Acordei no dia seguinte, com um beijo da Amber na minha bochecha e com o Jasper a acariciar-me a barriga.

- Bom dia! – Disse a Amber e o Jasper ao mesmo tempo.

- Bom dia. – Disse ainda ensonada.

- Dormiste bem, mamã? – Perguntou a Amber docemente.

- Dormi. – Disse sorrindo. – E tu?

- Eu dormi muito bem! – Disse ela.

- Vou fazer o pequeno-almoço para as minhas meninas. – Informou o Jasper.

- Podes fazer panquecas, papá? – Perguntou a Amber.

- Posso, princesinha.

- EHEHEH! Obrigada! – Disse ela visivelmente feliz. Jasper deu um beijo na bochecha da Amber, outro na minha e outro na minha barriga, depois saiu do quarto. Chamou-nos quando o pequeno-almoço estava feito. Eu e a Amber levantámo-nos da cama e fomos para a cozinha. Comemos juntos. Depois o Jasper teve de ir trabalhar e eu fiquei em casa com a Amber, a loja estava fechada esta semana por isso não ia trabalhar. Passava os dias a brincar com a Amber e ela estava a adorar, há muito tempo que não passava os dias assim com ela. Na quinta de manhã, a Rose ligou-me.

- Estou? – Perguntei.

- Alice, sou eu, a Rose! – Disse ela. Ela parecia mesmo muito feliz!

- Olá, Rose. Tudo bem? – Perguntei.

- Tudo óptimo e por aí?

- Também, está tudo bem.

- Alice, vamos hoje buscar a Amy! – Disse a Rose visivelmente feliz.

- Isso é óptimo. Depois podem passar aqui para eu e o Jasper conhecemo-la?

- Claro, por volta das cinco e meia, passamos aí. Vamos busca-la agora. Estou tão ansiosa! – Disse ela.

- Vai correr tudo bem, ainda bem que estás feliz, Rose.

- Eu estou muito feliz. Olha, tenho de desligar, vamos ter com ela agora.

- Ok, fico à vossa espera. Beijos.

- Beijos.

Desliguei o telemóvel. Fui ter com a Amber e disse-lhe que ela hoje ia conhecer a Amy. Ela já sabia que ia ter uma prima nova e estava feliz por isso. Passei o resto do dia a brincar com ela. Por volta das cinco, o Jasper chegou e eu avisei-o que a Rose vinha cá para conhecermos a Amy. O Jasper estava feliz por a irmã ter adoptado uma menina. Acho que lá no fundo, ele sabia que a irmã sofria por não poder engravidar.

Por volta das cinco e meia, tocaram à campainha. O Jasper foi atender. O Ray e o Emmet entraram primeiro. Estavam ambos sorridentes e muito felizes e depois vi a Rose a entrar com uma menina ao colo. A menina estava com a cabeça escondida nos cabelos da Rose. Devia estar envergonhada. Nunca tinha visto a Rose tão feliz, era como se agora, ela estivesse totalmente completa.

- Ela está com vergonha, já passa. – Disse o Ray docemente. A Rose estava a sussurrar para a Amy e depois ela virou a cara e encarou-nos. De seguida, abriu um grande sorriso. A Amy era simplesmente adorável. Tinha a pele branquinha, olhos verdes esmeralda e os cabelos castanhos meio encaracolados nas pontas. Tinha uma estatura média e um sorriso lindo, claro não tão lindo como o da Amber mas era bonito. A Rose sentou-se ao meu lado no sofá e começou a apresentar-nos.

- Amy, esta é a tua tia Alice. – Disse ela apontando para mim.

- Olá. – Disse timidamente.

- Olá, Amy. És muito bonita, sabias?

- Obrigada. – Disse abrindo um grande sorriso.

- Esta é a tua prima, a Amber. – A Amber levantou-se do sofá e chegou-se ao pé da Amy. De seguida, deu-lhe um abraço e um beijo na bochecha. A Amy retribuiu o abraço. – Este é o teu tio Jasper. – Ela sorriu para o Jasper.

- Mamã, posso levar a Amy e o Ray para brincarem no meu quarto? – Perguntou a Amber.

- Podes, princesinha.

- Ray, vamos? – Perguntou a Amber. O Ray acenou afirmativamente. – E tu, Amy, vens? – A Amy olhou para a Rose com os olhinhos a brilhar como se lhe estivessem a dar um presente.

- Posso, mamã? – Perguntou.

- Podes, querida. Vai lá. – A Rose pôs a Amy no chão e foram os três brincar para o quarto da Amber.

-Ai, Alice! Estou tão feliz! – Disse a Rose depois de os rapazes saírem para a cozinha, para comerem algo.

- Eu sei, nota-se perfeitamente que estás feliz. Estou tão feliz por isso. A Amy é adorável.

- É, não é? – Perguntou ela orgulhosa. – Devias ver o Ray com ela. É super protector. Lembras-te do comportamento do Jasper comigo, quando éramos pequenos? – Afirmei com a cabeça. Jasper protegia a Rose de tudo, ajudava-a em tudo. Houve num ano, que uns rapazes meterem-se com Rose e chegaram-lhe a partir um pulso. O Jasper, depois, foi ter com os rapazes e bateu-lhes. Ele era só um e os rapazes, três. Claro que o Jasper saiu muito aleijado da luta mas sentia-se orgulhoso por ter defendido a irmã. – O Ray é tal e qual com a Amy. Deve estar nos genes. – Disse ela. Rimos as duas. Continuámos a falar enquanto os rapazes estavam na cozinha a comer.

- Mamã! Mamã! A Amber deu-me este peluche! – Disse a Amy feliz. A Amber deu um peluche em forma de sapo. Ela não ligava muito a ele.

- Ai, sim? Deixa a mãe ver! – Pediu a Rose. A Amy correu para mais perto da Rose e mostrou o peluche. Ela estava realmente feliz por a Amber lhe dar um peluche. – É bonito, querida, mas tens a certeza que a Amber não se importa?

- Ela disse que eu poderia ficar com ele se quisesse pois ela não lhe ligava muito e como eu gostei dele… - Explicou ela adoravelmente.

- Rose, a Amy pode ficar com ele. A Amber nunca brincou com esse boneco na vida. Não lhe liga mesmo. Se a Amy gosta dele, pode ficar com ele.

- Ok, podes ficar com ele, Amy.

- Obrigada, mamã! – Disse ela feliz. – Tia Alice? – Chamou ela.

- Sim? – Perguntei.

- Porque é que a tua barriga é grande? – Perguntou ela inocentemente. Eu e a Rose rimos.

- Porque tenho uma bebé aqui dentro.

- Tens? – Perguntou surpreendida.

- Sim, vai se chamar Olívia mas podes chama-la de Liv.

- Posso tocar? – Perguntou.

- Podes. – Disse sorrindo. Ela chegou-se ao pé de mim e meteu a sua mãozinha na minha barriga.

Eles acabaram por jantar cá e por volta das dez foram para casa. A Amber tinha-se dado muito bem com a Amy, brincaram o tempo todo.

Os dias foram-se passando, estava curiosa para saber como é que a Esme e o Carlisle iam reagir à notícia. Estávamos a preparar-nos para ir para casa da Esme. Chegámos lá por volta das sete. O Edward e a Bella já lá estavam mas a Rose e o Emmet não. Passados uns dez minutos, tocam à campainha. Jasper, eu, a Bella e o Edward sorrimos cúmplices. O Carlisle e a Esme estavam connosco no sofá.

- Eu abro! – Avisei.

- Ok. – Responderam todos. Levantei-me do sofá e dirigi-me à porta de entrada. Abri. O Ray e o Emmet entraram primeiro.

- Olá, tia Alice. – Disse o Ray dando-me um beijo na bochecha.

- Olá, Ray. Estás bom? – Ele afirmou com a cabeça.

- Olá, Tia Alice. – Disse a Amy dando-me um beijo na bochecha. – Olá, Liv. – Disse dando um beijo na minha barriga.

- Olá, Amy. Estás preparada para conhecer o resto da família? – Perguntei sorrindo. Ela afirmou com a cabeça e sorriu timidamente. Ela era um pouco envergonhada, já tinha percebido isso.

- Ray, vai dizer aos avós que temos uma surpresa. – Disse o Emmet. O Ray foi a correr em direcção aos avós.

- Avós, temos uma surpresa para vocês! – Disse ele entusiasmado. A Amber juntou-se ao Ray e ficaram ao lado dos avós. – Acho que vão gostar da surpresa, não é, Amber?

- Sim. – Disse ela quase aos pulos. Estavam os dois entusiasmados.

- Então, qual é a surpresa? Estou curioso. – Disse o Carlisle.

- Mais uma neta. – Respondeu o Emmet. Tanto o Carlisle como a Esme aparentavam estar confusos.

- Neta? – Perguntou o Carlisle visivelmente confuso.

- Sim. – Disse o Emmet sorridente.

- Rose, é melhor apresentares a Amy, eles não estão a perceber nada. Ainda nem a viram. - Sussurrei para a Rose.

- Pois, acho melhor entrarmos na sala. – Eu, a Rose e a Amy ainda estávamos no hall. A Amy estava muito envergonhada. A Rose pegou na Amy ao colo e segredou-lhe algo ao ouvido, a Amy afirmou com a cabeça e depois entrámos na sala. A Esme e o Carlisle olharam imediatamente para nós. Os olhos da Esme brilharam quando percebeu que ia ter uma neta nova e o Carlisle abriu um enorme sorriso. Agora, eles já estavam a perceber melhor as coisas. A Rose sentou-se ao lado da Esme, ainda com a Amy ao colo. A Amy estava com a cabeça escondida nos cabelos da Rose.

- Ela ainda está envergonhada. – Disse a Rose. - Como todos sabem, eu já não posso engravidar e eu queria ter uma filha, como o Emmet também queria e o Ray queria uma irmã, nós adoptamos a Amy. A Amy estava naquela instituição desde que nasceu. – Explicou a Rose.

- Olá, querida. – Disse a Esme carinhosamente para a Amy. A Amy olhou um pouco para a Esme e sorriu timidamente.

- Olá. – Disse ela.

- Amy, é a tua avó. – A Amy ficou com os olhinhos a brilhar e depois voltou a falar com a Esme.

- Posso ir para o teu colo? – Perguntou ela timidamente.

- Podes. – Respondeu a Esme com um grande sorriso na cara. A Amy estendeu os bracinhos para a Esme lhe pegar, ela era adorável. A Amy esteve no colo da Esme a meia hora seguinte, a Amy adorou a avó e depois ela foi para o colo do Carlisle. Quando a Amy conheceu o resto da família, fomos todos jantar. Todos adoraram a Amy e a Amy também gostou de todos. A Esme e o Carlisle estavam muito felizes, notava-se à distância. Eles irradiavam felicidade. A noite foi muito divertida. Por volta, das onze e meia, fomos para casa. Estava cansada. Mal cheguei a casa, fui para a cama. O Jasper deitou a Amber e depois veio para o meu lado. Ele começou a acariciar-me a barriga como todas as noites e eu acabei por adormecer.

Estava cada vez mais próxima dos nove meses. A Liv estava quase a nascer. Eu estava enorme. A Rose já não me deixava fazer muito na loja. Apenas a ajudava em algumas coisas mas eu gostava de ir para lá em vez de ficar sentada no sofá sem fazer nada. O Jasper e a Amber estavam cada vez mais ansiosos.

- Alice… - Alguém sussurrou ao meu ouvido. Ainda estava na cama num sono leve. – A Rose já está aqui. – Reconheci como a voz do Jasper.

- Uhm… Ok… - Disse. – Já vou. – Ele começou-se a rir.

Levantei-me e fui-me vestir. De seguida, entrei na sala. A Amy, o Ray e a Amber estavam a brincar no chão da sala e o Jasper e a Rose estavam a falar.

- Bom dia! – Disse ao entrar na sala.

- Bom dia! – Disseram todos.

- Vamos, Alice? – Perguntou a Rose. Já iríamos chegar um pouco atrasadas, ainda tínhamos de levar as crianças a casa da Esme.

- Sim.

Fui-me despedir do Jasper.

- Alice, hoje, vou passar o dia todo no tribunal, por isso, é normal não atender o telemóvel, ok? – Perguntou o Jasper. Ele avisava-me sempre quando ia para o tribunal.

- Ok, voltas a que horas?

- Cinco e meia, seis! Ok?

- Ok. – Disse dando-lhe um beijo.

Eu e a Rose fomos pôr as crianças na casa da Esme e depois fomos para a loja. Como sempre, não fazia grande coisa, ficava sentada no balcão a tratar dos pagamentos dos clientes, que eram muitos. Tínhamos sempre a loja cheia.

À hora de almoço, decidimos fechar a loja mas almoçarmos lá dentro. Estava com os pés um pouco inchados e não queria andar muito. A Rose foi buscar a comida e depois comemos lá dentro.

- Aiii! – Disse levando a mão à barriga.

- Alice, o que foi? – Perguntou a Rose, preocupada.

- Contracção. – Disse meio ofegante. A Rose deu-me a mão.

- Vamos para o hospital, ok, Alice? – Afirmei com a cabeça. Ela ajudou-me a levantar e fomos até ao carro. No carro sentei-me. Estava a vir outra contracção. Apertei a mão da Rose com força. Quando passou, a Rose sentou-se no banco do motorista e conduziu o mais rápido que pode para o hospital. Sempre que vinha uma contracção, apertava o banco do carro. Lembrei-me do parto da Amber, do quanto durou e foi doloroso. Eu estava sozinha, numa cama de hospital a suportar as dores que foram muitas. O parto da Amber demorou dezoito horas.

Quando chegámos ao hospital, puseram-me numa cadeira de rodas e levaram-me para um quarto. Vesti uma daquelas batas dos hospitais e deitei-me na cama. A Rose estava ao meu lado. Vinha outra contracção. Peguei na mão da Rose e fechei os olhos. Estava a doer demais.

- Está tudo bem, Alice. Daqui nada vamos ver a Liv.

- Eu só espero que não demore tanto como o da Amber… - Disse ofegante.

- Quanto tempo demorou o da Amber? – Perguntou a Rose para me distrair.

- Dezoito horas…

- Este vai demorar menos, o segundo parto demora sempre menos.

- Espero que sim…

- Já liguei para o Jasper mas ele não atende. – Disse ela receosa.

- Ele disse que ia passar o dia todo no tribunal… Rose, e se ele não chegar a tempo? – Perguntei já stressando. – Rose, ele tem de vir a tempo, eu quero que ele assista ao parto da Liv… Ele tem de assistir… Aiiii! – Veio outra contracção.

- Alice, calma, ele vai chegar a tempo. Acalma-te.

- Rose, as águas rebentaram! – Disse sentindo a cama a molhar-se.

- Alice, acalma-te. Vou pedir à enfermeira para mudar-te a cama para manteres-te seca, ok? – Afirmei com a cabeça, levantando-me da cama. A Rose carregou no botão para chamar as enfermeiras e logo apareceu uma. A Rose explicou-lhe porque a chamou e depois ela mudou a cama, de seguida deitei-me nela.