My Destiny Is You escrita por Nyh_Cah


Capítulo 8
Capítulo 8




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Quando acordei no dia seguinte, a Amber ainda estava a dormir. Desci as escadas para comer qualquer coisa. Estava cheia de fome. Encontrei a Esme na cozinha.

- Bom dia! – Disse ao entrar na cozinha.

- Bom dia! – Disse ela. – Deviam estar cansadas! – Comentou. Olhei para o relógio e vi que era quase meio-dia.

- Tenho de ir trabalhar! – Exclamei! – Já estou atrasada!

- Alice! Acalma-te, a Rose disse, para hoje não ires trabalhar. A Amber precisa de ti.

- Ok. Depois tenho de lhe agradecer.

- Vá, agora come. Como é que dormiu a Amber? – Perguntou ela preocupada.

- Dormiu bem. Dormiu a noite toda e ainda não acordou.

- Ainda bem. – Disse ela aliviada. Comi e depois fui para cima vestir-me. Enquanto me vestia, a Amber acordou.

- Bom dia! – Disse ela ainda ensonada.

- Bom dia, princesinha! Dormiste bem? – Perguntei-lhe indo dar-lhe um beijo na bochecha.

- Dormi. – Disse ela. Quando acabei de me vestir, peguei na Amber e levei-a para baixo. Quando cheguei ao fim das escadas, meti-a no chão e ela foi a correr ter com a avó que estava sentada no sofá a ler uma revista.

Depois do almoço, fomos dar uma volta nas redondezas da casa da Esme. A Amber já estava muito melhor.

Quando voltámos do passeio, já tinha tudo chegado do trabalho. Mal entrámos em casa, o Jasper veio logo ver como estava a Amber. Ele era um óptimo pai.

- Amber, tens a certeza que estás melhor? – Perguntou o Jasper pela décima vez nesta tarde.

- Sim, pai, eu tenho a certeza que estou melhor! – Respondeu ela.

- Ok. – Disse ele e continuou a brincar com ela.

Ao fim da tarde fomos as duas para o apartamento. Dei banho à Amber e depois fui fazer o jantar.

Na manhã seguinte, fui pôr a Amber a casa da Esme e fui trabalhar com a Rose. Como sempre, houve muita clientela. À hora de almoço, fomos a um restaurante lá no centro comercial e ao fim da tarde viemos para casa.

No fim-de-semana, fui ao parque com a Amber e o Jasper. Enquanto a Amber brincava nos baloiços, eu e o Jasper ficámos a conversar.

- Então, o que fizeste durante estes anos? – Perguntou ele.

- Nada de especial. Trabalhei os nove meses de gravidez e depois tomei conta da Amber, durante quatro anos. E tu?

- Nada de especial! A vida não me correu muito bem… - Disse ele com a tristeza presente na voz.

- Pois, a Esme já me contou…

- Pois…

- Vamos falar de outra coisa! Ok?

- Ok.

- Então o que achas de ser pai? – Perguntei-lhe.

- É fantástico. Nunca pensei que fosse tão bom! Sinto-me tão feliz! – Disse ele sinceramente.

- Eu sei qual é essa sensação! É óptima. – Disse eu sorrindo. Continuamos a falar. Contei-lhe tudo sobre a Amber. Ele tinha o direito de saber. Ele cada vez era mais maravilhado por ela.

- Tens mesmo orgulho nela, não tens? – Perguntou ele.

- Tenho! – Disse orgulhosa.

Continuamos a conversar. Já devia ser quase fim da tarde quando a Amber veio ter connosco. Ela estava toda suada e tinha as suas bochechas rosadas de tanto brincar.

- Mamã, tenho fome e sede. – Disse ela.

- Ok, vamos para casa. Também precisas de tomar um banho, estás toda suada! – Disse. O Jasper riu-se. Eu e o Jasper levantámo-nos do banco e fomos em direcção a casa. Íamos a meio do caminho, quando estaquei e fiquei ali. Os meus pais e a minha irmã estavam a vir na nossa direcção. Jasper percebeu que eu parei. Ele pegou na Amber e veio ter comigo.

- Alice, o que se passa? – Perguntou-me ele preocupado.

- Estão ali os meus pais! – Disse eu num sussurro.

- O quê? – Perguntou-me. – Eles não sabem que tu estás cá?

- Não. Eles expulsaram-me de casa quando souberam que eu estava grávida. Não os vejo há quatro anos.

- Ok…

Quando demos por isso, já estávamos de frente para eles. Eles estavam iguais. Não tinham mudado nada, excepto a Cynthia que tinha um ar mais maduro mas também de convencida e mimada. Quando a minha mãe me viu, fuzilou-me com o olhar. O meu pai transmitia ódio.

- Olha quem voltou! – Disse o meu pai ironicamente. Olhei para o Jasper, ele apertou-me a mão. Com este simples gesto, senti-me mais segura. – Então, sempre levaste para a frente a gravidez dessa bastarda? – Perguntou ele, olhando para a Amber.

- Sim, levei para a frente com a gravidez e ela não é bastarda! – Disse. A minha voz saiu mais confiante do que eu estava.

- Então é o quê? Nem sabes quem é o pai! – Disse a minha mãe.

- Eu sou o pai! – Disse o Jasper. – Eu sou o pai biológico da Amber! – Os meus pais ficaram surpreendidos. Eles não estavam à espera que o Jasper fosse pai dela.

- Eu não acredito nisso! – Disse o meu pai.

- Não tem de acreditar. Não tenho de lhe dizer nada! Você não é nada para mim!

- Sou teu pai, somos a tua família. Criamos-te!

- Sim, são a minha família, apenas nos genes! Eu não mereço ter uma família como vocês! Posso não ser a melhor pessoa no mundo mas ninguém merece ter uma família como vocês. Apenas vão-se embora! Nunca mais quero falar convosco! – Disse quase gritando. Eles nem sequer pensaram duas vezes, viraram as costas e foram-se logo embora. Nunca pensei que eles me odiassem assim tanto.

O Jasper arrastou-me até ao apartamento.

Os olhos ardiam-me devido ao esforço que eu fazia para as lágrimas não caírem. Quando entrámos no apartamento, ouvi o Jasper a dizer à Amber para ficar a brincar na sala que eu e ele íamos lá dentro.

- Alice? – Chamou-me ele. Já estávamos no quarto. Ele sentou-me nada cama. – Alice? Estás bem? – Perguntou-me ele.

- Sim… - Sussurrei. – Só não estava à espera de os encontrar. Não estava preparada para nada disto. – Disse sinceramente.

- Eu percebi, Alice. Tenta descansar um bocadinho. – Sugeriu ele.

- Não posso, tenho de tomar conta da Amber. Ela não pode ficar sozinha.

- Eu fico a tomar conta dela, descansa um bocado.

- Ok. Obrigada. – Disse deitando-me.

- De nada! – Disse ele beijando-me a testa. Fechei os olhos e acabei por adormecer.

Acordei por volta das sete e meia. Levantei-me e fui para a sala. Ouvia o Jasper e a Amber a brincar.

- Oi… - Disse timidamente.

- Mamã! – Gritou a Amber, vindo na minha direcção. – Estás melhor?

- Sim, princesinha, estou melhor.

- Estás mesmo? – Perguntou o Jasper a aproximar-se de mim.

- Sim, estou mesmo. Não lhes posso dar assim tanta importância. Eles não merecem.

- Ok. – Disse o Jasper sorrindo um pouco. – Tenho de ir embora. Adeus. – Disse dando-me um beijo na bochecha. De seguida pegou na Amber e despediu-se dela também, indo embora de seguida. Fiz algo rápido para comermos e depois eu estive a ler e a Amber a desenhar.

No dia seguinte, ficámos apenas em casa a descansar.

O resto da semana foi-se passando normalmente. Todas as manhãs ia pôr a Amber a casa da Esme e ia trabalhar com a Rose, voltando à tarde.

Hoje, ia fazer mais um turno na loja para no dia seguinte estar de folga. A Amber fazia anos e eu queria estar com ela o dia todo. A Esme ia fazer um almoço lá em casa para toda a família para comemorar os anos dela.

Por volta das cinco a Rose foi para casa e eu fiquei com outra empregada na loja. Não era tão divertido quando eu estava com a Rose mas tinha-me de aguentar. Eram sete horas quando eu liguei para a Esme para saber como estava a Amber. Ela não estava habituada que eu não tivesse em casa a esta hora. Ela era um pouco dependente de mim.

- Estou, Esme?

- Alice.

- Como está a Amber? – Perguntei um pouco preocupada.

- Está um pouco abatida desde que a Rose veio buscar o Ray e tu não apareceste. Ela só pergunta quando tu chegas e nem o Jasper consegue distraí-la. – Disse a Esme um pouco triste. Suspirei. Sabia que isto iria acontecer. – Ainda falta muito para tu vires? – Perguntou-me ela.

- Um pouco. Saio às oito e meia, devo chegar aí às nove.

- Pois.

- Deixa-me falar um pouco com ela, se faz favor.

- Ok, vou passar-lhe o telefone. – Ouvi a Esme a andar e depois a falar com a Amber. De seguida, a Amber falou.

- Mamã, quando é que voltas? – Perguntou-me ela um pouco chorosa.

- A mamã está a trabalhar para amanhã ficar o dia todo contigo. Amanhã fazes aninhos e a mãe não queria estar longe de ti por isso tenho que demorar mais um pouco. Eu chego depois do jantar.

- Mas isso é muito tempo! – Disse ela. – Tenho saudades tuas. – Se eu continuasse a conversar ela ia acabar por chorar. Eu também sentia falta dela e falar com ela só me fez desejar ir o mais depressa para casa.

- O papá está aí, contigo? – Perguntei.

- Está. – Disse ela à beira do choro.

- Olha, vais brincar com ele até a mãe chegar. Vais ver que vai ser divertido e o tempo vai passar mais depressa.

- Ok. – Disse ela triste.

- Adeus. A mãe ama-te. – Disse-lhe.

- Também te amo, mamã.

Desliguei o telemóvel e fui para o balcão. As horas passavam-se lentamente e a esta hora, não havia muitos clientes por isso estava aborrecida. Quando olhei para o relógio e eram oito e meia. Despachei-me o mais depressa e fui para casa da Esme. Quando cheguei lá, toquei à campainha. A Esme abriu-me a porta com uma Amber adormecida ao colo.

- Ainda bem que já chegaste. Ela estava tão mal.

- Então? – Perguntei preocupada. Esme passou-me a Amber para o colo.

- Quando fomos jantar, ela começou a chorar e a dizer que te queria. Tentei acalma-la, ela não parava de chorar. Acabou por adormecer. Ela ainda não comeu nada.

- Obrigada, Esme.

Tinha de acordar a Amber, ela tinha de comer qualquer coisa.

- Amber. – Sussurrei ao ouvido dela para a acordar. – Amber.

- Mamã… - Disse ela sonolenta.

- Sim, sou. Temos de ir comer, dorminhoca.

- Mamã! – Gritou ela mais desperta. Abraçou-me com força. – Estava com saudades tuas. – Disse ela.

- Eu sei, amor, a mãe também estava com saudades tuas. Vamos comer? – Perguntei-lhe.

- Sim. – Disse ela.

A Esme serviu-nos o jantar e nós comemos. A Amber estava esfomeada. Comeu tudo e ainda repetiu. Depois de jantar-mos fomos as duas embora. A Amber estava a crer dormir outra vez. O Jasper levou-nos a casa. Convidei o Jasper para entrar. Fui deitar a Amber que já estava a dormir. Depois voltei para a sala.

- É surpreendente como tu lhe fazes falta. Quando ela te viu pareceu uma criança no dia de natal.

- Ela sempre esteve comigo, acho que é normal, ela agora estranhar um pouco.

 - É normal. Ela vai acabar por se habituar.

Eu e o Jasper já estávamos mais próximos mas nada como dantes. Falávamos apenas como amigos, além de eu querer um pouco mais. Eu queria voltar a namorar com ele mas tinha medo que ele voltasse a abandonar-me. Não sei se aguentaria. Mas ele fazia-me muita falta. Adorava passar tempo com ele e agora passávamos muito, devido à Amber. Íamos muitas vezes juntos passear com ela e isso deixava-me extremamente feliz.

- Vou indo, estou cansado. – Disse o Jasper.

- Ok. Até manhã.

- Até manhã. – Disse ele dando-me um beijo na bochecha.

Ele saiu de casa e depois fui eu deitar-me. Estava cansada também.


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Notas finais do capítulo

Fugiram?? Sabem, senti a vossa falta!
Espero que aparecem todas neste capitulo, fico à espera dos vossos comentários!
Bjs
S2