Motorista Particular escrita por Anna


Capítulo 16
Alice Hale


Notas iniciais do capítulo

finalmentee a pequena Alice entrou na históriaa [HAHA], agoraa sim vcs vaum rir ;DD até mais, beijos~



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- Você não vai... Ficar esta noite, quer dizer, se quiser... – Bella disse esperando na porta com um beiçinho.

- Ah... Não faça isso, por favor. – pedi sorrindo.

- Pelo menos entre, só por alguns minutos?

- Certo. – entrei.

Bella fez sinal pra que eu me sentasse, e eu pulei ao sentir o celular vibrar em meu bolso. Sorri pra ela e atendi.

- Rapaz, já está livre? – Carlisle perguntou arfando.

- Ah, não. Por quê?

- Tive algumas idéias pra seu novo “serviço”...

- Outro? – me assustei.

- Não. Alice Hale, merda... Você anda tão avoado. – ele disse nervoso.

Claro, como se fosse possível conversar enquanto uma linda mulher estava sentada em sua frente esperando que você tomasse a iniciativa de fazer algo.

- Podemos falar sobre isso depois?

- Oh não me diga que está com Isabella? Você é muito profissional, pode tirar folga, considere-a como um emprego... – não era um serviço?

- Fale rápido. – Bella suspirou e levantou-se indo em direção a cozinha.

A fitei enquanto andava como se estivesse entediada.

- Não, não. Você não vai prestar atenção seu canalha... – ele gritou – Assim que acabar o serviço me ligue. – ele desligou.

Fui até a cozinha e, Bella estava sentada bebendo algo que me parecia água.

- Seu pai é bem... Exigente. – ela sorriu – Espero que ele goste de mim, eu quero dizer, agora que estamos namorando, é eu acho. – ela parecia envergonhada.

- Não espere e nem ache nada... Você é bem “gostável”- ela gargalhou com a minha palavra inventada -  e sim, somos namorados eu não disse? A não ser que tenha desistido... – eu sorri torto.

- Não mesmo. – ela sorriu e veio em minha direção – Então, você tem mesmo que ir?

- Tenho. – balancei a cabeça, desapontado.

- Certo. – ela me beijou e eu correspondi.

 

POV. Bella

Edward me segurou pela cintura me colocando sentada sobre a mesa pra que eu ficasse de sua altura. Passei os braços em volta de seu pescoço puxando a gola de sua camisa fortemente até perceber que ele se sentia sufocado, ele desabotoou os botões rapidamente me segurando em seu colo e levando-me para o quarto.

Despi-me rapidamente antes que ele pudesse pensar em ir embora. Edward me acariciava carinhosamente e quando nos conectamos senti a quentura de seu corpo passando para o meu copiosamente enquanto ele estava por cima de mim. Gemi seu nome rapidamente. Eu queria poder ver seus olhos, mas ele os mantinha fechados abrindo apenas algumas vezes pra me olhar fixamente. Ele mordeu meu pescoço puxando meu cabelo para o lado direito e me beijando.

- Isso é tão errado... – ele suspirou deitando ao meu lado, depois de se retirar de mim.

- Não... – murmurei deitando sobre seu peito.

- Você não sabe... – ele hesitou - Olha, Bella você é realmente persuasiva... – ele sorriu.

- Seu pai poderia esperar, não?

- Sim... Mas, agora eu tenho que ir, e vou odiar te deixar aqui.

- Eu vou te ver amanhã...

- Claro. Agora descanse, Emmett vai odiar se não formos amanhã, porque tínhamos coisas a fazer... Pare de me persuadir...

- Talvez... – sorri pra ele, que me beijou outra vez.

 

“Eu não quero adormecer

Porque eu não sei se vou acordar

E eu não quero fazer cena

Mas eu estou morrendo sem o seu amor

Implorando pra ouvir sua voz

Dizer que também me ama

Porque eu prefiro ficar sozinho

Se eu sei que eu não posso te ter...”

(Can’t Have You)

 

POV. Edward

- Carlisle, eu não estou te desrespeitando, aliás, você não tem moral pra me dizer isso... Eu só acho que, todas as suas idéias são as mesmas pra todos os... Serviços, compreende?

- Oh cale essa maldita boca e faça o que eu mandei! Ela tem que se apaixonar, ficar a seus pés como a vadia da Isabella...

- Não a chame assim! – gritei.

- Oh ela ainda está ai? – ele perguntou confuso – Você não se cansa...

- Não, estou em casa, eu só... Olha Carlisle eu vou ler os papéis mais uma vez e amanhã, depois de levar Bella ao trabalho eu pego Alice Hale, certo? Até mais... – desliguei antes que pudesse o deixar mais nervoso.

Já passavam das duas da manhã, Carlisle havia me alertado sobre tudo o que eu deveria ou não fazer com Alice, a esse ponto eu já havia me esquecido de tudo pensado em como eu era tolo por ter deixado Bella. Talvez fosse melhor assim, mas agora não me parecia nada melhor e sim uma atitude idiota.

Ao pegar os papéis que falavam sobre ela, desisti de lê-los, eu já havia decorado aquilo, os coloquei sobre a mesa da cozinha e me joguei no sofá esperando poder dormir por pelo menos uma hora.

 

“Vou dormir, dormir...

E imagino que você está lá comigo

Eu olho à minha volta

E sinto que você está sempre tão perto de mim

Cada lágrima que brota do meu olho

Traz de volta lembranças de você para mim...”

(I Go To Sleep)

 

Acordei suspirando aliviado por não estar atrasado, eu nunca havia o feito antes, e Bella se desapontaria por isso. Tomei um longo banho esperando que as olheiras causadas pelo estresse sumissem, não tive muito sucesso, mas isso era o de menos, o dia de hoje seria uma droga de qualquer maneira...

Primeiro eu teria que deixar Bella rapidamente, o que vinha sendo impossível nos últimos dias, depois teria que conquistar uma mulher que, poderia ser a melhor do mundo, – o que eu sabia que não era por tê-la conhecido antes – mas que agora não me interessaria nem que eu quisesse, e por último eu tinha uma impressão de que não seria fácil convencer Emmett a fingir ser meu irmão, pelo contrário, eu tinha a triste certeza de que além de perder meu direito de ser finalmente livre de Carlisle ainda perderia Bella.

 

 

- Bom dia. – ela sorriu.

- Bom dia... – eu a beijei rapidamente.

Durante o trajeto até a revista eu não conseguia conversar com ela, a vergonha estava estampada em todos os meus sentidos e ela perceberia. Apenas sorria para o espelho central algumas vezes em sua direção e ela retribuía os sorrisos.

- Está ficando estranho pra mim, ter meu motorista como namorado, apesar de excitante... – ela hesitou – Ainda quer mesmo trabalhar pra mim? Porque se for pra não nos falarmos durante seu horário de serviço eu vou acabar enlouquecendo... – ela murmurou quebrando o silêncio.

- Não, não, tudo bem... Só estou um pouco cansado... Sobre o que quer falar? – sorri outra vez.

Encostei o carro. Já havíamos chegado.

- Eu queria falar sobre a noite de hoje... – ela suspirou. – Mas, conversamos depois, vá descansar... – ela sorriu.

Saí do carro, estendendo a mão ao abrir a porta pra que ela saísse.

- Perdoe-me... – murmurei.

- Não precisa pedir perdão... Eu te entendo... Parece que a culpa é minha por estar tão cansado – agora Bella sorria maliciosamente.

- Com certeza é... – murmurei e depois, a beijei.

- Até mais... – ela disse depois de respirar fundo.

 

Eu esperava por Alice Hale na em frente ao grande edifico situado no Greenwich Village era um dos maiores do lugar, cheguei a me assustar tentando fitar a escadaria por inteiro. Eu não fazia idéia de que Alice era tão rica, mas então lembrei pra quem eu estava trabalhando. Carlisle não se contentaria com uma mixaria.

Depois de mais ou menos meia hora, vi Alice sair da casa e, mesmo eu tendo certeza de que ela não me via ela parecia estar acenando pra mim enquanto caminhava – parecia-me dançar – na direção do carro. Desci do carro pra abrir a porta pra ela, e sinceramente esperava que ela não me reconhecesse, afinal já fazia um bom tempo que eu havia a visto.

- Bom dia! – ela disse com entusiasmo – Obrigada por vir me buscar... Ah... Qual o seu nome mesmo?

- Edward... – murmurei, piscando por baixo dos óculos escuros.

- Oh... – ela pensou por um instante – Prazer em conhecê-lo Edward – ela entrou no carro.

Suspirei aliviado, ela não se lembrava de mim.

Enquanto dirigia eu olhava pra pequena garota pelo espelho central, ainda com os óculos escuros. Eu não conseguiria conquistá-la, aquilo me parecia tão horrível, sufocante. Ela me viu a fitando e seus olhos brilharam piscando rapidamente.

- Ah... Então Edward, você é motorista há muito tempo?

- Sim. – murmurei tentando sorrir.

- Bom, eu quero que me leve pra fazer compras hoje, certo?

- Sim... Por onde quer começar senhorita? – perguntei tentando parecer animado com aquilo.

- Hum, vamos ver... Madison, 850, quero ver as novidades da Chloé...Já foi até lá? Ela tem bolsas lindas... Cameron Diaz é uma fã de lá...

- Ah... Eu não uso bolsas, senhorita... – falei divertido – Mas, Cameron é uma ótima atriz.

- É verdade, você é homem... – ela gargalhou – Se eu ver Cameron te chamo, com certeza...

Gargalhei junto com ela.

 

Depois de comprar mais de vinte bolsas Alice, e de eu ter que carregá-las, Alice quis dar uma volta no Central Park, eu queria ficar no carro, apesar de divertida  falava muito, mas ela me convenceu a ir com ela.

- Entendo que esteja sol... Mas tire esses óculos, estão tão fora de moda... – ela os retirou antes que eu pudesse recusar e fitou meus olhos por alguns minutos enquanto caminhávamos. – Você está triste? – ela me perguntou. Seu cabelo pontudo estava indo na direção do vento.

- Não, eu...

- Tem problemas com mulheres Edward? – abri a boca pra responder e ela, mais uma vez me interrompeu – Oh, com certeza tem... Eu posso te ajudar, sou uma ótima conselheira amorosa... Apesar de sofrer por amor... – ela suspirou com pesar.

- Sofre por amor? – perguntei desviando o assunto.

- Isso é outro assunto. Continuemos no seu coração quebrado... O que houve?

- Como disse, problemas com uma mulher... – afirmei.

Alice pensou por um momento. Eu não deveria dizer aquilo, deveria estar tentando conquistá-la, mas aquilo era impossível. Do tempo em que passara com ela, apenas algumas poucas horas, eu sentia como se fosse uma irmã mais nova, a irmã que eu nunca tive... Estremeci só de pensar em ter que beijá-la ou seduzi-lá.

- Você é bem fechado cara... Mas, eu compreendo isso. – ela sorriu – Agora, só um conselho. – ela hesitou – Se a ama, seja quem ela for, não a deixe escapar... Experiência própria! – ela levantou a mão direita como se estivesse prometendo-me aquilo. – Aliás... Eu não o conheço muito bem, mas você é todo bonitão, não seja bobo...

- Obrigado. – sorri e ela correu prá espantar alguns pássaros em nossa frente, como uma criança.

Vi-me como um irmão dela ainda mais, por pensar que ela era sozinha agora. Havia perdido a família, assim como eu, havia sido magoada por alguém como disse... Suspirei e a segui.


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