Nossa Felicidade. Nossas Escolhas escrita por Samara Cullen


Capítulo 24
19. Jasper e Alexandre. Parte I




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/82751/chapter/24

 

Eu e Edward déssemos apenas na hora do jantar, eu estava com Aron no colo. Quando chegamos no andar de baixo Edward parou na escada e olhou para a enorme TV de tela plana. Passava uma reportagem na CNN. A moça falava sobre a situação em Seattle. Alexandre e Leah também estavam na sala, Leah estava no colo de Alexandre.

 

“SEATTLE ATERRORIZADA POR ASSASSINATOS

Fazem menos de dez anos desde que a cidade de Seattle estava caçando o mais perigoso dos serial-killers da história dos E.U. Gary Ridgeway, o assassino de Green River, foi condenado pelo assassinato de 48 mulheres. E agora, a assediada Seattle tem que lidar com a possibilidade de estar lidando com um monstro ainda mais aterrorizante dessa vez.

A polícia não acha que a recente onda de homicídios e desaparecimentos seja trabalho de um serrial-killer. Pelo menos, ainda não. Este assassino, se, na verdade, for apenas uma pessoa, teria sido acusada por 39 homicídios qualificados e desaparecimentos apenas em menos de três meses.

Em comparação, a onda de 48 assassinatos provocada por Ridgeway foi espalhada num período de mais de 21 anos. Se essas mortes puderem ser ligadas a apenas um homem, então, esse seria o mais violento ataque de um assassino em série da história Americana.

A polícia, no entanto, está inclinada na teoria de um envolvimento com atividade de gangues. Essa teoria é apoiada pelo grande numero de vítimas, e pelo fato de que não parece haver um padrão de escolha entre as vítimas.

De Jack o Estripador à Ted Bundy, os alvos de serial-killers estão geralmente conectados por similaridades em idade, gênero, raça, ou uma combinação dos três. As vítimas desse ataque de crimes têm idades entre a da estudante Amanda Reed de 15 anos, ao carteiro aposentado, Omar Janks, de 67 anos de idade. Os assassinatos qualificados incluem cerca de 18 mulheres e 21 homens. As vítimas tinham raças diversas: Caucasianos, Afro-Americanos, Hispânicos e Asiáticos.

A seleção parece ser randômica. O motivo parece não ter outra razão a não ser simplesmente matar.

Então porque considerar a idéia de um serrial-killer?

Existem similaridades suficiente no modo de operação dos crimes para selecioná-los como crimes não relacionados. Todas as vítimas descobertas foram queimadas a tal ponto que foi necessário um exame de arcada dentária para identificá-los. O uso de algum acelerante, gasolina ou álcool, parece ser um indicativo das conflagrações; nos entanto, nenhum traço de acelerantes parecem ter sido encontrado ainda. Todos os corpos foram enterrados negligentemente, sem tentativa de encobrimento.

Mais horrível ainda, a maioria dos restos parece conter sinais de violência brutal – ossos quebrados e esmagados por algum tipo de pressão tremenda - que os médicos examinadores acreditam haver ocorrido antes da hora da morte, apesar de se ser difícil ter certeza sobre essas conclusões, considerando o estado das evidências.

Outra similaridade que aponta para a possibilidade de um serrial: todos os crimes estão perfeitamente limpos de evidências, além dos restos por sí só. Nenhuma impressão digital, nenhuma marca de pneu ou um fio de cabelo é deixado pra trás.

Não houve nenhuma testemunha oculares para nenhum suspeito nos desaparecimentos.

E então temos os próprios desaparecimentos - altamente sigilosos em todos os aspectos.

Nenhuma das vítimas podia ser considerada um alvo fácil. Nenhum deles era um fugitivo ou sem teto, que desaparecem tão facilmente e que dificilmente têm seus desaparecimentos reportados.

Vítimas desapareceram de suas casas, de um apartamento de quatro andares, de um spa, de uma recepção de casamento. Talvez o mais impressionante: o boxeador amador de 30 anos de idade, Robert Walsh, entrou em um cinema com sua acompanhante; depois de poucos minutos no cinema, a mulher se deu conta de que ele não estava em seu lugar. O corpo dele foi encontrado apenas três horas depois quando os bombeiros foram chamados à cena de um lixão em incêndio, a vinte quilômetros de distância.

Outro padrão presente nos assassinatos: todas as vítimas desapareceram à noite.

E o padrão mais alarmante? Aceleração. Seis homicídios foram cometidos no primeiro mês, 11 no segundo. Vinte e dois ocorreram apenas nos últimos dois dias. E a polícia não está mais perto de encontrar o responsável do que estavam quando o primeiro corpo carbonizado foi encontrado.

A evidência é conflitante, os pedaços são aterrorizantes. Uma nova gangue viciada ou um serial-killer selvagemente ativo? Ou alguma outra coisa que a polícia ainda não tenha levado em consideração?

Uma única conclusão é indisputável: algo horrível está perseguindo Seattle”

 

Antony tirou o som da TV e passou a mão por seus cabelos, todos pareciam muito preocupados e tensos.

 

__ Nós não podemos continuar assim. – Disse Carlisle - Está ficando pior. Temos que fazer alguma coisa.

 

__ Alice nem você nem Stefan viram nada ainda? – Perguntou Edward

 

__ Seja la quem for que estiver por trás de tudo isso, esta tomando cuidado para não tomar nenhuma decisão quem nos envolvia. Fica difícil ver algo dessa maneira – Disse Stefan

           

__ Eu poderia matar um grupo dos meus lobisomens para Seattle.

           

__ Já conversamos sobre isso pai, é perigoso demais – Disse Jasper – Não sabemos de quantos se tratam.

Jasper estava preocupado com sua família isso era visível.

 

__ Então nós os rastreamos e acabamos com ele. Vamos lá. Estou morrendo de tédio. – Disse Emmett.

 

__ Emmett. – Disse Rosalie aparecendo logo ao meu lado. – Vou pegar uma mamadeira para Aron. E um prato de comida para você.

 

            __ Obrigada Rose.

 

__ Você é tão pessimista Rose. – Respondeu Emmett

           

__ Não é questão de ser pessimista, é questão de ser realista.

 

Edward concordou com Emmett.

 

__ Nós vamos ter que ir alguma hora.

 

Carlisle estava balançando a cabeça.

 

__ Eu estou preocupado. Nós nunca nos envolvemos nesse tipo de coisa antes. Não somos Volturi.

 

__ Eu não quero que os Volturi venham aqui - Edward disse. - Isso nos dá muito menos tempo de reação. E também não quero que ele veja Aron, nunca viram nada como ele antes. Não podemos prever suas reações.

 

__ E todos aqueles humanos inocentes em Seattle - Esme murmurou. - Não é certo deixá-los morrer desse jeito.

 

__ Eu sei - Carlisle disse.

 

Nessa hora Rosalie voltou com uma bandeja, nela havia uma mamadeira para Aron e um prato de macarrão com salada para mim, Edward pegou a bandeja enquanto Rose pegava a Aron e sua mamadeira Edward me entregou a bandeja com maçarão. Rose se sentou ao meu lado.

 

__ Oh - Edward disse repentinamente, virando sua cabeça um pouco pra olhar pra Jasper. - Eu acho que não tinha pensado nisso. Eu entendo. Você está certo, tem que ser isso. Bem, isso muda tudo.

 

Eu não fui a única que o encarou confusa, mas eu devo ter sido a única que não pareceu nem um pouco incomodada.

 

__ Eu acho que é melhor você explicar aos outros - Edward disse pra Jasper. - Qual seria o propósito disso? - Edward começou a andar de um lado pro outro, olhando para o chão, perdido em pensamentos.

 

Eu não tinha visto ela se levantar, mas Alice já estava lá ao meu lado em seu lugar. Eu comi devagar, sem presa.

 

__ Porque ele está vagando? - ela perguntou a Jasper. - O que você está pensando?

 

Jasper não pareceu gostar de toda a atenção. Ele hesitou, lendo cada um dos rostos no círculo - já que todo mundo tinha se aproximado pra ouvir o que ele tinha a dizer - e então os olhos dele pausaram no meu rosto. Ate parei de comer na hora.

 

__ Você está confusa - ele disse pra mim, sua voz profunda estava muito baixa.

 

Não havia pergunta em sua suposição. Jasper sabia o que eu estava sentindo, o que todos estavam sentindo.

 

__ Nós estamos todos confusos - Emmett murmurou.

 

__ Vocês têm tempo pra ser pacientes - Jasper disse a ele. - Bella devia entender isso também. Ela é uma de nós agora. Ela e Aron são parte da família.

 

As palavras dele me pegaram de surpresa. Tão pouco que eu havia lidado com Jasper, especialmente desde o meu último aniversário quando ele tentou me matar, eu não havia me dado conta de que ele pensava em mim desse jeito.

 

__ Quanto você sabe sobre mim, Bella? - Jasper perguntou.

 

Emmett suspirou teatralmente, e se atirou no sofá pra esperar com exagerada impaciência.

 

__ Não muito - eu admiti.

 

Jasper olhou pra Edward, que olhou pra cima pra encontrar seu olhar.

 

__ Não - Edward respondeu o seu pensamento. - Eu tenho certeza que você entende porque eu nunca contei essa história pra ela. Essa é a sua historia, sua e de sua família. Também não contei a sua Alexandre. – Disse olhando para o irmão – É a sua historia, sei o quanto odeio revive-la, sei o quanto os dois odeiam. Mas eu acho que ela precisa saber agora.

 

Alexandre afirmou.

 

            __ Conte a sua primeiro Jasper.

 

Jasper olhou para seu pai que afirmou alguma coisa. Aron depois que terminou sua mamadeira, foi para o colo de Edward e passou a prestar atenção também em Jasper. Ele olhou para Aron e sorriu para ele.

Jasper balançou a cabeça pensativamente, e aí começou a enrolar pra cima a manga do seu suéter marfim. Eu deixei a bandeja de lado e observei, curiosa e confusa, tentando entender o que ele estava fazendo. Ele segurou o seu pulso embaixo de uma luminária que estava ao lado dele, perto da luz da lâmpada, e passou o dedo em uma marca crescente em sua pele pálida. Eu levei um segundo pra entender porque aquela forma me parecia estranhamente familiar.

 

__ Oh - eu respirei quando a realização bateu. - Jasper, você tem uma cicatriz exatamente igual a minha.

 

Eu levantei minha mão, a protuberância prateada era mais proeminente na minha pele cor de creme do que na sua, cor de alabastro. Jasper sorriu fracamente.

 

__ Eu tenho muitas cicatrizes como as suas, Bella.

 

O rosto de Jasper estava ilegível enquanto ele puxava a manga do seu suéter mais pra cima. No início, os meus olhos não conseguiram entender a textura grossa que estava marcada na pele dele. Meias luas cruzadas umas por cimas das outras em um padrão que só era visível, branco no branco como era, porque o forte brilho da lâmpada ao lado dele fazia com que as marcas ficassem um pouco em relevo, com uma leve sombra marcando as formas. E então eu entendi que o padrão era feito com meias luas endividais como a no pulso dele... como a da minha mão.

Eu olhei de volta para a minha cicatriz pequena, solitária - e me lembrei de como eu a recebi. Eu olhei para a forma dos dentes de James, que ficaria para sempre na minha pele. E aí eu sufoquei, olhando pra ele.

 

__ Jasper, o que aconteceu com você?

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpe a demora, tive alguns problemas, mas ja resolvi
Espero que gostem. Essas historias do Jasper e Alexandre acho que vao ter no maximo mais duas partes. Uma do Jasper e uma do Alexandre.


Bjao gente comemtem^~