El Aáiun escrita por Maxlin, Tadewi


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

A pedido está aqui enfim o capítulo 8, espero que entendam esse capítulo pois ele é mais complicado um pouco mas muito emocionante, pois finalmente chegaste a hora de um grande encontro rsrs!!



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O sol brilhava forte em Jerusalém. A movimentação de Victória e sua equipe era intensa, todos correndo para desarmar as tendas e desconectar os computadores. Ninguém havia entendido muito bem como Victória descobrira a resposta para os enigmas da noite anterior, mas todos estavam curiosos para saber o que estava escondido na Grécia.
- Então, Josh, qual é o plano de viagem? – Victória perguntou enquanto enrolava alguns mapas.
- Bom, vamos seguir nos trailers até Ancara, na Turquia. Lá vamos deixá-los com o pessoal da equipe que vai ficar, então pegamos uma embarcação até a Grécia.
- Mas e os equipamentos? Os materiais para pesquisa?
- Levaremos só o necessário: mapas, laptops e livros.
- Ótimo. Me avise quando estivermos prontos para ir...
Enquanto Victória voltava para o trailer, Andrew passou por ela segurando um monitor. Os dois trocaram um olhar rápido de decepção, depois seguiram seus caminhos. Ela entrou no trailer e começou a recolher suas coisas.
Passados dez minutos, Josh bateu na porta e avisou que eles já estavam partindo. Victória foi para a parte da frente do trailer e se sentou ao lado do motorista.
Eles começaram a passar velozes pelas pequenas dunas de areia quente. Os pensamentos de Victória se alternavam entre o enigma e a atitude de Andrew. Então, eles se voltaram para o rumo que ela menos queria...
Há três anos Victória poderia se considerar uma mulher plena. Estava satisfeita com a vida que tinha: fazia faculdade, tinha um bom namorado e seus pais estavam sempre lhe dando muito apoio.
Mas, no seu último ano de faculdade, tudo começou a tomar um rumo estranho. Victória estava na sala de sua casa lendo um livro sobre arqueologia bíblica, quando uma estátua da Virgem Maria, a preferida de sua mãe, começou a se manchar de sangue. Victória descobriu, espantada, que a santa chorava aquelas lágrimas. Ela não soube o que aquilo significava.
Veio a descobrir dois dias depois. Seus pais saíram para assistir uma ópera no grande teatro de Sidney. Era uma noite de chuva. Victória estava em casa sozinha quando viu no noticiário a ocorrência de um acidente trágico envolvendo um carro e um caminhão. O carro de seus pais. Perda total. Morte imediata dos passageiros. Ela não se lembrava de ter chorado tanto na vida. A estátua daquela santa queria lhe dar um aviso, ela agora compreendia isso.
Como era filha única, Victória herdou a casa e uma boa quantia que seus pais guardaram para ela. Mas ela não queria morar ali sozinha, com as lembranças em cada parte, perseguindo-a. Sua única solução foi vender a casa e mudar-se para uma quitinete no centro de Sidney. Sua meta agora era terminar sua faculdade.
Então as coisas começaram a se complicar entre ela e seu namorado. Michael passava dias sem telefonar, nem procurava por Victória. Ela viu que aquilo não poderia continuar daquela forma, e terminou com ele. Agora estava completamente sozinha...
Victória entregou-se inteiramente aos estudos e à sorte. Terminou a faculdade e se tornou uma das melhores arqueólogas da turma. Isso contribuiu para que ela logo arrumasse um emprego como supervisora de escavações em várias partes do mundo. Conheceu Andrew e, desde então, viajava incansavelmente à procura de novos mistérios e desafios. Mas sua vida ainda tinha um grande vazio que ela não conseguia preencher...
A viagem durou a manhã inteira e uma parte da tarde. Eles finalmente chegaram na Turquia, depois de passarem por muitas guaritas de segurança para serem vistoriados. Era um lugar interessante, a cidade de Ancara era cheia de pequenas lojas comercializando todos os tipos de produtos. Eles percorreram as ruas por um bom tempo até chegar em um porto muito grande, cheio de navios e pequenas embarcações.
Os trailers pararam perto dos navios. Victória pegou sua mochila, seu laptop e desceu. Uma brisa vinha do mar e fazia os cabelos dela esvoaçarem levemente. Ela fechou os olhos e ficou sentindo o vento e ouvindo o barulho das ondas. O mar sempre lhe passava uma energia muito forte.
- Vicky, o nosso barco já está pronto – Josh disse aproximando-se – podemos ir...
O barco era uma espécie de iate bem grande e luxuoso. Todos embarcaram e, em poucos minutos, partiram rumo à Atenas. O sol já se punha e formava uma paisagem linda, como se ele estivesse mergulhando no mar.
Victória sentou-se no sofá que havia dentro do iate e começou a analisar alguns livros sobre monumentos históricos da Grécia. Seria um longo trabalho investigar todos aqueles lugares. O enigma não mencionava estátuas ou arquiteturas históricas, mas Victória supunha que o segredo estaria escondido em algum templo antigo, a julgar pela idade daquele manuscrito.
Ela passava as páginas de um livro com gravuras de monumentos imponentes, até que seus olhos caíram sobre a figura de um castelo muito bonito: alto e feito de pedras escuras. Tinha torres cercando-o e, na frente, um jardim com árvores esculpidas e flores de várias cores.
- Josh, dê uma olhada nisso – ela chamou o amigo.
- Sim, algo interessante? – Josh perguntou sentando-se ao lado dela.
- Vamos começar nossas buscas por aqui – Victória disse apontando para a figura.
- Nossa – ele exclamou surpreso – será que há alguém morando nesse castelo? Por que não parece ser um monumento de fins turísticos...
- Vamos descobrir. Fica em Atenas. É lá que vamos desembarcar, não é?
- Exato. Mas amanhã, Vicky. Agora vamos para um hotel, todos estão muito cansados...
A viagem durou duas horas. Eles desembarcaram no belo porto de Atenas com a noite bastante nublada e fria. Victória e sua equipe foram imediatamente para um hotel. Era bastante agradável e confortável.
Victória tomou um banho demorado e vestiu calças jeans e blusa simples. Ela deitou-se na cama e ficou analisando mais alguns livros. Estava ansiosa para o dia nascer e ela poder ir até aquele castelo. Algo nele a atraía, era inexplicável.
Mas o problema é que ela era curiosa demais para esperar. Levantou-se e pegou uma bolsa com equipamentos de pesquisa. Vestiu um casaco preto e desceu para a porta do hotel. Ela ainda ia acabar se dando mal por ser tão curiosa. Entrou em um táxi e deu ao motorista o endereço do castelo que havia anotado em um papel. Ele olhou-a meio desconfiado, mas acelerou o carro.
O táxi seguiu muito tempo até deixar o centro da cidade e entrar em uma estrada cheia de árvores. Então, depois de uma curva, o castelo se revelou imponente, escuro e misterioso. Victória sentiu a adrenalina aflorar nela, com todas as vezes que ela se aproximava de um desafio. E, com certeza, aquele era um dos grandes...
O carro parou. Victória deu o dinheiro ao motorista e desceu. O vento frio bateu forte e ela hesitou. Mas não podia ficar muito tempo ali fora. Pegou uma lanterna da bolsa e começou a caminhar, iluminando a estrada à sua frente. Finalmente chegou às grandes portas e empurrou-as, ouvindo um barulho pesado de madeira e metal.
O saguão era imenso, com as escadarias de mármore erguendo-se de uma forma assustadora. Victória, instintivamente, abraçou a bolsa, como se uma armadura fosse sair de algum canto e atacá-la. Ela acelerou o passo e subiu as escadas praticamente correndo.
Havia muitas portas, mas uma única estava aberta. Victória percorreu o longo corredor e entrou no quarto. Era grande, com uma cama de dosséis, uma escrivaninha ao canto e uma janela alta, por onde entrava a luz da lua.
Ela estava tão distraída que só foi despertada de seu torpor por alguém que se aproximava por suas costas e encostava uma arma nela. Victória ficou imóvel e ouviu uma voz masculina e grave:
- Quem é você? O que faz em minha casa? Responda agora!

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