Sonhos ou Realidade? escrita por Jannie


Capítulo 14
13º Capítulo: A verdade, somente a verdade.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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POV Bruna:

  Minha mãe quase me matou. Eu estava certa, o mundo estava a minha procura.

  Quando cheguei em casa, minha mãe estava com os olhos inchados de tanto chorar. É, aquele com certeza seria o meu fim.

  _SUA DESMIOLADA! AONDE ESTEVE? ESTAVA SE DROGANDO?

  Quando se é jovem e some por algum tempo, é isso que toda a mãe pensa.

  _NÃO mãe! Escuta, está tudo bem.

  _SÓ SE FOR PARA VOCÊ! BOM, APARTIR DE AGORA, NEM MAIS PARA VOCÊ! CASTIGO ATÉ O ULTIMO DIA DE SUA VIDA.

  _MAS MÃE!

  Ela apontou para a escada, emburrada. Com certeza ela conversaria com o Danilo, que com certeza contaria tudo a ela.

  De certa forma, fiquei chateada com tudo o que aconteceu. Quem eu quero enganar, FOI MARAVILHOSO! Meu coração pulava dentro de meu peito.

  Depois disso tudo, nem me despedi de Danilo, tomei um banho e coloquei um pijama rosa super tenso. Deitei-me na cama para tentar dormir, mas a ansiedade não deixava-me pregar os olhos.

(...)

  Acordei eram cinco horas da tarde, com Danilo jogando pedrinhas em minha janela. Minha mãe nem quis olhar em minha cara na noite anterior, suspeitei que acontecesse a mesma coisa no dia seguinte.

  Cheguei perto da janela e sorri. Não sei o que houve, mas sim, eu sorri. Eu estava feliz por ele estar lá. OMG, eu estava com o pijama tenso! *FUUUUUUUUUUUU* Sai rapidamente da janela, colocando o cabelo para trás da orelha.

  Fiz um rabo de cavalo, coloquei uma blusa com listras bem finas vermelhas, uma bermuda e escovei os dentes. Desci as escadas.

  _Mãe, vou lá fora rapidinho. – afirmei indo em direção a porta.

  _ESTÁ BEM, E AI VOCÊ SOME DE NOVO. FICA EM CASA! – gritou ela de costas para mim.

  _Ok! – abri a porta e sai, acenando.

  _Hey! – exclamou Danilo sério.

  _Oi! – cheguei perto.

  _Sinto-me culpado.

  _Relaxa coloquei minha mão em seu ombro, sorrindo está tudo bem.

  _Sério mesmo? – ele permaneceu sério.

  _Sério mesmo!

  Danilo começou a abrir um sorriso, colocou suas duas mãos bem delicadamente em meu rosto e começou a se aproximar.

  _Mas... A Leila! É, a Leila. – disse desconversando.

  _O que tem ela? – perguntou ele, ainda com a mão no meu rosto e de olhos fechados.

  _Ela está imunda! – sai de perto.

  _Isso é verdade. – Danilo percebeu, e logo levou a mão que estava em meu rosto ao bolso de dua bermuda.

  _Olha, eu realmente preciso sair de perto de casa, minha mãe daqui a pouco irá notar que eu saí.

  _Bruna, você não pode sumir assim. Ela vai ficar uma fera!

  _Não se preocupa, com ela eu converso depois.

  Eu me sentia culpada. Bom, enquanto eu me encontrava com Leonardo em meus sonhos, eu não estava traindo Danilo oficialmente. Mesmo assim, eu me sentia culpada. Imagina depois da noite anterior? Minha cabeça parecia explodir. Quando o beijei, o senti cada vez mais perto, como se nossos corpos se encaixassem. Eu ainda sentia o seu cheiro, o seu olhar, os seus lábios...

  _Olha, que tal a gente lavar o seu carro?

  Ele me fitou.

  _Quer dizer, a Leila.

  _Sua mãe vai te matar. E você sabe disso.

  _O pior é que eu sei.

  _E depois de te matar, ela vai me matar por ter te levado para “passear”

  _Virei cachorro agora?

  _Não, bobinha! Só sei que eu não posso fazer isso.

  _AHHHH, PLEASEEEE DAN! Estou cansada disso. *hunf*

  _Ai ai ai, heim Bruna! O que eu não faço por você! – ele me olhou, sorridente. Colocou sua mão em meu rosto, o acariciando – Mas escuta ele abaixou sua mão e segurou a minha – é para lavar a Leila direitinho.

  _Tanto faz! Vamos? – sorri.

  _Tá! – caminhamos de mãos dadas até a Leila Mesmo eu sabendo que a idéia não é boa e que sua mãe não vai abençoar o nosso casamento. Bom, nem vai ter casamento...

  _O que? – Parei de caminhar. Perguntei séria. "Ele descobrira algo?".

  _Claro! Sua mãe vai nos matar. Não tem como nós nos casarmos mortos. – Continuamos a andar.

  _Ah! Que alívio.

  (...)

  Chegamos em um lugar estranho. carros empilhados, pneus jogados pelo chão junto com outras peças de carros. Mais um sonho havia virado realidade? Ele iria jogar a Leila fora?

  _Onde estamos? – perguntei tirando o cinto.

  _Em um ferro-velh. – Danilo tirou o cinto, abriu a sua porta, deu a volta e abriu a minha porta.

  _Obrigada. – disse segurando em sua mão, delicadamente – Você finalmente vai deixar a Leila aqui?

  _Não! – disse ele, franzindo a testa – É que, como a gente tinha que lavar o carro em um lugar seguro em que ninguém te veja, achei que esse lugar seria perfeito.

  _Ótimo! É hoje que eu pego tétano.

  Ele riu.

  _Toma! – deu-me um balde com sabão.

  _É, você não estava brincando mesmo quando disse que iriamos lavar a Leila.

  _Pois é, não sou de falar e não cumprir.

  _Percebe-se – murmurei.

  (...)

  Estávamos lá, quase acabando de lavar a Leila completamente e direitinho. Estava cantando quando Danilo chegou por trás de mim com um balde e jogou toda a água que ali havia em minhas costas.

  _AAAAAAAAAHH! – berrei, contorcendo-me [/na*= água gelada] e largando a esponja no carro.

  Danilo gargalhava.

  _O QUE? PORQUE VOCÊ ADORA BRINCAR COMIGO? – virei-me para ele, emburrada.

  _Porque você fica linda emburradinha.

  _Mas eu não fico linda CORRENDO ATRÁS DE VOCÊ COM UMA MANGUEIRA!

  Por algum tempo eu esqueci este treco de "casamento". Sentia que quem estava ali não era o Danilo, meu namorado, mas sim o Danilo, meu melhor amigo.

  (...)

  Depois daquela brincadeira toda, Leila estava limpa e cheirosa. Eu e Danilo sentamos no capô da mesma. Ficamos ali, olhando o céu. Até que Danilo citou uma coisa:

  _Bruna, e o casamento?

  _C-como assim? – virei-me para ele.

  _Tipo, temos que arrumar tudo logo! Não vejo a hora de ficar com você para o resto da minha vida! Quer dizer, da nossa vida! – abraçou-me, colocando seu queixo em meu ombro.

  _Dan...

  _O que foi, meu amor? – soltou-me

  _Sabe ontem, quando nós estávamos no restaurante?

  _Sim, por quê?

  _Sabe o Leonardo?

  _Sei sim. Bruna, fale logo!

  _Eu já o conhecia.

  _O que tem isso demais? – ele riu.

  _ Dan... Dan! Eu estou apaixonada pelo Leonardo.

  _O quê?


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