From The Inside escrita por lol_mandy_o_o


Capítulo 30
Meu ultimo dia no Rio


Notas iniciais do capítulo

Acontecerem muitos problemas neste cap!
minha imaginação deu stop e me fez atrasar, shimiko tava muito ocupada e não betou, a cena de sexo ficou uma poha pq tava com muita raiva quando a fiz!
enfim... boa leitura
este é o ultimo cap do primeiro ciclo, por isso vou inverter a ordem e vou passar o cap dos personagens para a frente desse. então o cap de personagens vai ser o 31 não o 30!

Beijoss!



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− Brinca com a minha cara? − Lippe perguntou estático.

− Na verdade não...

− Vai deixar a todos nós aqui?

− Não que eu queira, mas tenho.

− Mora lá em casa, faz qualquer coisa, mas, não vai embora! − disse ele, infelizmente pude ver lágrimas se formando em seus olhos. − Mel, não vai, pelo amor de Deus fica aqui comigo?!

Comecei a chorar também. − Tenho que ir com os outros. Mas, eu virei te visitar, venho nas férias pra ficar aqui com você.

− Não quero que venha só nas férias.

− Mas... 

− Fica, fica Mel!

Ele já chorava como uma criançinha.

− Não posso.

Estávamos na casa dele, no quarto dele; ele estava de pé na minha frente, seus olhinhos estavam vermelhos e eu estava arrasada por isso. Ele se jogou na cama que como sempre estava bem arrumadinha, eu fiquei em pé olhando pra ele; ele estava muito triste e essa a única vez que eu havia o visto daquela forma.

− Mel, se eu quisesse ir com vocês, seu tio deixaria?

Me surpreendi com a pergunta.

− Você iria? − indaguei com os olhos provavelmente arregalados.

− Iria pra qualquer lado só pra ficar perto de você.

− Seus pais deixariam?

− Não sei.

− Ligarei para meu tio, vá falar com seus pais.

Ele se levantou animado e me deu um abraço, depois saiu correndo para falar com os pais. Peguei meu celular e procurei o número do tio Daniel na agenda telefônica; achei rapidamente e liguei, a cada vez que chamava meu coração ficava mais acelerado.

− Tio Daniel? − perguntei depois de ele ter atendido com um “oi”.

− Sim, Mel.

− Tio, mais uma pessoa poderia ir conosco?

− Como assim?

− Um amigo meu, ele poderia ir conosco? 

− Quem seria essa pessoa?

− O Phillipe.

Ele ficou em silêncio do outro lado.

− Mel, os pais dele deixaram?

− Ele ta vendo isso.

− Se eles deixarem haveria as despesas, você, Luan, Noah e Claire são meus dependentes, então estudariam de graça na escola; já esse seu amigo não. Existem coisas que temos que falar, eu não posso levá-lo do nada pra outro estado. Nós viajaremos em pouco tempo, não há tempo para mais nada. Se os pais dele concordarem eu vou aí conversar com eles.

− Ok.

Desliguei o celular e sentei na cama. Ouvi Lippe e os pais conversando lá em baixo, duvido que eles concordariam. De repente eles passaram a falar bem baixo, eu não consegui escutar o rumo que a conversa tomou, pois eles sussurravam. Fiquei encafifada, que tipo de assunto era para que eu não pudesse ouvir? Sei que eu estava sendo muito curiosa e que curiosidade matou o gato, mas, eu precisava saber o que era. De repente eles voltaram ao volume normal e ouvi Lippe vindo para o quarto. Ele entrou com uma cara satisfeita e já não estava tão vermelho como antes.

− Eles deixaram.

Dei um sorriso de orelha a orelha. 

− Uau, foi fácil! 

− Sim, mas e com seu tio?

− Ah, é, tenho que ligar novamente pra ele.

Peguei o telefone e entrei em chamadas feitas ligando novamente para ele. Dessa vez no segundo toque ele atendeu.

− Sim?

− Tio, vem logo; os pais dele deixaram.

− Ahn, dê-me o endereço.

Passei o telefone para Lippe e ele falou o endereço certo; me levantei e ele desligou o celular.

− Agora é só esperar.

− Luan vai ficar feliz! − disse dando pulinhos animados.

− Vai me odiar por isso, vamos ficar brigando o tempo todo.

Começamos a rir, se ele realmente fosse seria bem legal; aí o time estaria quase completo.

Tio Daniel chegou trazendo Luan junto, ele foi conversar com os pais de Lippe e Luan veio comigo; eu e Lippe permanecemos no quarto conversando. Luan estava animado com a possibilidade de Lippe ir conosco, eu estava muito feliz e Lippe estava desconfiado; por isso eu estava convencida de que havia coisa errada no pedaço.

Faziam duas horas que eles estavam lá em baixo, estávamos meio cansados de esperar. Então tio Daniel apareceu na porta com uma cara de bosta.

− Lippe arrume as malas, despeça-se dos amigos; você vem conosco.

Começamos a pular os três juntos. Aquilo ia ser realmente ótimo.

 

Depois de sair da casa de Lippe fui sozinha para a casa de Matt; peguei o ônibus e cheguei em vinte minutos. Ao chegar à casa de Matt bati na porta, ouvi os passinhos fracos dele e ele abriu; ele estava chorando muito.

− Oh meu Deus você não pode ir! − disse ele chorando como uma garotinha.

− Own

Nos abraçamos e ele estava realmente triste, 

− Mel você é a única mulher que eu amo! E você vai me deixar sua vaca!!! − disse ele nervoso. − Não vai!! Você vai mesmo deixar a mim e Lippe aqui sozinhos?

− O Lippe vai conosco.

Ele arregalou os olhos e abriu a boca como naqueles emoticons “pasmo”.

− Não creio.

− Pois creia, ele tava tão desesperado que resolveu ir.

− Eu não posso. − disse ele voltando a chorar como um bebê com fome. − Oh Deus porque tu me torturas mandando a mulher da minha vida pra longe de mim. − disse ele fazendo ceninha se ajoelhando aos meus pés e olhando para o céu.

− Matt... Sinto muito amigo. − eu disse.

Ele se levantou e ficou sério, agora ele parecia mais triste ainda; me olhou com seus lindos olhos e simplesmente disse.

− Mellody eu te amo, não queria que você fosse, mas já que vai quero que me dê todos os dados do lugar onde vai morar porque eu irei te visitar. Você é minha melhor amiga. − disse ele em tom serio, sua voz estava sem aquele toque feminino normal, estava masculina mesmo. 

− Lhe passarei tudo.

Ele sorriu.

− Saiba que nunca fiquei tão feliz de conhecer uma garota; Mel você fez uma diferença imensa em minha vida, queria que passasse a eternidade aqui comigo, mas já que tem que ir tenho que entender que vai por algum motivo, eu tenho certeza que não nos deixaria por algo bobo. Eu quero te agradecer por tudo, você sempre foi uma ótima amiga, e uma das poucas meninas que não me olham como “lá vai o idiota que quer ser mulher”, você foi e será meu único Love. Eu te amo garota. − ele disse ainda serio, de repente pareceu tentar voltar ao normal. − Ain! Quero que me conte se os meninos de Brasília são gatinhos ok? − disse ele com a voz afeminada novamente.

Caí na gargalhada.

− Vou te contar tudo meu rei!!! − parei rapidamente e me lembrei que quando cheguei ele já chorava. − A propósito, quem te contou que eu iria pra Brasília?

− Uh... Melissa.

Olhei pasma.

− E como ela sabe?

− Aí já não é comigo. − disse ele levantando os braços em sinal de inocência.

− Ok, minha próxima parada é lá. 

− Já vai?

− Sim, olha, hoje lá em casa vai ter uma festa de despedida, vamos nos juntar todos e conversar muito. Acho que vira a noite essa festinha. Conto com você!

− Ah, mas é claro que vou! Tchau princesa.

Dei uma gargalhada. Amava aquele jeitinho do Matt, super amigo... Tá, ele era super em tudo que fazia. Ele foi indo para a porta para esperar que eu fosse, comecei a andar, mas parei repentinamente, me virei e olhei ele nos olhos.

− Matt, eu também te amo. Amo todo seu jeitinho.

Ele sorriu e mandou um beijinho.

Então me virei e fui para o meu maior desafio diário: Melissa.

Peguei um ônibus e fiquei torcendo para ela estar na casa dela, se ela tivesse saído eu não poderia dizer nem tchau. Eu estava envergonhada e triste, queria saber se ela tinha parado de fazer aquilo pra ficar magra. 

Cheguei e logo reconheci a mansão da Melissa, ah como eu queria morar em um lugar assim tão legal!

Bati na porta e esperei. Não sabia se ela atenderia, fiquei esperando até que ouvi passos. Era a empregada, ela me olhou sem reconhecer, mas logo a ficha caiu.

− A Melissa está?

− Ela viajou.

− Quando ela volta?

− Nunca.

Olhei assustada para a mulher.

− Como assim? − indaguei sem entender.

− Ela foi morar na Alemanha.

Pasmem!!!

− Eu vou indo. − disse virando pra ir embora. − Obrigada mesmo assim.

− De nada.

Quando cheguei em casa fui recebida por uma dupla de loucos. Luan e Lippe ouviam Surrender do Entwine, eles pulavam e gritavam como duas crianças ouvindo Xuxa; Luan estava com um esfregão preto na cabeça (esfregão que a propósito não sabia de onde ele havia tirado. Eles estavam muito engraçados ouvindo rock.

− Vou contratar vocês pra animar um show!!! − disse gritando pra ver se eles ouviam.

− É NOIS NA FITA!!! − Lippe gritou tentando imitar o guitarrista.

Ele me olhou com aqueles olhinhos brilhantes.

− Não sabia que você gostava de rock Lippe!

− Eu também não sabia, mas ouvi uma musica do Linkin Park e amei!!!

Surrender acabou e começou a tocar Blackout do novo cd do Linkin.

− Ai eu amo.

Então me juntei a eles numa dublagem fuleira do Chester.

Eu amava a batida da musica, e Luan e Lippe estavam animados e eu juro que nunca me diverti tanto em minha vida. Pulávamos como galinhas, Claire apareceu e nos olhou como se estivéssemos cometendo um crime; todos nós quase morremos de rir com a cara dela. Tio Daniel chegou tentando entender a confusão, no fim ele nos olhou como Claire havia olhado antes. Porem nós continuamos a pular felizes com a vida.

Por mais que houvessem problemas eu sabia que aqueles dois sempre estariam comigo.

Agora estava tocando Wreteches And Kings que me fazia pirar, eu e Luan estávamos suados como cachorros de rua na chuva, nós três dançávamos como três manos da favela, o que era o mais engraçado é que nunca havia visto Lippe tão feliz e tão espontâneo. Estávamos muito comedias hoje, e quando a musica acabou fizemos aquela pose mano drogado bem caprichada. 

Lippe saiu da roda e tudo ficou sem graça, ele foi até a geladeira e pegou uma garrafa contendo um liquido escuro com gás e rotulo vermelho. Minha boca caiu e eu quase babei. 

− Olha o que eu comprei pra ti. − disse ele feliz; ele tomou a garrafa novamente e se levantou cantando vitoria. 

− OMG!!!!!

Eu corri e pulei em cima dele derrubando-o no chão e arrancando a garrafa de 2,5l de coca-cola dele

− Ah é?! − perguntei demoníaca.

Sabe quando naqueles jogos de futebol americano um cara pula no outro e o derruba no chão? Foi bem assim a cena, só que a bola era a coca-cola. Eu o derrubei e roubei a coca, sai correndo, mas ele veio atrás. 

Luan resolveu ajudar na conspiração contra-Mellody, ele me apanhou no meio do caminho e Lippe me alcançou, ele tirou a coca de mim e Luan me soltou, Lippe entregou a coca pra Luan, este que abriu a coca e deu pra Lippe.

Lippe começou a tomar a coca no gargalo. Olhei com raiva.

− Ah é?! − gritei.

Bati na ponta da coca enquanto ele virava a garrafa no gargalo,  a coca derramou todinha nele. Ele me olhou com muita raiva. Deu um grito ninja e jogou o que sobrou da coca em mim.

− Ah é? − perguntaram os dois com sarcasmo.

Parei de repente. − Cadê o Noah − perguntei.

Todos olharam ao redor.

Fui atrás do tio Daniel, ele devia saber onde Noah estava. Achei tio Daniel na cozinha arrumando os salgados da festa.

− Cadê o Noah?

Tio Daniel me olhou de cima a baixo com os olhos arregalados.

− Que desperdício de coca.

− Er... Verdade.

− Noah está com os amigos dele, ele está avisando sobre a festa. 

− Uh... Ta.

Fui para a sala, Luan estava sentado no sofá e Lippe tentando se limpar com um pano de prato. Fui até ele e arranquei o pano de prato da mão dele.

− Ei! Tava me limpando!!!

− Com o pano que prato Lippe?!

− É que absorve melhor− disse ele com carinha de anjo.

− Ahaaam, papel higiênico tem um efeito melhor.

− Papel higiênico é para limpar as intimidades!

− Seu corpo e sua intimidade − disse com cara de convencida.

− Não usarei papel higiênico para limpar coca cola da roupa. − disse ele arrancando o pano de prato de mim.

− Nesse caso... − puxei o pano de prato novamente. − ...Existem toalhas e sabonete!!! − disse gritando.

− Ai, assim você me machuca.

Me virei e me sentei ao lado de Luan, ele me deu um daqueles beijos bem caprichados, ah, como eu amava aquele roqueiro de uma figa!!! 

Fiquei durante um tempo sentada no sofá ao lado dele, ele cantarolava New Divide que é uma das minhas preferidas do LP. Olhei ao redor e Lippe havia desaparecido; Noah entrou na sala feliz, os amigos dele estavam com ele. Todos passaram por mim e por Luan dizendo um tchauzinho.

A noite chegou logo e casa se encheu de amigos de todos nós. Eu estava vestida com um lindo vestido vermelhinho, este era rodado o que me deixava parecendo a Barbie, para tirar o aspecto infantil coloquei um cinto preto na cintura. A musica eletrônica soava alto em toda a casa, eu e Luan estávamos sentados num canto como duas múmias balançando a cabeça conforme a batida da musica. Realmente odiávamos toda aquela droga que tocava nessas festas, era um saco. Lippe se uniu a nós em nossa total falta do que fazer. Para Lippe aquilo ainda era pior já que ele era fã de musica clássica. 

De repente um ritmo mais irritante ainda começou: funk. Aquelas musicas de letras sujas e ridículas começaram a tocar. A cara de Lippe se transformou em uma carreta de horror, Luan se afundou mais no sofá como que tentando se esconder para não ouvir a tortura. Eu olhei para o DJ.

− Oh meu deus eu não agüento isso!!! − disse Lippe entrando em desespero. − Vou sair; alguém vem comigo?

Eu e Luan levantamos as mãos.

Saímos daquela maldita festa com cara de lesados, ficamos andando em silêncio. Luan me abraçava colocando a mão em minha cintura, já Lippe ficou de vela, ele andava de cabeça baixa. Ele parecia triste.

Passamos uma meia hora andando por ai e depois voltamos, ficamos durante todo o tempo em puro silêncio. 

Quando voltamos felizmente a festa estava acabando e as pessoas começavam a ir embora. Me sentei ao lado e Matt ficamos conversando sobre o “perfeito” namorado dele, ele ficava vermelhinho só de falar nas noites que eles tiveram. 

Não havia para mim nada mais terrível do que ter que deixar o Rio de Janeiro, minha vida estava legal lá; tudo bem que seria maravilhoso fazer um novo começo em minha vida, em outro lugar. Mas era difícil. Eu estava me sentindo como se tivessem arrancando um pedaço importante a força. Eu estava indo acompanhada de Luan e Lippe, mas deixava aqui tantos outros.

As lembranças de Annya e Stacy vinham em minha cabeça como espinhos; mas o que mais machucava era saber que agora sim eu estava deixando Tim. Ele era daqui, ele era tudo para mim, ele foi tudo... Eu não conseguia me acostumar com a idéia de deixar tantas lembranças boas e ruins para trás, era difícil.

Uma lágrima queimou em meus olhos e senti aquele maldito calor no nariz. Tentei parar aquele impulso antes que alguém percebesse, mas foi impossível. Matt observador como sempre percebeu antes que eu pudesse segurar aquela droga de lágrima.

− Mel, oh meu Deus tá chorando porque?

− É difícil deixar a tudo para trás novamente, foi fácil vir de NY pra cá, mas vai ser difícil ir daqui para outro lugar. Eu não queria ter que ir, não queria ter que esquecer meu lar, o lugar onde me senti mais segura em toda minha vida. Matt... − eu ia começar a falar besteiras... eu conhecia aquilo. − Eu fui tratada como cachorro em todos os lugares para onde fui, fui odiada por todos. Meus amigos!... meus amigos me deixaram sozinha porque me achavam uma idiota. Eu não sei o que vou enfrentar ao chegar lá, eu estava estabelecida aqui! Eu tina vocês em que eu confiava, agora to indo embora. Mesmo que eu não tenha tido contato com muita gente, mas só o contato que já tive bastou. Eu estou muito triste.

− Mel, pense nisso como um novo inicio, vamos apertar o botão restart − olhei assustada pra ele e ele riu. − Não a banda, acho que essa expressão já existia antes da banda né?

− Existia− disse rindo.

− Mel, ta chorando porque? − Lippe perguntou se sentando ao lado de Matt.

− Ela ta triste de ter que ir embora. − disse Matt passou a mão na minha cabeça.

− Ahn, é barra mesmo. Sempre é difícil deixar o que gostamos pra trás, mas pense assim Mel: Nada é totalmente ruim, tudo tem seu lado bom e seu lado ruim. Vai ser ruim ir embora deixando esse mundo que você conhece para trás; mas vai ser bom, pois conhecerá novas pessoas e fará muitas amizades. Mel me promete uma coisa? − perguntou Lippe todo fofo.

− Depende...

− Me promete que nunca mais derramará uma lágrima por coisas bobas?

− Como vou saber o que é bobo ou não?

− Eu lhe direi, promete?

Olhei-o nos olhos. − Sim.

Ele abriu um sorriso.

− A festa ta bem cheia ainda, que tal se você viesse dançar comigo.

− Você não curte esse tipo de musica!

− Qualquer coisa pra te fazer feliz. − disse ele se virando envergonhado.

Olhei pra ele e dei um sorrisão. Fofo!

Ele foi na minha frente acho que pra pedir alguma musica. De repente começou a tocar uma valsa, ele veio ate mim e me puxou. Lippe sabia dançar valsa muito bem, já eu estava me embolando em todos os passos. 

− Calma. Vai com calma que você acerta. − disse ele me olhando

Segui o conselho e fui acertando, ele dançava graciosamente e eu tentava ir imitando. Olhei para o sofá e vi Luan sentado sorrindo abobado para mim. Fiquei feliz, enfim estava sendo uma noite maravilhosa.

 

Logo a festa acabou e depois de muito chorar deixei Matt ir.

Lippe estava arrumando a cama lá em baixo e eu estava no meu quarto. 

 

Fui ao banheiro trocar de roupa, estava cansada de toda aquela patacoada de festa, estava nervosa a triste por saber que viajaria no dia seguinte. Ouvi a porta de abrir e fui conferir quem era. Era Luan, ele fechou a porta e veio até mim. 

− Oi amor.

− Oiii...

Luan me segurou pela cintura me envolvendo em um beijo maravilhoso, ele me apertou forte e suas mãos foram percorrendo meu corpo provocando-me calafrios. Ele parou instantaneamente olhando-me nos olhos como que pedindo permissão para continuar até onde eu sabia que chegaríamos naquela noite. 

Dei um sorriso rápido e ele entendeu, rapidamente ele foi até a porta trancando-a e voltou até mim. Seus beijos eram intensos, desesperados... Suas mãos  passaram por debaixo de minha blusa a levantando de pouco em pouco, enquanto isso ele ainda me beijava. Levei minha mão até seus ombros e ele me levantou, deitou-me na cama e ficou encima de mim. Nossos olhares se encontraram até que ele desceu seus beijos para meu pescoço, ele dava leves mordidinhas que me excitavam ainda mais.

Luan tirou minha blusa abrindo meu sutiã ele beijou meus seios arrancando-me suspiros. Ele mordeu meus mamilos e eu tive que me controlar para não gemer alto. Com beijos molhados ele foi descendo beijando minha barriga. Me sentei na cama antes que ele pudesse tirar minha calcinha,  desabotoei sua camisa deixando seu peitoral exposto. Ah mas ele era tão sarado! Como podia ser tão perfeito.

Cumprindo minha parte eu fui beijando seu peitoral, como uma boa garota fiz ele se sentar e me sentei encima dele, nos beijamos novamente e então eu tirei a calça dele, dei beijinhos em seu “amigo” que ainda estava coberto pela cueca, o volume aumentava a cada instante. 

Tirei sua cueca e confesso que fiquei surpresa com o “amigo(amigão)” dele; com um movimento rápido fui lambendo toda a extensão de seu “amigo”. Ele gemia excitado e logo me puxou. Bruscamente ele tirou minha calcinha me deixando nua, ele abriu delicadamente minhas pernas e lambeu minha intimidade, gemi um pouco alto de mais, me controlei e tentei ficar quieta.

Ele me olhou nos olhos como que “posso ir?”, olhei de volta e assenti. Com um movimento rápido ele me penetrou e eu faltei morrer de excitação.

Ele foi indo mais rápido e me arrancando suspiros, estava pra enlouquecer de tesão com ele. Logo senti aquela conhecida sensação...

Estava em êxtase puro... fechei os olhos e aproveitei... 

Luan se deitou ao meu lado e voltou a me beijar, uma pena que não pudemos ir ao segundo orgasmo pois eu estava acabada. Então adormeci ao lado de meu príncipe.

 

Abri os olhos e me virei, lá estava meu amor ao meu lado; Luan estava deitado ao meu lado como um anjinho que não era. Me levantei tomando cuidado para que não o acordasse e saí da cama. Procurei minha camisola e vesti; abri a porta com cuidado e fui andando, eu queria um relógio, só tinha um relógio naquela casa na cozinha; desci as escadas nas pontas 

dos pés, não queria acordar o Lippe.

− Bom dia Mel.

Me virei assustado, era Lippe, ele estava sentado no sofá.

− Bom dia.

− O Luan poderia ter pelo menos avisado... Eu... Eu fiquei esperando até que subi e ouvi... − ele ficou em silêncio.

− Me desculpe.

− Oh não, não tem problema − eu percebi que ele estava triste, porque? − Então... Animada para a viajem de hoje?

− Ah... sim.

Nós iríamos para Brasília hoje as quatro horas da tarde.

− Vai ser legal Mel, meu primo já foi lá e gostou muito; vamos nos divertir lá. Você vai gostar...

− Assim espero.

− Vem tomar café!

− Você fez café? − perguntei surpresa.

− Sim; já fui na padaria, comprei rosquinhas e achei marshmallows. Comprei suco de uva entre outras coisas. E fiz o café. Vem, o que você quer? Diga que eu coloco pra você.

− Oh, muito obrigada Lippe. Eu quero suco de uva e duas rosquinhas.

Ele colocou o suco e abriu o pacote de rosquinhas colocando umas no meu prato. Depois ele se sentou ao meu lado e passou manteiga numa fatia de pão de forma.

− A noite foi boa?

Me assustei com a pergunta.

− Sim...

− Luan é um cara legal com suas namoradas, espero que vocês sejam felizes juntos − disse ele sorrindo felizmente.

− Lippe você é um fofo! − disse sorrindo.

Voltei a comer, ficamos em silêncio durante algum tempo.

− Bom dia gente! − Claire falou bem alto me assustando.

Ela e Noah estavam descendo as escadas juntinhos. Claire estava gigante, ela estava parecendo uma elefoa com obesidade mórbida e grávida (tá, eu exagerei um pouco!!!). Mas ela está muito grande mesmo, o nosso menininho era muito grande.

Uma dor invadiu minha cabeça. OMFG eu não tinha falado com Victorio!!!

− Noah cadê o Vic! Eu não liguei pra ele!!! − disse saindo correndo feito uma doida.

− Nem me lembre! − Noah gritou.

− Nem precisava − Claire disse com um suspiro cansado.

− Como assim “nem precisava”? − perguntei.

− Ele vai nos seguir em silêncio. Ele falou pra Claire que iria para onde o filho fosse para vigiá-lo em silêncio. Queria ver o menino crescer e queria garantir que ele estará seguro. − disse Noah aborrecido. − Tenho medo que ele acabe contando para meu filho que ele é o pai. Ele vai interferir na vida do meu filho. É disso que eu tenho medo.

− Seu filho terá dois pais do mesmo jeito, tem que aceitar isso. As mentiras e omissões sempre são revelados algum dia. Não adianta tentar esconder isso. − Lippe disse.

− Verdade. − disse.

Noah e Claire se olharam, eles deviam contar e fazer o pequeno ter bastante contato com o Victorio, ele era o verdadeiro pai, tudo bem que Noah é que seria considerado o verdadeiro pai pelo pequeno, mas de qualquer forma Vic era o pai.

Ouvi passos na escada e me virei. Lá vinha Luan com carinha de sono.

− Bom dia gente. Bom dia meu amor!

Veio ele correndo até mim, me abraçou e deu um beijo bem molhado. 

− Ahn estou tão animado!!!

− Somos dois.

 

Terminamos o café e pegamos as malas, fomos para o aeroporto e foi a mesma história.

Logo estávamos no avião, uma lagrima desceu solitária, vamos agora para Brasília, para minha nova vida.


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Notas finais do capítulo

Agradecimentos a meu amigo, Pluspe Epp, por postar o capítulo para mim, já que não consegui por conta dos inúmeros bugs que andam acontecendo.



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