The Forbidden Daughter escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 4
Wherever You Will Go


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap pra vocês, gente Espero que gostem



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Acordei com algo bloqueando a luz do sol. Pisquei surpresa enquanto Annabeth derramava um líquido com gosto de iogurte de mel na minha boca. Tentei virar o rosto, mas ela puxou meu queixo e derramou mais um pouco daquele negócio.

 

-Argh, Annabeth...

 

-Elle – ela disse – Você está desmaiada há três dias. Quíron disse que você entrou correndo e pediu ajuda...

 

Comecei a rir.

 

-Provavelmente eu precisava depois do que eu vi na praia – comecei a rir, e Annabeth ficou vermelha. Como um pimentão.

 

-Foi por isso que desmaiou?

 

-Não sei, eu – franzi a testa – Eu comecei a me sentir mal e corri para cá...

 

-É, Quíron te socorreu e chamou Apolo... Ele disse que você estava muito mal...

 

Estremeci.

 

-Ele disse que foi um veneno que a vampira injetou em você, mas agora está tudo bem...

 

Suspirei aliviada e sentei na cama.

 

-Hei... – começou Annabeth mas não lhe dei ouvidos e me levantei do mesmo modo. Eu estava na enfermaria, mas quando me levantei não senti tontura nenhuma. – Ah, uma noticia boa – ela sorriu – Apolo curou seus machucados.

 

-Oi?! – perguntei toscamente, puxando um espelho da mesa e encarei maravilhada o meu rosto.

 

Os meus cachos loiros estavam brilhantes e caiam pululuantes ao redor do meu rosto completamente curado. A pele branca estava lisa e brilhosa, sem machucados e sem arranhões. Eu estava normal e perfeita. Até uma pequena cicatriz que eu tinha na pálpebra esquerda, que eu havia feito quando criança, havia sumido.

 

-Estou perfeita – murmurei fitando-me no espelho.

 

Annabeth sorriu levemente.

 

-Daqui a umas semanas vamos ter um campeonato de espadas, você pode tentar se quiser...

 

-Claro que eu quero – interrompi com os olhos brilhantes – Você podia me ensinar algumas coisas... Percy também...

 

Ela sorriu.

 

-Claro que sim. Vou falar com ele, mas agora troque de roupa e vá para o almoço.

 

Assenti e peguei as roupas que estavam no pé da cama.

 

-Espere, Annabeth...

 

-Eu...

 

-O verão já não terminou?

 

-Sim, mas com toda essa confusão em reconstruir Nova York, só em 23 de outubro começam nossas aulas...

 

-Ahhh – suspirei – Vou almoçar.

 

Corri para fora da enfermaria direto para o nosso refeitório. Quando cheguei lá e sentei na mesa do chalé de Hermes, Travis sentou do meu lado e me abraçou.

 

-Pensei que você tinha morrido! – ele exclamou preoupado e eu fiz uma careta.

 

Me soltei desconfortável.

 

-Apolo disse que foi a vampira – dei de ombros e ele arregalou os olhos.

-Apolo veio aqui?

 

-Sim – dei de ombros novamente.

 

Comi em silencio, enquanto Travis contava para Connor a história. Isso estava me irritando, me irritando demais. Me levantei de repente e saí de perto das mesas, caminhando para a arena, onde peguei a minha espada no armário.

 

Ela me incomodava. Estava leve demais e meu braço ficava muito alto, deixando minha guarda descoberta. Peguei outra espada enquanto continuava segurando a minha. Essa outra espada se ajustava perfeitamente a minha mão, mas ainda existia um certo desconforto com uma. Levei as duas para a arena onde comecei a atacar um boneco. Primeiro com a minha espada que estava me irritando também. Depois peguei a outra e novamente me decepcionei. Peguei as duas e as joguei contra o boneco com um grito, e fui para sair da arena quando ouvi um pliiim... de espadas balançando. Quando olhei para trás, as duas estavam cada uma em um braço do boneco.

 

Maravilhada eu caminhei até o boneco e as puxei com força, segurando uma em cada braço e comecei a atacar o “monstro” com as duas. Era mais fácil, eu podia me defender e atacar ao mesmo tempo. Eu me sentia boa, especial. Quando deixei as espadas caírem no chão com um arquejo e alguém bateu palmas atrás de mim.

 

Me virei rapidamente e me vi encarando ninguém mais, ninguém menos que o filho de Hades, que eu não conhecia muito bem, Nico di alguma coisa. Alcancei rapidamente as espadas, pronta para me defender. Nico sorriu um pouco.

 

-Não se preocupe – ele tratou de dizer – Foi muito bom o que você fez com as espadas, é a primeira que vejo que consegue usar as duas...

 

Tive que sorrir.

 

-Obrigada. Quer tentar?

 

Os olhos dele brilharam com o desafio. Ele tirou uma faca preta da cintura e veio caminhando lentamente até onde eu estava. Fiquei olhando cuidadosamente para os passos dele, até que Nico parou, me encarou e atacou.

 

Pulei para o lado de pressa, e consegui por pouco interceptar o golpe que ele me mandava com a espada do braço direito, enquanto a esquerda fazia um curva até as pernas dele. Nico pulou para se desviar, então girou e empurrou a espada contra mim. Cai de joelhos no chão enquanto empurrava a espada dele para longe. Usei as minhas para desarmá-lo e a espada dele voou para longe. Tive que sorrir.

 

-Você também é muito bom – elogiei, enquanto devolvia para ele a espada.

 

Ele deu um sorriso maroto, então ficou sério.

 

-Você tem uma áurea poderosa.

 

-Como?!

 

-A áurea de uma pessoa muda de um para outro. A sua é carregada de poder.

 

Fiquei estática. O que aquele pirralho estava falando?

 

-Ahn?

 

-Esqueça – ele riu, enquanto me dava as costas – Bom treinar com você, Ellie.

 

ESPERA AI. Quem ele pensa que é para me chamar de Ellie? No orfanato, sempre que alguém me chamou assim era vitima de um soco na cara segundos depois. Fiquei espumando de raiva enquanto acabava com os bonecos. Com as espadas, comecei a estraçalhar os outros, cuidando para não fazer muita bagunça.

 

-Eita, eita – disse alguém por trás de mim e eu me virei com raiva, quando vi que um filho, supostamente de Ares, estava escorado em um boneco, com o rosto nas sombras, que eu estava perto de destruir.

 

-O que foi, droga? – perguntei com raiva, enquanto segurava as espadas ao lado do corpo.

 

-Você luta muito bem – ele disse, mas senti um tom de zombaria na voz dele.

 

-Se veio aqui só pra dizer isso, pode ir embora – murmurei, enquanto me virava para onde ele estava, encarando-o nos olhos. O ar faltou nos meus pulmões quando reconheci aqueles olhos sem “olhos”, por assim dizer. Droga, Ares?!  Ele pareceu ouvir meus pensamentos, quando disse:

 

-Sou eu sim, e não estava brincando, você luta muito bem com as duas espadas.

 

Não respondi, apenas larguei as espadas no chão e esvaziei uma garrafa de água na minha cabeça. De novo.

 

-Seu pai está orgulhoso.

 

Deixei cair a garrafinha no chão, e me virei para encará-lo. Ele não podia estar falando sério, ou podia? Não vou falar mais palavrões porque essa é uma fanfic de família, mas eu iria dizer: “$@%$¨$¨&@%$¨$%$¨&%¨@$” Provavelmente tudo isso e mais um pouco.

 

-É... Eu sei quem é ele – Ares riu como um porco. Trinquei os dentes com raiva, enquanto me abaixava para pegar a garrafa de água e joga-la na cesta de lixo.

 

Recolhi as espadas e fui caminhando até a porta da arena, eu queria dormir, e Ares estava me irritando.

 

-Sabe, Elle, é uma pena que não seja minha filha. Você luta bem – ele disse e com isso desapareceu.

 

“Aleluia” pensei “Pelo menos esse porco não é meu pai”.

 

Quando voltei ao chalé, Travis estava na porta.

 

-Tsc, tsc, tsc... – ele disse – Treinando.

 

-Sim – disse rapidamente – E encontrei quem eu menos esperava encontrar.

 

-Quem? – ele perguntou curioso.

 

-Ares – murmurei – Ele disse que eu luto bem.

 

Travis sorriu.

 

-Isso é uma boa coisa...

 

-Ele disse que não sou filha dele, aleluia.

 

Travis riu, sem demonstrar o desconforto evidente em seus olhos.

 

-Queria me dizer algo? – perguntei, sutilmente.

 

-Errr, na verdade eu queria – ele admitiu. Sentei ao lado dele e suspirei:

 

-O que é?!

 

-Bem – Travis disse desconfortável – Bem, você ainda não sabe quem é seu pai... er, se fosse Hermes ele teria te assumido no começo, mas...

 

Mas...” pensei.

 

-Eu não sei se o que eu vou falar é besteira ou é qualquer outra coisa, mas eu... Gosto de você.

 

-Er, Travis. Eu gosto de você também. Você é o meu melhor amigo aqui...

 

-Não to falando de amizade e sim de...

 

-De...?! – incentivei.

 

Ele suspirou, mas não me surpreendeu. Ele pos a mão dele sobre a minha e lentamente foi aproximando nossos lábios. Senti o hálito de morango dele junto de mim, tocamos nossos narizes e como se tivesse levado um choque, recuei um pouco, mas continuei me aproximando, enquanto uma mão dele tirava meus cachos do rosto.

 

Quando nossos lábios se tocaram, eu apenas consegui senti-los junto aos meus, nada mais. Não era uma sensação estranha, mas um certo formigamento percorreu minha espinha, enquanto senti a língua de Travis no meu lábio inferior, pedindo passagem. Depois de hesitar um pouco, finalmente a concedi e nós tivemos o nosso primeiro beijo.

 


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Odiaram? *----*
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