Capítulo 11

Quando chegámos a casa vínhamos todas a buzinar. Embora soubéssemos que todos nos ouviam, fizemos questão de buzinar pela primeira vez os nossos carros. Entrámos na garagem e Nessie pulou do seu carro agilmente. Leah abriu a sua porta e fechou-a com cuidado. Só eu é que não saltei como fez Renesmee porque estava de vestido. Edward, Jacob, Seth, Embry e Emmett vieram saudar-nos há garagem. O meu carro estava ao lado direito do Ferrari do lado direito do meu estava o da Nessie. O carro da Leah tinha ficado na outra extremidade da garagem. Jacob assobiou ao ver o carro da Nessie e juntou-se a ela rondando o carro de maneira a observá-lo de todos os ângulos; Embry fez a mesma coisa ao carro da Leah.

-Chegou o novo modelo da Volvo – informou Bella. – É um carro bonito, mas não tanto como o meu.

Bella acariciou o carro dela com carinho e notei que gostava mesmo dele. Apostava o meu carro novo em como tinha sido Edward a dá-lo.

-E fui – disse ele. Olhou para mim e sorriu. – O teu carro também é bonito.

-É – disse-lhe. – Estou a pensar em pintá-lo.

-Que cor é que queres? – perguntou Rosalie interessada. – Se quiseres posso pintá-lo por ti. Sou experiente nisso.

Sorri-lhe em sinal de agradecimento.

-Estava a pensar em roxo escuro – disse-lhe. – O que é que achas?

Ela sorriu para mim e aprovou dizendo que era uma cor bonita. De certeza que ela não me ia desapontar; Rosalie iria escolher o roxo perfeito para o meu carro. Ultimamente andava a aproximar-me mais de Bella e Rosalie; elas eram grandes amigas e andavam quase sempre juntas para todo o lado.

 Antes de sair da garagem Alice informou que Jasper só chegaria dali a umas nove horas e Carlisle iria ficar mais umas horas extra no trabalho por causa de uma urgência. Foram saindo todos até ficarmos só eu e Seth. Baixei os olhos para apreciar o meu carro. Era bonito, mesmo com aquela cor, mas eu gostava mais do roxo. Aliás, ficaria bem com o tom da minha pele e do meu cabelo.

-É um belo carro – comentou Seth.

Acenei com a cabeça, nunca desviando o olhar do meu carro.

-Tal como a proprietária dele – disse ele.

Senti o sangue a subir-me às faces. Estava a corar. Sorri só de pensar nisso. Espera, eu tinha acabado de receber um elogio. Ele tocou-me na face e arrepiei-me. Estava tão concentrada em não olhar para ele que nem reparei que se tinha mexido. Levantou o meu queixo de maneira a poder olhar para ele. Os seus olhos estavam escuros e eu conseguia ver o reflexo dos meus nos dele.

-Tu gostas de mim? – perguntou-me.

Aquela pergunta surpreendeu-me. Não estava há espera daquilo. O que é que lhe havia de dizer? Eu naquele momento não sabia o que sentia por ele. Estava tão confusa! Mas tinha que ser sincera com ele:

-Seth, vamos com calma, OK? Para mim ainda é tudo muito confuso. Se calhar o melhor era começarmos como amigos, tal como o Jacob e a Nessie. Depois vemos naquilo que dá.

Ele deixou cair a mão que me prendia o queixo. Olhei para baixo envergonhada. Eu era tão cruel! Eu estava a magoar a pessoa que me amava! Não era justo. Para nenhum de nós. Para ele porque ele queria mais do que aquilo que eu podia dar naquele momento, e para mim porque estava confusa sobre o que realmente era a impressão natural e sobre o que sentia em relação a ele.

-Eu entendo – disse-me. – Por agora, só amigos.