Diário de Um Amor escrita por Juli_Ana


Capítulo 3
I - Renascimento 1.2




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...

— Anne eu não quero os deixar!

— Ainda... Meu bem... Ainda! Esta muito apegada devida a sua recente transformação isso vai acontecer é preciso... Acredite! Viver eternamente sem ter alguém para compartilhar nossas experiências ou discutir sobre um determinado assunto, ou mesmo o simples instinto de procriação lhe fará pensar de outra forma.

— Nós podemos ter filhos?— Minha pergunta era das mais assombradas eu nunca imaginei que vampiros podiam ter filhos.

— Nem todos podem! — Lucio a interrompeu antes dela falar.

— Nem todos... Mas alguns abençoados os tiveram!

— Isso no passado... Anne minha querida não a iluda com a possibilidade... É improvável que um de nós venha a ter essa sorte... Fomos criados e os que geralmente geram são os que nasceram vampiros... A séculos não se tem noticia de um bebe imortal. Sabe disso e sabe o motivo! — A conversa foi interrompida por Claud com total insatisfação por terem me contado sobre tal coisa.

— Claud ela precisa saber... Não quero que fique infeliz e não saiba o motivo.

— Eu a entendo... Eu sei também não desejo isso! Mais uma coisa de cada vez. Primeira regra alimente-se e aprenda a ser sutil... Vamos...

— Eu vou te abandonar?— perguntei entre passos lentos na calçada fria de uma rua ele me olha e sorri, toca meu rosto com as costas da sua mão recoberta com luvas negras.

— Quando esse dia chegar... Espero que não seja agora... Você vai o fazer por que vou ser algo sem graça e que não te satisfaz mais, porque não sou sua metade, e estará tão mal criada que vai afastar a todos, e se não tiver me abandonado com certeza eu o farei... Eu a amo minha criança! Tanto que quando sentires vontade de partir vá... Só uma coisa vou ser seu e você minha sempre, nós temos um vinculo eu saberei se estiver em perigo ou triste, você saberá se isso ocorrer comigo, somos conectados, por mais que chegue a me odiar, ainda assim vamos nos amar de uma forma doentia, foi assim com meu criador e vai ser assim com você e quando encontrar sua metade voltara para mim e para sua família. *

— Vai me expulsar por estar de mau humor por sentir falta de algo que nem sei bem o que é? Por que preciso de algo que desconheço?

— É a ordem das coisas... E se sentir vontade de voltar volte... Eu a receberei de braços abertos. Preciso falar sobre outra coisa que precisa saber!

— Só me ajude em uma duvida?

— Sim...

— E se minha metade for humana?

— A torne um de nós... Temos plena permissão para fazer essa transformação sem consultar os anciões.

— Você os consultou para me transformar?

— Sim... Se eles não tivessem o consentido... Eu não poderia fazer por mais que você fosse fascinante a qualquer imortal, por mais que humana fosse apenas uma fase transitória, sabe sua família tem um legado você é a ultima de toda uma geração... Neta, filha e primogênita e filha única lhe deram o privilégio de se tornar uma de nós seu direito irrevogável. Mas essa historia contarei outro dia. Eu preciso lhe contar outra uma um pouco mais assustadora. — Ele sorriu e limpou a garganta já estávamos nas ruas principais quando vi nossa conversa me fazia não ver como as pessoas me olhavam, elas ficavam de boca aberta devido a ver duas pessoas tão belas, seus pensamentos nos rodeavam só não tinham força para me roubar a atenção de meu amigo que parecia bem desconfortável com o que estava prestes a falar então meio que se curvou para ficar de minha altura. —Prometa não gritar ou se apavorar, fique tranqüila eu a protejo... Prometo. — ele finalizou dando um beijo em minha têmpora, eu só respirei fundo.

— Vamos conte-me o que tem de tão assustador alem de ser uma vampira?

— Existem mais criaturas imortais por ai, mais do que você as possa imaginar, quando se existe escuridão então existe um ser letal oculto, me escute e não me interrompa!

— Comece Claud... Esta fazendo rodeios enchendo–me de curiosidade... — Claud deu dois tapinhas em minha mão que estava agarrada em seu braço andávamos como um casal, ele ereto e passos firmes e lentos e eu o seguia.

— Vampiros, que são como mortos vivos, frios e duros parecem estatuas que andam e falam, tudo neles morreu, só a sede por sangue que não, são um de nossos inimigos naturais, nós como sabe temos sangue em nossas veias, nossos corações batem melodicamente e bom a única coisa que nos torna iguais é o apetite por sangue, alem de força, destreza eles podem andar durante o dia mais parecem um diamante de tanto que brilham, já nossa raça se andar sob a luz dos sol viramos uma bola de fogo ambulante e se não encontrar abrigo queimara ate morrer, quero que preste o máximo de atenção no que estou preste a falar. Se ver um como o que descrevi, vai o reconhecer primeiro é que você pode ler mentes é nosso meio de auto defesa, evite eles não mantenha contato eles podem matar você por raiva, sede ou puro prazer entendeu?

— Sim... Eu entendi sim, são muito perigosos e os outros perigos, você disse que eles são um dos... Claud?— Meu coração deu uma acelerada e Claud me sentou em um banco da praça da catedral e me olhou atento.

— Se os vampiros de segunda classe são perigosos, os lobisomens são nossos predadores não se sabe como começou mais eles começaram a nos caçar somos um tipo de tônico energético, eu não queria que Anne comenta-se sobre eles com você na presença de Mario, ele perdeu a irmã de maneira trágica em um ataque de lobisomens a casa deles na Grécia, isso foi a dois séculos ele não superou! Sophie... Eles são impiedosos andam em bandos e se um dia os encontrar tente fugir antes que eles sintam seu cheiro, mais é impossível fugir de um que já se alimentou de sangue e do nosso coração eles são muito mais forte do que um que nunca conseguiu caçar, eles farejam o cheiro deixado a dias, rastreiam e perseguem a presa somos em minoria por conta deles, vivemos nos escondendo e evitando seus locais preferidos, florestas e matas, cidades pequenas, evite-as. Quanto a igreja pode as visitar sem medo, beijar cruzes, e fuja do sol, do fogo a menos que queira matar-se. Alguns muito antigos se ateavam em uma pira de fogo e dava adeus à imortalidade.

— Lobisomens? Hum? Acho que não vou esquecer-me dessa sua informação, alguém alem de Mario já escapou de lobisomens?

— Mario não estava propriamente em casa estava na praia com os ciganos e então sentiu o medo de sua irmã e quando chegou foi a imagem mais aterrorizante ver corpos estraçalhados por todos os lados eles moravam em muitos em uma pequena vila de humanos e vampiros onde todos conheciam o segredo e os ajudavam a sobreviver, existem boas pessoas que nos alimentam de seu sangue, não precisamos matar para viver, matamos para evitar que a vitima acabe nos denunciando e humanos temem o que é mais forte que eles, então quando uma vitima vive acaba relatando o medo e não o que aconteceu realmente, e então acaba nos botando em perigo.

— Então podemos viver em harmonia com as pessoas?

— Sim... Mais com os povos que tem uma cultura milenar como os ciganos, só com eles é o povo de Iria, Nilo e Abraão, eles vieram com Mario sentem-se protegidos conosco e nos protegem quando não podemos, em troca cuidamos deles lhes recompensamos com riquezas e eles aceitam gostam de ter uma boa vida e a velhice ao lado de um vampiro é mais suportável, nosso sangue cura enfermidades de seus corpos frágeis.

— Entendo! Claud, eu sinto um cheiro tão bom que preciso lhe pedir para voltarmos para o motivo que nos fez sair.

— Certo! Esta vendo como seu instinto lhe chama mesmo que não queira, quando estiver mais velha poderá ficar sem beber por dias talvez meses e beber só quando se lhe convir como faço apesar que você que me drenou tanto que tive que caçar nas noites anteriores.

—Vamos a caça... Você já viu algum desses outros vampiros por Paris?

— Não meu bem... Aqui estamos seguros nem vampiros frios e nem lobisomens, mais uma coisa, os frios tem veneno na saliva, é como se transforma um humano no que são, humanos sofrem três dias para completar a mutação muito dolorosa. Evite a boca em especial, e bom dos cães se for apenas um você tem chance mais se for mais de um não adianta pode tentar correr, falo por que você tem cara de que logo vai se aventurar pelo mundo, tem chance mais só se ele nunca provou de um coração, do sangue ele só vai morrer de vontade de beber, você sabe do que falo, e bom para nós, bom para eles e maravilhoso par humanos.

— Nós somos comida de cachorro!— foi um pensamento difícil de conter que saiu em voz alta, Claud sorriu e então voltamos a andar. Encontramos um jovem mediano, pele branca e cabelos loiros, suas roupas de fino corte denunciavam que ele era de família de classe alta um burguês. Claud sorriu e sibilou para mim.

— Era esse cheiro que sentiu?— Perguntou ansiosos e eu só sorri tímida o pobre moço na minha frente parecia encantado comigo, seus olhos cintilavam e seus cílios batiam repetidas vezes ele mesmo não acreditava no que via isso era evidente com todos os seus pensamentos nítidos para nós dois não me contive e olhei para Claud como deveria ser divertido ver o que minha mente tola fazia diante a ele,  senti uma pontada de tristeza e desejei que ele fosse embora, mais o rapaz continuava ali em minha frente e quando me peguei estava olhando o pescoço dele e o que me chamava atenção era o pulsar de sua veia e o cheiro era tentador, por ele conseguia deduzir o gosto que seu sangue poderia ter, minha língua estalou no céu da minha boca que levei a mão por puro impulso para cobrir e abafar um pequeno gemido que emiti.

— Nós já vamos esta ficando tarde e muito frio?

— Vamos ficar só mais um minuto, só vou acabar meu drinque e então vamos, não quero que fique doente querida!— Claud me tentava mais ele sabia que mais um pouco e estaria totalmente perdida eu queria o sangue daquele rapaz e como queria, mais não queria matar ele não depois de ver seus lindos olhos azuis e vê-lo agi cortes e gentil, Claud bebeu o ultimo gole nos despedimos e saímos o rapaz veio atrás de nós, foi difícil resistir quando ele nos alcançou e uma brisa levou seu perfume para meu lado foi como se aquilo fosse muito mais forte que eu, respirei seu cheiro e engoli a saliva com gosto dele e segurei seu braço e andamos por algumas ruas e Claud o bateu e ele caiu e eu o segurei antes de atingir o chão.

— Vamos pare de pensar bobagens, beba e esqueça... Você o quer eu posso sentir.

 

Continua...

 


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