A Filha de Cronos escrita por NatyAiya


Capítulo 34
Capítulo 31 - Vulnerabilidade


Notas iniciais do capítulo

A internet voltou!!!! Graças aos deuses!
Aqui está o capítulo postado da minha casa...
Boa leitura.



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Capítulo 31 - Vulnerabilidade

POV Samantha

Acordei só de noite, com Apolo espalhando beijos por meu pescoço enquanto suas mãos seguravam firmemente minha cintura.

– Acordou animado... - eu murmurei enterrando minha mão em seu cabelo.

– Sua culpa. - ele falou entre um beijo e outro.

– Que horas são? - eu perguntei soltando um gemido baixo em resposta aos seus lábios.

– O mesmo horário que as meninas voltaram ontem. - ele respondeu sem desgrudar os lábios de meu pescoço.

– Quer voltar para o Olimpo para fazer isso? - eu perguntei enquanto ele erguia minha blusa.

– Acho que não. - ele falou antes de grudar seus lábios nos meus.

Retrubui, é lógico.

– Apolo... - falei quase sem ar. - ...Vamos para o Olimpo. Se alguém entrar aqui... - eu falei entre um gemido e outro.

– Tudo bem. - ele falou me abraçando forte para voltarmos para o Olimpo.

Caímos na cama dele, sem nenhum problema e ele continuou exatamente de onde ele tinha parado.

Ele estava sem camiseta e só com a cueca. Eu estava só com a blusa, que já tinha sutiã e com a calcinha. Ele estava excitado e eu também, não vou mentir.

Ele se livrou bem rápido da minha blusa e abocanhou meu seio direito, enquanto sua mão descia por minha barriga e brincava com minha calcinha.

– Quer continuar? - ele perguntou sorrindo subindo para minha boca.

– Por que não? - eu retruquei rindo junto com ele e mordendo meu lábio inferior.

– Não me provoque, eu já falei. - ele falou me puxando mais para si.

– E eu já pedi para você me mostrar quais são as consequências. - eu falei ficando por cima dele e beijando-o. Nos livramos das duas peças de roupa que restavam e segurou minha cintura ficando por cima novamente sem colocar seu peso sobre mim.

– Posso? - ele perguntou olhando em meus olhos, com sua intimidade roçando na minha.

Assenti e ele foi pedindo passagem devagar. Não importa quantas vezes eu fizesse amor com ele, eu sempre ficava desconfortável com seu tamanho. Fechei os olhos ao sentí-lo completamente dentro de mim.

– Samantha? Estou te machucando? - ele perguntou passando a mão pelo meu rosto.

– Não. - eu respondi respirando fundo.

– Quer ficar por cima? - ele perguntou já com as mãos em minha cintura, mas sem se mexer.

– Não. Só me dê um minuto. - eu falei segurando em sua mão.

– Claro. - ele falou voltando a me beijar.

Eu estava desconfortável, mais do que o normal. Até ele percebeu isso.

– Samantha? Quer parar? - ele perguntou vendo meus olhos se encherem de lágrimas.

– Não. - eu falei segurando as lágrimas. O que estava acontecendo comigo?

– Estou te machucando, não estou? - ele falou encostando sua testa na minha.

– Não sei. Estou desconfortável. - eu respondi tentando não me mexer.

– Espera, eu vou sair. - ele falou se afastando aos poucos de mim. - Como se sente? - ele perguntou me puxando para seu peito.

– Não sei dizer. Isso nunca aconteceu. - eu falei me agarrando a ele.

– Tudo bem. Me desculpa. - ele falou beijando minha testa enquanto eu fechava os olhos deixando uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

– Por que está se desculpando, Apolo? - eu perguntei sem entender.

– Fui bruto demais. - ele falou me apertando contra ele delicadamente.

– Não, não foi. Você foi mais carinhoso do que o normal. Não sei o que aconteceu comigo. - eu falei escondendo meu rosto no vão de seu pescoço.

– Está chorando? - ele perguntou depois de alguns minutos em silêncio.

– Não. - eu respondi não deixando ele se separar de mim.

– Olha para mim. - ele pediu puxando meu rosto delicadamente. - Eu te machuquei? - ele perguntou olhando no fundo de meus olhos.

– Não, Apolo. Eu só... Eu não sei. - eu falei deixando as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

– Não chore. - ele falou passando a mão por meu rosto e se sentando me puxando junto. - Vem comigo. - ele falou passando uma de suas mão pelas minhas costas e a outra por baixo de minhas pernas.

Ele me levou até o banheiro, onde ele me colocou sentada sobre a banheira.

– Samantha, respire fundo. - ele falou colocando as mãos sobre meu ventre.

– O quê? - eu perguntei sem entender.

– Faça isso. - ele pediu sem olhar para mim.

Respirei fundo e senti ele ficar duro na minha frente.

– Apolo? - eu perguntei colocando minha mão sobre a dele.

– Você está grávida? - ele perguntou me olhando questionador.

– Não que eu saiba. - eu respondi.

– Quando foi a última vez que você transou com alguém? - ele perguntou mas eu não entendi a pergunta.

– Como assim?

– Quando foi a última vez que você transou com alguém? - ele repetiu.

– Um mês e meio, com você. - eu respondi.

– Você está atrasada? - ele perguntou.

– Não, eu acho que não.

– Samantha, eu acho que você está grávida de novo. - ele falou pausadamente enquanto se levantava.

– Eu? Grávida de novo? - eu perguntei tentando ligar os pontos.

– Não tenho certeza, mas tudo indica que sim. - ele falou ligando o chuveiro. - Venha, vou te dar um banho como não faço a tempos. - ele falou estendendo a mão para mim.

– Apolo, eu... - eu murmurei.

– Venha, depois conversamos sobre isso. - ele falou me puxando assim que eu coloquei minha mão sobre a sua. - Se você estiver grávida e eu for o pai novamente, não sabe como isso me deixa feliz. - ele falou me abraçando debaixo d'água.

**********

Uma semana depois, Apolo me forçou a ir para o mundo mortal fazer um exame para descobrir se eu estava mesmo grávida. Ele foi comigo, é claro, mas algo me dizia que iria acontecer algo que eu não gostaria.

Tudo correu bem, até sairmos do hospital. Demos de cara com a Stacy, mesmo que eu tivesse mexido com a mente dela, ela ainda parecia se lembrar de alguma coisa.

– Se eu não posso tê-lo para mim como meu marido, você também não terá! - ela falou se aproximando de mim furiosa e me empurrando da escada.

Tudo aconteceu bem devagar. Vi a mão de Apolo tentando me segurar, mas não deu tempo, no segundo seguinte eu estava rolando os sete degraus que davam acesso à porta do hospital, senti tudo ficar borrado, escutei Apolo me chamando, mas parecia que ele estava tão longe... Depois tudo escureceu.



POV Apolo

Tive vontade de fritar aquela garota idiota. Mesmo as deusas, podem abortar e se a Samantha estivesse mesmo grávida, nesse momento, ela já não estaria mais.

Posso ser um deus, mas não posso tocar nela, não com tantos mortais ao meu redor perguntando como ela está, se ela é minha esposa e coisas assim. Vi dois enfermeiros se aproximarem com uma maca, não fiz nada, apenas acompanhei eles e lancei um olhar de nojo para a Stacy. Sentia outra vida emanar dela, ela também estava grávida, não me importei se a criança que ela carregava era minha ou não. Entrei no hospital mas me concentrei nela, na segunda vida que emanava daquela garota. Alguns segundos depois, pude sentir a criança dentro dela perdendo a força e morrendo e não me importei, o que mais me preocupava era a Samantha. Ela pode ser uma deusa, mas ela é diferente, sempre foi.

– Senhor Solace? - um médico se aproximou de mim com uma prancheta nas mãos.

– Sim. - eu respondi ficando de pé no mesmo instante.

– Sinto lhe informar, mas sua namorada infelizmente perdeu o bebê. - o médico falou.

Eu me sentei novamente na cadeira ao receber essa notícia.

– E ela? Como a Samantha está? - eu perguntei depois de alguns minutos em silêncio.

– A senhorita Olympus ainda está desacordada e ainda não sabe disso. Se o senhor quiser ficar com ela até que ela acorde não será problema nenhum. - ele falou sorrindo tristemente para mim.

Assenti com a cabeça e ele me guiou até um quarto. Minha Samantha estava deitada na cama ela poderia estar apenas dormindo se não estivesse com soro ligado a ela.

– Por que o soro? - eu perguntei ao ver.

– Ela perdeu um pouco de sangue, foi pouca coisa, mas só para termos certeza que ela ficará bem. - o médico explicou para mim. - Assim que ela acordar, chame a enfermeira ou a mim. - ele falou me deixando sozinho no quarto.

– Samantha? Amor, acorde. - eu falei me sentando na beira da cama e passando a mão pelo seu rosto. Ela se mexeu um pouco ao meu toque. - Samantha. - a chamei de novo.

– Apolo? - ela perguntou abrindo os olhos devagar.

– Shhh... - eu falei sorrindo para ela.

– Onde...? - ela começou mas olhou ao redor e logo entendeu. - Eu..? - ela começou e colocou a mão sobre a barriga. - Apolo? - ela perguntou procurando pelos meus olhos.

– Samantha, amor. Nós viemos aqui para saber se você estava grávida, se lembra? - eu perguntei e ela assentiu. - Sim, você estava.

– A Stacy, ela me empurrou escada abaixo. - ela falou com um fio de voz.

– Sim, você infelizmente perdeu o bebê. - eu falei me aproximando mais dela. Os olhos dela ficaram marejados, mas ela não deixou que nenhuma lágrima escorresse.

– Apolo, eu... - ela começou e então deixou que uma lágrima escapasse de seus olhos.

– Shhh... - eu me aproximei dela e a abracei da melhor forma possível. - Amor, quer ir para casa? - eu perguntei em seu ouvido. Ela assentiu e eu apertei o botão que chamava a enfermeira.

Uma enfermeira apareceu minutos depois.

– Sinto muito. - foi a única coisa que ela falou para nós enquanto tirava o soro dela. - Você já pode ir para casa querida. Fique de repouso por um mês mais ou menos. O feto sairá de seu corpo naturalmente, já que você estava só de um mês e meio. - ela falou sorrindo tristemente para nós.

Samantha assentiu e eu a ajudei se levantar.

– Amor? - eu a chamei quando já estávamos fora do hospital.

– Apolo, pode me levar para o Olimpo? - ela perguntou com a voz falhada.– Samantha, eu quero continuar com você. Posso te levar para o Acampamento? - eu perguntei para ela docemente.

– Pode. - ela respondeu olhando para mim por um segundo antes de responder.

Abri a porta do carro para ela entrar, ela estava desligada, parecia nem estar mais nesse mundo. Dirigi pelo trânsito de Nova York em silêncio.

– Samantha, amor, chegamos. - eu falei parando o carro já no Acampamento.

– Apolo, sei que você tem mais duas semanas de punição e um ano inteiro por causa da aposta, mas preciso de você comigo agora. Pode ficar comigo na praia ou em um dos quartos da Casa Grande? - ela pediu enquanto eu a abraçava e nós subíamos a colina.

– Posso? - eu perguntei ela assentiu deixando outra lágrima escorrer por seu rosto.

Dois dias atrás ela tinha reconhecido a Alexia como filha dela, então a menina veio correndo até nós quando a viu. Roberta estava junto com ela e veio atrás.

– O que houve? - Alexia perguntou vendo as lágrimas escorrendo pelo rosto de Samantha.

– Nada querida. Está tudo bem. - Samantha respondeu passando a mão pelo rosto e sorrindo.

– Roberta, leve a Alexia para treinar. Depois conversamos. - eu falei vendo a mesma pergunta estampada na testa de minha filha. Ela assentiu e puxou Alexia para longe.

Levei Samantha para a praia, poderia não ser o lugar mais confortável, mas naquele momento, ela precisava de sossego e lá era o melhor lugar para isso.

Ela se sentou na areia e eu me sentei atrás dela, fazendo ela se encostar em mim.

– Amor? Está tudo bem? - eu perguntei segurando sua mão.

– Apolo, eu estou com raiva, estou triste e sem saber o que fazer. - ela falou se virando para mim.

– Sei o que você está sentindo. Eu sinto a mesma coisa. - eu falei para ela.

– Por quê? O que a Stacy ganhou me empurrando da escada? - ela perguntou fechando os olhos com força.

– Ela também estava grávida. - eu respondi.

– O quê?

– Ela também estava grávida. - eu repeti.

– Eu quero matá-la. - ela falou entredentes.

– Eu tive uma idéia melhor e já agi. - eu falei.

– Apolo, o que você fez? - ela perguntou curiosa.

– Matei o feto. - falei simplesmente.

– Em outra circunstância eu estaria gritando com você e te acusando, mas agora, eu não sei se eu faria coisa melhor. - ela falou.

Puxei ela para mim fazendo ela enterrar seu rosto no meu peito. Ficamos horas naquela mesma posição, em silêncio. Só falei quando começou a escurecer.

– Amor, vamos para o Olimpo? - eu perguntei, ela assentiu e eu a peguei no colo e nos teletransportei para meu quarto.

– Apolo... Me sinto tão vulnerável. - ela falou para mim quando a coloquei na cama.

– Não vou sair do sou lado pelo próximo um mês. Você pode estar vulnerável, mas eu estou aqui para te proteger. - eu falei para ela me deitando ao seu lado.

Dormimos daquela forma mesmo, acordei no dia seguinte com batidas na porta. Verifiquei se Samantha estava bem antes de me levantar para abrir a porta.

Afrodite estava parada na porta com Athena, Hera, Deméter, Héstia, Poseidon, Zeus, Perséfone, Hades, Hefesto, Ares, as filhas e filhos da Samantha, Hermes e até Ártemis estava presente.

– Onde ela está? - Afrodite perguntou.

– Na cama. - eu respondi. - Afrodite, não faça alarde. Ela não está bem. - eu falei segurando o braço da deusa do amor quando ela ia entrar no quarto.

– Posso fazer alarde, mas eu vi tudo o que aconteceu assim como todos do Olimpo. - ela falou entrando em silêncio no quarto.

Deixei os outros entrarem, mas me deitei ao lado dela antes de acordá-la. Passei o braço sob a cabeça dela sem acordá-la e beijei de leve seus lábios antes de chamá-la.

– Samantha... - eu murmurei em seu ouvido. - Amor, acorde. - eu a chamei novamente.

– Feche a cortina. - ela murmurou. Aghata fez o que ela tinha pedido e aos poucos ela foi abrindo os olhos. - O que todos estão fazendo aqui? - ela perguntou olhando para mim.

– Todos nós vimos o que aquela garota mortal nojenta fez com você. - Poseidon falou friamente.

– Sentimos muito. - Afrodite falou sentando na beira da cama.

– Obrigada. - Samantha falou sorrindo fracamente para todos.

– Você deveria comer alguma coisa. Consegue vir até a Sala dos Tronos? - Zeus perguntou, nem parecia que à duas semanas atrás os dois estavam brigando.

– Acho que sim. - ela falou se sentando com a minha ajuda.

– Tem um belo banquete lá nos esperando. - Perséfone falou. - Se troquem, esperamos vocês lá. - ela falou e todos foram saindo.

– Consegue ir? - eu perguntei.

– Sim. Estou dolorida, mas não estou com um ferimento grave. - ela respondeu fechando os olhos e soltando um gemido baixo ao se levantar.

– Quer ajuda? - eu perguntei preocupado ao vê-la se apoiar na cama.

– Vou aceitar. - ela falou esticando o braço na minha direção.

– Se quiser ficar aqui, eu peço para uma ninfa trazer algo para você comer e fico aqui, não tem problema. - eu falei apoiando ela.

– Não, eu vou até lá. Só preciso de ajuda. - ela falou indicando para mim o guarda roupa.

Ajudei ela ir até lá e ela pegou um vestido leve, branco sem nenhum detalhe, mas que ficou perfeito nela. Descobri que tenho jeito para pentear o cabelo de uma mulher. Ela pelo menos, não reclamou nenhuma vez.

– Quer que eu prenda? - eu perguntei depois de tirar todos os nós do cabelo dela.

– Não, vou com ele solto mesmo. Vá se arrumar agora. - ela falou sorrindo para mim agradecendo.

Me arrumei o mais rápido que pude e fomos para a Sala dos Tronos, realmente tinha um belo banquete lá. Todos os 10 deuses que tinha seus respectivos tronos estavam sentados, Hades e Perséfone estavam sentados ao lado do trono de Samantha, e as filhas dela estavam sentadas ao redor do trono dela. Carreguei ela até meu trono, e me sentei arrumando ela entre minha pernas, não deixaria ela sentada do outro lado da sala. Ela entendeu motivo do meu ato e se virou para mim agradecida.

Então as ninfas começaram a andar pela sala oferecendo frutas, pães e algumas carnes para todos. Samantha estava fraca e um pouco enjoada, segundo ela, por isso não forcei ela comer muito, mas pedi para ela comer a maior quantidade de frutas que ela conseguisse.

– Está tudo bem? - eu perguntei para ela uma hora depois quando ela se apoiou em mim e fechou os olhos.

– Me dê um minuto. - ela pediu e eu deixei o cálice com vinho no braço de meu trono para segurá-la.

– Melhor? - perguntei quando ela voltou a abrir os olhos.

– Sim. Estou um pouco enjoada, mas é normal, não é? - ela perguntou para mim.

– Uhum. Se quiser voltar para descansar, eu não vou achar ruim. - avisei ela.

– Está tudo bem. - ela falou apoiando a cabeça em meu peito e fechando os olhos novamente.

Pedi para a ninfa que passava perto de mim levar o cálice de vinho embora. Abracei Samantha e pensei várias vezes em voltar para o meu palácio.

– Ela está bem, Apolo? - Athena perguntou do outro lado do salão ao ver que eu estava abraçando a Samantha.

– Ela acabou cochilando. - eu respondi para ela.

– Leve ela de volta para o seu palácio e depois volte. - Ares falou e eu o fuzilei. Nunca que eu iria deixá-la nesse estado sozinha.

– Não seja idiota Ares! - Afrodite o repreendeu. - Ela está bem mesmo, Apolo? Ela parece estar um pouco pálida. - ela comentou.

Encostei meu rosto no dela só para verificar, eu sempre fui um pouco mais quente do que o normal, mas Samantha sempre teve a temperatura normal e agora ela estava um pouco mais quente.

– Você, ninfa! - eu chamei uma das ninfas que passava perto de mim. - Traga panos limpos e úmidos. - eu falei e ela saiu da Sala dos Tronos correndo.

– O que ela tem? - Poseidon perguntou junto com Aghata.

– Acho que ela está com um pouco de febre. - eu respondi puxando o cabelo dela para trás sentindo a temperatura dela.

– Ela vai ficar bem? - Lyra perguntou se levantando e vindo até onde eu estava.

– Vai, Lyra. - Eu respondi. - Mandem a ninfa levar os panos para meu palácio, vou levá-la para lá. - eu falei já me teletransportando para meu quarto, coloquei ela gentilmente na cama e fui para o banheiro.

– Lorde Apolo? - a ninfa bateu na porta do banheiro e eu saí de lá. - Os panos que o senhor solicitou.

– Obrigado. - eu respondi pegando os panos e indo até a cama, os panos estavam úmidos e gelados, como eu precisava. Coloquei os panos contra a pele quente dela e ela se remexeu um pouco desconfortável.

– Samatha, acorde. Amor. - eu a chamei.

– Hum... - ela resmungou abrindo os olhos devagar.

– Como se sente? - eu perguntei erguendo a cabeça dela e colocando minha perna por baixo de sua cabeça.

– Um pouco enjoada e fraca. - ela respondeu piscando algumas vezes.

– Você está com um pouco de febre. Vai abaixar logo se eu te der um banho, posso? - eu perguntei e ela assentiu.

Peguei ela no colo e ela se aconchegou em mim, ela estava com frio e era compreensível. Tirei o vestido dela e logo depois as roupas íntimas dela, liguei a água e deixei ela ficar morna antes de prender o cabelo dela com uma presilha que eu sempre via ela usando e tirar a minha roupa. Entrei debaixo d'água com ela e ela se agarrou mais ainda em mim tentando se afastar da água que comparada à temperatura dela, estava um pouco gelada.

– Samantha, relaxe. - eu sussurrei em seu ouvido e ela aos poucos foi se acostumando com a temperatura da água mas não chegou a me soltar.

– Está gelada. - ela reclamou uma única vez, mas não se afastou.

Tirei ela de debaixo da água e a sequei com cuidado, com ela se apoiando em mim durante todo o tempo.

– Apolo. - ela murmurou de olhos fechados.

– Oi. - eu respondi.

– O que está acontecendo comigo? - ela perguntou.

– Eu não sei, amor. Eu não sei. Mas não vou deixar você sozinha, nunca. - eu prometi a pegando no colo e voltando para o quarto.

Por um mês, eu não saí do lado dela. Por um mês eu a mantive ao meu lado. Por um mês eu cuidei dela, sem saber o que ela tinha. Dediquei meu tempo para cuidar dela, da mulher que eu sempre tive ao meu lado, mas demorei dois milênios para descobrir que ela era a mulher, a única deusa que me compreendia e me completava.


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Notas finais do capítulo

Meloso demais?
O que acham que está acontecendo com ela?
Comentem...



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