Memórias Póstumas escrita por dona-isa


Capítulo 10
Adorável companhia




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- Eu detesto cemitérios - Near resmungou em voz baixa, enquanto caminhava por ruas de túmulos, em busca de alguns. "Mihael Keehl" dizia um deles, o qual Near estava parado logo em frente. - Eu não gostaria de triunfa sobre rival nenhum dessa forma, acredite, é estranho te ver nessas condições, mesmo acreditando que um dia eu estarei da mesma forma. Ele então solta um pequeno ramo de camomila em cima do túmulo de Mello, e sai caminhando em busca de um outro túmulo. A imagem bizarra com que Near já se acostumara formou-se próxima ao túmulo, ele brincava com um morango com as pontas dos dedos, antes de comer. - Eu achei que fantasmas não comessem - Near murmurou. "Você não sabe nada sobre fantasmas!" Near revirou os olhos, enquanto a imagem subia em cima do próprio túmulo, ficando cócoras e devorando um morango inteiro. - Eu acho que eu tenho mais um caso nas mãos. "É, eu acho que sim" - Vou esperar meus agentes voltarem de viagem. O espírito então se levanta em cima do túmulo e dá um tapa a nuca de Near, que se apavora. - Eu não sabia que fantasmas podiam fazer isso! - Near exclamou coçando a nuca e caído em cima do túmulo de L. "Não seja tolo! Você mesmo deve ir até os EUA, pra que gastar tempo? aproveite que seus agentes já estão lá" - Sim, já pensei na possibilidade, mas e se não for Kira? L deu de ombros, logo depois colocando uma das mãos no bolso e o dedo na frente do lábio. "Pode ser que sim, pode ser que não.., ou pode ser que você está sendo um tolo e que não está querendo agir! - Você tem razão. " Claro que tenho! quando vai parar de teimar com seu mestre?" Near bufou e depois revirou os olhos. - Sim MESTRE! Irei fazer como desejar! - disse jogando as mãos para o alto como se rendesse, L, apenas sorriu e desapareceu em meio de uma névoa.

"Sozinho" "Sozinho" a palavra as vezes rondava mesmo sem querer a cabeça de Near, parecia que era um estado que não o agradava muito, ele se sentia bem quando saia em alguma investigação pessoal, no caso, sobre L, e quando ocorria as visitas rotineiras do próprio em seu escritório, mesmo não sendo uma visita muito real, era em partes agradável. - Eu não vou precisar de muita coisa - murmurou pra si mesmo enquanto arrumava as malas, abriu o esconderijo onde se encontrava os diários de L, e levou um deles consigo, somente o último, que envolvia a investigação de Kira, se levasse todos eles iria chamar muito a atenção. Pegou o telefone e discou rapidamente um número nele. - Alô? - Gevanni, preciso que você me espere no aeroporto daqui a algumas horas, eu estou saindo daqui do Japão, indo para os EUA. - Sim, claro, como quiser, minha casa estará a sua disposição. - Muito obrigado, mas eu já aluguei um hotel, pelo visto temos um novo caso em mãos. - Sim, é o que me parece. - Nos vemos em algumas horas, até mais. - Até mais. "Me parece que nenhum criminoso japonês morre, é fato que o caso se centraliza somente nos EUA" pensava Near, enquanto folheava um jornal, minutos antes de sair do escritório.

- Aviões são seguros, aviões são seguros... - Near repetia pra si mesmo enquanto subia no avião, as pernas sutilmente bambas, a ultima vez em que viajara foi pra ir ao japão e já fazia mais de seis anos, e ainda foi acompanhado por um de seus agentes. "Você já é um homem, não deve ter esse medo bobo" - ele pensou. Se sentou em uma poltrona e tentou relaxar, assistindo ao longe, e em meio a neblina que misteriosamente só ele podia ver, a imagem que lhe fazia companhia, tentando pegar um pacote de amendoins pelas costas da aeromoça sem que ela visse, sem que visse LITERALMENTE. - Aeromoça! - Near chamou, tentando precaver algum ataque de sustos no avião com pacotes de amendoim voando de repente. - Sim? - Por favor, gostaria de um pacote de amendoim desses. Ela lhe entrega um e sai. - Toma! - Near sussurrou. "Muito obrigado" ele disse entre risos. - É tão inconveniente ser médium de um ser tão irritante e indiscreto como você - Near sussurrou. Ele engolia os amendoins um por um. "Você já deve ter alguma idéia do que procurar nos EUA, não tem?" A imagem se sentou na poltrona vazia ao lado de Near, focando de cócoras, e o observando. - Ninguém suspeitaria de uma criança de sete anos não é? L lambia a ponta dos dedos, olhando Near de lado. "Obviamente" - Eu não acredito nessas coisas, ou melhor, nunca acreditei, até começar a te ver quase todos os dias, então, você suspeita de que ele possa ser reencarnação de Raito Yagami? Silêncio. Uma gargalhada monstruosa e gutural resvalou pela garganta de L, ecoando pelos corredores apertados do avião, era incômodo que somente Near pudesse ouvir algo tão intrigantemente chamativo, depois de morto parecia que L estava mais sinistro do que com vida. - O que foi? - Near sussurrou apreensivo. "Eu posso lhe assegurar, que desde que morri, eu nunca encontrei com Raito Yagami" - O que você quer dizer com isso?

"Quero dizer que Raito não está onde estou, é provável que ele esteja no inferno, ou então... em lugar algum " - O que? você quer mesmo que eu acredite nisso? "Sim claro, pra se reencarnar é preciso passar por algum lugar, como no meu caso, e até mesmo porque, eu nunca acreditei em fantasmas e olhe pra mim agora" Near apenas refletiu sobre o que L, lhe falara, seria isso algum tipo de penitencia pra todos os usuários do caderno? - Soichiro Yagami... "Hmm, o que? - Soichiro Yagami também usou o caderno, você já o encontrou? "Hmm, ahh sim, não, também não." - Será possível que isso só acontece com pessoas que usam o caderno? L sorriu, com o polegar em frente ao lábio inferior. "Achei que você não iria chegar a essa conclusão nunca, estava quase me decepcionando" - Então é verdade? "Creio que sim" - Espere ai! Você quer me dizer que está no céu? "Ora, claro que sim, eu sempre fui um bom garoto" - Pelo que eu li em seu caderno eu acho que não - Near sorriu maliciosamente para L. "Eu acho que alguém de lá gosta de mim" A poltrona vazia estava prestes a ser ocupada, por um homem muito gordo, com um pacote de salgadinhos em mãos, L, deu um salto saindo da poltrona, e se sentando ao lado do homem, avaliando seu cabelo, olhando dentro de seu ouvido, provocando risos internos em Near.

"ahh está quase acabando" Near pensava, enquanto se segurava sutilmente nas bordas das poltronas. Como combinado, Gevanni o esperava no aeroporto. - Olá Near. - Olá Gevanni, parece que suas férias serão "alongadas" Gevanni suspirou. - É parece que sim, pelo menos irei trabalhar perto de minha família.


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