Os dias até Sábado passaram num instante. Eu estava tão ansiosa por ter uma noite só para mim e para o Jasper. Com três filhos, era sempre difícil estar um pouco sozinha com ele e já tinha saudades disso. E ele também merecia, por tudo o que eu lhe disse no outro dia. Ainda me sentia arrependida e com medo de que o Jasper continuasse magoado comigo. Eu não queria isso. Tudo o que eu disse tinha sido da boca para fora, não com intenção. Eu estava tão transtornada, nesse dia, que nem pensava no que estava a dizer.

- Alice, já acabaste de fazer a mala? – Perguntou o Jasper.

- Sim, já podes levá-la para baixo. – Respondi. Eram apenas uma noite mas ia levar uma mala pequena com uma muda de roupa e do que necessitaríamos para a noite. O Jasper veio até ao quarto para levar a mala par ao carro. Já estávamos um pouco atrasados e a minha mãe e a minha irmã ainda não tinham aparecido também. Assim que o Jasper saiu do carro, fui tomar um banho rápido e arranjei-me. Vesti um vestido novo que tinha comprado especialmente para esta noite e coloquei um pouco de maquilhagem. Quando fiquei pronta, desci as escadas e fui até à sala onde estavam as minhas princesinhas e o Will.

- Mamã, estás tão bonita! – Admirou a Amber vindo ter comigo.

- Obrigada, princesinha. – Agradeci. – Bem, como sabem, eu e o pai vamos passar esta noite fora e a avó e a tia Cynthia vêm para cá para casa para ficarem com vocês. Quero que se portem bem. Os três! Está bem? Não quero que deem trabalho para a vossa avó e muito menos para a vossa tia que está grávida, sim?

- Sim, mamã! – Responderam os três ao mesmo tempo. Nesse mesmo momento, tocaram à campainha. Como o Jasper ainda estava na garagem, levantei-me do sofá e fui até à porta. Era a minha mãe e a Cynthia.

- Olá. – Disse, mal abri a porta. – Tudo bem com vocês? – Perguntei beijando a bochecha de cada uma.

- Sim, querida e contigo? – Perguntou a minha mãe.

- Também está tudo bem. – Respondi, deixando-as entrar dentro de casa. – Eles já tomaram banho e já estão de pijama. Não os deixam deitar muito tarde, está bem? A Amber deita-se bem quando lhe mandam, mas a Liv é mais complicada, têm de ficar com ela, até ela adormecer mesmo. O Will, provavelmente, irá adormecer no sofá depois de jantar.

- Está bem, querida. Não te preocupes que vai ficar tudo bem, diverte-te, sim? – Disse a minha mãe.

- Claro. – Respondi sorrindo. Fui até à sala para me despedir das minhas princesinhas e do Will. O Jasper estava lá a despedir-se deles também e assim que eu beijei a bochecha de cada um, eu e o Jasper fomos até ao carro e seguimos viagem. A viagem de carro foi rápido, nós não íamos para muito longe. Íamos apenas para um hotel que ficava um pouco afastado do centro de Portland. Íamos ter um jantar romântico e depois passar a noite, juntos. Assim, que chegámos, fizemos o check in e fomos até ao quarto deixar a nossa mala.

- Pronto para o nosso jantar romântico? – Perguntei encostando os nossos lábios para um pequeno beijo. Senti-o a sorrir enquanto me puxava para ele pela cintura.

- Claro que sim. – Respondeu ele. – Mas mais ansioso para o que vem para depois do jantar romântico. - Murmurou ele ao meu ouvido, fazendo-me corar e sorrir maliciosamente. Saímos os dois do quarto e fomos em direção ao restaurante do hotel. Eu tinha reservado um local mais particular, para termos um pouco de privacidade. Fomos até ao senhor que parecia o chefe de sala do restaurante e dei o meu nome para ele nos levar até à nossa reserva. Ele conduziu-nos até uma pequena varando que tinha vista para os jardins do hotel. Já estava colocada uma mesa posta com duas velas vermelhas e havia uma música suave de ambiente. Sorri perante o cenário, estava perfeito para a nossa noite. Num canto da varanda estava um puff de grandes dimensões que daria para nos deitarmos os dois.

- Então, gostaste? – Perguntei olhando para o Jasper em expetativa.

- Adorei, Alice! – Respondeu ele beijando-me com fervor. Retribui o beijo com urgência, eu estava tão feliz que ele tenha gostado da ideia do jantar. Acabámos por nos separar com o empregado a tossir educadamente para nos chamar a atenção. Corei um pouco mas continuei juntinha ao Jasper.

- O jantar já está pronto para ser servido. – Avisou o empregando sorrindo educadamente para nós. Nós apenas assentimos e fomo-nos sentar de frente um para o outro na mesa. Passado um bocado, veio o empregado para nos servir. Jantámos os dois entre carícias, beijos e gargalhadas. Há muito tempo que não tínhamos um tempo assim para nós e só agora é que eu percebi o quanto estes momentos me faziam falta. Depois de comermos a sobremesa, levantámo-nos da mesa e fomos até ao puff. O Jasper deitou-se e eu aconcheguei-me nele.

- Sentia tanto a falta destes momentos. De estar assim contigo, Jazz. – Disse de olhos fechados apenas a aproveitar o carinho que ele me estava a fazer nas costas.

- Eu também, Lice. Temos que fazer disto mais vezes. – Respondeu ele beijando a minha testa. – Lembraste ainda do dia em que eu me declarei a ti? – Perguntou ele ao fim de um bocado.

- Claro que me lembro. Foi um dos melhores dias da minha vida. – Respondi. – Ainda me lembro da curiosidade que senti cada vez que lia cada um dos bilhetes que me ias deixando. Também me lembro de sentir medo de que fosse alguém a brincar com os meus sentimentos. No dia em que li que o meu suposto admirador queria se encontrar comigo, eu fiquei tão nervosa. Eu quase que não fui, mas a Rose obrigou-me. Até hoje, penso que ela sabia de tudo, mesmo que ela não o admita. – Expliquei rindo. Ele riu-se também.

- Claro que ela sabia! – Disse ele rindo. – Se não fosse ela, nunca teria tentando declarar-me. Ela não me disse claramente que tu também me amavas mas deu a entender e sempre que eu perguntava, ela dizia que eu só saberia o que tu sentias se me declarasse. – Explicou ele rindo. – No fundo, ela sempre soube que íamos acabar juntos.

- A Rose será sempre a Rose! – Declarei ainda rindo um pouco.

- Mas a verdade é que estamos juntos e agora, será para sempre. – Disse ele beijando-me apaixonadamente de seguida. Retribuí ao beijo e este foi-se tornando cada vez mais urgente e profundo. Sentia as mãos do Jasper no fundo das minhas costas, fazendo leves caricias com os polegares na minha barriga, o que me deixava arrepiada e fazia gemer levemente. Afundei as minhas mãos nos cabelos deles e tentei chega-lo mais a mim, como se isso fosse possível. Eu sentia a necessidade do meu corpo estar em contacto com o dele e quanto mais partes do meu corpo se encontravam em contacto com as deles mais a necessidade aumentava. O Jasper deixou os meus lábios e começou a devorar o meu pescoço.

- Jazz… - Gemi baixinho.

- Sim, Lice? – Perguntou ele entre beijos.

- Vamos para o quarto sim? – Perguntou num tom baixo. Não confiava na minha voz neste momento.

- Sim, vamos. – Respondeu ele pegando em mim ao colo. Transportou-me até ao quarto nos seus braços e quando entrámos no quarto, deitou-me delicadamente na cama. Colocou-se em cima de mim com o cuidado de eu não carregar com todo o seu peso. Recomeçou a beijar o meu pescoço e foi descendo aos poucos, até que voltou para os meu lábios e começou a puxar o fecho do vestido para o despir. Introduzi as minhas mãos debaixo da sua camisa e espalmei as minhas mãos no seu peito e abdominais definidos. Ele acabou por conseguir retirar o meu vestido e abandonou-o no chão do quarto. Comecei a tirar-lhe a camisa também.

- És tão bonita, Lice. – Admirou ele enquanto eu retirava a sua camisa.

- Tu também, Jazz. – Respondi dando leves beijos no seu peito. Ele aproveitou e tirou também as calças que tinha vestidas. Já se notava a sua ereção o que me fez sorriu maliciosamente. Levei a mão à sua ereção e apertei levemente, fazendo-o gemer. Atrevi-me mais um pouco e coloquei a minha mão dentro dos boxers, começando a fazer um movimento de vai e vem no seu membro. Ele começou a gemer profundamente, fazendo-me sorrir. Sentia ele cada vez mais duro na minha mão. Passado um pouco, ele retirou a minha mão do seu membro e retirou os seus boxers. Abriu levemente as minhas pernas e levou os seus dedos ao meu ponto de prazer, fazendo-me arquear as costas pedindo por mais contacto e velocidade. Começou a massajar o meu clitóris leve e lentamente, levando-me à loucura.

- Acho que esta peça está aqui a mais. – Disse ele com uma voz rouca, referindo-se às minhas cuecas. Ele retirou-as rapidamente e depois retirou o meu soutien, deixando-me nua.

- Jazz… - Gemi, pedindo por mais. Ele percebeu o que eu queria e voltou a levar os dedos ao meu clitóris. Começou a massajar mais rapidamente enquanto penetrava um dedo lentamente na minha vagina. – Ohh Jasper… - Ele apenas sorria maliciosamente para mim, mas não aumentava o ritmo o que me frustrava um pouco.

- És deliciosa, Lice. – Comentou ele, enquanto abocanhava um dos meus seios, fazendo-me gemer ainda mais. Os movimentos circulares no meu ponto de prazer, foram cessando até que pararam completamente, fazendo-me puxar o seu corpo para o meu em buca de contacto. – Estás apressada. – Comentou fazendo-me rir um pouco.

- Tu sabes o que eu quero, Jazz… - Disse num gemido.

- Sim, eu sei. – Disse ele penetrando em mim, lentamente, torturando-me. Quando entrou completamente em mim, voltou a sair e a entrar lentamente. Repetiu este processo lentamente, o que estava a levar-me à loucura. Comecei a mexer os meus quadris para tentar aumentar o ritmo, mas não resultou.

- Jazz… ohh Jazz… mais rápido… - Pedi arranhando levemente as suas costas. Ele percebeu o desespero do meu pedido e aumentou a velocidade. – Sim, Jazz… assim…- Disse cruzando as minhas pernas na cintura do Jasper para ele poder entrar mais em mim.

- Lice, és tão apertadinha, mesmo ao fim destes anos todos. – Disse ele enquanto penetrava em mim rapidamente. Ele começou a aumentar a velocidade conforme a nossa urgência. Nós já não conseguíamos falar mais nada coerente. Das nossas bocas apenas saiam gemidos. Comecei a sentir-me o clímax a chegar e eu só tentava pedir que o Jasper viesse mais depressa, mas parecia que sempre queria mais, até que senti os meus músculos as contrair, apertando-o dentro de mim, acabando por explodir num dos melhores orgasmos que alguma vez ti. Senti o Jasper a vir também e depois os nossos músculos amoleceram. O Jasper saiu de dentro de mim e deitou-se ao meu lado, puxando-me para perto dele. Acabámos por nos aconchegar um no outro e cair num sono sem sonhos.