O Brilho das Estrelas escrita por Rafaella_Dutra, Lola Mazzieri


Capítulo 7
Provoco uma guerra de comida e tenho sonhos do mal


Notas iniciais do capítulo

Prometo que no logo comeca a acao, e ela descobre quem sao seus pais. Mas nao eh nesse capitulo.
Esse cap. foi inspirado em um livro MUITO famoso. Alguem adivinha quais sao as 2 partes? e de que livro eh?
Obrigada a todos que me mandaram reviews.



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No capitulo anterior:

" -"Então, eles seriam imortais, em troca do voto de castidade. Ficaram conhecidos como os cavaleiros das trevas. Poderiam se locomover através das sombras, torturar as pessoas com o olhar e ganhariam marcas vermelhas, unicas, e adagas negras. Como a que voce possuia. Mas, se eles o traissem, quebrando seu voto, teriam a morte mais dolorosa possivel. Afrodite foi contra, desde o principio, e tentou argumentar contra ele, obviamente não deu certo."

Era informação demais para absorver. 

-"Marcas vermelhas. Cicatrizes vermelhas"- Eu murmurei.

-"Exatamente. Não sou filho de Nico, Avril. Sou um de seus cavaleiros"-Depois que ele disse isso, tudo que pensei foi: Ferrou."

Capítulo 6

.:Passado, Presente e Futuro: Sonnhos de Semideus:. 

Ninguém disse mais nada. O ar parecia pesado, de tão dificil de respirar. Stark abaixou os olhos, como se tivesse medo de me encarar. Eu não sabia o que pensar. O conhecia a tão pouco tempo, mas de certa forma, pareceu uma eternidade. Estava sentindo algo estranho. Algo que jamais havia sentido. Não era bom. Parecia me consumir. Minha boca pareceu amarga, e as lágrimas estavam prontas para rolar por minha pele. Não iria chorar. Eu nunca choro. É um dos lemas da minha vida. Choro é um sinal de fraqueza. Nunca tive pavio curto. Porque na verdade nunca cheguei a ter um pavio. Mas eu estava mais irritada do que nunca. Infelizmente, não podia fazer nada. O silêncio prevaleceu. Quase não sentia minhas pernas, dei alguns passos para trás, na inútil tentativa de me apoiar em algo inexistente. Resolvi romper o silêncio:

- "Quantos anos você tem?" 

- "16."

- "Há quanto tempo voce tem 16, Stark?"

- "Há um bom tempo."

- "Stark. Quanto. Tempo?" - Exigi.

- "89 anos, 8 meses e 17 dias." - Ele olhou pela janela.

Ok. Eu espera uma resposta do tipo: 'Sei lá, uns 90'. Ou algo assim. Mas ele realmente me surpreendeu, ele contava os dias. Ainda me restavam inumeras perguntas, mas olhei pela janela, e vi que já estava escurecendo. Tínhamos passado quase 4 horas dentro da casa grande. Resolvi fazer apenas a pergunta que julgava mais importante, pelo menos até agora.

- "Porque aquele garoto, Gabe, eu acho, ficou daquele jeito?"

- "Como posso explicar? Bem. . . Foi justamente esse ato que tornou-a apta a saber a verdade sobre os cavaleiros. Somos mantidos em segredo por um motivo: quando quesermos podemos abandonar a ... "cavalaria" - Ele desenhou aspas no ar - "Nos vingamos das pessoas que Nico ordena, mas podemos exercer nossos poderes sobre quem quisermos. Se todos soubessem, iriram tornar-se cavaleiros, apenas para se vingarem de quem quisessem, e desistiriam. Poucas são as pessoas que tem a honra de saber a verdade. Você mostrou para ele seu maior medo, voce torturou Gabe, Avril. Exatamente da mesma forma que eu poderia fazer."

 Ouvi duas badaladas de sino.

- "É hora do jantar. Não como desde ontem a noite. Estou com fome, e não ficaria surpresa se acabasse desmaiando aqui mesmo."- Eu disse antes de me virar em direção a porta. -"Você vem, Stark?"

Ele me olhou assustado, acho que ele pensava que eu nunca mais iria falar com ele, ou que eu entraria em choque.

- "Claro. Mas você não está com raiva de mim?" - Ele perguntou.

- "Porque estaria? Você fez o juramento anos antes de eu nascer. Com licença Quíron.  Sr. D. . . .  Não, é só isso mesmo, by."- Disse antes de ir para oinferno refeitório.

* * ♪ * *

 O lugar onde eram feitas as refeiçoes não era exatamente um refeitório, mas sim um lugar aberto, com dezenas de mesas. A grama era verde, e ali perto havia uma enorme fogueira. Cada mesa era diferente, e de alguma forma, especial. A de deméter era feita de raizes, e flores de todos os tipos subiam por suas pernas. A de Apolo parecia ter sido construida com ouro, assim como o chalé do próprio. A de atena parecia uma enorme coruja, com as asas abertas. E assim por diante.

Então percebi o quanto Sophia estava feliz em seu chalé. Ela não precisava mais de mim. Tentei ficar contente por ela, mas a verdade, é que sem ela, eu não tinha niguém. Me sentei na maior mesa, junto com mais duas crianças. A primeira era um menino de cabelos castanhos e olhos cor de mel. Ele ficava girando os talheres na mão, com extrema precisão. A segunda era uma menina extremamente calma. Ela tinha cabelos loiros, tão claros quanto sua pele, era albina. O que mais me chamou atenção foi que ela tinha os olhos quase brancos de tão claros. Era cega. O mais incrível, é que ela não tinha nenhuma dificuldade, comia como se pudesse ver os talheres e a comida em seu prato.

Descobri que todos deveríamos oferecer algo aos nossos parentes olimpianos. Nossa mesa era última, quando o menino jogou o maior morango de seu prato na lareira, um caduceu começou a brilhar sobre sua cabeça. Era filho de Hermes. Na vez da garota, ela ofereceu o pedaço de carne mais suculento. E imediatamente, um mini redemoinho se formou acima de sua cabeça. Mais tarde descobri que era o símbolo de Bóreas, um dos deuses dos ventos.

Era minha vez. Pensei para quem ofereceria o cacho de uva enquanto andava. Foi então que reparei em uma garotinha sentada ao lado da lareira, sozinha. Seus cachos ruivos iam até os ombros. Quando olhei dentro de seus olhos verdes, como o fogo grego da lareira do refeitório, vi dois bebês.

Ambos choravam muito, como se estivessem em perigo. Estavam enrolados em mantas marrons. No pescoço de cada um pendia um colar. O do primeiro bebê era alaranjado, e parecia feito de fogo. No centro, em letras de ouro, estava escrito Agnes. O colar do outro bebe era amarelo, escrito em cobre estava seu nome: Lucas.

Eu tenho que protege-los. Esse foi o primeiro pensamento que tive ao vê-los. Percebi que apesar de nunca te-los visto antes, eu seria capaz de dar minha vida por eles. Porque, de alguma forma, eu os amava. 

Então tudo ficou escuro, e quando voltou ao normal era noite Havia uma garota andando por uma floresta. Mesmo estando de costas para mim, pude perceber que suas roupas estavam rasgadas, e havia sangue escorrendo por seus bracos e pernas. Ela andou ate a margem de um pequeno riacho, e, depois de limpar as mãos, ela mergulhou, deixando a correnteza limpar o sangue do próprio corpo.

Ela ouviu um barulho, vindo do outro lado do riacho. Ficou em posição de ataque, ainda de costas para mim. Queria dizer-lhe para sair de lá, e ir para sua casa. Mas não saiu nenhum som de minha boca. Na verdade, ela nem deveria saber que eu estava ali. Olhei para baixo. Meu corpo parecia ser parte da noite. Eu estava coberta de sombras, de modo a parecer invisivel. De trás das folhas, saiu outra menina. Esta tinha cabelos lisos, sua pele branca parecia brilhara a luz do luar. Não pude ver a cor de seus olhos devido a sombra de uma árvore que cobria parte de seu rosto, e sua roupa parecia camuflar-se no céu noturno.

A garota ofereceu a mão para a jovem que ainda estava no rio. A jovem esitou, como se não tivesse certeza do que fazer, enquanto a outra garota sussurrou algo, inalditivel a distancia na qual me encontrava.

A jovem machucada pareceu pensar, e aceitou a ajuda para sair do rio. Imediatamente o sangue que ainda estava em suas roupas mudou de cor. Agora era tão prata quanto as roupas da 'amiga'. Então, como se finalmente hovesse percebido minha presença, ela olhou para trás.

Eu gelei. Minhas pernas ficaram bambas. A garota das roupas rasgadas, mãos machucadas e sorriso maquiavélico, era eu.

Quando percebi estava novamente no refeitório. Ninguém pareceu notar o tempo passar, porque de fato não havia passado nem um minuto, pelo menos não de acordo com meu relógio.

Olhei para os lados, e me lembrei que tinha que oferecer meu cacho de uva a algum deus. Olhei novamente para a menininha ruiva, e não tive dúvidas. Joquei as uvas na lareira e sussurrei:

-"Para Héstia, a deusa do fogo e dos laços familiares"

A deusa sorriu. Fiquei espantada. Pois ao invés de cheiro de queimado, o que sentia era um suave aroma de chocolate quente. Me sentei novamente na mesa da casa grande. Dessa vez, sozinha. Fiquei pensando sobre o que Héstia me mostrara, e no que Stark havia me contado, sobre os cavaleiros. Parece que quando pensamos nas pestes elas aparecem. Ele chegou olhando para baixo, como se derrepente a grama verde do acampamento tivesse se tornado interessante, e se sentou na mesa negra e roxa ao lado da minha.

O resto do jantar foi tranquilo. Ou quase. Me levantei com a bandeija praticamente cheia, pela falta de fome, e fui em direção a mesa onde todos colocavam suas bandeijas. Estava quase conseguindo. Quase. Eu, muito bem cordenada como sempre, tropecei em meus próprios pés, e cai. Mas essa não foi a pior parte. Nem de longe. Toda comida da minha bandeija voou na direção da mesa de Demeter, e caiu em cima da lider do chalé, que reconheci da reunião. Com raiva, ela tentou me acertar com um pouco do macarrão, mas errou, derrubando tudo na mesa de Hefesto. Nem preciso dizer que isso causou a maior guerra de comida que aquele acampamento já viu, não é?

Me agachei e arrastei meu corpo, desviando de almondegas cheias de molho e maçãs verdes voadoras. Subi no primeiro pinheiro (N.A.:não é o pinheiro de Thalia.) que encontrei e fui pulando de arvore em arvore, como um macaco aranha, até chegar na praia. Saltaria em direção a areia, e me sentaria nela. Mas não o fiz. Nunca contei para ninguém, mas odeio agua. Não sei exatamente o porque, mas ela me assusta desde que me lembro de existir. Fiquei em ciima da arvore mais alta, olhando as ondas se quebrarem contra as rochas, e me perguntando quando teria coragem de encarar meus medos.

Quando percebi, estava pensando. Em tudo o que havia acontecido. Em quem poderia ser meu parente olimpiano. Em como iria viver agora. Afinal, como já disse antes, estava sozinha. Em tudo o que Stark havia me dito. E finalmente: na maldita profecia. Eu me lembrava de cada verso, e cada virgula. Importantes decisoes vai ter que tomar.

Gostaria de pelo menos saber que decisoes são essas. Assim, poderia me preparar, pensar no assunto. E, me lembrei também do quinto verso: E sua vida poderás melhorar ou destuir.

Que maravilha. Acho que não foi nem de longe a profecia mais clara que esse acampamento já viu. Ou a mais feliz. Ela poderia acontecer a qualquer momento, e eu estava desesperada. 

Já estava escurecendo, quando resolvi caminhar, mas não na praia. Voltei para a área dos chalés menores. Um deles chamou minha atenção. Era pequeno, negro e seus detalhes eram vermelho sangue e roxo vinho. Por algum motivo os outros campistas pareciam evita-lo. Ao invés de passar em sua frente, eles desviavam, percorrendo um caminho muito maior. Queria ve-lo por dentro, precisava saber se era tão lindo quanto por fora. Era como fome. Eu sabia que cederia a tentação. Parecia que a mesma força que fazia os campistas se afastarem, estava me convidando a entrar. Então, eu o fiz. Entrei no chalé.

As paredes eram negras. As cortinas, roxas e os enfeites vermlhos. Tres camas de solteiro estavam dispostas, lado a lado. As duas primeiras, eram cobertas com lençois vermelhos. O da terceira, era roxo. Acima desta ultima, havia um passaro negro. Um corvo.

Cheguei a conclusão de que era melhor sair dali, afinal não havia nem se quer pedido permissão para entrar. Enquanto caminhava em direção a porta, um garoto totalmente lindo, digno de Afrodite, saiu de dentro do banheiro. Seu abdomem definido estava descoberto, e estava com uma toalha enrolada na cintura, cobrindo "as partes baixas". Seu cabelo era totalmente negro, e seus olhos, azuis.

Ele me olhou com cara de WTF?!?! E ficamos nos encarando por alguns segundos, até uma garota vestida de from UK* entrar no chalé. Ele saiu do choque e correu de volta para o banheiro, vermelho de vergonha.

Agora quem me encarava era a menina. Ela se aproximou olhou em meus olhos. E, como se eu tivesse algum tipo de doença contagiosa, ela se afastou.

-"Quem é voce?"- Ela parecia assustada ao perguntar.

-"Na verdade, eu já não sei mais. Não sei meu verdadeiro nome, e muito menos quem são meus pais." - Respondi.

-"O que faz aqui? Não está com medo?" - Ela se aproximou novamente.

-"Achei a decoração exterior legal e resolvi ver como era por dentro. Agora, eu deveria estar com medo?" - Respondi com outra pergunta.

-"Sim. Esse é o chalé de Fobos e Deimos. Deuses do Medo e do Terror, respectivamente. O chalé é enfeitiçado. Ninguém entra aqui dentro, a não ser que seja muito corajoso . . . ou muito tolo." - Respondeu o menino da toalha, saindo do banheiro, já devidamente vestido.

-"Ela não tem medo, Felipe. Agora, não sei quanto aos traumas." - Ela respondeu com um sorriso do mal na boca. (N.A: Não, ela sorriu com a bunda mão!)

Ele se aproximou, como ela havia feito antes, e ficou me encarando.

-"Nada." - Ele disse.

-"O que voces estão fazendo?" - Perguntei.

-"Voce não percebe garota? Ninguém se aproxima, por medo. Ele é nossa principal  forma de segurança. Fobos e Deimos tem o chalé juntos. Um pedido que eles mesmos fizeram. Nossos dons, como seus filhos, são assustar as pessoas, mas não conseguimos faze-lo com voce. Ah, antes que eu me esqueça, meu nome é Shaunee." - Respondeu a menina. Foi então que percebi. As pontas de seus cabelo eram vermelhas, fazendo-a parecer ainda mais sinistra.

-"Mas, se voces são dois, por que tem tres camas no chalé?" - Perguntei -novamente-.

-"A terceira é minha." - Uma garota muito parecida com a Shaunee entrou no chalé. -"Meu nome é Erin, sou irmã gemea da Shaunee." - Realmente, eram muito parecidas, mas não identicas. Uma das unicas diferenças era a cor do cabelo. O de Erin, tinha as pontas azuis, era tão sinistro quanto o da irmã. -"Somos filhas de Fobos, e primas do gostoso do Lipe. A propósito, ele acabou de terminar com a namorada, está solteiro e carente. "

Eu e ele ficamos totalmente vermelhos, com o comentário adorável da tal Erin. Abaixei a cabeça tentando disfarçar o momento constrangedor.

-"Enfim, amanhã a noite é o caça bandeira, então é melhor nos deitarmos e descançarmos." -Começou Shaunee

-"Volte sempre que quiser, querida, afinal..." - Continuou Erin.

-"...nossos poderes não te afetam mesmo."-Completaram as duas. Como eu já havia dito. Sinistro.

-"Valeu. Hei, como eu faço para ter um cabelo como o de voces?" - Sério, eu tinha amado a idéia de cabelos coloridos.

-"Amanhã, depois do caça bandeira, volte aqui no nosso chalé. . ." - Começou Erin.

-"E cuidaremos disso." - Continuou Shaunee.

-"Então tá, tchau." - Eu disse, em uma inutil tentativa de parecer simpatica, mas não adiantou: Elas já estavam discutindo a futura cor do meu cabelo.

-"Até mais" - Respondeu Felipe, meio sem jeito.

"Até. Ah, quando elas pararem de gritar uma com a outra, diga-lhes que eu já escolhi a cor." - Respondi indo em direção a porta.

"Ok. Posso saber que cor seria?" - Ele perguntou, enquanto se abaixava de uma escova de cabelo atirada por Erin.

"Não." - E sai do chalé.

 * * ♪ * *

Alguns especialistas dizem que toda noite, temos exatamente tres sonhos. Mas nem sempre nos lembramos deles com clareza. Com certeza eu jamais me esqueceria daquela noite, quando tive meus primeiros sonhos no acampamento meio-sangue.

Uma garotinha, de olhos incrivelmente azuis, pele branca, com bronzeado leve, e com cascatas de cachos loiros descendo por suas costas, devia ter uns 3 anos, e estava na praia. Sozinha. O sol estava quase se pomdo, e ventava muito. Ela foi andando, até conseguir correr. correu até seus pulmoes arderem, e seus musculos implorarem por descanso. Então, ela parou derrepente. Dezenas de metros abaixo dela, estava o mar. Era um precipicio. Se caisse, se espatifaria como se a agua fosse concreto, pela altura. As ondas batiam contra pedras mortalmente afiadas. Eu queria gritar para que ela saisse de lá. Queria correr em sua direção e poupá-la do que eu sabia que aconteceria. Enfim, eu queria. Mas não conseguia me mover, tão pouco falar. Era como se eu não estivesse ali realmente.

A garotinha caiu. Lá Embaixo, a agua fez splash. Fiquei apenas olhando. Não sei ao certo quanto tempo se passou. Poderiam ter sido segundos, ou horas. Mas eu não me movi. Mal conseguia pensar, quanto mais andar. Estava em choque, afinal, ela havia morrido, bem ali, na minha frente, e eu não fiz nada para impedir.

Derrepente, o mar e o venta cessaram. Uma enorme onda, tão grande como um tsunami, rápida como um raio, bateu contra a ponta do precipicio. E lá estava ela novamente. A onda trouxe o corpo da garotinha de volta. Ela parecia estar inconsiente, mas não morta.

Ela havia mudado. Seu cabelo agora era negro e liso. Sua pele, estremamente palida. Ela abriu os olhos. Mudaram também. Tons de verde, azul e preto pareciam brigar, tentando se livrar uns dos outros. O preto sumiu, e o azul pareceu segui-lo. O verde tinha vencido. Por enquanto.

 A pergunta que restava era: Como ela estava viva? Esqueça, foi repondida logo em seguida. Reparei que, ao cair, meu pescoço não tinha nada, mas agora, entre suas costas e sua nuca, havia uma mancha perfeitamente desenhada. Ela continha um brilho próprio,verde. Parecia uma tatuagem, em forma de tridente. O simbolo de Poseidon. Poseidon tinha salvo minha vida. A nova pergunta era: Por que? Agora, eu tinha pelo menos uma certeza.

Certeza do porque de eu ter tanto medo de agua. Certeza do porque da minha aparencia viver mudando.

Eu era a garotinha. E quase morri afogada, apesar de que se julgassem pela cor palida que minha pele apresenta desde então, as outras pessoas acabariampor dizer que eu realmente estava morta, desde aquele fim de tarde. 

A cena mudou.

Eu e Stark estavamos sentados na beira do lago do acampamento, e conversavamos, aparentemente felizes, mas ainda era cedo para dizer.

Logo, tomei corajem e fiz a pergunta na qual havia pensado a tarde inteira:

- "Stark, se voce é um caçador, e Nico jurou ser virgem, quem é seu parente olimpiano?"

- "Para falar a verdade, meus pais eram semideuses. Já deve ter ouvi as histórias deles. Hoje, são imortais, mas não deuses. Ninguém, nem mesmo eu, sabe direito como conseguiram. Eles chamam-se Percy Jackson e Annabeth Chase."

Agora, estava no acampamento, em frente a floresta. Já haviam me dito que ela era perigosa. Dezenas de monstros viviam escondidos em algum lugar lá dentro. Era noite, e as hárpias logo me alcançariam. Apesar disso, as plantas pareciam cantar meu nome, me incentivando a entrar na densa mata. Continuei andando, ouvi minha intuição, e vi algo que realmente me surpreendeu.

No meio da mata, havia uma circunferencia, alaranjada, e quente. Quando se movia, parecia estar dançando.

 A floresta estava pegando fogo. Literalmente.

Acordei, suando frio, em meu quarto temporário na casa grande. Era pequeno, mas incrivelmente aconchegante. Enfim percebi que o ar cheirava a queimado. Ouvi gritos do lado de fora. E eu tinha certeza: algo estava errado. Peguei End, e a segurei mais forte do que pensava ser capaz. Agora, o quarto e o corredor do lado de fora pareciam incrivelmente grandes, vazios e assustadores. Consegui tomar vergonha na cara, disse para mim mesmo que o medo era para o fracos. Prendi a respiração e sai da casa grande.


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Notas finais do capítulo

* Eh um estilo, parecido com emo, mas soh que bem mais cute.

Gostaria da sua opiniao sobre tres coisas:

1 - Apesar de ja ter um em mente, que nome voce gostaria que fosse o de verdade da Avril?

2 - De que cor devo pintar o cabelo dela?

3 - Voce jah sabe quem eh o parente olimpiano dela? (Dica: Se leu a serie, voce com certeza conhece.

P.S: Desculpe a demora.

KIsses, Rafa.