Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 28
Burn


Notas iniciais do capítulo

Amanhecer é daqui três dias *---*! Finalmente! Bem, espero que gostem do capitulo.



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Capitulo 28

Carmem P.O.V

—Me desculpe? – Olhei para Edward e Carlisle hesitante. – Você quer que eu fique com os Volturis?

—Athenodora concordou em tê-la por algum tempo, assim você nos representa lá dentro e Demetrio representa os Volturis aqui. É uma maneira de fazer todos entenderem que não estamos nos separando, apenas nos reorganizando. – Carlisle respondeu;

—Sob ordem de quem ficarei?

—Por conta própria, só se lembre que está respondendo por todo o clã Cullen, um movimento errado e pode virar uma declaração de guerra. – Edward revirou os olhos. – Preciso que fique de olho no Thomas, ele é valioso demais para morrer antes da hora.

—Acha que irão chegar a esse ponto?

—Vampiro são temperamentais, pelo o que vi na mente de Jane, Thomas não tem noção do que fala. – Acenei com a cabeça.

— E quero que descubra por que eles tinham uma rainha amazona trancada na cela. – Carlisle acrescentou.

—Eles tinham?

—Ela morreu, mas ainda assim, estou intrigado com o fato deles terem a trazido até aqui e sem ninguém dos Cullen ver.

—Tudo bem, irei faze-lo. – Carlisle acenou e se retirou do aposento.

Olhei para Edward erguendo a sobrancelha.

—Quando foi a ultima vez que os viu? – Edward perguntou do nada. Eu sabia a quem ele se referia.

—Uma semana atrás, durante uma missão que Carlisle me passou. – Edward acenou. – Você faz idéia do que Selene realmente queira no fim das contas?

—A mente dela é enfeitiçada para eu não poder ler, não sei como elas fazem isso, mas todos ficam com as mentes menos acessíveis, mesmo a sua. – De repente ele ergueu a cabeça para mim. – O que você sabe Carmem? – Comecei a pensar em sonetos imediatamente. – Carmem...

—Eu não posso revelar nada, sabe disso. – Falei em tom suplicante. – Por favor, não me faça quebrar uma promessa, Edward.

—Eu entendo, ainda assim não gosto nem um pouco. – Ele bufou, ouvimos os lamurias do outro lado da porta. – Você pode ir agora. – Acrescentou indo em direção a porta.

Sai do hotel onde eles estavam ficando e fui andando em direção ao carro, uma forma de se locomover sem deixar o cheiro por ai. Mas uma mão me puxou com força em direção a praça da cidade, que estava fazia aquela hora da manhã. Olhei para o lado franzido o cenho e vi que era Nicolas me puxando.

—O que foi agora? Sua preciosa Jane está bem com Bella, sabe disso melhor do que ninguém. – Revirei os olhos.

—Acontece que as bruxas da família de Bella estão na cidade para o enterro. – Nicolas parou em um banco e nos sentou, o olhei nada satisfeita. – Elas querem forma um novo coven com os mais novos bruxos da família.

—Bella? – Arregalei os olhos surpresa. – Mas ela não é uma bruxa. Elas sabem disso certo?

—É claro que sabem, e não estão felizes, Madeleine já contou sobre a natureza de Bella. – Acenei com a cabeça, bruxas não se davam bem com os demônios desde que eles as traíram duzentos anos atrás. – O ponto é que existe outra bruxa na cidade, e pelo o que ouvi, o poder dela em relação aos outros é como o sol para as estrelas.

—Quem é? – Franzi o cenho.

—Safira não consegue descobrir. – O problema de memória é um mal necessário, mas não deixa de ser irritante. – Nem mesmo Madeleine consegue, é por isso que querem o corpo de Renné. Acham que com os poderes da falecida, conseguiram invocar a localização da próxima líder.

—Bruxas tem rituais realmente nojentos. – Fiz uma pequena careta. – Então o líder está escolhido, só falta ser achado. – Suspirei. – Espero que não façam isso perto de Bella, se aquela garota descobrir que algo desse gênero está sendo feito ao cadáver da mãe... Bem, nós dois sabemos o quão feio as coisas podem ficar.

—Edward também sabe, ele será capaz de segura-la.

—Sim, fisicamente ele pode, mas mentalmente já é outra historia. Renné era esperta, tenho certeza que deixou algo pronto para filha se algo acontecesse a ela.

—Selene disse que o desejo por sangue ficaria pior. – Nicolas comentou.

—Edward falou que não há nada realmente preocupante no momento. – Recrutei. – Ela só fica assim quando passa da cota com seu escudo físico.

—De qualquer maneira, o enterro será hoje no final da tarde, esteja preparada para qualquer contra tempo, Carmem. – Nicolas se levantou e me ofereceu a mão, o cavalheirismo não morre para homens da idade dele. Meu Eleazar também faz o mesmo gesto, espero que ele esteja bem. – Você sabe, Bella pode ter o melhor o controle do mundo, mas ainda é uma jovem mulher que acabou de perde a mãe.

—E hoje é a lua cheia. – Ergui as sobrancelhas. – A floresta estará realmente perigosa hoje, todos esperam que os lobisomens venham fazer algum massacre.

—Eu estarei preparado.

—Um lobisomem nunca está preparado para a lua cheia. – Cruzei os braços. - Irei ficar de olho nos Volturis, fui mandada para lá. – Nicolas me olhou de lado. – Você vai ter que ficar aqui na cidade, com certeza será um enorme sacrifício para você. – Acrescentei ironicamente.

—E como eu supostamente ficarei por aqui sem levantar suspeitas?

—Bem, você salvou Nessie, peça para ela te ajudar com Jane. – Dei uma risada maldosa e me virei para ir embora.

Eu tinha um monte de bruxa para vigiar, um lobisomem não desenvolvido e a imagem do clã Cullen para representar.

Ser vampira deveria ser supostamente sobre aproveitar a eternidade, não ficar bancando a espiã.

Tudo o que eu queria era Eleazar aqui comigo, é pedir demais?

Thomas P.O.V

Acordei quando ouvi a porta se abrindo. Uma mulher de certa idade entrou dentro da cela, era acompanhada por um cara de vinte e pouco anos e uma garota da mesma faixa etária.

—Façam. – Ela ordenou, eu os olhei desconfiado, a garota tirou uma faca e o cara veio para cima de mim.

Ele desviou de meu soco facilmente e prendeu meu braço contra a parede, atingi meu cotovelo em seu estômago, o fazendo soltar um grunhindo. Rapidamente agarrei o pulso da garota que segurava a faca, porém, eu senti uma mão em minha garganta.

Engasguei me sentindo paralisado.

—Me largue. – Eu não queria obedece-la, mas meu corpo reagiu contra minha mente. – Tudo bem, Neal? Ele acertou bem onde se machucou...

—Claro. – O cara rosnou. – Ele não piorou o estado das minhas costelas. – Acrescentou sarcástico.

—Onde o corto, Sue? – Ela perguntou a mulher na porta.

—A mão, Alexandra. – Sue respondeu saindo da cela, a garota se inclinou com um pote e cortou minha mão, eu nem sequer tentei puxar, algo me impedia de fazer isso. Eu não tinha poder algum sobre meu corpo.

O que eles fizeram comigo?

— Não nos entenda mal, mas precisamos saber por que não se transforma em lobo. – Ergueu o frasco com meu sangue, de repente cai no chão, era como se eu tivesse sido bruscamente soltado.

—Já pensou que minha mãe seja humana e que eu puxei a ela. – Falei irônico, o cara riu junto com a "olhos-azuis".

—Então vocês seria um hibrido, e eles se transformam, cara. – Ele recrutou. – Você é uma aberração para sua espécie.

—O que você são? Vampiros, bruxos, fadas? – Ela ergueu a sobrancelha quando falei a ultima.

—Humanos com, digamos... – Olhou para o tal Neal que sorriu malicioso. -... Cartas na manga. – Alexandra respondeu dando um sorrisinho. Eu pude percebe que ela não era uma vampira mesmo.

Apesar de ser realmente bonita, ela não era sobrenaturalmente bonita como Jane, ou Diana (R.I.P). Alexandra tinha uma pele clara, mas nada realmente exagerado, profundos olhos azuis-escuros e cabelos castanhos claros. Cara, se eu a encontrasse em um bar, com certeza lhe passaria uma cantada.

—Humana? – Perguntei franzindo o cenho, ela suspirou e olhou para Neal. – Humanos com vampiros? – Perguntei confuso. – Vocês são estúpidos?

—Você é o único que é prisioneiro aqui. – O tal Neal recrutou acidamente.

—Já temos o que precisamos, Neal. – Alexandra se virou saindo com Neal. – Sua comida está ali, Thomas e não se preocupe... – Ela se virou para mim na saída, e lançou olhar analítico. -... Você não vai morrer tão cedo. – Me deu um sorriso, no mínimo, maligno e se virou trancando a porta.

Me deixei cair no chão, sentia falta de Diana e Jane, as duas eram seres que poderiam me matar, mas ao menos eu tinha alguém para conversa.

Ouvi os gritos masculinos ao longe. Droga! Eu tinha me esquecido deles.

Suspirei me apoiando na parede, eu iria enlouquecer aos poucos aqui.

Alice P.O.V

—Ela é a Srta. Paker. – Falei depois ver o futuro, onde nós encontramos o nome da impostora nos arquivos do museu em Londres. – Ela foi encarregada de entregar um lote de quadros de um grupo de famílias.

—O que tem tão especial nisso? – Rose me perguntou com um suspiro.

—Vamos descobrir. – Me inclinei sobre o laptop. – São cerca de vinte e cinco quadros que foram expostos. No dia da exposição em que ela foi, apenas dez estavam lá.

—Em qual você a viu?

—Era um estranho. – Franzi o cenho. – Era em uma floresta, durante o inverno, havia três arvores sem folhas e neve. Na arvore do meio tinha algumas rochas, bem no pé, sabe?

—Neve? – Rose olhou para a tela do próprio computador. – Bem, isso diminui as coisas, mas tem os quadros que estavam lá antes com neve...

—Me mostre. – Me aproximei dela.

Passamos os próximos minutos analisando quadro por quadro. Quer dizer, eu passei, Rose tentava achar algo mais sobre Srta. Erika Paker. Por fim veio o ultimo quadro e eu suspirei irritada.

—Nenhum deles bate! – Reclamei indignada.

—Bem, procurei sobre a tal Parker, e ela esteve em Londres muitas vezes, nos últimos trêsanos. – Congelei quando Rose falou, ela me olhou acenando com a cabeça.

—Você verificou isso? – Perguntei surpresa.

—Sim, ela esteve em Londres nos últimos três anos e o rosto dela não mudou.

—Como é possível? Ela suspostamente tem o rosto de Bella desde esse ano. – Me inclinei na tela e vi o rosto de Bella e o passaporte com o nome Erika Paker.

—Isso não é de agora Alice. – Rose suspirou franzido o cenho desgostosa. – Temos duas opções, ou Bella foi uma escolha aleatória de rosto, ou...

—Já sabiam dela antes. – Terminei. – Mas nem o próprio Charlie sabia sobre o dom de Bella, como...?

—Os Romenos não estavam procurando novos talentos? Não seria perfeito? Filha do general Volturi e com um escudo impenetrável.

—Mas eles não podem, por que simplesmente não há como.

—Eleazar? – Olhei para Rose hesitante. – Ele analisa o dom das pessoas, por que os Romenos iriam aceitar alguém com um dom desses se não estivessem procurando por novas aquisições?

—Posso ver seu ponto: Seria muito fácil apenas fazer alguém com a aparência de Bella e o dom da mesma, assim ela não se rebelaria contra eles por conta do pai. Porém eles não a mataram...

—Simplesmente porque isso mataria a copia também. – Rose acrescentou. – Lembra da conexão sanguínea delas? Tudo o que acontece com Isabella Swan durante a tortura aconteceu com a impostora na cela.

—Mas tem um pequeno detalhe. – Me sentei na mesa. – Lembra da primeira vez que a vimos?

— Ela esfaqueou Edward. – Rose acenou com a cabeça.

—Não é esse meu ponto. – Recrutei. – Bella foi atrás dos lobisomens, se o interesse da impostora é mantê-la viva, por que nos atrasar sobre o conhecimento de Bella estar em perigo?

—Então a teoria dos Romenos estarem conspirando está descartada. – Rose suspirou.

—Mas acho que você está certa sobre algo, se Bella morrer a impostora morre, por isso o interesse em mantê-la viva.

—Você pensou no que eu disse antes? – Rose perguntou.

—Sobre ela ter sido uma Cullen? Também faz sentido, mas como? O controle mental de Carlisle não poderia ser quebrado tão facilmente, ele tem setecentos anos.

—Tem algo maior acontecendo. – Rose suspirou. – Talvez tenha a ver com a profecia que você viu.

—Seja lá o que for, a resposta está nesses museus. – Apontei para o laptop. – Ela visitou Londres por causa deles, tem que ter algo ai.

Infelizmente deveria ter centenas de quadros para olhar. E mesmo que achássemos, poderia não significar nada, além dela conhecer o autor.

E se ela fosse mesmo uma Cullen? Como alguém de nosso clã pode nos trair assim? Como fariam isso? A única imune é a Bella, mas se o controle mental é feito antes da transformação não teria como bloqueá-lo.

—Que horas são? – Rose perguntou depois de alguns segundos de silêncio.

—Falta duas horas para o enterro. – Me ergui da mesa. – Temos que ir logo, eu já separei as roupas.

—E Bella?

—Ela está bem visível no momento. – Dei um sorriso triste. – Significa que sem lobisomens.

—De tantas noites, por que escolheram justo a lua cheia? – Rose perguntou intrigada. – Só existe perigo hoje a noite.

—Será ao por do sol, Rose. Além do mais os parentes de Renné só poderão se reunir hoje a noite, muitos tem negócios no exterior. – Revirei os olhos. – Bella estará segura, estou a vigiando de perto... – Entramos no elevador. –... Ou melhor, de longe.

Jacob P.O.V

Era quase fim de tarde e todos estavam esperando Bella.

Nos últimos dias foi uma verdadeira confusão. Primeiro foi a divisão de quartos, a casa tem quatro quartos. Bella tem um quarto só pra ela, e tem o quarto do general, o qual Nessie se apropriou. Assim sobram dois quartos, entre Seth, Leah, Jane e eu.

Nicolas sugeriu que Leah ficasse com um dos quarto, já que Jane não precisava de um. Jane me deixou realmente temeroso com o olhar venenoso que soltou para cima do lobisomem, que estranhamente só sorriu tranquilo.

Por fim, Leah pegou um dos quartos para ela, Jane ficou com o sótão e escritório, Seth e eu dividimos um quarto. No dia seguinte Nessie veio toda saltitante dizendo para Bella que nós deveríamos abrir um espaço para Nicolas ficar na casa. Até agora elas ainda estão discutindo, mas Nicolas fica aqui a maior parte do dia de qualquer maneira.

Depois disso tem que se considerar que tem uma vampira, dois demônios e três "lobisomens" na mesma casa. A hora de comer é a mais nojenta para nós, Jane parece sempre ter sangue por perto, nós, lobisomens, só vivemos a base de carne.

Nessie até arrisca uma carne mal passada, só que é carne humana. Quando ela me falou, eu engasguei na comida e Leah correu para vomitar, Jane foi a única que deu uma grande gargalhada.

Aparentemente, demônios preferem comer um ser humano vivo - toda a coisa da emoção da caçada – mas são tempos difíceis, por isso Nessie foi ao hospital e roubou alguns órgãos humanos. Bella até comeu um pouco! Eu fiquei incrédulo por que eu jurava que ela só tomava sangue, mas ela disse que eu nunca a vi comer de verdade, então era para calar a boca.

Ainda tinha a presença de Edward, ele era quem botava ordem. Eu não sei se era por que ele era um vampiro realmente poderoso ou era o olhar assustador que ele dava quando ficava irritado. Ao menos ele levava as coisas para o lado divertido na maioria das vezes, acho que Bella também contribuía para o bom humor dele.

Porém o clima todo de aperto e humor negro mudou complemente ontem, quando Charlie veio avisa-la que o funeral era hoje, ao pôr do sol. Nicolas argumentou com o general falando que era lua cheia hoje, mas o mesmo estava de mãos atadas. Os parentes de Renné só poderiam se reunir hoje.

Por isso cá estamos esperando Bella descer, não a vimos o dia todo. Apenas Nessie foi ao quarto dela levar um de seus bifes mal passado de estomago humano (eca!)

Eu estava sentado ao lado de Nessie e ela se recusava a dirigir a palavra para mim, o fato dela usar luvas me impedia de saber o que pensava. Leah me olhou com um pouco de compaixão, eu definitivamente estava no fundo do poço.

Quero dizer, era eu que devia olhar Leah com compaixão, afinal o cara por quem ela era apaixonada a dispensou pela prima. Acho que ela chegou ao limite quando Nessie me recusou, Leah simplesmente não pode deixar de pensar que a prima podia ter feito o mesmo.

Eu sabia disso graças a nossa conexão mental durante nossa forma de lobo. No fim era irônico que nós dois sofrêssemos por motivos tão opostos e ao mesmo tempo com o mesmo fundamento: Impressão.

Ouvimos um barulho e viramos nossas cabeças para a escada.

Bella parecia incrivelmente cansada e séria. Eu a conhecia por meses, e nunca a vi daquele jeito. Usava um vestido preto simples e os cabelos estavam presos em coque frouxo.

Ela não parecia alguém que ia começar a chorar, mas havia algo nela que me fazia querer chorar. Ela parecia tão cansada, apenas isso. Acho que essa era a diferença, ela sempre tinha algo nos olhos, mas esses estavam completamente vazios hoje.

Senti a mão de Nessie aperta meu braço, a olhei de lado e vi seu olhar em Bella. Havia uma mistura de impotência e tristeza nos olhos de minha impressão, de certa forma eu sentia o mesmo. Afinal ambos já tínhamos passado por aquilo, já havíamos perdido um de nossos pais.

—Vamos? – Bella perguntou parecia distraída.

—E Edward? – Nessie perguntou.

—Eu pedi para ele me encontrar lá. – Ela respondeu se dirigindo a porta.

Eu entrei no carro dela e dirigi para o lugar que Charlie escolheu. Leah e Seth seguiram atrás de nós de carro. Jane e Nessie se encontravam no nosso carro, em nenhum momento alguém falou algo, até Jane parecia entender a dor do momento, mesmo sendo toda insensível.

Quando chegamos a maior parte das pessoas já estavam lá. Pude percebe que Bella hesitou um pouco antes de abrir a porta. Os Cullen já estavam lá, assim como o general e até os lideres Volturis.

Nessie foi para o lado de Bella e agarrou a mão dela, a mais velha apenas acenou com a cabeça e andou em direção ao grupo. Vi quando Edward a abraçou e Esme a olhou triste.

Já Nessie estava com Emmett e Alice ao seu lado.

—Fique atento. – Olhei para Jane surpreso. – Eu não confio nas bruxas. – Ela ergueu as sobrancelhas rapidamente e foi andando.

Nicolas estava lá também, passou por Jane (pude percebe a breve troca de olhares) e se encaminhou em minha direção. Agora eu estava nervoso, ele ainda era um lobisomem, a lua cheia era hoje.

—Você não deveria estar aqui.

—Eu me transformo a séculos, eu tenho autocontrole o suficiente. – Nicolas suspirou. – Mas temo que os selvagens por perto não tem, então fique atento na volta. Os lobisomens são mais fortes na lua cheia. – Leah e Seth se juntaram a nós parecendo preocupados com Nicolas.

—Nicolas você deve sair daqui ao pôr do sol, não me importo se tem um autocontrole extremo. – Pedi sério, não se brinca com algo assim. – Você irá ficar aonde?

—Ao norte. – Ele suspirou. – Irei atrair os lobisomens descontrolados, eles iram me obedecer sem hesitar.

—Isso é possível? – Leah o olhou surpresa.

—Sou de uma espécie diferente e mais velho do que o tetra-avô do tetra-avô deles, sou o alfa aos olhos do inconsciente deles, há menos que um resolva me enfrentar.

—Isso é muito foda. – Seth o olhou admirado. – Nós iremos também? – Ele perguntou para mim.

—Não, nós temos que ficar na casa e proteger Bella, nós falhamos da ultima vez, eu não quero que isso se repita. – Respondi olhando para as pessoas ao longe.

—Eu irei uivar três vezes seguidas caso algo dê errado. – Nicolas parecia um tanto nervoso. – Entrem em alerta e fiquem de olho em cada movimento de Bella, não queremos que ela repita o que fez da ultima vez. – Nós três concordamos entre nós.

—Vamos logo, temos que cumprimentar o general. – Leah falou apontando para a ponta do penhasco.

Quando nos aproximamos vimos Bella recebendo os pêsames junto com a família, Edward estava ao lado dela, pude percebe que ela cravava as unhas na mão dele cada vez que alguém da família da mãe vinha falar com ela. Foi então que eu percebi que havia algo no ar, não soube identificar, mas existia algo.

Aproximei-me do grupo Volturi, os humanos do clã haviam voltado da missão na Suécia. Alexandra estava com Neal observando atentamente o general e sua filha. Leah e Seth se aproximaram de Sue e ficaram com ela, sussurrando entre si.

—Olá. – Cumprimentei Neal e Alexandra, os dois me olharam. – Como foi as coisas?

—Estressantes.

—Irritantes. – Alexandra e Neal respectivamente ao mesmo tempo. Eu acho que eles falavam mais sobre a relação deles do que da missão, mas deixa quieto.

—Aparentemente o seqüestro de Thomas desencadeou a fúria do líder deles. – Alexandra revirou os olhos. – Irão atacar hoje, você sabe.

—Já temos um plano para isso. – Comentei.

—Tem? – Neal olhou para Alexandra erguendo as sobrancelhas.

—É obvio que eles têm. – Neal respondeu por mim. – Bateu a cabeça por acaso Alex? Sempre tem um plano.

—Então qual é? – Ela nos olhou curiosa.

—Estou fora dessa, aparentemente não querem me envolver enquanto não estiver completamente curado. – Neal respondeu dando ombros, ela o olhou incrédula com tamanha demonstração de desinteresse. – O que acha da filha do general, Jake? – Ele perguntou mudando de assunto. – Ela me parece estranhamente quieta, é assim o tempo todo?

—O que vocês sabem sobre ela? – Perguntei curioso.

—Foi vendida pela burocracia. – Alexandra deu de ombros. – Ela é bonita, deve ter puxado a Renné.

—Não nesse sentido. – Respondi sua pergunta silenciosa.

—Honestamente estou surpresa com ela está envolvida conosco. – Alexandra continuou um tanto venenosa. – Quero dizer, era para ela supostamente viver como uma humana normal.

—Para você assumir seu lugar, certo? – Neal deu uma pequena risada da minha fala sarcástica.

—Eu estou onde me encontro por que mereço.

—Alex, esses títulos são passados pelo sangue, os Swan's sempre foram generais. Isabella é a próxima na linha e não importa os seus feitos, minha querida, a Swan é quem será o general se algo acontecer com Charlie. – Neal recrutou por mim.

—Isso não é justo, você sabe. – Ela suspirou. – Afinal o que ela sabe sobre nós?

—Que humanos trabalham para os Volturis. – Respondi dando um olhar de alerta, Bella podia nos ouvir.

—Ela sabe...?

—Isso não é lugar para discutir certos assuntos. – Charlie nos interrompeu, sorriu brevemente para Alexandra e Neal. – Eu diria que estou feliz, mas é a ultima coisa que sinto nesse momento.

—Meus pêsames por sua ex-esposa, senhor. – Neal falou educadamente. – Nós dois sentimos muito por sua perda. – Charlie acenou calmamente.

—Vejo que falavam sobre minha filha, espero que não tenham a julgado antes de tê-la conhecido.

—Aprendemos a muito tempo atrás que nada é o que parece. – Alexandra recrutou com um pouco de humor. – Entretanto eu não vejo o que sua filha poderia ser além de uma simples e despreparada humana.

Olhei para Charlie, ele havia escondido do clã inteiro que Bella tinha sido mordida por um demônio, agora todos sabem que o que ela é, mas ao que parece Alexandra e Neal estavam realmente isolados na Suecia.

—Quanto tempo estão fora? – Perguntei curioso.

—Dois meses. – Neal deu de ombros. – Existem rumores que o líder se moveu para a América, a ultima localização foi na Russia.

—Falaremos sobre isso depois, hoje, quero que mantenham o olho sobre minha filha, é lua cheia e os lobisomens virão atrás dela.

—Charlie, não seriamos mais uteis na base? Nosso cheiro só irá atrai-los, afinal farejaram humanos. – Alexandra o olhou um tanto desconfortável por ter que ficar de babá. Charlie olhou para Bella, que o encarava sem expressão alguma, por fim ela abaixou o olhar e se virou para um membro da família da mãe.

—Eles não procuram algo humano, Alexandra. Além do mais os dois foram feridos nessa missão, as bruxas aceleraram a cura, mas você ainda não estão 100%. Agora, se me dão licença. - Ele saiu em direção a filha.

—Ela está cheirando a vampiro, não é mesmo? – Alexandra me perguntou, eu quase sorri com a ignorância dela. – Por que nós temos que ser a babá dela? – Perguntou em um tom irritado. – Ela é dos Cullen.

—Ela ainda é uma Volturi. – Neal recrutou. – Mesmo não parecendo em nada com uma. – Acrescentou dando de ombros.

Neal queria dizer que desde de criança, os dois foram treinados para matar. Lutas, línguas estrangeiras, armas, venenos, até bruxaria eles tinham noção. Ambos eram os grandes poderosos entre os humanos, Alexandra poderia controlar o corpo de uma criatura contra a vontade da mesma apenas com um toque, enquanto Neal tem a capacidade da eletricidade.

Suspirei olhando para os dois, droga! Eles eram os futuros lideres do clã e mesmo assim Bella era mais forte que os dois. Eu não poderia simplesmente falar para eles que Bella tinha seu dom manifestado por que era um semi-demônio, ao menos não no funeral da mãe dela.

—Ela não é o que pensam. – Olhei para Nessie, a mesma encarou por mais alguns segundos e depois continuou a conversa com Edward e Esme.

—Ela é como nós? – Alexandra perguntou a analisando de longe.

—Não. – Respondi curtamente. – Ela vai jogar as cinzas. – Interrompi sua próxima pergunta olhando para Bella se aproximando do penhasco com Charlie.

Bella P.O.V

Engoli a seco.

O frio na barriga aumentou mil vezes, e minhas pernas pareciam moles de repente.

Respirei fundo sentindo Charlie segurar meu cotovelo. Olhei ao redor, o pôr do sol começava...

—Mãe... – Me apoiei na arvore.

—Vamos logo, Bella, estamos quase lá.

—Esse é o pior presente de aniversario de sete anos. – Resmunguei.

—Minha menina, tudo o que vale a pena é difícil de se alcançar. – Renné segurou minha mão. – Cuidado com a pedra. – Apontou para o chão, cuidadosamente eu desviei. Minhas pernas tinham manchas de terra e arranhões o suficiente.

—Eu só queria um sorvete. – Fiz bico choroso, Renné sorriu.

—Eu te disse que ia te dar no seu aniversario.

—Mas é meu aniversario!

—Não ainda. – Renné sorriu divertida, enquanto me puxava.

Por fim paramos para tomar agua e Renné se sentou na beira de um precipício.

—Mãe? – Me aproximei. – Como não é meu aniversario? A senhora disse que era o hoje. – Cruzei o s braços mal humorada.

—Vem cá filha. – Ela me puxou para sentar ao lado dela, a altura me deixou curiosa e assustada, era enorme. – Olhe para cima e veja o meu momento favorito do dia.

Quando olhei para onde ela me apontava. Primeiro vi as diferentes cores do céu, rosa, amarelo e laranja, o sol estava se pondo.

—É bonito... – Murmurei confusa. – E dai?

—Foi exatamente nesse momento do dia que a sete anos atrás você nasceu. – Ela colocou o braço ao meu redor. – Agora, é oficialmente seu aniversario, meu amor. – Ela pegou a mochila. – Aqui está o seu sorvete. – Tirou um pequeno isopor.

Na época, eu nem liguei muito para aquilo, mas sempre parava para ver o por do sol quando tinha chance. Mesmo depois da transformação, ainda me lembro de passar o final de tarde olhando para o astro. Tanto no terraço do meu apartamento em Nova York, quanto em Paris, ou Noruega ou no Egito...

Bem, foram muitos lugares em que estive, mas nada chegou a ser tão bonito quanto o do meu aniversario, acho que era por que Renné estava ali me mostrando.

Sorri enquanto sentia meus olhos arderem. Olhando o sol, eu conseguia lembrar daquele momento feliz, quase podia sentir o gosto do sorvete e o carinho de Renné.

Olhei para Charlie e o vi que o mesmo também tinha algumas lagrima nos olhos.

—Bella, apesar de tudo, quero que saiba que eu a amei de verdade. – Ele murmurou, apoiei minha cabeça em seu ombro. – Eu não fui com vocês, por que sabia que viriam atrás de mim.

—Certa vez eu perguntei se ela amou você, Renné disse que eu estava ali por um motivo. – Suspirei piscando um pouco para controlar as lagrimas. – Eu não posso fazer isso – Resmunguei entregando para ele o jarro.

Charlie segurou o jarro e me abraçou de lado, algumas lágrimas caíram do meus olhos, eu não era de ferro.

Tudo o que eu queria era o abraço da minha mãe.

Deus, como eu queria minha mãe aqui.

—Shhh... – Charlie apoiando o queixo em minha cabeça. – Sei que dói, Bella, mas temos um ao outro.

Sim, nós temos, mas por quanto tempo?

Aquela era a verdade, eu estava marcada para morrer e meu pai corria esse risco todo dia.

Pela primeira vez em anos eu senti inveja dos humanos, de seus problemas fúteis como tirar nota baixa em uma prova, ou passar do horário em uma festa. Suspirei virando a cabeça para o pôr do sol.

—Por quê? – Perguntei confusa.

—Por que seu pai é policial, não é seguro. – Renné suspirou contra a pia.

—Ele é policial! Como não pode ser seguro? – Perguntei incrédula, Renné acabara de me falar que eu não poderia mais visitar Charlie.

—Charlie é chefe de policia, ele tem inimigos, Bella.

—Você quer que eu fique sem meu pai! – Gritei e sai correndo da cozinha.

Tudo o que ela fez foi me proteger, sempre, até quando eu achei que se importava só consigo mesma. Esse tempo todo ela me manteve na ignorância por que não queria uma vida dessas para mim. Tudo teria dado certo se Irina não tivesse aparecido...

Então eu me transformei e de alguma forma Renné acabou morta por causa disso.

Suspirei trêmula, Charlie me soltou e se encaminhou para a borda do penhasco. Segurei uma mão na outra, sem saber o que fazer com elas, de forma inconscientemente comecei a traçar a minha cicatriz através da tatuagem de fênix.

—Feliz dia das bruxas! – Renné exclamou, ela tinha essa tradição estranha de trocar presentes no halloween.

Abri o embrulho e franzi o cenho.

—Você me deu um quadro com um pássaro? – Olhei confusa.

—Não é um pássaro qualquer, é uma fênix. – Renné o pegou de mim e o colocou na parede. – Para você se lembrar que tudo tem uma segunda chance, que você sempre pode renascer das suas próprias cinzas. – Piscou para mim.

Olhei para o horizonte mais uma vez, o pôr do sol estava na metade, se encontrando no mar. Sorri triste me lembrando de Renné, e dos milhares de por do sol que nós vimos juntas.

Charlie estendeu o ponte.

—Eu te amo. – Ele sussurrou para ela.

Eu te amo,mãe. Pensei ao vê-lo virar o jarro e as cinzas irem embora com o vento.

Uma mão agarrou a minha, eu não precisei ver para saber que era Nessie. Eu sabia só de sentir o tecido da luva, ela não queria a compartilha seus pensamentos comigo, só queria estar ali comigo.

Exatamente como eu estive lá por ela.

Olhei para o sol de novo e me lembrei da ultima vez que vi Renné.

—Bella! – Me virei quando ouvi a voz de Renné, eu estava indo embora para Forks. Eu sabia que aquela seria a ultima vez que veria Renné. – Bella... – Ela se aproximou, me olhou como se quisesse memorizar meu rosto, então me abraço apertado. – Eu te amo, minha filha, nunca se esqueça disso.

Eu a abracei um tanto sem graça, me senti mal por não poder compartilha das lagrimas dela.

—Eu também te amo, Renné. – Me perdoa, implorei mentalmente. – Não se preocupe, nos veremos em breve. – Menti sorrindo.

Me lembro dela me segurar mais apertado quando eu disse isso, acho que ela entendia que aquilo era mentira, que aquela era a ultima vez que nos veríamos.

Charlie se aproximou de mim e colocou o braço sobre meu ombro.

Ficamos ali, meu pai, eu e Nessie, até o por do sol chegar quase no fim.

Era reconfortante saber que apesar de tudo eu não estava sozinha, ao menos não por agora. Renné também sempre estaria comigo, parte dela nunca iria morrer dentro de mim.

Senti algo cutucar meu escudo.

—Nós devemos ir. – Charlie murmurou, antes que eu falasse algo, apenas acenei concordando.

Puxei meu escudo e nós no afastamos, olhei para os rostos ao redor. A família de Renné se dividia entre olhares tristes e lagrimas, até Madeleine abraçava com força seu próprio jarro. Ela me olhou e acenou em cumprimento, mexi minha cabeça de leve, por um momento compartilhamos aquela dor.

Mas foi algo realmente rápido.

—Filha, Alexandra e Neal irão leva-la para casa. Você tem que ir na frente dos outros, é perigoso demais ficar na floresta a noite. – Charlie chamou dois humanos ali. – Eles não sabem sobre sua verdadeira natureza, eu não tive tempo para falar, então cuidado, eles a atacariam sem piedade se descobrirem sem falar comigo antes. – Sussurrou para mim. – Se despeça de todos, ok?

Me virei para os vampiros, Esme foi a primeira a me abraçar. Foi reconfortante, era realmente maternal, não era como Renné, mas se aproximava.

—Sinto muito. – Ela me olhou triste, Esme realmente pareceu querer dizer aquilo.

Alice e Rose me abraçaram com a mesma intensidade silenciosa, acho que os vampiros poderiam entender melhor o que era perde alguém querido. Já os homens da família Cullen me cumprimentaram sérios, menos Edward, ele tinha que se mostrar intimo comigo em publico.

Nessie se aproximou de mim, nos olhamos, segurei a vontade chorar de novo, foi impossível não lembrar dela chorando pela mãe e eu a consolando. Rennesme se aproximou e me deu um abraço bem apertado, enquanto pensava em coisas reconfortantes.

Eu vi Alexandra e Neal me esperando no carro, olhei para Edward.

Nessie vai com você, ok? Ele acenou a cabeça. Cuide dela! Exclamei mentalmente. Como manda o figurino, ele segurou meu rosto e me deu um beijo de leve.

Me virei para Ness.

—Eu tenho que ir. – Suspirei para Nessie. – Você vai com Edward.

—Por quê? – Nessie nos olhou desconfiada.

—Por que eu tenho ir agora, sozinha, nosso cheiro ficaria forte demais para os humanos encobrirem. – Expliquei suavemente, a verdade é que caso eu fosse atacada não queria que Nessie estivesse comigo. – Te vejo mais tarde. – Beijei seu rosto e dei um ultimo abraço, então sai andando em direção ao carro.

Alexandra me olhou de lado e mexeu a cabeça em sinal de respeito pelo meu luto. Entrei na parte de trás do carro e fiquei em silêncio.

Eu estou realmente tentada em fechar minhas emoções.

Esme P.O.V

O plano estava formado, os lobisomens iriam todos morrer hoje a noite. Nicolas já havia ido para seu posto, e as bruxas já haviam ido embora, apenas os Volturis e minha família, exceto Alice, que tinha ido para cidade para vigiar o futuro de Bella com Kate e Garrett.

—Tragam. – Aro pediu aos guardas, Carmem vinha com eles. Thomas foi jogado no chão entre nós, ele parecia muito pálido.

—Descobriram por quê? – Carlisle perguntou apontando para o garoto.

—O amaldiçoaram. – Sue respondeu. - Ele não pode se transforma, por que foi amaldiçoado.

—Por quem? – Edward perguntou ao meu lado. - Não me parece ter cheiro de bruxaria.

Nessie estava trancada no carro com Jacob e seu bando, ela iria com Edward.

—E não tem. – Sue respondeu, Edward ergueu as sobrancelhas. – Foram os demônios quem o amaldiçoou.

—O que? – Thomas a olhou surpreso. – Eu sou amaldiçoado?

—Isso explica por que só agora os lobisomens resolveram se rebelar. – Marcus refletiu. – Podemos fazer um trato.

—Tanto faz, não podemos quebrar, logo os lobisomens não vão desistir da luta. – Caius revirou os olhos.

—Na verdade, nós temos, ao menos por pouco tempo. – Marcus olhou para nós, ou melhor, para Edward.

—Isso é decisão dela. – Respondi por ele. – E nós não sabemos se Bella pode, afinal de contas ela não é um demônio em sua essência.

Edward foi cuidadoso em não mencionar Nessie, todos achavam que ela não era tão forte quanto Bella. Mas ela é tão descendente de mim, quanto de Edward.

E nós dois somos de uma linhagem poderosa. Ao julgar a semelhança de Nessie conosco, imagino que nosso gene é poderoso.

—Vejamos a resposta de Bella, então. – Aro recrutou. – Ligue a Alice pergunte, tenho pretensão de pergunta a Bella.

Alice, minha adorável fada, foi embora logo depois de Bella, ela odiava não ver o futuro, não via sua utilidade aqui e sim na cidade.

Carlisle suspirou e acenou para Jasper, nós ficamos ali ouvindo o celular de Alice tocar até cair na caixa de entrada. Fiquei tensa imediatamente, Alice sempre atendia o telefone, as vezes até ligava antes de digitarmos a primeira tecla.

—O que foi? – Demetri perguntou olhando para nós.

—Alice Cullen sempre atende o telefone. – Todos nos viramos para a voz de Tanya, ela andava sumida. – Sempre.

—Edward, fale com sua guarda na cidade. – Carlisle pediu calmamente, Emmett já estava com a mão no braço de Jasper. – Esme. – Apontou para o carro de Nessie.

Me aproximei deles rapidamente e bati na janela.

—Sim, Sra. Cullen? – Jacob perguntou respeitosamente.

—Podem ir a cidade, a chuva irá começar em breve e a lua já irá aparecer, as coisas ficaram bem feias se continuarem aqui. – Sorri docemente, Nessie se inclinou na janela e me tocou.

Bella está na cidade?— Olhei-a um pouco surpresa por usar seu dom em mim.

Eu adoro o jeito audacioso dela.

—Está no caminho para lá. – Sorri divertida, ela tirou a mão de meu braço com uma careta.

Pelo cheiro pude percebe que a queimei.

—Por que...? – Ela me olhou confusa, olhei-a curiosa.

Minhas emoções estão perfeitamente controladas por que exatamente Nessie foi queimada?

—Minha culpa. – Dei de ombros me afastando, o carro saiu rapidamente. Eu pensei em mandar Emmett com eles, mas estavam com Jane, então... – Querido? – Perguntei para Carlisle.

O mesmo apenas olhou para Edward que começou a discar rapidamente.

Kate P.O.V

—Edward, ela não está aqui, na verdade, achei que ficaria com vocês na floresta. - Respondi franzido o cenho.

—Fale com Riley, precisamos que ele procurar Alice.— Ele desligou.

—Por que tanta preocupação? – Garrett, o imprestável, perguntou.

—Por que Alice vê o futuro, ela normalmente está sempre um passo a frente de todos nós, por isso os Cullen estão onde estão. – Sai do hotel pela janela e ele me seguiu.

—Então, eles acham que os lobisomens a pegaram?

—Não, mas algo aconteceu. – Paramos na esquina quando ouvimos o uivado ao longe. – Vamos logo! – Exclamei correndo em direção a casa de Riley.

Entramos sem bater e já o chamando, mas não havia ninguém na casa.

—Onde...? – Garrett segurou meu braço.

—Escute. – Murmurou em tom baixo.

Ouvimos gemidos e rosnado, gemidos sexuais na verdade.

Eu e meu ex-marido nos viramos seguindo o som, vinha da nossa direita, há duas casas vizinhas. Em segundos estávamos na frente da mesma e o barulho estava mais forte, dava para ouvir a fricção dos corpos, o barulho de sugação, er...

Era processo bem familiar para todos nós, vampiros.

—Cara, isso é judiação comigo. – Garrett rosnou inconformado, olhei-o com uma careta. – Estou começando a ficar inspirado aqui!

—Oh, cala a boca, Garrett! – Exclamei mal humorada, enquanto cruzava os braços. – Acelera Riley, precisamos conversa. – Falei em voz alta. Um vampiro com ereção é a ultima coisa que preciso por perto agora.

—Sim, por favor, estou tentando me guarda para a cabeça dura da minha esposa.

—Ex-esposa. – Corrigi entre os dentes. – E que historia é essa de seguarda?

—Se interessou né? Então, quero provar que te amo, amor. – Me deu um sorriso realmente lindo. – Faz uma semana.

De repente eu quis socar o rosto lindo.

—Uma semana? Só?

—Como assim "só"? – Ele pareceu indignado. – Há quanto tempo você está, hein?

—Bem, eu não posso dizer mesmo nada a respeito. Estou sem fazer desde ontem. – Dei um sorriso convencido, ele me olhou incrédulo. – O que? Fui me alimentar ontem.

—E você...? – Ele parecia horrorizado, sorri com isso.

—O que foi? – Riley saiu da casa arrumando as calças.

—Alice Cullen, preciso que olhe a estrada por onde ela passou e verifique o que aconteceu com ela, já que a mesma sumiu.

—Ela só não atendeu o telefone, eles estão fazendo drama. – Garrett opinou desnecessariamente.

—Tudo bem. – Riley olhou sobre o ombro, uma ruiva estava na porta, ela ergueu a jaqueta do vampiro. – Obrigado, ruiva. – E deu um beijo nela.

—Ela sabe...? – Comecei a pergunta enquanto ele se aproximava.

—Não. – Riley cortou a pergunta de Garrett. – Ela minha missão, é amiga de James.

—Quem? – Riley o olhou ajeitando a jaqueta.

— Ele entrou no meio do tiroteiro. – Mexeu a cabeça em sinal de pena. – Seria uma boa atualiza-lo Kate. – Me deu um sorriso.

—Boa sorte. – Sorri de volta.

—O que foi isso? – Garrett perguntou quando Riley sumiu. – Que troca de sorrisos foi aquela?

—Eu tenho cara de quem faz voto de castidade? – Perguntei sarcástica.

O que?— Garrett adquiriu seu tom indignado enquanto eu dava as costas e ia para a casa do general Swan.

Tínhamos que proteger a cidade dos lobisomens, afinal eles eram nossa comida.

Neal P.O.V

Olhei ao redor confuso, tudo parecia de cabeça para baixo, demorei alguns segundos para entender que estava no carro...

Preso pelo cinto, enquanto o mesmo sem encontrava de cabeça para baixo.

Alex!

Olhei para o lado preocupado e vi a mulher desmaiada e com sangue escorrendo de um corte no rosto.

—Alex... – Chamei tentando me soltar, tirei os pedaços de vidro e apoiei uma mão, enquanto soltava o cinto. Soltei um gemido, minhas costelas começaram a doer. Forcei minha mente e consegui sair do carro, respirei fundo e me ergui.

Consegui a arrancar a porta do lado de Alex e a tirar de lá com dificuldade.

—Vamos lá, Alex, isso não é hora para dormi. – Falei irritado, dei um tapa em seu rosto, parte de mim ficou extremamente aliviada ela finalmente reagiu.

Eu ia dar outro tapa para acorda-la por um inteiro, mas sua mão me parou, imediatamente me soltei e virei seu pulso. Mas ela me chutou e nos virou, agarrei os pulsos dela para impedir os socos.

—Sou eu! – Gritei quando senti sua perna indo me atacar. Alexandra me olhou ofegante e eu finalmente a larguei.

—O que houve? – Perguntou confusa.

—O carro capotou. – Respondi me sentando ao seu lado cansado.

—A filha do general. – Olhei para Alex me lembrando de Isabella apenas naquele instante. – Ela não está no carro! – Alex exclamou se erguendo.

—Merda... – Murmurei me levantando. Como eu não notei isso antes?

Simples, a mulher por quem está apaixonado estava desmaiada ao seu lado.

Mexi a cabeça ignorando esse pensamento, não era hora para isso.

—Neal! – Alex exclamou de novo. – Já é lua cheia. – Olhei para o céu, nos ficamos desacordados mais tempo do que eu imaginava, que droga!

—Vamos acha-la. – Soltei uma carga elétrica e o se carro virou bruscamente. Levei anos para conseguir isso. – Pegue as armas, eu vou tentar acha-la. – Olhei dentro do carro, tinha que ter algo dela largado por aqui. – Hey! – Tirei um colar da parte de baixo da minha cadeira.

—Vamos logo. – Ela exclamou colocando uma arma na cintura.

Fechei os olhos e apertei o colar contra minha mão, eu podia seguir o rastro eletromagnético de Isabella Swan através de um objeto seu.

Dito e feito.

Waar? – Ela me perguntou em horlandês

Kelet. – Respondi em húngaro, enquanto apontava para o leste, ela me jogou algumas armas e começamos a correr.

Wat is er gebeurd? – Ela perguntou correndo ao meu lado.

Tínhamos que falar em outro idioma caso alguém estivesse nos ouvindo.

Nie widziałem. – Parando de repente, ela parou também e colocou a mão nas costas, nossa respiração era silenciosa, apesar do fato que deveríamos estar ofegantes. - Słyszałeś to?Olhou ao redor, ela me olhoua tenta e respondeu em russo.

Da...

Nos olhamos por um instante, então ela atirou uma faca sobre meu ombro, enquanto eletrocutava o lobisomem a minha esquerda. Alex tirou sua arma e começou a atirar pelas minhas costas, enquanto eu atingia os lobisomens o mais rápido que podia.

Estendi a mão para trás e a forcei se abaixar quando um lobo passou sobre nós, ainda agachados, peguei um dos punhais da bota dela e lancei para o que se aproximou de nós.

Dois rosnados foram ouvidos e Alex atirou antes que pudessem se aproximar. De repente apareceram cinco e nos cercou. Eu podia ouvir a aproximação de outros.

Het is een verspilling van tijd!— Alex exclamou para mim.

Olhei para todos rapidamente, então agarrei a gola dela e a joguei no chão. Eletrefiquei todos ao redor de uma vez só, quando parei estava cansado e ofegante.

—Vamos logo. – Falei a erguendo. – Isso só dura alguns minutos, eles se regeneram rapido.

Demorei um segundo para descobrir qual direção seguir, acelerei o passo ao maximo. Podiamos ouvir os uivos vindo do sudeste, seja lá qual for o plano, ele estava começando.

—Espera. – Alex agarrou meu braço.

—Estamos quase lá. – Recrutei baixinho.

—Você não está ouvindo? – Alex me olhou erguendo as sobrancelhas.

Foi então que prestei atenção, era um canto, não um canto qualquer.

Era bruxaria.

—Por aqui. – Nos movemos silenciosamente pelas arvores, anos de treinamento nos permitiam isso.

A primeira regra era: Sobreviver. Partindo desse principio nós eramos habilitados a fazer tudo, absolutamentetudo, para ficarmos vivos.

Fazer silêncio era extremamente necessario, nenhuma criatura tinha ouvidos tão apurados como vampiros e mesmo que eles normalmente ignorassem os ruidos, ainda podia chamar atenção deles um galho partido. Paramos atrás de uma arvore e olhamos na claireira lá embaixo.

—Estão fazendo um ritual. – Alex murmurou franzido o cenho. – São as bruxas do funeral, os parentes da esposa do general.

—Os bruxos estão com Bella – Recrutei, ela me olhou arregalando os olhos. – Posso sentir que o rastro termina aqui. – Franzi o cenho a procurando. – Olha ela ali. – Apontei para o centro do circulo, quase escondida pelo fogo.

—Esses são os parentes dela, por tudo que a de sagrado. – Alex sussurrou incredula.

—O sacrificio deve ser feito!— Ouvimos uma mulher mais velha clamar.

—Merda, vão matar a filha do general. – Praguejei.

—Ela está do outro lado da fogueira, irei por ali. – Alex disse se inclinando.

— O que está pensando?

—Distrai-os, eu irei tira-la de lá. – Ela se afastou de mim, acenei com a cabeça e a vi desaparecer nas sombras.

Bella P.O.V

Gemi confusa, fiz uma careta com a claridade em meu rosto. Me virei e afundei o rosto em... Terra?

O que é isso?

Ergui minha cabeça, me sentindo um pouco tonta. Credo! Está doendo muito! Tentei levar a mão para a cabeça, mas percebi que não podia, por que estava amarrada.

Comecei a olhar ao redor, prestando atenção no que acontecia.

—Comecem! – Hey, não é a minha avó?

Que merda é essa?

Senti uma arrepio gelado descer pela minha espinha enquanto a via com o jarro que lhe dei mais cedo.

Com as cinzas de Renné.

—Oh meu Deus! – Exclamei enojada. Olhei ao redor boquiaberta, todos estavam com as roupas do funeral e falavam algo em voz alta.

Ao meu redor havia quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, todos jovens...

Me senti mais decepcionada quando percebi que conhecia aqueles parados ali, feito estatuas.

Eram os meus primos.

Madeleine ergueu o jarro com as cinzas da minha mãe e começou a falar em outro idioma com os outros bruxos. Todos continuaram a segui-la, enquanto meus primos erguiam um punhal e cortavam suas mãos.

Todos estenderam as mãos e começaram a falar alguma promessa.

—Fogo, agua, terra e ar, norte, sul, leste e oeste... – Parei de ouvir não importando com o juramento deles.

Por que eu estava ali? Quero dizer, bem no meio deles.

Madeleine entrou no ciclo e se aproximou de mim. Ela estava com o rosto mortalmente frio e me encarava com indiferença. Ela parou ao lado do fogo, na minha frente, o que ela vai...?

MADELEINE JOGOU AS CINZAS DE RENNÉ NO FOGO!

Me libertei das amarras e avancei nela no calor da minha raiva, mas fui parada a centímetros dela. Uma força invisível me parou.

—Você não fez isso. – Rosnei.

—Não estamos a ofendendo. – Madeleine recrutou erguendo uma faca. – Ela estaria orgulhosa.

—Vá para o inferno. – Murmurei por entre os dentes.

—Não espero que entenda, você não é como nós. – Ela se aproximou com a faca.

Tentei me soltar de seja lá o que me prendia, Madeleine ia me corta, eu tinha certeza.

—Fique longe de mim! – Exclamei me sentindo mais furiosa do que nunca estive antes. – Pare com isso!Rosnei, pude sentir meus dentes ficando mais afiados.

—Você não pode fazer nada, então fique quieta e faça sua parte. – Agarrou meu braço e o levantou contra minha vontade.

Olhei para o fogo inconformada, então vi o jarro onde estava os restos mortais de Renné queimar...

Meus olhos formigaram naquele momento.

Você vai se arrepender disso. – Prometi rosnando baixinho, ela me ignorou.

Algo gelado subiu pela minha espinha, eu podia sentir meu escudo físico se materializando. Comecei a tremer tamanha era a fúria que subia pelo meu corpo. Quando senti a faca em meu pulso, eu rugi e a ataquei.

Madeleine arregalou os olhos dela enquanto eu aperta seu pescoço, comecei a sentir a sensação de vingança em minhas veias.

—Eu te avisei. – Acrescentei com um sorriso rancoroso.

Então eu vi seu braço vindo em minha direção com a faca, quebre-o com facilidade. Deixa-a cair no chão com um grito, peguei a faca e joguei em um dos meus primos sem me importa.

Todos poderiam morrer para mim.

Foi parar na Pamela, ela arregalou os olhos e caiu no chão olhando para o estomago.

Todos pararam de cantar e o fogo diminui, acho que eu quebrei o que estava acontecendo ali.

Olhei ao redor, vi cada primo meu me olhando ameaçadoramente. Meus olhos pararam em Henry, não pude de deixar de sorri sarcasticamente para ele.

O cara com quem perdi a virgindade agora estava me ameaçando de morte com os olhos. Devo ter deixado uma ótima impressão nele.

Eu sentia o ódio pulsando dentro de mim com uma força quase dolorosa.

Mas antes que eu pudesse fazer algo que iria termina em gritos e sangue, um raio caiu em uma arvore ao nosso lado. Que porra é essa?

Um outro raio caiu em cima de nós, olhei para o céu confusa, dá onde saiu isso? Quer dizer, está com cara que vai chover, mas dai cair raios é outra historia.

Olhei sobre o ombro me sentindo vigiada, Alexandra estava em uma das arvores, ela não podia me ver, mas eu podia percebe-la.

A realização bateu em mim. Eles estão me resgatando...

Droga! Se eu resolver usar meu escudo os dois humanos vão me atacar também e essa é a ultima coisa que preciso.

É... Eu vou deixa-los me resgatar, vai ser bom ficar quietinha e bancar a mocinha.

—O que vocês estão fazendo? Sério, pessoal? – Perguntei chamando atenção deles. – Por que estamos no meio da floresta em noite de lua cheia? Aliais vai cair uma tempestade! Não tinha dia melhor não? – Perguntei sarcástica.

—Estamos fazendo um ritual, sua idiota. – Um deles respondeu, era Henry.

Estreitei os olhos enfurecida pela ofensa. Sem escudo, controle suas emoções!

—Idiota? Olha só, tem um bando de lobisomens atrás de mim, eu estar no meio da floresta não é realmente algo esperto. – Respondi sarcástica para o bruxinho de merda.

Então um raio caiu bem no meio da fogueira e mandou todo mundo para os ares, incluindo eu. Quando me levantei dois bruxos agarraram meus braços, eu pensei em atacar, mas ele me soltaram do nada e começaram a lutar contra os outros.

Mas que porra...?

—Vamos sair daqui. – Alexandra agarrou meu braço, ela fez aquilo? – Neal! – Exclamou para o loiro vindo em nossa direção.

O braço dele estava esticado e as faíscas saiam de lá. Deus do céu... Isso é tão legal!

—PEGUEM! – Madeleine resolveu dar piti, os uivos cortaram a noite.

Legal, a vadia se recupera e os lobos dão o ar da sua graça. Isso é praga!

—Ok, eu preciso sair daqui. – Falei em voz alta, prometi para todo mundo (todo mundo mesmo) que não iria ser pega pelos lobisomens.

E depois daquela vez em que me entreguei, eu meio que não vou voltar lá nem a pau.

—Vamos logo! – Neal não parecia em sua melhor forma, Alexandra me empurrou.

—Corra reto, estamos atrás de você. – Ela ordenou, deu uns passos para trás. – Mantenha-os aqui!

Ela comandou os bruxos? E eles obedeceram?

—SAIA ISABELLA! – Neal berrou impaciente, me virei para sair correndo, mas ouvi algo corta o ar, me virei para ver Alexandra correndo em minha direção e Neal se jogando atrás dela, correndo em nossa direção também.

Comecei a correr na velocidade humana, era um saco, mas era mais pratico. Expandi meu escudo mental, esse era o mais fácil de manipular. Havia um grupo de cinco lobisomens ao nosso redor.

Respirei fundo e estiquei os braços tentando empurrar meu escudo físico, ele parecia pesado pra caralho, aquelas bruxas idiotas! Explodi e agora tenho que recarrega-lo.

O máximo que consegui foi expandir meu escudo-parede com tudo por um segundo, ele foi e voltou para mim suavemente, porém acabei tropeçando. Ao menos os lobisomens foram atingidos, mas isso não duraria para sempre. Uma mão agarrou meu braço, era Alexandra.

—Ele foi atingido. – Ela estava com uma respiração mais ou menos regular. Olhei para Neal, ele tinha uma faca no estomago. – Quero que o ajude, eu os guiarei pela floresta. – Ela foi em direção aos lobos adormecidos.

—Por ai não! – Exclamei, ela me olhou intrigada, acho que ninguém questiona as ordens dela. – Eu conheço a floresta, tem uma cabana para lá. – Apontei para o oeste. Ela me olhou desgostosa. – Não podemos ir até a cidade, ele não vai aguentar. – Apontei para Neal.

Eu vi a indecisão dela, ela olhou para a direção que queria ir. Fiz minha ultima jogada, joguei meu olhar intenso de demônio, normalmente eu o faço com olhos azuis, mas no começo eu os fazia com olhos humanos.

Não entendia bem, mas era difícil dizer não para mim quando eu olhava alguém daquela manheira. Funcionava mais com os olhos de demônio, mas os humanos tinham seu efeito, e ela não poderia sacar que era uma espécie de deslumbramento.

—Ok. – Ela andou naquela direção. – Eu sei de que cabana fala.

Andamos em torno de meia hora, eu conseguiria em dois minutos, mas deixemos isso de lado. Quando finalmente entramos, eu estava com um pouco de agua na boca por causa do sangue, nada preocupante, as bruxas só me deixaram realmente tonta.

Alexandra me ajudou a colocar Neal sobre uma mesa em cima da sala.

—Feche a porta. – Alexandra pediu para mim.

Eu rapidamente fui para frente, aproveitei que eles não me viam e expandi meu escudo mental.

Havia lobisomens ao redor, porém era um pouco longe, ainda assim eles poderiam nos localizar...

Um relâmpago piscou no céu dessa vez.

Deus! Eu nunca agradeci tanto o fato de Forks chover durante todo o ano! O nosso cheiro seria disfarçado pela chuva, suspirei aliviada. Olhei ao redor não sentindo nenhum perigo ao redor, virei a cabeça para o norte quando ouvi os uivos fracos, eles estavam se encaminhando para lá.

Gostaria de saber o porquê disso...

—O que está fazendo aqui fora? – Alexandra agarrou meu braço com força, controlei o impulso de arrancar a mão dela. – É perigoso!

—Está chovendo. – Ela revirou os olhos.

—Sim, isso não garante que não possam nos ouvir. – Alexandra recrutou fechando a porta.

—Como ele está? – Pela primeira vez eu percebi o quão perturbada com a situação ela estava, estreitei os olhos percebendo que Alex tinha sentimentos por Neal.

—Atingiu um outro machucado dele e está sangrando muito. – Ela suspirou indo em direção a escada. – Precisamos de panos para estacar o sangue, não é bom para ele...

Ainda bem que me alimentei mais cedo. Nunca agradeci tanto por Nessie gostar de ser mórbida e curti com a cara dos lobisomens lá em casa, o bife mal passado de ser humano veio a calhar.

—Atingiu a veia dele? – Perguntei puxando os lençóis da cama velha.

—Foi perto do coração. – Ela respondeu um tanto emotiva, Alexandra respirou fundo e pegou o lençol de mim. – Procure pela casa alguma agulha e linha, ok?

Meia hora depois eu estava sem nada, a casa estava realmente vazia e empoeirada. Neal estava pálido, o sangue havia parado a dez minutos atrás, porém o quadro dele era bem ruim.

Muito ruim, do tipo que não pode sair da casa e antes que nos encontrem.

—Vocês tem que sair daqui. – Ele pigarreou, olhei para ele do sofá. Alexandra se virou lentamente da janela. – Os lobisomens vão seguir o sangue eventualmente, precisa lhe dar com isso, Alex.

Lidar com isso?

—Eu não vou fazer isso. – Alexandra falou mal humorada. – Sabe o que significa, não o salvei para vê-lo morrer no meio de uma floresta.

—É só você acabar com isso e eu não preciso morrer nas patas dos lobisomens. – Ele pediu calmamente, olhei incrédula para Neal.

Ele estava a pedindo ela para mata-lo e se salvar?

Isso é ridiculamente romântico.

Eu definitivamente estou emotiva hoje. Mas aquilo me atingiu como um soco no estômago.

—Eu não vou fazer isso. – Alex não olhou para ele, ela estava tentando ser firme.

—Você sempre quis fazer isso. – Ele sorriu de leve. – Já me esfaqueou uma vez, apenas faça de novo. – Pediu roucamente.

Ok, isso foi bem mórbido.

—Eu não vou fazer isso. – Alexandra recrutou novamente, ela parecia em total angustia, mas seus lábios estavam franzidos como se estivesse com raiva.

Olhei para os dois um tanto comovida.

—Não há nada que você possa fazer? – Perguntei franzido o cenho.

—Se tivéssemos uma bruxa, ou sangue de vampiro.

—Sangue de vampiro? – Perguntei confusa.

—Você não pode morrer se tiver sangue de vampiro estiver em seu sistema, não importa o quão feio seja o ferimento. – Alexandra respondeu exaspera. – Mas isso não curaria, só garantiria que ele não iria morrer.

—Tem um monte de bruxas na floresta. – Apontei incrédula.

—Sim, bruxas que sequestraram você por algum motivo. – Alexandra suspirou. – Sobre o que foi aquilo afinal de contas?

—Eu não sei, ela falou sobre união, localizar e poder. – Falei confusamente dando de ombros. – Olha, eu conheço varias bruxas, mais do que eu esperava. Na verdade, a minha primeira vez foi com um bruxo. – Parei de andar percebendo esse fato apenas agora.

Meu primo Henry era bruxo! O filho da mãe estava lá! Eu tinha feito com um bruxo!

Oh cara, até quando eu achei que estava sendo uma humana normal tinha algo sobrenatural.

—Você é peculiar... – Neal me olhou com um sorriso fraco. – Eu acho que iria gostar de conhecer você.

E aquilo só me fez sentir mais mal.

Ele está assim por que me salvou, cadê o meu senso de honra?

Suspirei exaspera, Alexandra se virou para ele. Bem, eles não poderiam saber o que eu era se não tentariam me impedir de sair da casa. Quer dizer, Alex tentaria e algo me dizia para ficar em alerta com ela, meu escudo físico poderia cuidar dela, porém ele não estava muito bem no momento.

Eu casualmente tirei meus sapatos, eu corria mais rápido sem eles.

—Olha, eu vou limpar esses panos, estão bem encharcados.

—Sim, ele está ficando quente. – Alexandra mal me olhou, parei um instante para olha-la. Sorri ao percebe que ela gostava dele daquele jeito, que bonitinho. – O que está esperando? Vai! – Exclamou grossa. Credo! Eu vou salvar o namorado dela e ela me trata assim?

Tudo bem, eu entendendo, ficaria estressada se alguém importante para mim estivesse morrendo e me pedindo para mata-lo. Andei até a cozinha e parei na pia, olhei para o pano cheio de sangue. Olhei para o lado, Alexandra nem sequer me olhava, rapidamente espremi sangue na minha mão e tomei.

Isso me daria um pouco de energia agora. Respirei fundo e me concentrei em meu escudo, procurei os pontos elétricos dos bruxos, eu não sei por que, mas enquanto vampiros eram frios e lobisomens quentes, os bruxos me lembravam eletricidade.

Como se o poder deles fosse uma corrente elétrica.

Abri os olhos, eu podia sentir o formigamento por causa da mudança de cor. Sai correndo rapidamente pela floresta, acho que pude ouvir Alexandra me chamar indiferente e depois me xingar.

Mas era tarde demais e eu estava perto dos bruxos. Parei em uma arvore e procurei o carro onde continha o bruxo que me desvirginou.

Dito e feito, lá estava ele no alto de sua pele bronzeada e cabelos castanhos. Cara, tanto quanto era idiota o desgraçado era gostoso.

Infelizmente não chegava aos pés dos vampiros. Merda! Por que eu fui me envolver com vampiros? Agora só vou querer sexo com eles.

Especificamente com Edward, isso não é uma muito boa, não posso me acostumar demais.

Balancei a cabeça tentando me focar. Havia um grupo de quatro no carro dele. Respirei fundo e empurrei o meu escudo físico de novo, foi um pouco menos difícil de estica-lo. Ergui minha cabeça para ver o estrago que tinha feito e vi o carro virado no meio da estrada.

Bem, ao menos eu posso usar meu escudo com mais facilidade. Seja o que eles fizeram comigo está passando.

Rapidamente desci o monte onde me encontrava, me aproximei do carro analisando os corações, todos estavam inconsciente. Agachei-me e o vi no lado do motorista, as irmãs dele estavam no carro. Bem, ninguém está morto de qualquer maneira, arranquei a porta dele.

Puxei-o para fora do carro com facilidade, ele devia ter o dobro do meu peso, mas nunca conseguiria ser mais forte do que eu. Depois verifiquei se o carro poderia explodir ou qualquer coisa, eu não mataria minhas primas, muito obrigada.

Mesmo que elas quisessem me matar, até eu tenho limites.

Quando vi que tudo estava seguro, eu entrei lá dentro e peguei o celular de uma das bolsas. Rapidamente achei o telefone de minha tia Daw.

—O que foi querida?— Ela perguntou quando atendeu.

—Tem um gps nesse modelo de celular, eu aconselho a usa-lo e achar o local onde elas sofreram o acidente. – Recrutei mecanicamente, então desliguei na cara dela. Digitei rapidamente o celular de Edward, era uma boa coisa minha excelente memoria. – Droga. – Murmurei baixinho quando caiu na caixa postal.

Eu podia ligar para mais alguém?

Se Edward não atendia era por que estava ocupado com os lobisomens na batalha, Nessie era fora de questão, eu não tinha o celular de meu pai. Mas acho que não faria diferença, eu tinha o palpite que todos estavam focados nos lobisomens indo para o norte.

Então eu ouvi um uivo mais forte vindo do oeste, então outro no norte. Guerra de uivos no meio da chuva?

Que divertido!

— Vamos lá garotão. – Falei para Henry inconsciente, enquanto o jogava sobre meu ombro.

Dez minutos depois eu estava jogando Henry no chão da sala. Alexandra se aproximou armada e olhou para mim em choque.

—O que? Ele desmaiou agora, viemos todo o caminho para cá aos tropeços. – Dei de ombros. – Ai está o bruxo, Neal ainda está vivo? – Perguntei franzido os lábios, eu obviamente sabia que Neal ainda estava vivo, mas precisava disfarça.

—Como você...? – Me olhou desconfiada.

—Pelo o amor de Deus! Pergunte depois! – Bufei impaciente, ela me olhou por um instante e então se aproximou de Henry.

Ai uma coisa estranha aconteceu, ela tocou nele e depois ele começou a se mexer. Então Henry se levantou e começou a andar em direção a mesa onde se encontrava Neal e caiu duro na cadeira.

Olhei para ele com a boca aberta, Henry ainda estava inconsciente!

—Você...?

—Pergunte depois. – Alexandra me cortou friamente e deu um belo tapa na cara de Henry. - Hey! Acorde! Qual o nome dele?

—Henry. – Respondi indo em direção a cozinha.

—O que...? – Eu o ouvi falar confusamente.

—Depois bruxo, quero que ajude meu amigo. – Alexandra falou impaciente.

—O que aconteceu? – Ele perguntou ainda confuso, revirei os olhos.

—Ele levou uma facada na região onde quebrou as costelas, perdeu muito sangue...

—Não! Como eu vim parar aqui? – Ele a cortou raivoso. – Eu...

—Sua prima o trouxe, idiota. – Alexandra revirou os olhos.

—Prima? – Ele prendeu a respiração. Hora de eu aparecer.

—Se lembra de mim? – Perguntei me apoiando no encosto da porta. Ele se virou para mim. – Por que eu me lembro do quão frustrantemente rápido você é. – Ergui as sobrancelhas, ele me olhou por um instante.

Ergui meu escudo a um tempo atrás, conseguia deixa-lo sob minha pele agora, eu não queria Henry fazendo algo comigo. Então quando senti algo bater em meu escudo, eu sorri maliciosamente.

—Apenas ajude o loiro. – Acrescentei quando vi o olhar de alerta dele.

—Por que eu faria isso?

—Por que posso obriga-lo a fazer o que eu quiser. – Alexandra respondeu, ela o olhou e de repente Henry mordeu o dedo. – Vai aumentar a força lentamente até que arranque fora, depois disso irá agarrar seu pau e arranca-lo com as próprias mãos. – Ele arregalou os olhos. – Vai ajudar?

—Sim. – Ele disse sufocadamente, ela o deixou ir já que Henry parou de morde o dedo. – Por que você não faz algo? – Ele me olhou.

—O que ela poderia fazer? – Alexandra perguntou franzido o cenho para mim. Neal me olhou de lado meio consciente, Henry por outro lado sorriu parecendo se delicia com algo.

—Você não sabe o que Bella é?

—Como assim?

—O que quer dizer? – Cortei antes que ele respondesse. – Eu não posso fazer nada em relação a ele.

— Você sempre foi uma garota esperta, pense. – Me olhou sarcástico, estralei o dedo distraidamente e olhei para ele tentando entender. – O que você pode fazer? Por que o ritual não a machucaria de verdade?

Estreitei meu solhos, eles queriam me corta, queriam meu sangue.

O meu sangue.

Sangue de vampiro impede pessoas de morrer, eles são imortais faz sentido, demônios são mortais, mas podem se curar...

Ridiculamente me lembrei de Heroes e da líder de torcida que podia se regenerar, o sangue dela podia curar as pessoas, pelo o que me lembro.

Olhei para Neal por um instante, eu podia me regenerar, mecurar, estava no meu sangue, logo ele poderia curar alguém que o tomasse, certo?

Imediatamente entendi o que tinha que fazer, joguei meu escudo sobre os dois e os fiz ficar preso na parede. Rapidamente cheguei perto de Neal e deixei minha face de demônio aparecer, mordi meu pulso e o dei para beber.

Essa é a coisa mais bizarra que eu já fiz, ele arregalou os olhos para mim, mas bebeu. Contei vinte segundos e depois tirei, eu me sentia generosa, mas não vamos exagerar.

—O que porra é você? – Ouvi Alexandra pergunta furiosa.

Me virei lentamente, não me preocupei em esconder meu "rosto de monstro". Eu vi o choque cruzar a expressão dela, enquanto ela tirava a conclusão que sou um demônio.

—Antes que você surte, eu não... – Arregalei os olhos ao sentir uma facada em minhas costas.

Senti a onde choque bater em mim, gritei e joguei meu escudo sobre Neal atrás de mim. Pelo som ele deve ter caído do outro lado da mesa. Me virei puta da vida comigo por ter abaixado meu escudo por um instante e com a atitude de Neal.

Quer dizer, eu salvei a vida dele e ele, literalmente, me apunha-la pelas costas?

Puxei a faca das minhas costas com um gemido de dor.

—Agora vocês sabem... – Henry começou a falar.

—Cala boca, seu imbecil! – Rosnei e me virei para Neal que se levantada com as mãos faiscando. – Você não vai querer fazer isso. – Avisei, ele sorriu e jogou a eletricidade para cima de mim.

Ele bateu em meu escudo imediatamente, eu havia levantado meu escudo de eletricidade de proposito. Então Neal basicamente voou para trás com o choque que ocorreu.

—O que é isso? – Ele perguntou incrédulo.

Me virei para Henry.

—Se passaram quatro anos e você virou um idiota. – Suspirei me aproximando com velocidade sobre-humana. – Eu não sinto muito por isso. – Agarrei seu colarinho e dei um golpe em sua cabeça, ele caiu inconsciente em meus braços. Bufei e o joguei no chão como se fosse um saco de lixo. – Agora, vocês dois. – Me virei para Alex e Neal.

Acho que eles perceberam que não podiam comigo.

Ou não...

Já que Neal lançou uma faca em minha direção, a qual eu facilmente parei. Mas isso foi uma distração para Alexandra pular em minhas costas. Larguei a faca no chão, eu não queria machuca-la muito. Andei para trás com força e a empurrei contra a parede duas vezes. Quando ela afrouxou o aperto, eu puxei seu braço e puxei por cima de mim, a fazendo cair no chão com tudo.

—Chega! – Exclamei exaspera. – Eu não sou um demônio! Deus! Charlie tinha razão vocês iriam mesmo tentar me matar a qualquer custo. – Suspirei impaciente. Neal se juntou a Alexanda e a ajudou se levantar.

—O que quer de nós? – Ele perguntou fazendo uma carranca.

—Um "obrigado" seria bom para começar. – Sorri sarcástica. – Você não pode fazer aquela coisa de manipular meu corpo, Alex, então pare de tentar. – Revirei os olhos, os dois ficaram realmente tensos agora. – Eu não estou mentindo, por incrível que pareça, eu não sou um demônio.

—Por que acreditaríamos nisso? – Alex perguntou exaspera.

—Hã... Dãr! – Exclamei irônica. – Você acha que meu papai não iria saber da minha condição? Que o próprio Edward já não testou tudo o que podia para garantir que tenho uma alma completamente limpa? Hello! Estamos noivos! Desde quando demônios e vampiros se dão bem?

—Como? – Neal franziu o cenho.

—É bem simples na verdade, eu me pareço com um demônio, mas eu não sou realmente um. – Tentei explicar. – Eu fui mordida por um, por isso sou semi-demônio. – Disse em tom didático.

—Isso é possível? – Alexandra sussurrou para Neal. Os dois nem tinham se tocado que estavam se abraçando, mordi o lábio tentando não rir.

—Eu gostaria que não fosse. – Respondi com um sorriso falso.

De repente a porta foi arrombada e nós três nos viramos em alerta. Eu fui a atacada, obviamente.

Mas não foi da maneira que eu esperava. Eram dois braços ao meu redor, me abraçando.

—BELLA! Sinto muito, os bruxos me pegaram na estrada também! – Alice disse quase quebrando minhas costelas.

—Está tudo bem, eu tinha esse casal de mutantes para me salvar. – Abraçando-a de volta. – Hey, Riley.

Ele me cumprimentou de volta.

—Riley, o que você sabe sobre ela? – Alexandra perguntou, Riley olhou para ela e ergueu as sobrancelhas.

Ela ainda estava agarrada a Neal, eles finalmente se tocaram disso e se afastaram bruscamente. Sorri um pouco triste, Renné iria adorar aquilo, ela sempre foi fã desse tipo de romance: Os mocinhos que se gostam, mas não percebem, ou ignoram, é por isso que ela adorava Bones.

—Ela... – Riley me olhou tentando saber o que falar, já que Charlie deve ter ordenado para não contar a eles sobre mim.

—Eu tive que contar, o meu sangue pode curar feridas, estranho né? – Respondi para eles.

—Ela teve contato com veneno de demônio e seu corpo se transformou em um, ela não é queimada por agua benta prova absoluta que tem alma limpa. – Riley respondeu logo em seguida.

—Mas me diga Alice, o que aconteceu? – Perguntei para vampira-fada-vidente.

—Eu estava dirigindo quando tive essa visão de você tendo seu sangue derramado em um circulo de bruxas, eles estavam tentando extrair seu poder. – Franzi o cenho. – Então o carro capotou e minha cabeça começou doer, quando acordei eu estava presa por correntes de prata. Como eu vi que você estava bem, resolvi esperar por Riley.

—Elas queriam extrair meu poder?

—Sim, para dividi-lo para todos do novo coven e para rastrear a bruxa que irá substituir seu lugar nele.

—Ok, eu estou meio confusa. – Me sentei no sofá e ela me acompanhou, Alexandra, Neal e Riley conversavam na cozinha agora. – Que poder eu tenho? O que é um coven? E como assim uma bruxa para me substituir?

—Oh bem, um coven é um grupo de bruxas que se juntam para aumentar seu poder. Sua família gosta de juntar coven entre primos, para manter o poder mais forte ainda, porém você não é bruxa, por isso precisam de seu sangue para saber quem pode substitui-la.

—Tá, isso eu entendi, mas se eu não sou uma bruxa por que tenho poder?

—Bella, você é a herdeira de Renné, se os poderes não estão com você, seu sangue pode localiza-los, por isso precisavam do corpo dela. – Ela abaixou o tom um tanto sem graça. – Porém Edward acha que você tem o poder de sua mãe.

—Sério? – Olhei para ela com o cenho franzido.

—Sim, bem, quando sua mãe faleceu... Foi no mesmo dia em que você achou as crianças, lembra? Você ficou inconsciente por dias, achamos que tinha dado tudo de si e estava apenas se recuperando. Mas agora faz mais sentido pensar que foi a sobre carga do poder de sua mãe sobre você.

Suspirei chocada.

—Eu me lembro que no dia que acordei meu escudo se tornou muito mais forte, eu matei um grupo de estudantes eletrocutado. E um escudo meu simplesmente absorveu um ataque dirigido a mim.

—Exatamente e... – Alice me olhou. -... Sua fome tem aumentado, segundo Edward.

Como eu fui estupida! Eu devia ter me tocado disso! De repente isso faz sentido, eu ando com mais fome mesmo.

—Não se preocupe, isso está acontecendo por que é recente, quando aprender a controlar irá voltar ao normal.

—Controlar o que? Meu escudo?

—Sim, ele não lhe parece diferente?

—Meu escudo físico parece mais pesado, em especial hoje.

—É por que trouxeram seu poder para superfície.

—Mas eu estou bem agora, consigo manipula-lo perfeitamente.

—Por que você só usa parte de seu poder, a outra parte que não é usada exige energia para se manter, logo sua fome aumenta, entende?

—Sim... – Suspirei pensando no que eu tinha que fazer.

—Oh! – Alice exclamou de repente. – Você vai mesmo? – Olhei-a incrédula. – Bem, não é exatamente seguro, mas seria bom você ir mesmo.

—Quando vou? – Perguntei, ela sorriu.

—Amanhã, quanto mais rápido melhor.

—Eu volto o mais rápido que puder. – Falei para mim mesma, Alice acenou com a cabeça. – Ninguém pode saber. – Alice me olhou por alguns segundos.

—Eu não vou contar a ninguém, mas só por que estou vendo que você ficará segura, mas, por favor, leve o celular, se algo acontecer eu irei te avisar. – Acenei com a cabeça concordando.

—Então, como estão as crianças?

—Em segurança em algum lugar da europa, eu espero que em Paris. – Ela suspirou contente.

—Você não sabe? – Olhei-a confusa.

—É claro que sei, mas ninguém precisa saber disso, certo? – Sorriu misteriosamente para mim. – Bem, vamos? Jane está em sua casa com Nessie e três transfiguradores, eu acho que ela vai acabar estripando um deles se não chegarmos logo. Isso sem contar que Kate está com Garrett lá...

—Sim, sim... – Me ergui cansada.

— Sabe, eu acho que tem algo entre Jane e Nicolas. – Alice comentou.

—Eu espero que sim, quem sabe um pouco de sexo a faça ficar de bom humor. – Ergui as sobrancelhas, Alice soltou uma risada que parecia sininhos.

—Volturis. – Alice se dirigiu a cozinha. – Vamos logo para a casa de Bella, é um lugar melhor para ficar a noite. – Eles acenaram se levantando. – Riley você pode leva Henry? Depois o deixamos ir para sua família.

...

Fazia algumas horas que eu tinha voltado para casa, Nessie estava dormindo no sofá com Leah e Jake, Seth parecia o único realmente fascinado pelo filme de terror que assistia. Jane estava no lado de fora com um notebook que só Deus sabe onde arranjou. Kate e Garrett se encontravam com ela, conversando sobre alguma coisa qualquer, ao que parece Jane consegue parar a briga dos dois no instante que começa.

Em suma estava tudo realmente tranquilo. Alice resolveu ficar com Jane, enquanto esperava Jasper e eu fui dormi.

O problema é que eu não consegui dormi. Você poderia me culpar? Eu tive um dia difícil, graças a Deus eu não queria chorar, mas ainda doía. Então eu coloquei Moulin Rouge no dvd do meu quarto e tentei me distrair.

O problema que Moulin Rouge é um musical sobre amor que passa de comedia para tragédia, então eu tirei o filme e liguei a tv a cabo. Agora eu estou roendo as unhas enquanto vejo o grito.

Eu tinha medo desse filme a dois anos atrás, agora eu estou apenas incrédula com o garotinha azul. Quero dizer, o que há de assustador nele? Ele é azul! O Smurfs nunca me assustou, por que...

Então Edward entrou no quarto, ele parecia muito bem com cabelos molhados e sua jaqueta de couro fechada.

Olhando para Edward, eu me lembrei que estava furiosa com ele. Afinal, como raios Edward esqueceu de me contar sobre o tal poder de minha mãe dentro de mim? Isso não se faz!

—E ai? – Perguntei indiferente, não ia surta agora, alguém no filme morrer. Essas partes sempre me deixavam arrepiada, mas agora estou curiosa como ela...

QUE PORRA É AQUELA? A japinha está se arrastando como se não tivesse osso! Coisa perturbadora, credo...

—Bem... – Edward pigarreou, eu continuei olhando para a tela da tv um tanto intrigada, eu não me lembrava disso. – Os lobisomens seguiram Nicolas, então Thomas se transformou e tudo virou uma bagunça. – Ele tirou a jaqueta, olhei rapidamente e voltei para a tv, então arregalei os olhos.

—Você...? – Fiquei um tanto sem palavras.

Não existia muito dá camisa de Edward na verdade, ela parece ter sido rasgada por garras, além de estar totalmente coberta de sangue e terra, olhando para ele...

—Já me curei, Bella. – Revirou os olhos. – Eu só preciso de um banho, estou cheirando a lobo molhado. – Ele torceu a boca em desgosto.

—E você espera tomar banho aqui? – Ergui a sobrancelha cruzando os braços.

—Minhas roupas estão aqui, além disso, fui enviado com Jasper para ver se está tudo bem. – Ele olhou para a tv, estava na parte em que vinha uma musica de suspense. – Eu diria que está.

—Não está tudo bem. – Respondi mais para mim mesma do que para ele. – A família de Renné me sequestrou e tentou fazer algum tipo de ritual bizarro para selar os poderes, que envolvia usar o meu sangue e o corpo de minha mãe. Isso no dia do funeral dela, como alguém faz isso? – Olhei para ele por um instante. – Esquece...

—Do que diabos está falando? – Arregalei os olhos com os rosnado, Alice não havia contado nada... – Eles a sequestraram? Quando? – Franzido o cenho.

—Depois que sai, Alex e Neal me salvaram com os poderes mutantes deles, já que os bruxos tinham me deixado um pouco incapacitada por causa da bruxaria.

—Como eu não li isso na mente deles? – Ele se perguntou incrédulo.

—Eu tenho cara de quem sabe? – Ele se sentou ao meu lado, o olhei feio, Edward estava colocando a bunda cheia de terra e sangue em cima da minha cama!

—Por que não me ligou?

—Eu liguei, mas você não atende o telefone. – Recrutei de volta.

—Então por que não me procurou?

—Eu estava no meio de um sequestro de um primo meu! Isso importa agora?

—Eu prometi ao seu pai que iria protege-la.

—Me desculpe, eu estava um pouco ocupada tentando salvar o cara que me livro da família de Renné. Eu achei que hoje, entre todos os dias, a família de minha mãe seria legal comigo. – Revirei os olhos, jogando minhas emoções para o fundo da minha mente novamente. – Que estupida eu sou. – Ele suspirou e ficou me olhando, então ele franziu o cenho e virou a cabeça para a porta.

—O que é isso?

—Hã?

—Por que eu estou vendo você nua na mente de um cara lá em baixo? – Me olhou com olhos estreitos.

—O que? – De repente o rosto de Edward se transformou em uma carranca.

—Esqueça, eu já vi quem é. – Ele se levantou e tirou a camisa, enquanto ia em direção ao banheiro. – Você tem um dedo meio podre para homem, sabia?

—Você está se incluindo? – Perguntei o seguindo, eu não ia perde a chance de ver a bunda dele, eu precisava me focar em qualquer coisa, por mais pequena que fosse.

Ok, o que Edward tem ali não tem nada de pequeno...

Me sentei no chão do banheiro, contra o encosto da porta.

—Eu não sou homem, sou um vampiro. – Me corrigiu, sua voz estava um pouco abafada pelo som da agua.

—Tanto faz, você ainda anda mentindo para mim. – Recrutei mal humorada, me lembrei que tinha por que ficar irritada com ele.

—Sim, eu ando, mas você não pode dizer nada sobre isso.

—Isso é diferente, Edward. Se fosse sobre algum de seus segredos por mim estaria tudo bem, mas o que você anda escondendo é sobre mim. – Ele ficou em silêncio por alguns instantes, até por fim suspirar.

Me levantei e abri a porta do box bruscamente, ele me olhou surpreso.

—Bella...

— Por que não me disse sobre Renné transferir seus poderes para mim? E sobre o efeito que isso causa? – Rosnei, respirei fundo e tentei segurar minhas emoções.

Quer saber? Isso é tudo o que eu preciso: explodir!

—Por que você já sabe disso, ou vai dizer que não percebeu seu aumento de apetite?

— Eu tinha o direito de saber o por que disso! – Desliguei o chuveiro e o olhei sentindo o formigamento em meus olhos. – Me diga o porquê, Edward!

—Eu não queria falar sobre isso com você. – Ele me empurrou para fora do box e saiu pegando a toalha. – Isso implicaria em falar sobre sua mãe. – Congelei no lugar. – Esse é um tópico delicado. – Cai sentada no vaso.

—Você não queria lidar comigo chorando, admita. – Ele me olhou enquanto se secava.

—Não é isso. – Ele suspirou. – Existem dois motivos para eu não querer falar certas coisas para você: 1) A impostora tem uma conexão com você, tudo o que você sabe, ela sabe.

O que?

—Foi assim que te achei quando foi pega pelos lobisomens. – Se apoiou na pia com a toalha em volta da cintura agora. – Nós havíamos a pego e quando fui interroga-la, ela deixou a conexão entre vocês se abrir e eu pude ler cada pensamento seu durante a tortura.

Engoli a seco, essa definitivamente não é uma lembrança boa.

—Então você parou de compartilha coisas comigo por que outra pessoa pode saber?

—Sim e também por que eu não queria que você pensasse sobre isso. – Olhei para ele. – Perde alguém do jeito que você perdeu é doloroso e eu pude ver cada grama da culpa que sente. Eu... - Suspirou me olhando nos olhos. -... Não quero isso para você.

—Droga, Edward! Eu não posso ficar com raiva de você desse jeito!

—E você quer? – Perguntou erguendo a sobrancelha

—Claro que sim! Você mente demais, seu vampiro arrogante. E sou eu quem está dizendo, isso quer dizer alguma coisa. – Revirei os olhos cruzando as pernas.

—Acho que você consegue entender por que eu quero tanto capturar a impostora agora. – Deu de ombros, estreitei os olhos.

—Sim, claro, por que você quer compartilha coisas comigo, não? – Perguntei cética.

—É algo por ai, você é alguém realmente bom em guarda coisas, definitivamente alguém para compartilha certas coisas. – Cara, isso foi golpe baixo.

—A pior parte é que eu não consigo sentir que você esteja mentindo para mim. – Bufei, Edward deu um sorriso pequeno e estendeu a mão para mim.

—Vamos, Bella, é tarde, vou te colocar na cama. – Suspirei e agarrei a mão dele, Edward me puxou levemente e me guiou para o quarto. – Quando você estiver pronta para falar sobre esse assunto é só me dizer. – Me empurrou de leve na cama.

—Por que você tem tanta certeza que isso machuca tanto? Eu sou uma criatura sobrenatural, posso guarda minhas emoções e matar a sangue frio. – Olhei-o mal humorada.

—Você esqueceu que antes de ser um vampiro, eu tinha uma família? – Ele se sentou ao meu lado, de repente Edward parecia ser realmente velho.

—Você disse que os tirou de sua vida e não quis saber sobre nenhum deles... – Franzi o cenho.

—É verdade, mas teve uma exceção. – Esperei pelo resto. – Minha mãe. – Desviei os olhos dele, Edward também não me olhava, sua visão estava focada na janela, onde a chuva caia novamente. – Eu sei o que é perde alguém tão amado, como vampiro a dor fica pior ainda, e... – Respirou fundo. – Ser uma criatura sobrenatural significa sentir tudo muito mais que os humanos, por isso eu sei que dói.

—Fica melhor. – Afirmei mais para mim mesma do que para ele.

—Com o tempo ela vira uma doce lembrança e você ira sorrir ao se lembrar dela, mas para isso tem que se perdoa. – Olhei para ele impotente. – Eu não preciso ler sua mente para saber que o sentimento de culpa está te consumindo.

—Algum outro conselho? – Perguntei fechando os olhos e apoiando a cabeça na cabeceira da cama.

—Por agora, meu único conselho é que você durma.

—Eu acho que posso tentar. – Suspirei e olhei para ele. – Você vai ficar?

—Quer que eu fique? – Perguntou me olhando de novo.

—Eu não quero ficar sozinha. – Dei de ombros. – E como eu não quero poupar Nessie do constrangimento de acorda em cima do Jake amanhã, ou você fica comigo, ou eu tomo tylenol.

—Isso faz efeito em você? – Franziu o cenho para mim.

—Se eu tomar quatro de uma vez. – Acenei com a cabeça.

—Eu não a quero drogada, fica muito vulnerável. – Se ajeitou ao meu lado e sentou contra a cabeceira. Edward começou a prestar atenção no filme, estreitando os olhos e torcendo a boca de leve.

Olhei para ele por um momento e sorri de leve.

Me senti um pouco melhor agora.

Rose P.O.V

Emmett deu outro soco no lobisomem.

—Onde? – Rosnou, eu olhei para minhas unhas.

Lobisomens tinham contato entre seus grupos, tudo o que queríamos era onde foi a ultima vez que o grupo de Boreas.

—Eu já disse, ele é um traidor! – Cuspiu o lobisomem, Emmett agarrou o pescoço dele.

—Amor... – Interrompi. – Já parou para pensar que isso seja verdade?

—Não é verdade! – Rosnou apertando o pescoço do lobisomem. – Ele estava aqui, em La Push, como ele poderia ter chegado tão perto sem ninguém ver?

Onde está Jasper quando preciso dele?

Ah sim, com a esposa, na casa de Bella, onde Edward (que também poderia ser muito útil) também se encontra.

—Segure-o, eu vou faze-lo. – Emmett me olhou.

—Você não conseguiria, eles tem resistência contra nossos dons.

—Você o enfraqueceu o suficiente, Emmett. – Recrutei, Emmett suspirou e rapidamente virou a criatura para mim. Olhei em seus olhos, podia sentir a sua barreira, era diferente de Bella, a qual não me atacava, apenas ficava ali bloqueando. – Deixe-me entrar, será mais fácil. – Toquei seu rosto para aumentar meu poder.

—Não vou virar seu soldado.

—Amorzinho, você não irá ser meu soldado, irá apenas me contar a verdade, como isso possivelmente poderia ser errado? – Sorri sedutoramente, ele me olhou um pouco deslumbrado. – Me promete responder a verdade. – Me inclinei em direção ao seu rosto, ele olhou para os meus lábios.

—Eu... – Eu lutei ainda mais com seu ataque contra mim, ele tentava me parar.

—Por favor...

—Sim. – Emmett revirou os olhos atrás dele, ele não gostava de mim hipnotizando os outros com sedução, ele sentia certo ciúme, ao menos isso diminuiu com o tempo.

—Você sabe onde está o bando de Boreas?

—Eles são traidores, quando seu bando se encontra em luar próximo, nós nos ignoramos. Trocar tudo pela eternidade os fazem iguais a vampiros, nós odiamos vampiros. – Ele respondeu calmamente.

—Então não sabe onde ele está? – Perguntei com um sorriso, apesar de não querer sorrir.

—Não, eu odeio traidores. – Ele cuspiu no chão.

Olhei para Emmett um tanto frustrada, ele largou o lobisomem no chão e agarrou minha mão. Assim que saímos vimos Lyra e Clay.

—É todo seu. – Emmett entregou uma placa para eles.

Toquei nas costas dele e andamos até o elevador do hotel. Ele quase esmagou o botão do nosso andar, pobrezinho...

—Emmett... – Murmurei enquanto o via entrar em nosso quarto tentando controlar a raiva. – Meu amor...

—Ele esteve tão perto! – Emmett rosnou. – Ele tocou em Bella, Rose.

—Eu sei... – Olhei para baixo me sentindo abalada, eu considerava Bella uma humana extremamente divertida, agora ela era uma amiga.

O fato de Boreas ter a tido em suas mãos...

—Rose, nós vamos encontra-lo e então tortura-lo por séculos. – Emmett agarrou meus braços e me olhou determinado.

Eu sempre via meu marido sendo uma pessoa carismática e brincalhona, quase uma criança, vê-lo nesse estado me deixava completamente desarmada. Eu era a raivosa da nossa relação, não a legal que entendia tudo.

Ainda assim, era Emmett quem estava me abraçando enquanto tentava me livra das lembranças desagradáveis que o lobisomem Boreas me trazia.

—Ele nunca mais irá toca-la. – Abracei meu homem enquanto fechava os olhos mais tranquila.

—Eu sei disso, você irá castra-lo e faze-lo comer a genitais. – Murmurei em resposta e percebi Emmett relaxar.

—Só castra-lo? Desde quando ficou gentil Rose?

—Você me amoleceu. – Me afastei dele e sorri, Emmett abriu seu maravilhoso sorriso cheio de covinhas. Então agarrei suas partes bruscamente. – E está na hora de você endurecer. – Falei em tom mais grosseiro, Emmett ficou completamente duro sobre minha mão.

O vampiro parecia me adorar quando usava meu tom mal-humorado, aquele ditado "É mais fácil pegar moscas com mel do que com vinagre" não vale nada com Emmett, fato.

—Vem aqui, minha ursinha. – Rosnou feliz, enquanto me empurrava para o chão.

Esme P.O.V

—Quem sabe disso? – Carlisle perguntou para Aro.

Para todos os efeitos nós não estávamos nos reunindo no meio da floresta. Ninguém poderia saber Carlisle havia cuidado para que Alice e Edward nem sonhassem com isso por agora.

—Ninguém. – Caius respondeu pelo irmão. – Minha adorável esposa apagou a memoria deles.

—Como Thomas fugiu? – Perguntei incrédula. – Ele é um lobisomem não desenvolvido, sua transformação não é suposta para acontecer.

—É lua cheia, é quando um lobisomem atinge o ápice de seu descontrole. – Aro torceu a boca em desgosto. – Acho que ele não tem consciência da própria condição.

—Como assim? – Carlisle o olhou curioso.

—Eu tenho a teoria de que Thomas desenvolveu uma espécie de dupla personalidade, eu o toquei antes da transformação e depois também, quando pulou em mim. Linhas completamente diferentes de pensamentos, a segunda linha sabia do que era capaz de fazer, extremamente perigoso.

Ouvimos os passos se aproximar e Athenodora saiu da floresta arrastando Madeleine. Sem qualquer cerimonia a esposa de Caius empurrou a bruxa, que se ajeitou rapidamente e nos olhou furiosa.

—Como se atrevem? – Cuspiram, pude percebe que havia algo de errado com seu braço, estava semi-curado. – Perderam a noção do que sou capaz?

—E você? Perdeu a noção do que nós somos capazes. – Marcus recrutou bruscamente. – Como ousa tocar em uma Swan? – Ele rapidamente segurou o pescoço da mulher que arregalou os olhos, até eu estava surpresa pela demonstração de sentimentos dele.

E ele estava furioso, essa visão de Marcus não é algo que queira se ver.

—O... – Ela tentou gaguejar, Marcus a largou contra uma arvore.

—É melhor ter uma excelente razão. – Ele recrutou voltando a pose fria.

—É claro que eu tenho um excelente razão! – A bruxa disse venenosamente. – Usei o corpo de minha própria filha para o ritual! Acha que me orgulho disso? - Vi um breve lampejo de dor, pude percebe que ela segurava o colar no pescoço.

Estreitei os olhos curiosa, ela viu meu olhar e o colocou dentro da roupa rapidamente. Não foi dificil identir ficar quando ela fez esse movimento rapido, era um vidrinho com cinzas.

Cinas de Renné, eu aposto.

—Não me importa com o que se orgulhe, fale logo. – Caius revirou os olhos.

—Muito bem. – Ela suspirou. – Vocês não conseguem sentir no ar? O poder que nos ronda.

Agora que ela falou, sim, havia algo, mas não conseguia identificar.

—É a magia de Renné? – Aro perguntou interessado.

—Quem me dera, quando tentei convocar essa corrente solta no ar, mas ela pertence a alguém vivo. – Ela ergueu as sobrancelhas para nós.

—Isso quer dizer que... – Carlisle franziu o cenho. – Tem uma bruxa nova na cidade, alguém que acabou de completar a maioridade.

—É quando nosso poder fica mais descontrolado. – Ela acrescentou. – De qualquer maneira, segundo Sue, o poder se manifestou quando cheguei a cidade, isso significa que está tentando chamar minha atenção.

—Por que a bruxa só não se apresenta? – Estreitei os olhos.

—É uma manifestação inconsciente, vampira. – Respondeu a mim. – Magia tem vida própria, é dobrada a nosso favor por que nós a alimentamos. – Sorriu falsamente. – De qualquer maneira, Renné foi a líder do antigo coven, a magia que me chamou sabia que eu precisava de um novo integrante.

—Você fez o ritual para que?

—Localizar a bruxa, acho que nem ela, ou ele, sabe de seu poder, por que eu não conseguia achar nenhuma evidencia de bruxaria pela cidade. Não nos lugares onde adolescentes frequentam. – Deu de ombros. – Bella seria a líder se fosse pura, ou humana, o coven precisa ser fechado por isso naturalmente procurou um novo líder. Eu precisava do corpo da antiga líder e do sangue da substituída, mas seus humanos atrapalharam.

—Agiram em segredo, o que esperava? – Aro perguntou grosseiramente.

—É claro que agi em segredo, vocês tinham um traidor nos Volturis! E os Cullen não são o clã com quem minha família é aliada, por que exatamente eu falaria algo dessa magnitude?

—Pensei que fosse uma bruxa comum que está no auge de sua forma. – Carlisle observou estreitando os olhos.

—Ela ou ele será o líder do coven, com nós bruxas, os mais fortes dominam os mais fracos. – Disse friamente.

—Teve êxito? Segundo o relatório de Alexandra e Neal, vocês...

—Metade. – Ela cortou Aro. – Está incompleto, não pudemos localizar a bruxa por causa da falta de sangue de Bella.

—E deixe-me adivinhar, você quer isso de nós? – Athenodora perguntou sarcástica.

—Um pouco de sangue não a matará, além do mais, não precisaremos disso mais. Bella sabe onde está o escolhido para o novo coven da família, com seu sangue eu posso arranca-lo de dentro dela, mas ela pode simplesmente achar.

—Seria mais fácil dar o sangue a ela. – Carlisle comentou para nós. – Bella não a ajudaria depois de ver o que fez com o corpo de Renné.

—Falarei com o General. – Aro concordou. – Em troca seu coven nos servirá.

—Nada realmente diferente do nosso acordo inicial.

—Na verdade, existe algo... – Carlisle os interrompeu, Madeleine ergueu a sobrancelha. – Eu preciso que localize uma pessoa para mim.

—Preciso de algo dela. – Madeleine recrutou em tom arrogante.

—Ela tem o seu um laço de sangue ligado a um parente seu, que tal isso? – Carlisle recrutou com um sorrisinho adorável.

Nessie P.O.V

É realmente triste, viu?

Uma garota na minha idade, sendo o que é...

Se escondendo no supermercado.

E eu nem me alimento do que vende aqui! Se eu quiser pagar para comer devo ir a um prostibulo, ou ao hospital.

De qualquer maneira, eu comprei carne e chocolate, quando fico deprimida me arrisco a comer um pouco. É sempre estranho ir ao banheiro, sem brincadeira, é nojento! No começo eu bem que tentei, mas vomitei quando senti o cheiro do numero 2.

É... Isso é vergonhoso só de pensar.

Olhei ao redor sentindo um certo calor no rosto, isso lá coisa para se pensar no supermercado!

Ao menos é melhor do que pensar no Jake e a cena de hoje de manhã.

...

Merda! Acabei de pensar...

Que lugar quentinho... Bem propicio para o clima de Forks. Me ajeitei mais confortável e feliz.

Dei aquela fungada para aproveitar o cheiro delicioso, a respiração quente batendo em meu rosto...

Espera.

Respiração?

Abri os olhos e dei de cara com Jake.

—HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

Jane apareceu rapidamente em alerta, então viu a cena e deu uma risada sarcástica ao me ver no chão completamente assustada e Jake completamente perdido.

Leah me xingou por acorda-la cedo, ai eu bati boca com ela, e Seth acordou dizendo que estava com fome...

Bem começamos a discutir.

Edward surgiu na escada e nos silêncio com uma única palavra rosnada em outro idioma (não sei o que era, mas parece realmente feio), ele parecia bem impaciente conosco. No fim, eu me vesti e fugi para o supermercado.

E agora, eu acho que vou fazer compras...

Senti o celular vibrar.

Estou saindo da operação por alguns dias. AP

Anna Preston, codinome de Bella.

Ergui as sobrancelhas e entendi imediatamente que Bella estava usando sua rota usual de fuga. Ela iria viajar para algum lugar e eu não podia saber por que tem vampiros que lêem mente.

Hum...

Lembre-se de comprar o quadro. PB — Enviei de volta. Pam Blauth era o meu codinome.

Guardei o celular e empurrei o carrinho para a mulher do caixa. A mulher me olhou estranho, afinal eu só comprei carne e chocolate. Sorri falsamente e estendi um dos meus dez cartões de credito.

Sai pelo estacionamento carregando os alimentos e então parei de repente.

Por que eu comprei carne? Tipo, Jake come carne! Ele vai achar que eu quero agradar ele.

Meleca!

Joguei a carne no lixo imediatamente e segui em frente, em direção ao estacionamento. Parei ao lado do meu carro, coloquei meu chocolate no banco de trás e, então, meus sentidos me alertaram.

Havia algo de estranho no ar.

Credo! Estou imaginando coisas! A chuva faz isso.

Olhei sobre o ombro só por garantia, só havia chuva ali. Suspirei me concentrando em minha audição, torci o nariz quando ouvi tudo ao meu redor e controlei meus ouvidos.

Ok...

Franzi o cenho, agora eu acho que ouvi algo... Parecia um coração batendo. Olhei ao redor e me concentrei de novo em minha audição, só que com mais calma, para tudo não vir de uma vez.

Segui o som do coração calmamente, não queria assustar o humano que estivesse atrás do carro. Não adiantou, já que o barulho dos meus saltos assustaram dado ao fato de seu coração acelerar e sua respiração ficar audível.

Parei na frente do carro, ele ou ela se encontravam logo ali atrás.

—Eu sei que está ai. – Falei em voz alta. – Ficar na chuva não faz bem para a saúde, sabia?

—Me ajuda. – Ouvi uma voz masculina sussurrar, me aproximei a passos humanos, não poderia agir como um demônio no meio do estacionamento chuvoso.

Abri a boca surpresa ao ver um rapaz todo esfarrapado e nu na minha frente.

NESSIE NÃO OLHA PARA AS PARTES INTIMAS DELE!

Travei a mandíbula e me concentrei no rosto do coitado.

—O que aconteceu? – Perguntei genuinamente curiosa, me inclinei e ai senti seu cheiro. – Ok, não precisa explicar, já tenho uma boa ideia, eu conheço gente da sua laia. – Agarrei o braço dele, a criatura tentou escapar, mas eu o puxei com força.

Como resultado eu vi as parte deles.

Deus do céu!

Aquilo era certamente inspirador.

Balancei a cabeça e tirei meu casaco, dei para ele e rapidamente o lobisomem fez uma espécie de tanga com ele.

—Como assim gente da minha laia? – Ele perguntou se levantando com dificuldade.

—Lobisomens. – Revirei os olhos, ele me olhou espantado, que engraçado... – Fica frio, eu também não sou humana, então nem tente fugir, ok?

—Você é uma vampira? – Ele arregalou os olhos parecendo ainda mais assustado.

—Não, eu sou um... Um... – Parei para pensar. -... Bem, gostam de me chamar de semi-demônio.

—Demônio? – Saiu apenas um fio da voz do coitado, dei uma risada.

—É, eu sei, demônio tem veneno, entende? Então minha criadora foi mordido por um e depois me mordeu, agora tenho o corpo de um, bizarro né?

Ele rapidamente acenou com a cabeça, a boca do infeliz ainda não tinha se fechado.

—Você conhece os Volturis? – Fiz uma careta com a pergunta.

—Eu não gosto dos Volturis, eles tentaram decapitar. – Coloquei a mão no pescoço. – Dá pra imaginar isso? – Ele me olhou estranho.

—Você parece muito tranquila sobre isso.

—É por que minha mãe vai casar com um vampiro que pertence ao outro clã, os Cullen, eles até que são gente boa. – Acenei solene.

—O que?

—Desculpe, estou te confundindo, vem! Vamos lá pra casa. – Ele me olhou hesitante. – Qual é? É um lugar quente, tem comida, um chuveiro elétrico, roupas... – Sorri tentando convencer, ele suspirou e acenou.

Agarre o braço dele e o arrastei pelo estacionamento em minha velocidade. O coitado não poderia ser visto com um casaco de tanga.

—Wow! – Ele exclamou quando paramos ao lado do meu carro.

—Yeah, eu sei, fiquei assim na primeira vez também. – Respondi destravando o carro e abrindo a porta para ele. – Entra.

Assim que nos vimos no carro, eu pensei direito. Jake é Volturi e o cara não parece gostar dos Volturis, além do mais é um lobisomem.

Foi os lobisomens que torturaram Bella.

—Como você sabe que eu sou um lobisomem? – Ele perguntou me interrompendo mentalmente.

—Seu cheiro.

—Meu cheiro? – Ele arregalou os olhos. – Deus! Eu não me lembro de ontem a noite e agora uma semi-demonia vem dizer que cheiro a lobisomem. – Ele colocou a cabeça entre as mãos, parecia miserável.

—Não se lembra? – Perguntei confusa.

—Eu acho que me transformei ontem. – Ele disse em voz baixa.

—Acha? – Pelo o que Jake me contou os lobisomens tinham consciência do que eram.

—Eu não sabia que era lobisomem, tá legal? – Ele disse na defensiva, ergui as sobrancelhas. – Quando vi estava trancado em uma cela, com duas vampiras, e elas me disseram que eu era um lobisomem.

Então esse sujeito é inocente, certo?

O que faço se encontrar um lobisomem nu no estacionamento?— Perguntei a minha mãe via celular.

A resposta foi rápida.

Se faça de amiga. Quem é? E como foi ficar nu no estacionamento?

—O que foi isso?

—Nada, só confirmando com minha mãe uma curiosidade sobre lobisomens. – Respondi dando de ombros, então agarrei seu pescoço. – Você atacou Isabella Swan? – Rosnei mostrando minha cara foda de demônio derpente. Ele me olhou horrorizado.

—O que? Quem? Oh meu Deus!

—RESPONDA! - Rosnei violenta.

—N-n-não. – Olhei por alguns segundos, estreitei os olhos e torci a boca, ele não mentia.

Eu era como Bella, podia dizer quando uma pessoal mente, como um instinto.

Larguei-o bruscamente. Ele passou no teste.

—Meu amor, você está mais perdido do que cego em tiroteio. – Joguei o cabelo para os lados e sorri animada, enquanto ligava o carro. – Aceita chocolate?

Eu vou arrancar cada grama de informação que esse lobisomem tiver, isso é fato!

Vou começar com o nome dele.

Edward P.O.V

—Apenas pergunte a ela quem é a bruxa. – Carlisle pediu, ergui as sobrancelhas.

—Por que? Como ela poderia saber?

—Essa era a finalidade do ritual, a avó iria arrancar essa informação com o sangue dela e é assim que os Volturis iram descobrir quem é a bruxa poderosa na cidade. – Carlisle colocou os pés sobre a mesa.

—E você quer a informação. – Acrescentei.

—Sempre é bom ganhar a simpatia das bruxas poderosas da cidade. – Esme sorriu do sofá.

—Não é só isso, não é mesmo? – Perguntei curioso, a mente dele estava completamente fechada dessa vez.

—Coisa de bruxas. – Ergueu as sobrancelhas. – Além disso é sempre bom estar a frente, a avó de Bella ainda nos fez a cortesia de nos da a localização da impostora.

—Isso é interessante.

—Sim, mas ficará pronto a tarde. – Esme bufou revirando os olhos.

—De qualquer maneira, acharam Thomas? – Perguntei cruzando os braços.

—A chuva ajudou a apagar o rastro dele, o pai não compareceu ontem a noite, então ele desfez seja lá o que mantinha Thomas preso a forma humana, mas existe algo de errado com o garoto.

—Eu percebi, os pensamentos dele mudaram bruscamente e se tornaram mais violentos, eu não acho que era o Thomas que estava ali, era muito mais violento.

—Seja lá o que for ele quase matou você. – Esme suspirou raivosa. – Como vai Bella? – Perguntou interessada.

—Bem, considerando tudo. – Carlisle se apoiou na cadeira pensativo. – O que foi?

—Você gosta dela, não é mesmo? – Ele me perguntou estreitando os olhos.

—Gosto, é uma criatura interessante. – Dei de ombros.

—Não quis dizer nesse sentido. – Esme se endireitou me olhando interessada.

—Não tem a menor possibilidade de me apaixonar, Carlisle. – Franzi o cenho para ele.

—Então por que foi tão determinado quando assinalou que iria se casar com ela? Selene acredita piamente que você é completamente apaixonado por ela. – Ele recrutou. – E Selene não é o tipo de pessoa que cai em mentiras dessa magnitude.

—Sou um excelente ator e eu realmente não gosto quando tão palpites em minha vida.

—Sim, claro, nós nos lembramos da ultima vez. – Esme respondeu acidamente, não olhei para ela, o passado não era algo que eu tinha orgulho. – Agora as coisas fazem sentido, Edward se apaixonar é algo impossível, ele já se apaixonou antes, é traumatizado.

Estreitei os olhos para ela, isso foi golpe baixo.

—Não sou traumatizado, não há ninguém que vale a pena ainda.

—Ainda? – Esme perguntou irônica.

—Segundo Alice eu irei me casar, ela só não consegue ver com quem. – Bufei impaciente. – É alguém que já conheci, por isso a imagem é embaçada.

—Nenhum palpite, meu amor? – Ela perguntou a Carlisle.

—Bem, tenho certeza que não será Tanya. – Carlisle zombou de volta.

—Vocês dois estão muito engraçadinhos hoje. – Recrutei dando uma risada falsa. – Bem, eu vou indo, tenho que convencer Bella a contar quem é a bruxa que vai roubar o lugar de líder dela.

—Mande beijos á ela. – Esme deu uma risada.

—Eu tenho certeza que ele irá. – Carlisle acrescentou dando uma gargalhada.

...

Quando cheguei a casa dos Swan, não pude deixar de percebe o quão silenciosa a casa estava. Abri a porta e estreitei os olhos, Bella havia coberto todos na casa, ou não havia ninguém aqui.

Provavelmente a primeira opção.

Porém o escudo físico não estava levantado...

Cheguei a sala e entrei em alerta.

Leah e Seth estavam desmaiados, Jane presa e Bella estava parada na frente da lareira da sala.

A realização me bateu quando ela se virou para mim.

Não era Bella.

—Soube que me procuravam. – Sorriu simpaticamente, enquanto se apoiava ao lado da lareira. – Eu realmente amo o clima de Forks, é tão fácil andar por aqui nessa época do ano. Os cheiros todos se misturam e encontrar alguém é quase impossível.

—O que faz aqui?

—Eu resolvi dar uma passada, vocês estavam me procurando e tudo mais. – Deu de ombros indiferente.

—Onde está Bella?

—Você sabe que eu não faria mal a ela. – Revirou os olhos e cutucou Leah com o pé. – Pobre transfiguradora, seu amor não é correspondido. Você sabe o que é isso Sr. Masen? – Me olhou de felinamente.

Aproximei-me da sala cautelosamente e me sentei no sofá.

—Qual é o seu nome, estou cansado de me referir a você como impostora? – Perguntei a ignorando, informações isso era importante agora, ela era tão rápida quanto eu, tinha que pega-la de surpresa.

—Me chame de... – Ela sorriu divertida. -... Anna. Acho que é melhor do que impostora. – Ela deu uma risada baixa.

—O que faz aqui?

—Eu já lhe disse. – Ela se sentou ao meu lado, eu não poderia ataca-la, ela podia estar com Bella. – Aliais, eu os prendi por que me atacaram. – Jane se mexeu mal humorada, acho que ela poderia pulverizar alguém aquele olhar. – Não seja tão temperamental, Jane.

—Me responda! – Exclamei impaciente. – Sabe que a prenderemos novamente, por que se arriscar?

—Vocês são um bando egoístas, isso sim! Eu estou salvando a bunda de todos vocês e me agradecem como? Me prendendo! – Olhei-a incrédulo, ela parecia indignada mesmo.

—Você roubou a aparência de minha noiva, a feriu com um galho e me esfaqueou.

—E? Não é como se você não soubesse nos diferenciar. – Ela me olhou. – Espera! Você não pode nos diferenciar, até me beijou. – Sorriu divertida.

— Você me beijou. – Recrutei acidamente.

—E nem sequer soube me diferenciar pelo beijo. – Ela me olhou com falsa repreensão, minha mão coçou de tamanha era a vontade de bater nela. – Mas não faz mal, eu sou mesmo a Bella, então não temos diferença alguma...

Agarrei seu pescoço e a empurrei para o sofá.

—Você não é a Bella. – Rugi, ela sorriu estranho para mim.

—Sou sim, sabe essa Bella que você conhece? Guarde bem na memoria, por que ela vai mudar. – Agarrou minha mão e a puxou com força, ela era quase tão forte quanto eu, é claro.

—O que quer dizer? – O sorriso dela se tornou irônico.

— Eu vim aqui para dar um aviso bem claro: Pare de me procurar, tanto por magia, quanto por meios humanos. Tem coisas maiores acontecendo ao seu redor, por exemplo... – Se inclinou em minha direção. -... Nessie e Jake. – Fiquei confuso com a sua fala e me distrai

Foi nesse momento que ela enfiou uma faca em mim, me empurrou e sumiu de minhas vistas.

EDWARD ME TIRA DAQUI!

Tirei a faca de meu estômago com um rosnado dolorido. Olhei para Jane que não parava de gritar mentalmente para mim.

—Cadê a Bella? – Perguntei desatando as correntes.

—Eu não sei, ela chegou na cozinha se passando por Bella e quando vi tinha essa faca enfiada em meu estômago e um monte de correntes ao meu redor.

Corri para o quarto de Bella e nada encontrei, obviamente, eu pensei em seguir Anna, mas ela tinha um ponto: O cheiro dela era encoberto por vários outros.

—Ô de casa! – Ouvi Nessie exclamar lá embaixo. – Eu trouxe mais um sem-teto!

Cheguei no andar de baixo para vê-la com Thomas ao seu lado, quase desmaiado.

Mas será possível que Nessie não pode ficar longe de um lobisomem? Primeiro Jake, depois Nicolas e agora Thomas.

—Nessie, sua mãe...

—Não entre em pânico, papito. – Nessie me cortou calmamente. – Bella ralou peito e eu não sei onde ela esta, mas tenho certeza que está bem. – Acenou solene. – Agora, dá pra ajudar? – Aponto para o miserável Thomas.

—Ele é prisioneiro dos Volturis. – Recrutei o olhando.

—Por quê? – Estreitou os olhos.

—Ele é filho do líder do bando de lobisomens que quer sua mãe morta, portanto... – Agarrei o braço do lobisomem. – Jane leve ele para os Volturis, eu vou atrás de Anna.

—Quem?

—A Bella falsa. – Respondo minha descente já na porta da cozinha.

Segui seu rastro fresco até onde consegui, até que parei em um penhasco em La Push. Olhei para o mar tentando acha-la, mas não consegui enxerga nada. Me virei para ir embora mais algo me chamou atenção.

As pegadas no chão.

Eram dela, mas havia algo, elas paravam e se viravam, olhei para a frente e vi mais pegadas. Outra pessoa veio aqui, segui as pegadas e senti cheiro de sangue.

Me abaixei e peguei o pedaço de tecido no chão, era da roupa de Anna.

Ergui meus olhos para a árvore, também havia sangue ali. Eu quase podia ver alguém sendo empurrado e esfaqueado.

Eu tinha a sensação que Anna tinha mais inimigos do que eu pensava. Seja o que aconteceu, o ganhador arrastou o corpo do perdendo e pulou no mar.

O meu celular vibrou.

Eu sei que você quer pular no mar. Mas temos coisas mais importantes agora! Thomas está com Nessie, sua filha.Alice pareceu urgente. Eu não posso ver nada! ENTÃO ANDA LOGO, HOMEM!

Desliguei o celular, olhei para o mar mais uma vez e corri para a casa dos Swan.

Quando eu cheguei lá, fiquei incrédulo com a situação toda.

—Como assim ele não pode ficar aqui? – Nessie cuspiu. – Ele estava nu e assustado no meio da chuva, tenha vergonha na cara, Jake!

Jacob havia chegado e enlouquecido ao ver Thomas. Black sabia o que havia acontecido com Nicolas.

—Ele é perigoso, quantas vezes eu vou ter que repetir? – Ele segurou os ombros dela e a sacudiu. – Será que dá para me ouvir uma vez nessa vida!

—Não! Ele está mal Jake e não tem nada a ver com o que fizeram a Bella.

—Como você pode ter certeza disso?

—Eu sei quando mentem para mim. – Jake a olhou incrédulo. – Mamãe e eu temos esse instinto que nos alerta, por isso nós duas mentimos tão bem.

—Ele pode não saber, mas ele ainda é um lobisomem...

—Como se você não...

—CALADOS! – Os dois se silenciaram ao me ouvirem, seus pensamentos mudaram para medo quando viram meu rosto.

Não os culpo é algo instintivo.

Leah gemeu apoiando a cabeça no sofá, Seth ainda estava desmaiado e Jane estava de plantão ao lado de Thomas.

—Jane, eu não quero voltar para lá. – Thomas murmurou. – Eles me surraram, pegaram meu sangue, mal me alimento, eu nem sei como fui parar no estacionamento.

—Não se lembra? – Jane franziu o cenho para mim. – Ele...?

—Foi ele quem provocou a divisão ontem. – Respondi colocando as mãos no bolso.

Nicolas teve sucesso em atrair os lobisomens, mais um segundo uivo os confundiu.

Esse era Thomas, que por algum motivo desconhecido por mim, e por ele, estava com o rosto encostado no estomago de Jane, procurando um pouco de conforto da mesma.

—Onde está Nicolas? – Jane franziu o cenho para mim, olhei-a por um instante, ela estava um pouco preocupada... Quem diria?

—Está no hotel com os Cullens, não foi uma boa noite para ele. – Jacob respondeu com a expressão escura. – Você fez os lobisomens querer ataca-lo, não foi bonito. E depois resolveu lutar com ele, obviamente você perdeu, mas antes de fugir feito um covarde o empurrou e o fez rolar morro abaixo.

—Você machucou Nicolas? – Nessie perguntou chocada. – SEU... – Jake passou o braço pela cintura dela para conte-la, teve que levantar Nessie do chão, por que ela não parava de espernear.

—Agora ela resolveu dar ataque. – Jake comentou revirando os olhos.

—PARE! – Thomas explodiu. – Eu não me lembro de fazer essas coisas. – Colocou a cabeça entre as mãos.

Todos ficaram em silêncio, ainda assim eu podia ouvir todos os pensamentos na sala.

—Me diga que merda é essa? – Nessie murmurou agarrando meu braço, me soltei, segurei seu braço e a arrastei para a cozinha.

—Ele tem dupla personalidade, então, tecnicamente, não foi culpa dele, só reagiu ao ver alguém comandando o que é seu bando por direito. – Ela suspirou.

—Pobre Nicolas... – Cruzou os braços e formou um bico nos lábios. -... Pobre Thomas também.

—Sem querer quebrar seu momento "sinto pena dos lobisomens", onde diabos está sua mãe? – Perguntei em tom sério.

—Ela viajou, eu já te disse isso. – Ela revirou os olhos. – Oh! Eu entendi, ela não te disse e você ficou magoado, né? Não se preocupe, ela faz isso o tempo todo.

—O que? Viajar? – Franzi o cenho não me importando de seguir os confusos pensamentos dela.

—Não contar algo, é algo que ela faz o tempo todo. – Ela recrutou cruzando os braços.

Ou você acha que não suspeito do noivado dos dois?— Olhei para ela sem expressão.

—Eu leio pensamentos, sei bem o quanto acredita e o quanto desconfia. – Estreitei os olhos. – Sei o que pensa sobre Bella e eu, Nessie, e sim, nós vamos nos casar, não estamos apenas namorando.

—Sei. – Ela jogou os cabelos sobre o ombro um tanto arrogante.

— Então?

—Então o que? – Me olhou confusa, revirei os olhos impaciente.

—Onde está Bella?

—Eu disse que não sei. – Ela me olhou como se fosse obvio. – Você pode ler minha mente o quanto quiser.

—E você não tem nenhum palpite. – Estreitei os olhos.

—Claro que tenho. – Comecei a ouvir uma canção de ninar. – Mas graças ao meu dom, eu aprendi a controlar meus pensamentos. – Então se virou para o armário e pegou alguns ingredientes.

—Você está mesmo indo fazer chocolate quente para Thomas? Ele é prisioneiro Volturi!

Ela bufou e pegou o celular, fiquei em alerta, Nessie estava ligando para Bella.

O que?— Apurei meus ouvidos para entender algo no fundo, ela estava em um calmo... Ela estava isolando o lugar.

—Papai está ouvindo também, mãe. – Nessie me olhou erguendo as sobrancelhas.

Vocês brigaram?— Ela perguntou confusa. Já?

Arranquei o celular da mão de Nessie.

—Você não pode simplesmente sair assim. – Falei entre os dentes.

—Eu não sai, eu viajei.Bella recrutou.

—É pior! – Rosnei socando a bancada, Nessie me olhou feio. – Sua cabeça foi posta a premio: lobisomens, demônios, caçadores de recompensa, bruxas, grupo religioso praticante de magia negra...

Ok, eu entendi o seu ponto, não precisa me dar toda a lista. – Ela suspirou. – Porque Nessie está me ligando? Ela não faria isso sem motivo e você querer falar comigo não é motivo.

Agora eu fiquei indignado com a indiferença dela. Nessie tomou o celular de mim.

—Sabe o filho do líder lobisomem que vocês vem caçando? Thomas? Eu o encontrei no estacionamento, nem o reconheci de tão sujo que estava, coitado. Esta todo pelado e sujo de terra, eu tive que trazê-lo para casa, mas parece que ele é um prisioneiro Volturi e...

—Vá direto ao ponto. – Reclamei querendo acabar logo aquilo.

—Bem, podemos mantê-lo conosco? Você é filha do general Volturi e tudo mais.

Você pode sim, Nessie.— O que? Nessie me olhou vitoriosa.

Peguei o telefone de Bella.

—Você não tem autoridade para isso. – Franzi o cenho. – Está cobrando briga com Aro, Bella.

—Ele não precisa saber,Edward. Ergui as sobrancelhas me interessando pelo o que ela pretendia. –Vamos colocar dessa maneira: você fica quieto e ninguém descobre.

—O que ganharia com isso? – Cruzei os braços.

—Um beijinho.Ela zombou.

—Bella, não brinque com algo sério. – Estreitei os olhos, ela não podia apenas colaborar?

—Edward,você seria capaz de me trair?— Ela perguntou, trinquei os dentes contento a vontade de responder a verdade, mas Nessie estava na cozinha. Você jamais faria isso por que é meu noivo e me ama.E quase podia ouvir o sorriso na voz dela. – Não émesmo?

Ela tinha acabado de ameaçar contar a verdade sobre nós dois. Merda! Isso mexeria com a aliança dos dois clãs.

Afinal nós enganamos os Volturis.

—Foi o queeupensei.— Então ela desligou.

Isabella Swan podia ser uma vadia quando queria.

Amassei o celular na minha mão.

Não se mexe com Edward Cullen sem pagar.

—Hey! – Nessie exclamou

Bella iria se arrepender dolorosamente de me ameaçar.

Tradução do que Alex e Neal falaram:

Waar? - Onde?

Kelet. - Leste.

Wat is er gebeurd? – O que aconteceu?

Nie widziałem. – Eu não vi.

Słyszałeś to?Ouviu isso?

Da... - Sim.

—Het is een verspilling van tijd! - É perda de tempo!


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Notas finais do capítulo

Meus amores, eu realmente não sei o que falar por agora. O capitulo teve bastante coisa, não?
Bem, vou deixa-los comentar e dizer o que acharam e o que gostaram!
Até logo!
Maça ;*