Abertura de Crônicas

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Bleach OST - Peaceful Afternoon

Naquela noite o celular de Rukia não havia tocado e nem mandando ordens para eliminar algum hollow que tentasse atacar algum espírito desavisado em Karakura, por isso Ichigo aproveitava aquela noite para por em dia os deveres escolares e Rukia aguardava ansiosamente sentada na beira da cama olhando pela janela para os céus, como se não quisesse nada com a vida, por uma oportunidade para copiar as lições do inocente companheiro.

Um relâmpago estranho cruza os céus bem ao longe e chama a atenção da baixinha.

— Ei Ichigo, olha, um relâmpago cruzou os céus. — diz apontando para cima.

— Então vai chover. — ele responde sem perder a concentração no dever de casa.

— Com o céu limpo do jeito que está? Acho que não. — ela entorta a boca.

— Então deixa pra lá. — ele responde de forma seca.

Rukia olha para o rapaz que não tira os olhos do caderno.

— Ichigo, aquele relâmpago era estranho.

Já ele olha de volta com desdém.

— Quer dizer que toda vez que um relâmpago cruzar os céus a gente vai ter que ver se tem algo errado? Qual é Rukia, deixa pra lá, a noite está agradável demais pra eu me levantar apenas pra ir ver por que um relâmpago se perdeu e não sabe onde é a chuva.

— Seu idiota! O que eu estava querendo dizer é que o relâmpago parecia um kidou! — Rukia altera o tom de sua voz parecendo mais zangada.

— Acho meio impossível porque se fosse kidou nós teríamos sentido a reiatsu dele, então a idiota aqui é você, agora me deixa aproveitar esse momento de paz em paz. — Ichigo novamente responde de forma seca.

Mas ele tinha razão, embora fosse estranho, aquele relâmpago não emanou rastro de reiatsu, Rukia pensou estar imaginando coisas, então sem mais alternativas resolve fazer outra pergunta.

— Ichigo, você já terminou o dever de casa? — a pequena shinigami se volta para o companheiro.

— Já por quê? — ele responde organizando as lapiseiras e anotações sobre a mesa de estudos.

— Me empresta para copiar? — ela pergunta.

— Nem ferrando, você tem que fazer seu próprio dever de casa, senão, como pretende aprender? — uma veia salta da testa de Ichigo.

— E para que eu iria perder o meu tempo aprendendo se você já faz o dever de casa para mim? — ela responde brincalhona.

— O quê? Oras sua...! — ele se ergue da cadeira cerrando os punhos que tremiam de nervosismo e estresse.

— Deixa de ser enjoado Ichigo. — ela cruza os braços virando a cara. — Eu só estava brincando... Em parte...

— Em parte...? O que quer dizer? — ele levanta uma sobrancelha.

— Bem... — ela coça a bochecha desconcertada.

Toc, toc, toc.

Alguém batia à porta.

— Pode entrar. — autoriza Ichigo.

Era Yuzu.

— Ichi-nii, Rukia-chan o jantar está pronto.

— Já vamos descer Yuzu.

— Obrigada por nos chamar Yuzu-chan.

— Vou esperar vocês para o jantar, tentem não demorar. — Ela fala com um sorriso enquanto se retira do quarto.

Desde que Rukia começou a morar na casa da família Kurosaki, as irmãs de Ichigo nunca mais entraram no quarto do irmão sem bater, detalhe que ele já havia percebido e que por isso fazia o possível para tentar manter a antiga aparência.

Ichigo fica olhando para Rukia, mas logo coça a cabeça deixando este detalhe de lado e mudando de assunto.

— Deixa esse negócio de escola para lá por enquanto. — ele olha pela janela. — Bem, se aquele relâmpago te preocupa tanto, então depois do jantar a gente pode ir lá levando um GPS pra ele.

Rukia ri.

— Não precisa, eu concordo com você, se fosse algo para nos preocuparmos, teríamos sentido algo diferente, mas como não sentimos, então é apenas um relâmpago sem GPS mesmo.

Agora os dois riem.

— Vamos descer antes que a Yuzu não queira mais esperar a gente para o jantar.

Eles descem para a sala de jantar.

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Bleach OST - Oh so Tired!

O jantar é deveras agradável, a família Kurosaki janta em plena harmonia e como sempre, na calorosa harmonia de Kurosaki Isshin e Ichigo trocando golpes mais do que enfiando comida na boca. Karin janta em silêncio afinal aquilo não era mais novidade na hora do jantar, com a convivência aquilo também não era mais novidade para Rukia, exceto pela parte em que teria de aturar um Kurosaki Ichigo estressado dentro do quarto até a hora de dormirem, apenas Yuzu ainda tentava acalmar os ânimos dos dois com um sorriso sem graça na mesa.

— Espero que eles sobrevivam para a sobremesa. — pensava a pequena.

Contudo, não muito distante dali, em cima de um telhado da vizinhança, uma figura serena e solitária observava com olhares atentos para aquela família em particular e com grande interesse.

— Eles eram tão divertidos antigamente... — pensava ela enquanto sorria.

Beep, beep, beep!

Era o alerta de hollows.

A jovem olha pela janela e percebe que Ichigo e Rukia também receberam o sinal. Estava hora de agir e o mais rápido possível, ela olha na direção indicada pelo sinal e some do telhado com um passo rápido.

Ichigo estava trocando golpes com o seu pai quando o celular de Rukia começa a tocar, parece que aquela noite agradável tinha chegado ao fim.

— Ichigo!

— Eu sei. — ele se vira para sua irmãzinha com olhar de desculpa. — Foi mal Yuzu, mas eu vou ter que sair para resolver um problema ali rapidinho, eu prometo que volto para a sobremesa, guarda pra mim e pra Rukia.

— Tudo bem, mas Ichi-nii tome cuidado. — Yuzu com ar de preocupação não sabia do que se tratava tal assunto urgente.

— Não se preocupe eu vou com ele Yuzu-chan. — Rukia responde sorrindo para a pequena tentando deixá-la menos preocupada.

— Vamos Rukia! — Ichigo levanta da cadeira e anda apressado.

— Espera Ichigo. — Rukia faz o mesmo.

Os dois saem correndo pela porta.

A expressão de Isshin treme e ele levanta da cadeira correndo como um bebê chorão.

— Ahhhhh! O nosso menino cresceu Masakiiiii, você sentiria tanto orgulho se visse ele agora! — exclama balbuciando agarrado ao gigantesco quadro com o poster de uma mulher muito bonita na parede.

— Ai, ai... Parece que o Ichi-nii está crescendo mesmo... — Karin suspira levando um pouco de arroz à boca novamente. — Puberdade é dureza.

— O que? Como assim Karin-chan?! — pergunta Yuzu confusa.

A pequena de cabelos negros ainda mastigava quando responde:

— Parece que vamos ter que aprender a nos virar em breve Yuzu...

— Eh?! — dessa vez Yuzu fica preocupada.

Enquanto isso Isshin continuava mugindo para o poster de sua esposa na parede.

— MaAaaasSsSaakiIiiiii...!

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Continua...

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