Ao chegar a casa, YooChun abre o portão da garagem e vê JunSu, que ainda mantinha uma imagem triste no rosto, saindo do seu carro, foi até o menor e colocou a mão sobre o ombro dele.

—Su, pode entrar antes de mim, eu ainda vou guardar o meu carro na garagem e pelo horário o meu irmão Ricky já deve estar ai... Por favor, não fique triste... Vá, daqui a pouco eu entro. — Disse YooChun com um sorriso suave tentando animar o amigo.

JunSu apenas acenou com a cabeça positivamente e subiu as escadas e abriu a porta.

— Chunnie?

— Não, é o JunSu.

— Ah, oi Junnie! Pensei que era o meu mano.

— Ele já vem Ricky, o Chunnie foi guardar o carro na garagem. — Respondeu JunSu ao jogar a mochila no sofá.

— Oi Ricky. — Disse YooChun ao entrar em casa. — Harang! — YooChun chamou o cachorro ao perceber que o mesmo não estava presente na sala.

— Oi Chunnie. — Disse Ricky ao se sentar no sofá. —... Ah, eu soube do seqüestro do Jae... Sinto muito mano e Junnie.

— Obrigado Ricky. — Respondeu JunSu que sentou-se ao lado de Ricky.

— Ah seu danadinho! Onde é que você estava? — Disse YooChun ao ver que o seu cachorro Harang entrar na sala.

JunSu sorriu com o jeito que o maior havia dito com Harang, mas a alegria durou pouco quando o celular de YooChun tocou.

— Alô?

— Alô um cacete! Adivinha quem é?

YooChun colocou o celular no viva-voz para que os outros dois ouvissem.

— Sei quem você é, cadê o JaeJoong!? — Disse YooChun um pouco nervoso.

— Se eu dizer ai não vai ter graça. — Disse o seqüestrador em um tom de sarcasmo.

— Diga o que você quer! — YooChun já estava perdendo a calma.

— Tem uma coisinha que eu deixei na sua porta.

YooChun foi até a porta e abriu, viu um envelope no chão, pegou e fechou a porta.

— Pegou um envelope que estava na sua porta? — Perguntou o seqüestrador.

— Peguei. — Respondeu YooChun.

— Abra. — Em seguida ouviu-se um barulho de ligação encerrada.

— Filho da mãe! — YooChun olhava para o próprio celular.

YooChun abriu o envelope e reconheceu a letra de JaeJoong.

“YooChun,

Estou muito confuso com o que está acontecendo comigo, mas o tal do seqüestrador que está ao meu lado disse que vocês devem pagar uma quantia de 50 milhões de dólares para o meu resgate, não estou mentindo, o seqüestrador está mantendo uma faca no meu pescoço enquanto escrevo... Estou desesperado, não sei o que ele poderá fazer comigo nesse período... Por favor, faça o possível para que isso acabe bem.

JaeJoong.”

Quando YooChun terminou de ler a carta, uma coisa caiu de dentro do envelope.

— Olha Chunnie, é uma foto do Jae! — Disse JunSu ao pegar a foto.

JunSu mostrou a foto para YooChun e Ricky.

— Parece que tem algo escrito atrás. — Disse JunSu virando a foto.

“jyuujunsou nashitsujide "kochirae" tomichi bikare

(O empresário que parece prestativo nos guiando por dizer ‘desse jeito’)

kairono hiwotsukete "akaomigini" toitta

(Ligando as luzes do longo corredor, ela diz ‘Vermelho para a direita’)

kowareta kaiten tobira yukani wa kokuraku chyoka

(A porta giratória destruída; flores artificiais felizes no chão)

syusunokabeo hau taranshyura kubisukaeshi waratta

(Eu passei pela parede como se minha energia passasse por ela)”

— Uma pista? — Perguntou Ricky.

— Sim, é uma pista. — Respondeu YooChun.

— Mas essa é a letra da nossa música 9095! —Disse JunSu.

— Espere um momento... — Disse Ricky pegando a foto da mão de JunSu. —... “jyuujunsou nashitsujide "kochirae" tomichi bikare(O empresário que parece prestativo nos guiando por dizer ‘desse jeito’), kairono hiwotsukete "akaomigini" toitta(Ligando as luzes do longo corredor, ela diz ‘Vermelho para a direita’)”... Isso deve ser um corredor de algum prédio, mas não entendi o empresário.

— E a outra parte: “kowareta kaiten tobira yukani wa kokuraku chyoka(A porta giratória destruída; flores artificiais felizes no chão), syusunokabeo hau taranshyura kubisukaeshi waratta(Eu passei pela parede como se minha energia passasse por ela)”? — Perguntou YooChun.

— Acho que sei qual prédio é, deve ser aquele hotel abandonado na outra rua que vão restaurá-lo, passei ontem por esse lugar ontem e estava com um jarro de flores de plástico no chão. — Disse Ricky ao olhar para YooChun e JunSu.

— Então vamos logo para lá! — Disse JunSu.

— Ok Su... Ricky... Vamos. — Disse YooChun pegando uma jaqueta jeans.

— Podem ir... Depois eu encontro com vocês lá. — Respondeu Ricky olhando o computador.

YooChun confirmou com a cabeça e foi atrás de JunSu.

Enquanto isso, Ricky pegou um taxi e foi para o aeroporto... Quando chegou à área de desembarque viu uma pessoa acenando para ele.

— RICKY!

— Oi! Vocês chegaram muito antes do dia previsto, como é que fizeram isso? — Perguntou Ricky.

— Tivemos uma ajudinha e a justificativa era que tínhamos que tratar de um assunto muito urgente e perigoso envolvendo uma pessoa.

— Você disse isso Jully? — Perguntou Ricky ao levá-las para onde o taxi estava.

— Sim. — Respondeu Jully.

— Tivemos a ajuda da polícia do nosso país e a daqui... Prazer, meu nome é Jeze. — Disse Jeze ao estender a mão para Ricky antes de entrar no taxi.

— Ah, muito prazer em conhecê-la Jeze. — Ricky apertou a mão de Jeze e entrou no taxi.

— Para onde vamos? — Perguntou Jully.

— Para onde o meu irmão está agora. — Disse Ricky.

Ricky disse para o motorista do taxi o local para onde eles estavam indo. Enquanto isso em um hotel, Mila estava saindo com a sua amiga Sasu.

— Você vai me levar para onde Mila? — Perguntou Sasu.

— Vamos para a rua onde o YooChun Oppa mora. — Respondeu Mila ao acenar para um taxi.

— Sério?

— Sim Sasu, é sério. — Disse Mila.

JunSu tomou um susto ao ver que Ricky havia chegado.

— Finalmente Ricky, onde é que você estava? — Perguntou YooChun passando a mão sobre os cabelos.

— Fui buscar duas amigas que podem nos ajudar. — Respondeu Ricky ao mostrar Jeze e Jully para YooChun e JunSu.

— Mesmo? Ah... Oi. — Disse YooChun.

— Olá. — Disse Jeze.

— Oi. — Disse Jully.

— Oi garotas. — Cumprimentou JunSu.

— Porque estamos aqui Ricky? — Perguntou Jeze.

— Recebemos uma pista do seqüestrador de Jae, e essa pista nos leva até este hotel abandonado. — Respondeu Ricky ao mostrar a carta e a foto de JaeJoong.

— “kairono hiwotsukete "akaomigini" toitta(Ligando as luzes do longo corredor, ela diz ‘Vermelho para a direita’)”...

— “Vermelho para a direita”... Hum, para mim isso é uma seta de saída de emergência. — Disse Jully.

— Então só pode ser isso mesmo, vamos entrar. — Disse YooChun.

Os cinco atravessaram o hotel ate a saída de emergência, e ao abrir o portão JunSu acha outra carta no chão.

“Where're you going? Baby

(Onde você esta indo baby?)
nirenoyuriisude matte nanatsuoka zueru made meoakenaide

(Eu espero nessa cadeira; não abra seus olhos até eu contar até sete)

kubisuzini yoruno shizuku ga koe ni dekinai hodo

(Primeiro um, a gota de orvalho da noite em seu pescoço; a medida em que você perde a sua voz,)
deux nezishiki tsumiki no shirode yubi no sukimaeto

(Dois, a partir do mecanismo por entre seus dedos,)
trois karamiatta komonoito wa kono mama zutto

(Três, a teia de aranha que confundem e embaraçam assim, continuamente,)
agaridashita sunadokei 9095...
(O relógio de areia que começou a voltar para 9095)

— Hum... — Pensava JunSu.

— Já sei onde é, está na cara que é o museu de Seul. — Disse YooChun.

— Por quê? — Perguntou Jully.

— Porque o número sete é o número da quadra em que o museu está.

— E o restante da nova pista? — Perguntou Jeze.

— “a medida em que você perde a sua voz” no museu devemos conversar baixo, “a partir do mecanismo por entre os seus dedos” é sinal que deve ter alguma coisa lá dentro e devemos entrar girando a maçaneta da porta, “a teia de aranha que confundem e embaraçam assim, continuamente” pois é um local que guarda objetos antigos e históricos e “O relógio de areia que começou a voltar para 9095” devemos encontrar a próxima pista no setor egípcio. — Explicava YooChun.

— Então vamos para lá. — Disse JunSu.

Ao retornarem para onde o carro de YooChun e o taxi em que Ricky , Jeze e Jully haviam chegado, um outro taxi quase atropela JunSu.

— Ah, me desculpe! Você está bem? — Disse uma garota ao descer do taxi.

— Estou. — Respondeu JunSu.

— Mila, é o JunSu Oppa! — Disse a outra garota que descia do mesmo taxi.

— Ah é! É ele mesmo Sasu. — Disse Mila.

— JunSu Oppa! Soubemos o que aconteceu com o JaeJoong Oppa. — Disse Mila.

— E queremos ajudá-los. — Disse Sasu.

— Então bem-vindas ao nosso grupo de resgate. — Disse Jully ao se aproximar de Mila e Sasu.

— Vocês são do Brasil também? — Perguntou Sasu.

— Sim, estamos aqui para o mesmo propósito. — Disse Jeze.

— Que bom! Eu me chamo Sasu e esta é a minha amiga Mila.

—E eu me chamo Jully e esta é a minha amiga Jeze.

— Ok garotas, vamos logo para o museu, não podemos perder tempo. — Disse YooChun.

YooChun e Ricky tiraram as malas de Jully e Jeze do taxi e colocaram no porta-malas do carro do maior e foram em direção ao museu.

Chegando ao local foram direto para o setor egípcio e acabaram achando mais uma carta.

“nagaikaironihibiku "doko kadeatta desyouka?"

(O barulho que ecoa através do longo corredor, ’Nós já nos conhecemos?)
·... "aowa akano hidarini"

(‘O azul para a esquerda do vermelho’)
sabitsuita tenshi no hane bakuka suteta kinou no yume

(As asas enferrujadas do anjo; os sonhos de ontem que foram adiados,)
sakiwa tenonaru houe mekakushi oshite

(Ocultando seus olhos da direção das palmas)

Who are you? tell me baby

(Quem é você? Me diga baby,)
sorewa daremo utsuranai kagamini no kani sonoteo irerutoki

(Você não mostrará isso a ninguém, mesmo se você colocar suas mãos no espelho)”

— A praia. — Disse Mila.

— Como você sabe que é? —Perguntou JunSu.

— Pois a primeira parte combina “O barulho que ecoa através do longo corredor, ’Nós já nos conhecemos?” não é um corredor e sim a areia da praia, “O azul para a esquerda do vermelho” é o pôr-do-sol, “As asas enferrujadas do anjo; os sonhos de ontem que foram adiados” a maresia enferruja e a noite chega, e “Ocultando seus olhos da direção das palmas” são as palmeiras da praia. — Disse Mila.

Assim que terminaram de decifrar a pista, todos voltaram para o carro de YooChun e foram em direção a praia. Ao chegar lá, o sol já estava se pondo... Caminharam a procura de mais uma pista, mas não conseguiam encontrar nada.

— Acharam alguma carta ou coisa parecida? — Perguntou YooChun vasculhando o perímetro.

— Não, qual é a segunda parte da pista que você não entendeu Mila? — Perguntou Sasu.

— Foi na parte: “Você não mostrará isso a ninguém, mesmo se você colocar suas mãos no espelho”.

JunSu foi caminhando até a beirada do mar olhando para os próprios pés quando viu algo perto dele.

— Hey!

— O que foi JunSu? — Perguntou Ricky.

— Acho que já sei o que essa segunda parte quer dizer!

Todos foram até onde JunSu estava.

— Quando a parte que diz: “Você não mostrará isso a ninguém” quer dizer que é uma coisa rara, preciosa, ou seja, talvez seja aquela garrafa ali. — JunSu apontou para o objeto na água.

— Talvez não, é isso mesmo. — Disse Jully indo em direção a garrafa.

— E “mesmo se você colocar as suas mãos no espelho” refere-se ao espelho d’água quando o sol está se pondo e reflete no mar.

— Acertou Su! — Disse YooChun quando Jully mostrou a garrafa para o mesmo.

— Abra JunSu. — Disse Jully ao entregar a garrafa.

JunSu fez o que Jully havia pedido, abriu a garrafa e retirou a carta.

“et quatre... senakamide jyakouno kaori atsui kokyuno uta

(E quatro, a essência da nostalgia mesmo em suas costas, sua respiração quente,)

cinq kuuhakuni ukabu hitomi yurusarenai no nara
(Cinco,os olhos que aumentam/elevam mesmo na escuridão,se não é permitido,)

six sononamida ga ikikaettara doushite motto
(Seis,se suas lagrimas estão reavivando,então de algum modo,)

mezamete yuku kasekitachi 9095...
(Os restos que lentamente vem viver em 9095)

mounanimo saka sanaide sobani irukara
(Não tente achar nada mais do que isso para eu estar ao seu lado,)

meoaketeshimatta no nara modorenakutemo
(Mesmo que você não consiga voltar uma vez mais você abriu seus olhos,)

soredemo iinonara sotto
(Se você ainda está assim, silenciosamente)”

— Jeonrado Gwangju. — Disse JunSu.

— O quê? — Disse YooChun.

— Lembra muito a paisagem de Jeonrado Gwangju.

— Lembra?

— “a essência da nostalgia mesmo em suas costas, sua respiração quente,” significa o local onde YunHo nasceu, ou seja, lembranças... “os olhos que aumentam/elevam mesmo na escuridão, se não é permitido,” lembra do matagal que é até o joelho que fica longe da casa de Yun? De noite fica um breu total, não dá para enxergar nada... “se suas lagrimas estão reavivando, então de algum modo,” Tem algo muito importante para nós nesse matagal... “Os restos que lentamente vem viver em 9095” só pode estar se referindo ao Jae... “Não tente achar nada mais do que isso para eu estar ao seu lado,” Ele quer que a gente procure o Jae e ele... “Mesmo que você não consiga voltar uma vez mais você abriu seus olhos,” Devemos achar eles antes que o seqüestrador nos veja e... “Se você ainda está assim, silenciosamente” devemos fazer isso com o máximo de cautela sem prejudicar a gente e principalmente o Jae. — Explicou JunSu ao olhar para os outros.

— Então ligue para o YunHo Oppa e Para o ChangMin Oppa, diga isso a eles e avise que é para eles irem nos encontrar na casa de YooChun Oppa. — Disse Sasu olhando para JunSu.

JunSu pegou o celular, ligou para cada um deles dizendo o que havia acontecido.