Speechless escrita por Vick_Vampire, Jubs Novaes


Capítulo 9
8. O dia em que ela QUASE morreu


Notas iniciais do capítulo

Capítulo escrito por Jubs Novaeszinha.
Boa leitura!



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                                    Jasper

 

Alice ainda me encarava com uma expressão de ódio, que aos poucos foi diminuindo até se tornar triste e ela se tocou de que ainda estava na minha frente e que eu ainda a encarava com cara de quem não está entendendo nada.

Ficou me encarando com um olhar extremamente perdido, que chegava a dar medo.

Ela ainda não chorava, mas começava a dar a impressão de que iria.

Alice cambaleou para trás em direção à porta do carro, eu apenas a observava com curiosidade. O que diabos se passava na cabeça daquela garota? Cinco minutos atrás ela estava me xingando como se eu fosse o verme mais imundo do planeta, agora, ela estava num estado de quase-choro, com um olhar perdido, como se estivesse se lembrando de alguma coisa.

Continuou andando em direção ao carro até que ela perdeu totalmente o equilíbrio e caiu de costas no chão. Eu até tentei chegar até ela e segurá-la antes que caísse, mas já estava longe demais de mim.

Me aproximei de onde ela havia caído.

Acho que se ela pudesse chorar agora, ela choraria. As lágrimas de dor e os soluços sem nenhum som começaram a aparecer.

Ela havia caído de costas, exatamente onde se encontrava seu machucado, a dor deveria ser alucinante e eu praticamente a sentia no lugar de Alice.

Resolvi não ajudá-la a se levantar, tinha receio de que ela parasse de chorar e gritasse impropérios para mim, ou melhor: escrevesse impropérios.

Fiquei apenas observando enquanto Alice se levantava vagarosamente e andava ainda mais lentamente em direção ao Volvo prata de seu irmão. Ela estava totalmente estraçalhada, psicologicamente e fisicamente, pude perceber.  Estava extremamente fraca e era até desumano o fato de a deixarem ir até a escola.

Lembrei mentalmente de perguntar ao meu pai por que diabos ele deu alta para ela.

Alice estava um trapo e eu, pelo visto era o único que percebera isso e que realmente se importava.

Ninguém precisava de ajuda mais do que essa garota nesse momento.

Decidi ignorar a possibilidade de ela me dar um tapa se eu me aproximasse e fiz isso.

Alice caminhou até o Volvo, abriu a porta e sentou-se no banco do motorista, ela estendeu a mão para fechar a porta quando eu a impedi, segurando no puxador. Ela me encarou, sem realmente ver o que estava acontecendo, até que passou a manga do casaco nos olhos e pôde ver que era eu que estava em sua frente.

Continuei pressionando a porta, impedindo-a de fechá-la e entrei no carro. Ela me lançou um olhar mortífero, mas pareceu que ela notou o que eu estava tentando fazer.

Apoiou os pés no chão do carro, totalmente desajeitada e tentou chegar ao banco do passageiro, ela conseguiu, mas esbarrou em tudo que tinha para esbarrar no caminho.

Eu sentei-me no banco do motorista, totalmente disposto a levá-la para casa.

Sentou no banco de couro do carro do irmão, e abraçou as pernas, deixando o rosto enterrado entre os joelhos.

Imaginei que ela estivesse chorando, mas após observá-la por alguns segundos, pude perceber que não.

O que se passava na cabeça dela? Tentei imaginar, mas foi um pouco complicado.

Eu perguntava a mim mesmo se seria uma boa idéia dar a partida no carro e levá-la para casa, mas alguma coisa em sua postura me intimidava. Ela não parecia feliz com a idéia de ir para casa.

Continuei parado dentro do carro, sem olhar diretamente para ela. Alice não parecia se importar com a minha presença no carro, para falar a verdade, ela parecia até incômoda com isso.

Pois, é... Quem nasce mal educado, morre mal educado. Ela tinha me atropelado, me tratado mal, EU estava oferecendo uma carona para casa e ela ainda assim, estava sendo grossa comigo.

Eu não fazia idéia do que aquela garota tinha na cabeça. O comportamento dela era sempre diferente. Eu não conseguia decifrar nada que se passava na cabeça dela.

Antes do acidente, era tão fácil lê-la. Ela sempre tinha sido tão fútil, egoísta e arrogante. Sempre estaria pensando no próprio conforto, mas agora, eu não sabia se ela estava sentindo dor pela queda, se ela estava sofrendo pelo comportamento odioso de Rosalie com ela ou se estava sofrendo por conta do acidente.

Resolvi parar de tentar ser gentil e saí do carro. Se ela não queria carona, ela que dirigisse para casa sozinha, afinal, o machucado dela não estava doendo o suficiente para ela me tratar como lixo, então, ela deveria ter boa-vontade o suficiente para dirigir algumas quadras sozinha.

Fechei a porta atrás de mim e andei pelo asfalto até me aproximar dos meus cadernos que haviam sido “atropelados”.

Peguei os cinco cadernos um por um. Realmente, o estado era deplorável. Eu teria que pegar emprestados os cadernos da Ângela e passá-los a limpo.

Não que eu tivesse muitas anotações importantes neles, mas eu precisava pelo de uma base para estudar caso eu precisasse.

Suspirei de tédio. Eu teria um longo trabalho.

“Espera um pouco! Esses cadernos estavam debaixo da roda do carro”. Lembrei a mim mesmo.

Virei a cabeça em direção ao Volvo, o carro estava se distanciando. Provavelmente, Alice esbarrara no freio de mão na hora em que entrou no carro.

A rua não era exatamente uma ladeira, mas era inclinada o suficiente para que o carro conseguisse velocidade e caísse para trás.

Olhei para a direção em que o carro estava indo.

Havia um Hyundai prata estacionado do outro lado da rua. Estava exatamente na mira do Volvo de Edward Cullen. O carro ia se espatifar, os dois carros e Alice ia junto.

- Merda! – murmurei.

Larguei meus cadernos no chão e comecei a correr o máximo que conseguia na direção do Volvo.

Eu corria razoavelmente rápido, mas de longe não era o suficiente para alcançar um carro numa quase-ladeira.

O Volvo estava ganhando cada vez mais distância e eu continuava correndo desesperadamente na direção dele, mas seria impossível alcançá-lo.

Desviei meu olhar para o Hyundai estacionado exatamente onde o Volvo iria bater, eu tinha alguns segundos até que Alice morresse esmagada.

Nem pensei nas conseqüências do meu ato e me joguei na direção do Volvo tentando invadí-lo para tentar puxar o freio de mão de volta já que Alice não estava em condições de fazê-lo, porém, na hora em que pulei, não tive força e nem equilíbrio para me segurar na porta do carro e o máximo que eu consegui fazer foi escancarar a porta.

Caí no asfalto duro e ralei meu rosto. A dor só me atingiu alguns segundos depois da queda.

Passei a mão pelo rosto.

Sangue. Constatei. Doía. Bastante, aliás, mas eu não estava preocupado com isso no momento.

Levantei o rosto e pude ver.

O carro de Edward continuava descendo a quase-ladeira em alta velocidade e Alice continuava lá dentro.

Eu nunca me perdoaria se alguma coisa acontecesse com aquela garota. Não porque eu gostava dela, mas porque eu tinha uma parcela de culpa em tudo isso. Se eu não tivesse tido a “brilhante” idéia de sair do carro, nada daquilo estaria acontecendo. Eu já teria puxado o freio de mão.

- Alice! Pule! – eu gritei, mas tinha certeza de que ela não tinha me ouvido.

O Volvo esta a pouquíssimos metros de distância do Hyundai quando eu vi um corpo estirado no asfalto. Levantei-me imediatamente e fui checar.

Era Alice, ela havia pulado do carro.

Por um momento, eu fiquei analisando seus ferimentos, ela estava cheia de sangue e gemendo de dor.

Eu a segurei pela cintura para que ela pudesse levantar. Sentei-a no asfalto.

Senti uma dor em minha costela, ela tinha me dado uma cotovelada.

Mal agradecida! Pensei.

Havia sangue em seu braço esquerdo. Eu toquei-o para descobrir a origem do sangramento, ela fez uma careta de dor, mas eu continuei com as mãos ali.

Ganhei um tapa estalado por isso.

Parei de tentar ser gentil e apenas levantei-a.

Ouvi sirenes se aproximando. A polícia deveria ter ouvido a batida e viera investigar.

- Me desculpe. Eu não devia ter deixado você sozinha no carro.- sussurrei.

Ela pegou o bloquinho e a caneta que estavam em seu bolso e escreveu com as mãos trêmulas: “Não, não foi sua culpa”.

Ela manchou o bloco com o sangue que escorria de seu braço, mas continuou escrevendo: “E, quanto aos cadernos, deixa que eu passo a limpo.

- Tem certeza que você está mesmo bem? – me certifiquei.

Ela assentiu com a cabeça e me deu as costas. Saiu andando, como se nada tivesse acontecido, como se ela nem tivesse se machucado.

Qual era o problema daquela garota?

Eu estaria disposto a mandá-la para o hospital, mas ela andava ainda mais equilibradamente do que quando não tinha nenhum ferimento...

Desisti de tentar entendê-la e caminhei de volta para casa antes que os policiais me pedissem para responder perguntas.

Abri a porta da sala de casa. Não havia ninguém ali. Rosalie ainda não tinha chegado da escola.

Eu estava cansado. Toda essa história da Alice Brandon ainda me deixava confuso. A possibilidade de eu ir dormir era zero. Eu teria que ir trabalhar dali a uma hora.

 Mas antes de qualquer coisa, eu precisava tirar algumas satisfações com meu pai.

Aproximei-me do escritório do meu pai e bati na porta.

Nenhuma resposta.

Aproximei meu ouvido da madeira, para tentar ouvir alguma coisa e me certificar de que meu pai estava lá dentro.

“É claro, Jéssica, meu amor, passo para te pegar na sua casa às sete. Vamos nos divertir muito essa noite”. Ouvi-o falando.

Jéssica?

Quem era Jéssica? E por que ele a chamava de amor?

Uma coisa eu tenho certeza. Minha mãe não se chama Jéssica.

Meu pai tinha uma amante?

Bati na porta novamente, ninguém respondeu, resolvi tomar uma iniciativa e abri a porta com força.

Meu pai estava sentado atrás de sua escrivaninha com o celular apoiado no vão entre o pescoço e a cabeça. Ele me olhou com uma expressão assustada e desligou o celular imediatamente, num gesto quase involuntário.

- JASPER! O que você está fazendo aqui? – ele perguntou assustado.

- Eu moro aqui. – respondi sem jeito.

- Eu digo esse horário. Você normalmente só chega em casa meia hora mais tarde.

- Peguei uma carona e vim mais rápido. – menti.

- Oh meu deus! O que houve com seu rosto? – ele perguntou ao ver o arranhão.

- Eu caí na Educação Física. – menti novamente.

- Ninguém te ensinou a bater na porta antes de invadir a privacidade alheia? – mudou totalmente de assunto.

Por que? Quer esconder a sua amante da família? Quase perguntei.

- Eu bati na porta duas vezes. Não tive resposta, então eu entrei, para me certificar de que você estava aqui dentro.

- Certo Jasper, o que tem a dizer? – ele parecia querer se livrar de mim o mais rápido possível.

- Pai! Por que você deu alta para Alice Brandon? – eu perguntei calmamente.

- Para quê você quer saber disso?

- Pai! Ela quase morreu hoje. Psicologicamente e fisicamente.

- O que você quer dizer com isso? – ele desafiou.

- Humilharam-na pai, todos já sabem que ela é muda. – esclareci.

- Não diga isso! “Muda” é um termo tão vulgar.  – ele reclamou – use afônica.

- Tanto faz, pai! Você não podia ter liberado-a do hospital até que a voz dela voltasse!

- Voltasse? Filho, o problema dela é permanente, a voz não vai voltar. – ele disse.

- Como assim? Ela vai ficar “afônica” para sempre? – me espantei.

- É claro. – meu pai disse como se fosse a coisa mais óbvia e natural do mundo.

- Oh, meu deus! – eu estava incrédulo.

Aquela garota que eu odiava tanto há alguns meses atrás teria finalmente o destino que mereceu.

Mereceu mesmo? Pensei.

Isso era um dilema interno que eu teria que resolver mais tarde.

- O que você quis dizer com morreu fisicamente?

- Ela sofreu um acidente, pulou de um carro em movimento. – expliquei.

- Ela é insana? Por que diabos ela faria isso? – meu pai parecia incrédulo.

- Foi um acidente... – expliquei, não querendo entrar em detalhes. – Pai, eu tenho que ir.

Saí do escritório e fechei a porta atrás de mim.

Alice ficaria muda para sempre. Seria o castigo que ela merecia por toda a sua arrogância e indiferença, mas agora, eu não considerava aquele castigo justo.

Nem a pior pessoa do mundo merecia passar pelo que aquela garota estava passando.

Agora, eu olhava a minha vida e agradecia todos os dias por não ter nenhum desses problemas que Alice estava enfrentando.

Momentaneamente, eu foquei minha mente no problema de Alice e esqueci totalmente de Jéssica, seja lá quem for essa pessoa, mas então, eu me lembrei.

Havia uma chance muito grande de meu pai estar tendo um caso com uma mulher desconhecida.

O que se passava pela cabeça de alguém que traía a/o esposa/marido?

No casamento, eles fizeram voto de fidelidade, confiança, e tudo o mais. Se as pessoas se dispuseram a fazer esses votos, por que agora, desrespeitavam-nos sem nenhuma cortesia? Se o casamento fosse arranjado e o casal não se amasse, eu entendia, mas meu pai não teria motivos para se casar com a minha mãe a não ser “amor”.  Por que ele estava a traindo agora?

Bom, eu não podia julgá-lo ainda, pois não sabia da verdade. E eu sinceramente preferia ignorar este tópico da minha cabeça. Eu tinha já muito no que pensar.

Fui até meu quarto, troquei aquelas roupas ensangüentadas por novas e andei até o supermercado, onde iria ficar até as seis horas da tarde.

Passei pela porta principal, todos os funcionários da tarde já estavam lá dentro. Tanya veio me cumprimentar com um olhar sorridente.

- Jazz! O que aconteceu com você? – ela tocou meu arranhão no rosto.

- Foi um acidente, nada importante. – respondi.

Fomos interrompidos pelo gerente do supermercado que havia acabado de dar início ao nosso turno.

Me posicionei no caixa ao lado do da Tanya e comecei a trabalhar sem nenhuma concentração.

- Jasper! Que cara é essa? Quem morreu? – Tanya notou a minha expressão séria.

- A pergunta certa seria: Quem quase morreu? – respondi sem muito entusiasmo.

- Então me diga quem quase morreu? – ela ainda estava radiante.

- Alice Brandon, a garota que veio aqui ontem.

- Aquela que é filha do homem que é dono daquela empresa de celulose? James Brandon. – ela pronunciou o nome do homem com ódio no olhar.

Seu espírito de defensora do meio-ambiente a dominava agora.

Tanya era politicamente correta em todos os sentidos.

- A própria. – concordei.

- O que aconteceu com ela? – Tanya parecia interessada.

- Bom, pra começar, ela caiu no chão umas cinco vezes hoje. Sua coluna está realmente frágil, ela foi humilhada na frente da escola inteira pela minha irmã, depois, a classe de história inteira descobriu que ela é muda, e finalmente, aconteceu um acidente e teve que se jogar de um carro em movimento.

- Meu deus! Por que ela se jogou do carro?

- Bem, ela me atropelou, depois ela caiu, eu tive que dar uma carona pra ela, quando ela foi sentar no banco do passageiro ela puxou o freio de mão, aí eu saí do Volvo e ele desceu ladeira abaixo. – falei rapidamente.

- Calma Jazz! Fale devagar!

Contei a história detalhadamente para ela e Tanya concordou com a cabeça, parecia totalmente chocada.

- Só tem uma coisa que eu ainda não entendi. – ela falou, ao final de tudo.

- Sim?

- Ela foi mesmo a única sobrevivente daquele acidente de avião?

- Sim. Não se sabe exatamente se ela foi a única, muitos corpos não foram encontrados.

- Coitada! A situação dela é pior do que eu imaginei. – Tanya estava realmente espantada.

- E tem mais: ela vai ficar muda para sempre.

- Muda? Para sempre? – Tanya pôs as mãos no rosto. – Essas horas eu agradeço a vida que eu tenho.

Agradece a vida que tem? Tanya realmente era uma pessoa admirável. Ela sempre estava alegre, nada a desmotivava e ela procurava ver o melhor das pessoas. Sua vida era considerada por muitos uma desgraça e mesmo assim, ao invés de reclamar da vida, ela agradecia pela vida que tinha. Tanya era o tipo de pessoa que tinha muito a ensinar para pessoas como Mary Alice Brandon.

– Espero que agora você tenha um pouco de boa-vontade com essa garota! – ela foi rude.

- Foi ela quem começou. – falei como se fosse uma criança de cinco anos.

- É, mas ela nunca vai mudar se ninguém fizer nada por ela. Vamos lá Jazz. Você tem a oportunidade, ajude-a.

- Eu já estou ajudando. – discuti.

- Não estou falando de ajuda física! Ajude-a a superar tudo, você é uma ótima pessoa, faça com que ela também se torne uma.

- Tanya, milagres não existem. – eu quase ri, mas vi sua expressão de raiva e me intimidei.

- Não julgue-a, as pessoas mudam.

- Certo, eu vou me esforçar. – me convenci.

- Obrigada. – Tanya agradeceu, mesmo que o favor não fosse para ela. – Quem sabe, quando ela herdar a empresa do pai, ela faça um melhor uso e não destrua os recursos naturais da península.

Concordei com a cabeça.

Durante o resto do expediente, nós dois ficamos em silêncio total. Havia muitos clientes no supermercado e estávamos totalmente ocupados.

Quando o relógio marcou seis horas da tarde em ponto, eu recolhi minhas coisas, me despedi de Tanya e fui até em casa.

Entrei na sala. Rosalie estava, como sempre, estirada no sofá com o celular na mão, conversando com alguém. Ela mal notou a minha presença.

“Meu deus! A cara dela na aula de História foi a melhor! Eu nunca tinha rido tanto na vida”. Ela dizia com um olhar de deboche.

Nem quis escutar o resto da conversa, subi para o meu quarto, tomei banho e fiquei escutando música deitado na minha cama, até que minha mãe nos chamou para jantar.

Desci as escadas e me sentei à mesa ao lado de Rosalie. Estranhei, pois meu pai não estava na cozinha.

Olhei para a escada, meu pai estava descendo rapidamente olhando para o relógio.

- Pai! Não vai jantar com a gente? – Rosalie perguntou.

- Não filha, eu tenho uma reunião importante, estou atrasado.

Reunião?

Lembrei-me de sua conversa no telefone. “É claro, Jéssica, meu amor, passo para te pegar na sua casa às sete. Vamos nos divertir muito essa noite”.

Era isso. Ele iria encontrar a tal de Jéssica.

Perguntei-me se minha mãe sabia disso.

Provavelmente não.

Mesmo não sendo eu a pessoa traída, eu sofria por minha mãe. Ela sempre fora uma ótima pessoa, tirando o fato de que ela preferia ligeiramente a companhia de minha irmã à minha.

Me senti injustiçado por ela.

Sim, eu poderia desmascarar meu pai e acabar com aquela história, mas eu não teria coragem de destruir minha família dessa maneira.

Eu não queria ser aquele que precisava de ajuda.

Era um pensamento extremamente orgulhoso, mas eu o tinha. Apesar de saber que eu era uma boa pessoa, eu era egoísta o suficiente para deixar as pessoas sem saber da verdade para o meu próprio conforto.

Senti nojo de mim mesmo por esse pensamento.

Não! Minha mãe merecia a verdade.

- Mãe, precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Olá humanos!
Jubs Novaes aqui...
Então, esse textinho aí em cima foi o capítulo oito. Espero que tenham gostado, apesar de eu ter escrito com um pouco de pressa. Esse capítulo revelou muito da personagem do Jasper

Bem, há alguns detalhes que eu gostaria de discutir aqui, alguns detalhes que foram falados para mim. ;D

Primeiramente, eu queria deixar claro que a personalidade do Jasper é bastante inspirada na minha, eu escolhi fazê-lo assim porque a maioria dos “Jaspers” por aí são iguais aos do livro, meio estranhos, quietos e “com cara de dor” kkkkk. E principalmente, eu queria deixar claro que alguns pensamentos que ele às vezes tem, são pensamentos que eu teria numa situação semelhante. Algumas pessoas falaram comigo no msn elogiando a fic e tudo mais, mas disseram que acharam alguns dos pensamentos do Jasper um pouco “afetivos” demais. Desculpe pessoas que falaram isso, mas o que ele pensou não é nada a mais do que eu pensaria.

Enfim, vou mandar meu recadinho feliz para uma pessoa MUITO bonita que não só deixou um comentário no final da fic como TAMBÉM mandou uma recomendação.
Aqui vai:

Allie_Simps – Oieeee!! Como vai você? (tenho MESMO que parar com isso). Como você se sente sendo bonita por mandar uma recomendação? Brincadeirinha, ta? Olha, bastante cuidado com a moral que você dá pra mim, ok? Se não eu fico me achando... ;D. Brincadeira (é, eu nunca falo sério), pode jogar bastante confeti em mim que eu gosto (nem um pouco convencida, né..?). Allie, falando sério agora (FINALMENTE). Gostei bastante da definição que você deu para a fic: “demonstra como uma pessoa pode mudar”.
Muito obrigada MESMO pela recomendação. Pessoas BONITOSAS como você é que fazem a fic andar para frente.

QUASE NO FIM DAS NOTAS.
Quem adivinhar o que vem agora ganha um doce.



É A HORA DE PEDIR REVIEWS! Kkkkk
Se você acertou,te dou uma 7belo virtual. (ATORONN 7BELO)
;D

Bem, eu curti muito a idéia da Vick de mandar uma frase SPOILER para as pessoas LINDONAS que mandarem um review então eu vou fazer igual (SOU PAGA-PAU MESMO!).

SE VOCÊ É UMA PESSOA QUE QUER UM SPOILER, MANDE UM REVIEW! EU VOU GOSTAR DE VOCÊ E VOCÊ VAI SER BONITO(A)

SE VOCÊ NÃO QUER UM SPOILER, NÃO MANDE REVIEW, MAS SAIBA! VOCÊ É FEIO, O ESPELHO QUEBRA E EU NÃO GOSTO DE VOCÊ! Kkkk

SE VOCÊ É UMA PESSOA QUE QUER UM SPOILER, MAS É CARA DE PAU E NÃO QUER MANDAR UM REVIEW, VOCÊ É FEIO E EU TAMBÉM NÃO GOSTO DE VOCÊ! TOMA VERGONHA NA CARA E ESCREVE PELO MENOS “oi” LÁ EM BAIXO QUE VOCÊ RECEBERÁ O SPOILER E EU VOU GOSTAR MAIS DE VOCÊ!.