Warning Sign escrita por Olivia


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora pra postar gente, dei umas saidinhas esse fds OAEOIAOIEAOI tomara que gostem do capítulo eu dividi ele em dois, ainda to terminando, é só que eu to fazendo capitulos muito grandes e isso deve cansar OIAEIOAEOIO



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Eu me aproximei de Luke e apertei nossos lábios um contra o outro. Eu tinha que tentar.

Luke me puxou para mais perto e eu senti seus lábios formarem um sorriso. Ele me beijou. E não foi como eu imaginei.

Talvez porque eu nunca tivesse imaginado; todas as chances que nós tivemos eu não consegui pensar direito, o alarme soava tão alto na minha mente que eu ficava preocupada com as minhas decisões, minhas chances de escapar, que eu não pensei no “E se...”

E, mesmo que eu tivesse imaginado, não teria chegado perto disso. Eu podia sentir que era tão estranhamente bom tanto para mim quanto para ele. Meu coração batia junto com os intervalos do dele, se é que existia algum intervalo de tão rápido que eu sentia.

Eu perdi a conta do tempo, mas nós nos separamos. Luke apoiou sua testa contra a minha e nós sentimos a respiração um do outro.

“Luke,” eu murmurei quando meu coração parou de pular batimentos. “Por que eu?”

“Como assim, pequena?” Ele perguntou, pegando a minha mão e entrelaçando nossos dedos.

“Você está tentando começar tudo de novo, do jeito certo agora. Por que você escolheu... Querer ficar comigo?” Eu não estava fazendo contato visual com ele. Eu não queria encarar aqueles olhos fazendo uma pergunta tão boba quanto essa.

Ele riu fraco. “Porque você tem uma coisa que eu não consegui ter. Você sabe cuidar de você mesma, você patina e eu tenho certeza que se sente perfeitamente bem nisso, pela segurança na sua voz. Você mora praticamente sozinha, eu acho, e você é perfeitamente saudável. Você não faz questão que todos saibam o que faz ou deixa de fazer, você é discreta para que ninguém cuide da sua vida. Você não é uma bêbada nem viciada como... Eu.” Ele engoliu um seco, mas seu tom era alegre. “Você me faria uma pessoa melhor, sua presença já faz isso comigo. Quando você fica perto de mim, eu não preciso de cigarro nenhum. Ainda mais quando você fica perto assim.” E ele me puxou para mais um beijo.

Se fosse isso que o sinal de alerta estava escondendo de mim, eu tinha que fazer um sério tratamento na minha cabeça.

“Sabe o que é o melhor em tudo isso?” Eu disse.

Luke se apoiou em um cotovelo e me encarou sorridente. “O quê?”

“Eu vou dormir hoje.” Eu sorri para ele e depois para as estrelas.

“O quê?” Ele perguntou de novo.

Duh, era óbvio que ele não conhecia a minha teoria boba. E eu não tinha mais tanta certeza se eu devia partilhá-la.

“Nada não.” Eu falei.

“Ah, não vai contar é?” Eu neguei com a cabeça.

 Luke se aproximou e começou a beijar o meu pescoço, a minha mandíbula, o canto da minha boca...

“É uma teoria besta!” Eu disse, rolando uma vez para longe para que ele parasse antes que eu ficasse louca.

“Eu quero ouvi-la.” Ele sorriu, me puxando de volta.

Eu bufei. “Toda vez que acontece alguma coisa entre você e eu, mesmo que seja pouca, a minha insônia vai embora e eu durmo... Muito bem na verdade.” Eu terminei de falar e escondi meu rosto nas mãos. Eu não queria ver a cara de deboche dele nem o som de sua risada.

Mas eu só ouvi a banda de jazz e o barulho de pratos.

“Luke?” Eu disse, tirando as mãos para encontrar ele me encarando, sorrindo torto. Eu podia ficar olhando para ele a noite toda.

“Acho que você vai dormir muito bem hoje então.” Ele gargalhou e eu não pude evitar rir junto.

“É melhor a gente ir, Luke.” Eu disse, depois de um tempo.

“Você tá congelando de novo?” Ele perguntou, sua voz com um pouco de preocupação.

“Não.” Como eu poderia com você perto assim?, pensei e ri sozinha. “Eu tenho que dormir pra acordar cedo amanhã. Eu vou passar o dia inteiro no rinque.”

Eu vi um sorriso de orelha a orelha aparecer nos lábios de Luke, e um flash de imagens, no dia em que estávamos de baixo da árvore da escola, me vieram à cabeça.

Luke iria me ver de collant.

“E eu vou estar lá.” Ele disse.

“Ah não vai não!” Eu disse me sentando.

“Eu quero ver a segunda coisa que você faz de melhor.” Ele piscou.

Eu franzi a sobrancelha. “Qual seria a primeira?” Então ele rolou os olhos e me beijou.

Oh, certo. Claro.

“Ok.” Eu me separei dele, rindo. “Daqui – a – pouco – vão – nos – expulsar – da – praça!” Eu disse entre os selinhos dele. E qual era o problema mesmo?

“Tá bom.” Ele riu e se levantou, me puxando pela mão e me abraçou. Eu inspirei profundamente o perfume dele. Ele era o meu lugar. Não era na cafeteria do pai do Anthony, não era na minha casa. Era com ele.

Nós andamos até o carro abraçados, andando meio que tropeçando pelos lados – eu patinava muito melhor do que andava – e rindo.

Nós entramos no carro e pode ter sido coincidência ou destino, mas estava tocando Coldplay no rádio. Yellow para ser específica.

Luke me olhou ao mesmo tempo que eu olhei pra ele e nós começamos a rir.

“Então, Coldplay é sua banda favorita?” Eu perguntei e ele assentiu com a cabeça. Era difícil imaginar um cara como Luke gostando de uma banda como Colplay. Eu sempre pensei que ele gostasse de Led Zeppelin, Metallica e AC/DC.

“E a sua?” Ele sorriu.

“Kaiser Chiefs.” Eu sorri de volta. Como o caminho da Leopold Square até a minha casa não passava de trezentos metros e nós estávamos de carro, em poucos segundos estávamos estacionados na entrada da minha casa.

“Bom gosto.” Ele sorriu mostrando os dentes. “Então eu te vejo amanhã?” Ele disse se aproximando de mim, colocando seu peso na sua mão que estava apoiada no meu banco.

“Luke, a minha treinadora não vai estar lá.” Eu disse, mas logo continuei antes que ele encarasse isso positivamente. “E se você estiver, eu vou... Me distrair.” Eu me aproximei dele também. “Se é que me entende.”

Ele riu fraco. “Eu prometo ficar quietinho.” Ele piscou.

Eu rolei os olhos e dei um selinho nele, abri a porta do carro e saí. “Eu vou me lembrar.” Fechei a porta e corri para a da minha casa, entrando.

Eu tranquei a porta, subi as escadas e vi que algumas coisas de Leah estavam encima da minha cama.

“Oh droga.” Eu resmunguei para ninguém. Tinha esquecido de mandar mensagem como Luke tinha sugerido.

Eu abri minha bolsa e peguei meu celular. Só uma ligação perdida.

Desculpe se você me procurou, eu já estou em casa. xx

Não demorou muito para a resposta chegar.

Como? Ops, Luke também não está por aqui. Eu já imagino.

Eu gargalhei.

É, eu acho que tenho que te contar umas coisas... haha, boa noite.

Eu coloquei meu celular na penteadeira e tirei o moletom de Luke e o meu vestido, colocando um pijama e me enrolando nas cobertas. Respirei fundo e sorri ao perceber que o cheiro dele não estava somente nas roupas, mas em mim também.

Seria impossível dormir aquela noite. Meu coração batia forte e uma onda de adrenalina entrava na circulação do meu sangue só de lembrar de todos os momentos em um flash, eu tinha que revivê-los mentalmente. E eu ainda tinha que lidar com a ansiedade de vê-lo no rinque no dia seguinte.

Mas eu caí no sono assim que lembrei de Luke mascarado vindo até mim no buffet.

 

Eu estava estacionando a minha bicicleta em frente ao rinque quando meu celular tocou.

“Alô?”

“Filha?” Era a voz aveludada da minha mãe. Era tranqüilizante ouvi-la, mesmo se eu não estivesse preocupada.

“Oi mãe, tudo bem?” Eu perguntei me apoiando na parede do ice Sheffield.

“Boas notícias! Você pode falar?”

“Claro. O que é?”

“Seu pai e eu já estamos de férias até janeiro. Segunda-feira estamos aí.” Ela parecia animada e eu podia ouvir Noah no fundo pedindo para falar comigo enquanto ela calava ele. Eu sorri sozinha.

“Isso é ótimo!” Eu disse. “Eu estou morrendo de saudades.”

“Eu também e... parece que Noah ainda mais. Eu vou passar pra ele.” Ela disse rindo.

“Anna?” Ele perguntou. Meu coração bateu forte.

“Oi bebê, que saudades de você!” Eu disse.

“Eu não sou bebê.” Eu sabia que ele tinha feito biquinho.

Eu ri. “Não, claro que não. Você já deve estar bem grandinho, certo?”

“Certo.” A voz dele era animada. “Vai demorar até segunda chegar?”

“Não, vai passar rapidinho.” Eu sorri.

Ele riu. “Bom mesmo. Anna, eu vou desligar. Papai chegou e ele tem doces.”

Eu rolei os olhos, rindo. “Claro, guarde um pouco para mim. Te vejo logo.” Eu mandei um beijo e ele mandou outro, então eu desliguei.

Eu guardei meu celular na minha mochila e entrei no Ice Sheffield. Por ser sábado, mas ainda de manhã, não tinham muitos patinadores. Essa era a minha melhor hora para treinar pelo menos alguma coisa porque mais tarde, muito mais pessoas chegariam e eu não poderia saltar sem bater em alguém.

Ellen tinha ido para Londres cuidar da mãe dela por três dias, eu tirei dois de folga e agora eu tinha que treinar duro em um e, se Luke viesse, não seria isso que aconteceria.

Eu fui até o vestiário e coloquei o um collant roxo. Ele era bem parecido com o azul, mas além de paetês também tinha miçangas. Coloquei meus patins e prendi meu cabelo num rabo de cavalo alto e fui para o rinque.

Eu dei algumas voltas para aquecer e comecei a fazer a coreografia. Em partes, claro, porque eu não tinha tanto espaço.

Depois de uma meia hora, eu percebi alguém em pé no último degrau da arquibancada. Ele estava de jeans de lavagem escura, uma blusa dobrada até os cotovelos cinza escura e all star azul marinho. Seu cabelo estava mais bagunçado que o normal e seus olhos e sua boca faziam a combinação perfeita de um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Tomara que gostem, e de novo, desculpem pela demora



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