamou dessa forma, eu perdi essa pessoa que estava ao meu lado, não quero que o mesmo aconteça com você! Com Ichigo, com mais ninguém! — ela grita aos prantos.

Byakuya fecha os olhos e se contorce de dor.

— Rukia... Não podemos permitir que Hisana caia nas mãos dessas pessoas, Karakura está perdida, olhe ao seu redor, não vai sobrar nada... Não percebeu que desde o início eles apenas brincaram conosco...? — Byakuya faz uma expressão de desânimo como se nem ele acreditasse naquilo. — Por mais que tenhamos tentado de tudo, nossos esforços não foram suficientes para evitar estas perdas, mas estas crianças mal começaram a viver... Nós...

Byakuya enfraquece e Rukia segura seu irmão. Sua pele começa a ficar negra.

— Nós tiramos a infância delas, não tínhamos esse direito, pelo menos temos que tentar lhes devolver a chance de viver.

— Nii-sama, o que você quer fazer?

— Vou tentar deter essa loucura, para que você junto das crianças consiga fugir.

— Mas minha filha?! Não posso deixar minha filha!

— Não vou deixa-la! Nunca a deixaria... Jamais... Porém, preciso garantir que fuja antes, depois eu me encarrego de protegê-la e tirá-la daqui.

— Byakuya... Nii...

Byakuya a abraça e depois de muitos anos, suas lágrimas novamente caem, mas não eram vistas por Rukia, pois a cor negra dos olhos que agora surgiam na face de Byakuya escondia este momento.

— Vá! — Byakuya ordena.

Rukia volta ao chão em direção às crianças que corriam sem saber o que fazer contra o mostro Ishida que destruía tudo no caminho enquanto as perseguiam.

Chrono Symphonic - The Rising

— O que está acontecendo! Tudo está dando errado! — Katsuya exclama enquanto corria segurando a mão de Tomoe que estava em choque.

— Eu não entendo! Quando Hisana e Ichigo-san mostraram suas habilidades eu pensei que iríamos vencer... Mas...! — Alessa também exclama sem saber o que fazer naquele momento desesperador.

— Mas é como se eles soubessem de tudo o que iria acontecer hoje... — Soryuu responde segurando as lágrimas sem olhar para trás.

— Hadou nº 33, Soukatsui! — as chamas de kidou explodem no rosto do mostro que perseguia as crianças, elas olham na direção de Rukia que em sua forma perfeita se põe diante delas.

— Tia Rukia! — Katsuya parecia aliviado.

— Vão embora... — Rukia diz olhando de soslaio para eles e com certa tristeza.

— Ãhn!? — as crianças param por um momento.

— Tia, por quê? Nós queremos lutar! — Alessa protesta.

Rukia suspira.

— Crianças, ouçam com atenção. — Rukia se vira para elas. — Nós iremos morrer.

As crianças olham em estado de choque para ela que com a face triste continua a dizer:

— Foi um erro trazê-las até aqui, mesmo um adulto não é preparado psicologicamente para uma situação dessas, cometemos um pecado grande demais em fazê-los passar por isso, sinto muito.

— Tia não diga isso, nós estamos preparados para morrer se necessário! Por favor, não nos faça fugir e deixar vocês para trás, nós nunca nos perdoaríamos! — Alessa começa a chorar.

— Alessa, olhe na direção de seu pai. — Rukia aponta.

Ela vira o rosto para Sado e fica estática.

— Você não pode lutar contra isso, nenhum de vocês pode, nem mesmo eu posso. — Rukia olha na direção de Ichigo que destruía tudo loucamente pela cidade. — Mas entre ter que carregar este fardo, ou deixar vocês cometerem este pecado, então prefiro tomar o seu lugar. — Rukia desta vez olha para as crianças que choravam, ela vai até eles que a abraçam.

— Tia, por favor, não! A mamãe já nos deixou, não abandone a gente também! — Tomoe soluçava.

Rukia fica de joelhos olhando no rosto de cada uma delas.

— Vocês acreditam em milagres?

Elas só balançam a cabeça positivamente.

— Então saibam que vocês são um milagre, isso é o que um filho representa para seus pais, milagres são a flores da esperança neste mundo que na época certa floresce trazendo alegria ao coração das pessoas a que se ama, isso é o que cada um de vocês representa para todos nós.

— Eu... Não quero que vá... — soluça Katsuya.

Rukia pousa sua mão sobre a cabeça do pequenino.

— Cuide da Hisa-chan por mim.

— Mas... Mas...! — Katsuya engasga.

Rukia acaricia seu rosto.

— Prometa.

Ele só consegue responder com a cabeça.

Rukia sorri.

— Agora, vão!

Elas se entreolham e enxugando as lágrimas partem em velocidade para um lugar seguro.

Yoruichi e Urahara que estavam longe dali veem seu filho fugindo junto com as demais crianças e sorriem.

— Obrigada Rukia... — Yoruichi sussurra.

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We Owe You Our Lives - Epic Score (Aaron Sapp)

Ishida se levanta dos escombros em sua forma animalesca e se enfurece contra Rukia jogando escombros e até mesmo cadáveres contra ela, Rukia se esquiva de cada investida e em um passo rápido e olhos de determinação aparece diante do amigo e olhando-o com pesar no coração.

— ISHIDA! ACORDE, REAJA!

Ishida apenas meneava a cabeça e tentava pegar Rukia com as mãos na tentativa de esmagá-la.

— RUKIA!

Ela olha para o lado e Renji a puxa do caminho antes de ser esmagada por um pedaço gigantesco de um prédio que havia sido arremessado por Ichigo a metros dali.

— Renji!

Ele não havia mudado como os outros, mas seu braço esquerdo sangrava abundantemente.

— Você está bem? — pergunta sem olha-la encarando os monstros que vinham em sua direção.

— Nós temos que trazer nossos amigos de volta Renji, o inimigo está vencendo, sem Ichigo não poderemos...

— Rukia... — Renji se vira para sua amiga. Seu olhar não era muito animador e ele parecia pálido.

— Ren... Ji?

— Rukia, eu não consigo sentir a reiatsu deles, não consigo sentir nada que lembre nossos amigos nessas coisas!

— Mas nós temos que tentar!

Quando termina de gritar isso, Rukia e Renji sentem uma reiatsu familiar surgindo atrás deles, eles se viram rapidamente para notar a enorme redoma negra anteriormente criada por Kaliver se desfazendo e ele mesmo surgir em meio à escuridão trazendo Hisana inconsciente nos braços.

— Minha filha!

— Hisa-chan!

Kaliver fica de certa forma surpreso em vê-los ali, ele observa o campo de batalha por um instante, Lanathel estava exalando sua aura de morte pelo mundo, mas ao contrário dos outros abissais abrigados ao lado de Solomon ele não parecia afetado por isso, além do mais observava Ichigo e seus amigos monstruosos destruindo a cidade que juraram proteger e um Byakuya distante lutando contra sua transformação que parecia inevitável.

Os shinigamis restantes não sobreviveriam por mais tempo.

— Então tudo acabou.

A resposta que recebe são as lâminas de Renji e Rukia que são aparadas pela sua própria espada.

— Me devolva Hisana!

— Ela não lhe pertence mais.

— Desgraçado! — Renji some com um shunpo e desfere sua lâmina contra a cintura de Kaliver, ele empurra Rukia para trás e pulando na altura certa pisa sobre a zanpakutou de Renji que trava sob seus pés.

— Essa menina é extraordinária, ela tentou lutar com todas suas forças até o último momento, mas de repente perdeu todo o seu poder bem diante de meus olhos, tornando meu trabalho mais fácil, porém muito entediante.

— O que quer dizer?

Kaliver começa a lembrar enquanto conta a Renji e Rukia o que tinha acontecido minutos antes.

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Liquid Cinema - Soldier of Fortune (Omega)

Hisana apara o golpe vertical de Kaliver formando um X com suas lâminas, ela o empurra para trás e voa como um tigre desferindo golpes sequenciados, Kaliver defende, mas a velocidade de Hisana muda fazendo-o recuar mais e defender menos.

— Você é assustadora, quanto mais luta, mais forte fica, além disso, você tem uma capacidade de evoluir em meio à batalha! Isso sim é impressionante!

— Lute mais e fale menos! — as espadas se chocam. — Eu quero sair daqui para ajudar meu tio e minha mãe, não quero ficar perdendo tempo! — a reiatsu de Hisana expande empurrando Kaliver para trás. — Getsuga...!

Kaliver olha surpreso, era muita energia sendo liberada para um golpe só, além disso, ele já estava bastante ferido e embora não demonstrasse cansado também.

(Uma batida forte de coração faz Hisana tremer)

— O... Quê?... — sua reiatsu agressiva começa a diminuir.

(Mais uma batida forte de coração fazendo-o doer).

— Ai... — as espadas caem no chão, Hisana segura forte o peito com expressão de dor.

Kaliver pisca sem entender.

(Outra batida forte. Hisana se contorce).

— Pa... Pai...! O que está acontecendo...?

Ela cai de joelhos e uma faísca estala fazendo uma descarga elétrica correr por todo o seu corpo e ela grita desesperadamente com fagulhas explodindo para fora de si.

— O que significa isso? — Kaliver tentava entender.

O laço espiritual havia sido rompido de maneira brusca e Hisana cai no chão, corpo chamuscado e exaurido, mal conseguia mexer os olhos.

Kaliver se aproxima calmamente.

— Confesso que continuo sem entender, algo me diz que o poder que você usa compartilhado com seu pai possui certos limites...

Hisana tentava desesperadamente mexer o corpo.

— Estes limites devem ter sido quebrados, assim como o seu corpo...

(Hisana se mexa!).

— É uma pena que isso teve que acontecer, lembro agora que seu pai disse que este poder tinha um tempo limite.

(Hisa-chan! Fique de pé depressa!).

— Bem, então isso dá por encerrado meu trabalho, Kurosaki Hisana é definitivamente minha prisioneira.

Kaliver se abaixa para pegá-la.

— HISANA! — duas vozes infantis gritam.

As lâminas de Hisana se transformam em uma menina de vestes negras e um garoto descalço de roupas simples quase tribais.

— Vocês são...?

– Tsugi no Mae!...

– Getsuga!...

Kaliver arregala os olhos.

– Hakuren!

– Tenshou!

O garoto se transforma em um tigre branco etéreo trazendo com ele uma avalanche de cristais de gelo atrás de si destruindo as construções espalhadas pelo domínio. A garota se torna um dragão de sombras indo em direção ao inimigo tal qual uma lua crescente.

Os golpes se chocam e Kaliver se defende explodindo junto.

Poeira e destroços voam para todos os lados.

— Hisana! Hisa-chan! — gritam o menino e a menina respectivamente.

Mas a garota mal se mexia ela tenta acompanha-los com os olhos.

— Droga, seu corpo está horrível, a gente te disse para não usar isso por tempo demais! — o garoto resmunga.

— Maninho para de ficar dizendo bobagens, vamos tirar a Hisa-chan daqui!

— Eu sei droga! — ele responde se ajoelhando para tirá-la dali apoiando-a junto da irmã.

— Assim que sairmos daqui, nós poderemos... — a garotinha começava a falar.

— Argh! — as duas zanpakutous gritam repentinamente ao mesmo tempo.

O corpo de Hisana é solto e sem reação cai de lado no chão e seus olhos presenciam uma cena de horror.

Liquid Cinema - Leviathan - EpicMusicVn

As suas zanpakutous eram erguidas no ar por buracos feitos com as mãos nuas de Kaliver em seus peitos, elas se contorciam de dor e gritavam de horror tentando se livrar daquilo.

— Malditas zanpakutous, quase me acertaram com aquele golpe, mas não tem problema, afinal aquele golpe estava extremamente fraco, pois da mesma forma como sua mestra perdeu os poderes por ter compartilhado seu poder com seu pai, vocês também os perderam.

— Desgraçado! — o menino desfere um chute no rosto de Kaliver.

Sua boca sangra e ele olha com a ponta dos olhos para o menino.

— Parece que você tem bastante energia ainda não é mesmo garotinho?

Kaliver joga a menina violentamente contra o chão e ela evapora voltando a ser uma zanpakutou.

— Maninha! — o menino ruge!

— Você vai ficar igual a ela garotinho, mas, vou tomar cuidado para que demore bastante tempo... — enfatiza o abissal olhando a zanpakutou que não sabia se tremia de dor ou de medo.

— Hisana... Me... Ajude...! — ele suplica.

Hisana, não conseguia se mexer e apenas ouve Seiken pedindo por socorro, Kaliver havia se transformado naquele instante, e naquela sessão de tortura, Hisana só conseguia derramar lágrimas, mas não por muito tempo, afinal para uma criança que presenciava aquela atrocidade pela primeira vez na vida, sua cabeça não conseguia acompanhar a cena que testemunhava, por isso, Hisana perde a consciência.

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Tsubasa Chronicles - Sacrifice

Rukia estava enfurecida, suas mãos se enchem de relâmpagos e ela corre na direção de Kaliver para desferi-los a queima roupa.

— Vai mesmo fazer isso Kurosaki? É certo que vai me matar com esse golpe, mas não tem pena de matar sua criança também?

Rukia vacila.

Kaliver sorri e some aparecendo pelas suas costas desferindo um golpe covarde para atingir Rukia, mas Renji se põe a frente e recebe o dano, mas que isso, ele encrava ainda mais a lâmina de Kaliver atravessando-o por completo.

— Você é louco!? — Kaliver exclama.

— Louco? Você não viu nem metade da loucura que sou capaz de fazer. — diz vitorioso com Hisana segura em seus braços.

— O quê? — Kaliver não tinha visto o momento que ele a tomara de si.

— Rukia! — ele joga Hisana para a mãe que a segura em seus braços firmes.

Renji cospe sangue.

— Agora capitão!

— Bankai...

Rukia reconhecia aquela voz e se volta para o céu onde enxerga Byakuya cercado de espadas e pétalas de cerejeira.

— SENBONZAKURA KAGUEYOSHI!

Kaliver solta sua mão da espada, mas é pego por Renji em uma chave de braço.

Renji apenas sorri para Rukia e diz para que ela possa ler seus lábios as palavras que nunca pode dizer desde que eram crianças e tarde demais quando Ichigo entrou em suas vidas.

E Rukia sabia o que esses sentimentos representavam para ele, mas nunca pode sentir o mesmo, nunca pode retribuir o que seu amigo sentia, por isso mesmo ela estava arrasada naquele momento sem saber o que dizer... Sem saber o que sentir.

As pétalas de cerejeira encobrem Kaliver e Renji em um turbilhão de lâminas assassinas explodindo em uma grande redoma que atira Rukia para longe dali.

— Renji!!!

É tudo o que consegue fazer enquanto seu grito vigoroso é regado de lágrimas.

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Continua...

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